historia antiga 2

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Ø OS TEMPOS HOMÉRICOS
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ØIntrodução
» Após a invasão dos dórios, inicia -se o período
homérico. A reconstituição histórica dessa fase
apresenta dificuldades, pois, com a regressão cultural
ocorrida no período, houve um conseqüente declínio da
escrita. Para conhece-la, conta-se apenas com os
recursos da arqueologia e com dois poemas atribuídos
a Homero, escritos provavelmente entre os séculos IX
a.C. e VIII a.C.. Esses poemas narram episódios que
teriam acontecido naquela época. São ele a Ilíada, que
conta o cerco de Tróia pelos gregos, e a Odisséia, que
trata das aventuras enfrentadas por Odisseu (Ulisses)
em seu retorno a Ítaca, sua terra natal, após a guerra
com os troianos.
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ØA reorganização
A economia durante o período homérico concentrou-se nas
atividades agrícolas e na produção para subsistência,
havendo um declínio do comércio marítimo. As trocas
comerciais tornaram-se escassas. A vida ruralizou-se e a
sociedade esteve organizada em pequenas comunidades
familiares conhecidas como genos. As comunidades
gentílicas funcionavam em unidades de produção
autônomas, lideradas por um patriarca – o pater-famílias –
incluindo seus familiares, escravos, parentes, hóspedes, e
pessoas que de uma forma ou de outra trabalhavam para
ele. A produção era feita coletivamente e seu resultado era
distribuído pelo senhor entre seus membros.
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ØO Avanço do Estado
» Com o passar do tempo, houve um aumento da população
dos genos. Entretanto, a produção agrícola não conseguiu
acompanhar esse crescimento. Havia carência de terras
férteis e as técnicas de produção eram rudimentares. As
comunidades gentílicas foram-se desintegrando e as terras,
antes coletivas, passaram por um processo de divisão. Muitos
ficaram sem terra. As diferenças sociais cresceram. A
sociedade reorganizou-se Várias tribos uniram-se e o poder
passou a se concentrar na figura do eupátrida, grande
proprietário de terras. Por volta do século VIII a.C., as antigas
comunidades
deram
lugar
a
pequenos
Estados
independentes: as cidades-Estado
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ØA Pólis
A polis
atendia a todo uma estrutura racional de
planejamento urbano, daí ser formada pelo centro urbano e
arredores, incluindo os campos, aldeias e povoados. Seus
habitantes eram chamados de cidadãos. O governo de cada
cidade-Estado, em princ ípio, era exercido por um rei. Com o
passar do tempo, as assembléias formadas por
representantes das famílias mais ricas foram ganhando
importância e a monarquia foi substituída pela aristocracia
(“governo dos melhores”). As diferentes polis não chegaram a
formar um único Estado centralizado, tendo, no entanto, uma
cultura em comum: conservavam os mesmo costumes,
falavam a mesma a língua e tinham a mesma religião
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ØEconomia
»Quanto a vida econômica, a partir do desenvolvimento das
cidades-Estado, se diversificaram. As trocas comerciais
ficaram mais intensas. O artesanato, a metalurgia e a
produção de vinho e azeite foram impulsionados. Nesse
processo não foram poucas as tensões na sociedade.
Lembre-se de que transcorria um processo de crescimento
populacional e de divisão de terras que produzia muitos
descontentamentos. Deve-se considerar também que a
diversificação das atividades econômicas deu origem a
novos grupos sociais, tornando mais complexa a
composição da sociedade grega. Dimensionar essas
mudanças e os conflitos delas decorrentes levou à procura
de soluções políticas. Esparta e Atenas, as duas cidadesEstado que mais se destacaram, enfrentaram o problema de
formas diferentes, influenciando todas as demais
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Ø Segunda Diáspora
» O processo de desintegração das comunidades gentílicas e
a conseqüente formação das cidades-Estado, foram
acompanhadas da reativação das trocas comerciais. Deu-se
início, também, a um novo movimento imigratório,
empreendido em busca de terras férteis e oportunidades de
comércio, conhecido como segunda diáspora grega.
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ØColonialismo
» A expansão dos gregos nessa época levou à formação
de colônias por toda a Bacia do Mediterrâneo,
estendendo sua área de influência do Mar Negro ao
Estreito de Gibraltar - as “colunas de Hércules”, para os
gregos - , na abertura do Mediterrâneo para o Atlântico.
Essas cidades, criadas à semelhança da cidade-Estado
grega, funcionavam de forma independente, mas
mantinham vínculos culturais e religiosos com as
existências na Gr écia.
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ØEscravidão
» Na Gr écia Antiga uma pessoa tornava-se escrava de
diversas formas. A mais comum era através da captura
em guerras. Várias cidades gregas transformavam o
prisioneiro em escravo. Estes, eram vendidos como
mercadorias para famílias ou produtores rurais. Em
Esparta, por exemplo, cidade voltada para as guerras, o
número de escravos era tão grande que a lei permitia
aos soldados em formação matarem os escravos nas
ruas. Além de ser uma forma de treinar o futuro
soldado, controlava o excesso de escravos na cidade
(fator
de
risco
de
revoltas).
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Ø Escravidão por dívidas
» Em algumas cidades-estado gregas havia a escravidão por
dívidas. Ou seja, uma pessoa devia um valor para outra e,
como não podia pagar, transformava-se em escrava do
credor por um determinado tempo. Em Atenas, este tipo de
escravidão foi extinto somente no século VI a.C, após as
reformas sociais promovidas pelo legislador Sólon.
» A mão-de-obra escrava era a base da economia da Grécia
Antiga. Os trabalhos manuais, principalmente os pesados,
eram rejeitados pelos cidadãos gregos. O grande filósofo
grego Platão demonstrou esta visão: “É próprio de um
homem bem-nascido desprezar o trabalho”. Logo, os
cidadãos gregos valorizavam apenas as atividades
intelectuais,
artísticas
e
políticas.
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ØAtenas
De acordo com a lenda, após vencer o Minotauro, Teseu
fundou Atenas na Península da Ática. Entretanto, a
origem desta cidade esteve, na verdade, relacionada ao
agrupamento de diversos povos que viveram na região.
Absorvidos pelo jônios, fixaram-se nas proximidades de
uma acrópole por volta do século X a.C.
Os gregos costumavam dedicar cada cidade a um
deus. A deus Pala Atena seria a escolhida por essa
cidade, que dela retirou seu nome – Atenas
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ØEupátridas
»Originalmente, grandes proprietários rurais, chamados
de eupátridas, dominavam a vida política. Em suas
propriedades trabalhavam escravos e homens livres,
podendo também existir pequenos proprietários de terras,
os georgoi, que em função de sua pobreza muitas vezes
contraíam dívidas pesadas os eupátridas. Aqueles que
não conseguiam pagar suas dívidas tornavam-se
escravos
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Ø Monarquia
» Tal organização social correspondia um governo
monárquico, cujo rei era o basileus . A aristocracia eupátrida
pouco a pouco conseguiu aumentar seu poder, competindo
com o rei e chegando a restringir o próprio rei. Atenas então
caminhou para viver sob um regime oligárquico onde o
poder era exercido pela aristocracia
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ØExpansão
» O movimento de colonização, feito em função da
pressão demográfica, efetuado pela Grécia fora de
seu território no século VII a.C. permitiu a Atenas
expandir o comércio, assim como o artesanato.
Novos grupos sociais surgiram, relacionados a
essas atividades. Mercadores e artesãos, ao lado
dos camponeses, aumentaram o número daqueles
que contestavam o poder da aristocracia.
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ØRevoltas
» No século a.C. a população de Atenas revoltou-se contra a
aristocracia. Os eupátridas encarregam Drácon de fazer
reformas para acalmar as camadas populares. Disso
resultou a elaboração do código draconiano, que tornou as
leis, agora escritas, acessíveis a todos cidadãos. Depois
dele Sólon fez reformas um poço mais profundas. Aboliu a
escravidão por dívidas, estabeleceu o voto censitário,
estimulou o desenvolvimento do comércio e do artesanato,
entre outras medidas
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ØClístenes
»Apesar dessas reformas, a tensão continuou. Estava aberto o
caminho para o surgimento de tiranos : aristocratas que tomaram o
poder pela força com auxílio de mercenários e das camadas
populares, a quem prometiam favorecer.
»Coube a Clístenes, reformador de origem aristocrata encaminhar a
implantação definitiva da democracia ateniense. Na reforma que fez
(508 a.C. – 507 a.C.), além de eliminar a influência das famílias
eupátridas, Clístene procurou estender a participação política a todos
os cidadãos. As decisões políticas passaram a ser feitas pela
Assembléia dos Cidadãos ou do Povo (a Eclésia), que votava as leis
preparadas pela Bule, também chamada de Conselho dos
Quinhentos. As Assembléias realizavam-se cerca de quarenta vezes
por ano em Pnys, colina próxima da acrópole, reunindo os cidadãos
atenienses que ali tomaram importantes decisões sobre o governo da
cidade. Caso o número de cidadãos presentes à Assembléia fosse
baixo, uma polícia especial percorria as ruas de Atenas em seu
encalço.
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ØLimites da Democracia
Contudo, ser cidadão em Atenas tinha seus limites, pois,
escravos e estrangeiros (chamados de metecos) não
eram considerados cidadãos da Polis.No sentido
clássico, Polis, significava um "estado que se
governava a si mesmo". Atenas e Esparta foram as
principais "cidades-estados" da Gr écia antiga. A chave
da democracia ateniense foi a representação direta,
cuja a assembléia soberana atuava como autoridade
máxima e qualquer cidadão tinha direito de intervir,
debater, propor emendas, votar todo tipo de proposta,
inclusive sobre guerra e paz, impostos, cultos, obras
públicas e outras questões de maior ou menor
importância.
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ØO “Século de Ouro”
O século V a.C. é conhecido como o século de ouro da
história grega, quando, durante o governo de Péricles
(444 a.C. – 429 a.C.), Atenas atingiu seu maior
esplendor. Nessa época a cidade possuía um
verdadeiro império marítimo, exercendo sua influência
sobre várias outras cidades-Estado.
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ØArtes
Com Péricles, que também aperfeiçoou a democracia
ateniense, Atenas conheceu notável desenvolvimento
artístico, econômico e cultural. Tornou-se o mais importante
centro da cultura grega, atraindo para lá artistas e
pensadores de toda a Grécia.
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ØReformas Urbanas
A cidade de Atenas havia sido bastante danificada durante a
guerra com os persas (assunto que será estudado
posteriormente). Péricles dedicou-se a reconstruí-la. A
acrópole recebeu novas construções, grandiosas o bastante
para simbolizar o poder da cidade. Dentre elas destaca-se
Parthenon, templo dedicado à deusa Palas Atena, protetora
da cidade.
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