Vacinas Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação Professora Ana Paula Peconick Tutor Karlos Henrique Martins Kalks Lavras/MG 2011 1|Página Ficha catalográfica preparada pela Divisão de Processos Técnicos da Biblioteca Central da UFLA Espaço a ser preenchido pela biblioteca [A ser preenchido posteriormente] Espaço a ser preenchido pelo CEAD ______________Vacinas______________ Índice UNIDADE 7 ....................................................................................................... 5 7.1 Introdução.................................................................................................. 6 7.2 Resposta imune a uma vacina ............................................................... 10 7.3 Tipos de vacinas ..................................................................................... 12 7.4 Adjuvantes ............................................................................................... 17 7.5 Conclusão ................................................................................................ 19 7.6 Bibliografia ............................................................................................. 20 4|Página ______________Vacinas______________ UNIDADE 7 OBJETIVO: Conhecer o histórico do desenvolvimento das vacinas, os tipos, importância e mecanismos de ação. 5|Página ______________ Vacinas ______________ 7.1 Introdução A muito tempo, o homem possui a noção que pessoas que sobrevivem a doenças infecciosas graves, raramente adquirem a enfermidade novamente. Quando uma praga assolou Atenas, Tucídides observou que aqueles que cuidavam dos doentes eram indivíduos que já haviam sofrido da infecção e haviam se recuperado. Na China e na Índia uma forma primitiva de imunização já era praticada na idade média. Naquela época, os chineses tinham a prática de inalar o pó de pústulas secas de indivíduos acometidos com varíola já no processo final de cura, como método de imunização. Já os indianos inoculavam o mesmo material das pústulas sobre pequenos ferimentos feitos na pele. Essas técnicas eram utilizadas como forma de prevenir a disseminação da varíola. O termo variolização (“variolation”) foi então empregado pelos turcos, para definir o mecanismo de imunização utilizando o pó das pústulas. Eles empregavam a técnica realizada pelos indianos, como forma de prevenir a infecção das mulheres que seriam vendidas para haréns dos ricos. A variolização geralmente resultava em uma doença muito menos grave que infecção natural. Era comum que após a variolização os indivíduos apresentassem lesões no local de inoculação com presença de bolhas ao redor e sintomas como febre, mialgia e letargia. O procedimento da variolização levava 1 a 2% dos indivíduos imunizados ao quadro complicado da doença que levava a morte. Sendo assim, apesar de funcionar, a sociedade médica da época via a técnica com ressalvas. 6|Página ______________ Vacinas ______________ Na Europa, uma mulher foi a responsável pela difusão da prática da variolização. Seu nome era Lady Wortley Montague, esposa do embaixador Inglês na Constantinopla, durante o reinado de George 1º. Ela inoculou sua própria filha de 6 anos em face aos protestos de seu capelão que acreditava que o sucesso do procedimento só ocorria com os pagãos. No entanto, o procedimento deu certo fazendo com que no seu retorno a Londres vários médicos da Royal College acreditassem na prática, visto que uma terrível epidemia ocorria na época. As vacas podem desenvolver uma doença parecida com a varíola. Ela se manifesta pela presença de lesões no úbere e nas tetas. Durante as décadas de 1760 e 1770 vários médicos chamaram a atenção para o fato que as pessoas que ordenhavam as vacas podiam pegar uma versão amena da varíola bovina, desenvolvendo lesões nas mãos e dedos, contudo estas pessoas estavam protegidas da varíola humana. Um fazendeiro chamado Benjamin Justy inoculou material da varíola bovina em seus filhos com base nestas observações com o objetivo de protegê-los contra a varíola. No entanto, foi Edward Jenner que publicou pela primeira vez o sucesso da variolização. Ele procedeu vários experimentos nos quais primeiramente procedeu-se com uma inoculação da varíola bovina em humanos e posteriormente desafiandoos com varíola humana. Jenner primeiramente sofreu grande oposição da sociedade científica, no entanto o sucesso de seu procedimento tornou-o respeitável e reconhecido mundialmente. O tratado marco da vacinação (Latin vaccinus, ou de vacas) de Jenner foi publicado em 1798. Ele levou a 7|Página ______________ Vacinas ______________ aceitação generalizada desse método como modo de indução da imunidade contra doenças infecciosas. A vacinação continua sendo o método mais eficaz na prevenção de infecções, o que pode ser comprovado pelo anúncio da erradicação da varíola, feito pela Organização Mundial da Saúde em 1980. Mesmo com o seu sucesso, Jenner não possuía nenhuma teoria de como a variolização levava a imunidade. Dois pesquisadores chamados Luis Pauster e Robert Koch, foram os responsáveis pelo verdadeiro estabelecimento da causa etiológica das doenças infecciosas. O primeiro estabeleceu a verdade sobre a geração espontânea, demonstrando que esta não era possível; além de ser o responsável pelo estabelecimento da atenuação de cepas virulentas de bactérias através de passagens destas em meios de cultivos artificiais, o que possibilitou sua utilização em estudos de imunização contra a cólera aviária e antraz em ovelhas; já o segundo estabeleceu em seus postulados que existe um agente como causa das doenças. Pasteur acreditava que somente micróbios vivos poderiam gerar imunidade. Esta crença foi ultrapassada com o descobrimento feito por Koch que estabeleceu em seu estudo que cepas de vibrião colérico morto poderiam conferir imunidade. Durante parte dos descobrimentos sobre imunização parecia que tudo o que era necessário para vencer as doenças transmissíveis era isolar o agente causador, estabelecer os postulados de Koch, atenuar ou matar o agente, e imunizar. Contundo esta arrogância nos estudos fez com que vários experimentos não ocorressem exatamente como seus proponentes afirmavam. 8|Página ______________ Vacinas ______________ Durante as décadas de 1910, 20 e 30 o desenvolvimento de vacinas de organismos atenuados tiveram grande importância, dentre elas pode-se citar a busca pela vacina contra a tuberculose a BCG (Bacilo de Calmette-Guérin). Os pesquisadores Calmette e Guérin trabalharam durante 13 anos fazendo 213 subculturas até a obtenção do bacilo atenuado, o qual foi eficaz na prevenção da tuberculose em crianças. Já durante a 1ª guerra mundial, vacinas de organismos mortos tiveram destaque especialmente aquelas desenhadas contra a febre tifóide e coqueluche. Outras vacinas utilizavam a inativação da toxina, como a contra difteria, através do tratamento desta com formalina. Vacinas baseadas em vírus mortos também foram desenvolvidas durante as décadas de 1920 e 30. Estas eram construídas a partir do cultivo dos vírus em ovos de galinha embrionados. Os programas de imunização têm permitido a eliminação e/ou controle de várias doenças infecciosas, dentre elas, varíola, sarampo, caxumba, rubéola, tétano, difteria, coqueluche, etc. Estas vacinas foram desenvolvidas principalmente com tecnologias do século 19 e 20, ou seja, através da morte do agente infeccioso por calor, produtos químicos, irradiação, ou atenuação por passagens como Jenner executava. No século 21 o desenvolvimento de vacinas deverá e está ocorrendo por técnicas baseadas nas novas tecnologias (biologia molecular entre outras) e sobre o entendimento do mecanismo da resposta imune. Assim, objetivando o desenvolvimento de novas vacinas contra agentes infecciosos difíceis como o HIV, o citomegalovírus, e bactérias como Pseudomonas aeruginosa, Nisseria gnorrhea, ou protozoários como Plasmodium. 9|Página ______________ Vacinas ______________ Neste século vacinas também estão sendo desenvolvidas com o objetivo terapêutico no tratamento de doenças autoimunes, câncer, hipertensão, doença de Alzheimer, hábito do fumo, etc. Outro interesse no desenvolvimento terrorista sob de a vacinas qual os baseia-se países, na ameaça principalmente os desenvolvidos, encontram-se em estado de alerta. Busque maiores informações sobre o uso terapêutico das vacinas. Existem variados tipos de vacinas, além daqueles tradicionais já citados, vacinas de organismos vivos atenuados ou mortos. Dentre eles podemos destacar as vacinas de subunidades, DNA e comestiveis. Estas se destacam pelo uso das novas tecnologias no seu desenvolvimento e pela forma como são produzidas. Muitos novos antígenos são utilizados como imunógeno através destas novas construções vacinais. A administração de uma vacina pode ser feita pelas vias intratraqueal, intravenosa, intrabursal, intraorbital, intradérmica, intramuscular, oral, subcutânea e via mucosa, sendo que todas demonstraram sucesso na indução da resposta imune. 7.2 Resposta imune a uma vacina Para que uma vacina seja considerada eficiente ela deve proteger o organismo de possíveis infecções através da estimulação do sistema imunológico. Este por sua vez 10 | P á g i n a ______________ Vacinas ______________ é responsável por identificar o organismo patogênico, e por ter sido prevenido pela vacinação contra tal agente infeccioso, deve montar de uma maneira rápida, eficiente e específica o mecanismo de defesa. Assim, a vacina precisa procurar imitar os passos de uma a resposta imune protetora que é desenvolvida durante o desafio natural. Uma série de estágios compreende estes passos, os quais são orquestrados pelas células dendríticas, conduzidos pelas células T e citocinas apropriadas, e então dirigidos pelas células efetoras e anticorpos. Em uma infecção natural, como a que ocorre na exposição do organismo hospedeiro a um patógeno do ambiente, as células dendríticas na periferia estão em uma constante procura de proteínas imunogênicas, avaliando o ambiente pelo qual elas circulam. Após sua ativação, a estruturas moleculares qual é provocada antigênicas como associados a pela os interação PAMPs patógenos) com (padrões estas células produzem citocinas, que influenciarão outras células na efetivação da resposta, além de possuir efeito sobre a própria célula secretora que entrará em uma via metabólica que culminará com seu amadurecimento. Então, as APCs (células apresentadoras de antígenos – ex. células dendríticas) migram-se para os linfonodos onde irão apresentar o antígeno para os linfócitos T. Para que ocorra esta apresentação os antígenos são fagocitados e processados intracelularmente tornando-os passíveis de serem apresentados através do complexo de hiscompatibilidade da classe II (MHC-II). Assim células T naïve (“virgens”) ou de memória são ativadas e possibilitam a continuidade na formação da resposta imunológica, neste caso linfócitos T CD4+ são 11 | P á g i n a ______________ Vacinas ______________ normalmente ativados. processados e Antígenos apresentados histocompatibilidade da classe intracelulares via I são complexo (MHC-I), de levam principalmente a ativação de linfócitos T CD8+. Portanto a natureza dos sinais promovidos pelas citocinas produzidas pelas células dendríticas irá determinar qual tipo de resposta as células T iniciarão, Th1 ou Th2. A combinação entre respostas mediadas por células e anticorpos geradas pelo tipo Th1 é necessária para controlar infecções intracelulares como as provocadas por vírus, bactérias, parasitas e por fungos. Já uma resposta Th2 é predominantemente dada pela ação de anticorpos contra infecções extracelulares. Reveja os guias de estudo sobre mecanismos efetores da resposta imune humoral e celular. 7.3 Tipos de vacinas Todos os variados tipos de vacinas existentes possuem como principal objetivo proteger os indivíduos contra os organismos patogênicos. Além deste principal objetivo, uma vacina deve ter um custo de produção baixo, possibilitando que o valor da dose seja pequeno. Ela também deve ser estável facilitando sua distribuição e manuseio. Vacinas de patógenos vivos atenuados possuem a vantagem de gerar boa resposta imunológica, já que esta contém todas as partes do organismo patogênico. Isso possibilita a multiplicação do patógeno no hospedeiro o 12 | P á g i n a ______________ Vacinas ______________ que mimetiza uma infecção natural. Por muitos anos e até hoje este tipo de vacina é utilizado devido a sua eficiência. Contudo o maior problema relacionado às vacinas atenuadas consiste na reativação da virulência das cepas utilizadas na fabricação. Isto pode ocorrer através de mutações nas bactérias ou vírus que são os constituintes da formulação. Problemas como o risco de contaminação por patógenos cepas também patogênicas ou devem ser por outros cuidadosamente controlados durante o processo de fabricação da vacina atenuada. Entre as vacinas atenuadas existentes podemse citar a contra poliomielite, rubéola, varíola, raiva, febre amarela, sarampo, entre outras. Outro tipo vacinal que também teve destaque na história foram as vacinas de microrganismos mortos. Devido ao fato destes microrganismos não se replicarem no indivíduo vacinado, sua imunogenicidade é menor quando comparada as vacinas atenuadas. Sendo assim, para este tipo vacinal é necessária a aplicação de doses de reforço e o uso de adjuvantes (substâncias capazes de melhorar a resposta imunológica a um antígeno). As principais desvantagens relacionadas as vacinas de microrganismos mortos são a necessidade de múltiplas doses, o que provoca certo desconforto, maior custo e reações locais; estes fatores são principalmente relevantes quando se trata de animais de produção como bovinos e suínos. Hepatite A, coqueluche, cólera, poliomielite, gripe e antraz são tipos de doenças que são evitadas com programas de vacinação feitos através de vacinas de microrganismos mortos. O desenvolvimento de novas tecnologias possibilitou um melhor entendimento da resposta imunológica a um 13 | P á g i n a ______________ Vacinas ______________ antígeno, através da identificação das porções imunogênicas de um patógeno e do mecanismo pelo qual estas regiões são processadas e utilizadas na efetivação da resposta. A biotecnologia, hoje, possibilita a fabricação de moléculas antigênicas puras as quais podem ser utilizadas como vacinas de subunidades. Muitas pesquisas envolvendo este tipo vacinal têm sido desenvolvidas tanto para a medicina humana como para a veterinária. O mecanismo básico de construção deste tipo de vacina consiste no isolamento do gene responsável pela produção da proteína imunogênica, inserção deste gene em um vetor de expressão, clonagem do microrganismo que irá expressar a proteína, cultivo para a expressão da proteína recombinante e por último a purificação da vacina. Apesar desta metodologia apresentar vantagens sobre as construções vacinais já citadas como a não possibilidade de reativação da virulência, menor possibilidade de contaminação durante o processo de fabricação e do produto final; vacinas de subunidade normalmente são pouco imunogênicas. Assim, muitas vezes é necessário acrescentar a construção vacinal uma proteína carreadora (conjugada) a qual ajudará estimular o sistema imunológico. Ainda neste contexto, adjuvantes são normalmente empregados em conjunto com as vacinas de subunidades. Um novo tipo de vacina de subunidade, conhecida como vacina de DNA, permite a expressão de proteínas em tecidos animais após a introdução de um plasmídeo ou um vetor viral, codificando um antígeno protetor selecionado. Esta construção apresenta como vantagem a produção do imunógeno de forma endógena, pois o animal atua como um biorreator não havendo a 14 | P á g i n a ______________ Vacinas ______________ necessidade de purificação do processamento plasmídeo. da Outra vacina após vantagem é a a possibilidade de diferenciar o indivíduo infectado do vacinado, utilizando para isso DNA marcado, esta aplicação já foi relatada durante a vacinação contra a influenza aviária. A imunidade conferida pela vacina de DNA é considerada duradoura, visto que as células produzem de forma endógena e constante o antígeno. Estruturas conhecidas como motivos CpGs, que são sequências citosinas polindrômicas seguidas de específicas guaninas compostas são muitas de vezes utilizadas nestas construção vacinal como forma de melhorar sua eficiência, já que estas estruturas são reconhecidas pelos receptores Toll-like e assim, podem estimular a resposta imunológica no microambiente onde a vacina foi injetada. Muitos são os trabalhos desenvolvidos para a utilização das vacinas de DNA e estes com várias finalidades. Esta metodologia demonstrou sucesso para várias doenças causadas por vírus, bactérias, protozoários, como também para a terapia oncogênica na medicina veterinária e humana. Na medicina veterinária praticamente todas as espécies são contempladas com esta prática. A principal desvantagem relacionada ao uso da vacina de DNA consiste na incerteza sobre a sua segurança, pelo fato de poderem causar uma mutagenese insertiva que pode levar a ativação da oncogênese ou inativação de genes supressores de tumores. Outra alternativa para produção de antígenos vacinais de forma recombinante consiste no cultivo de vegetais transgênicos comestíveis. As chamadas “vacinas comestíveis” estão entre as mais novas metodologias de 15 | P á g i n a ______________ Vacinas ______________ administração de antígenos. Esta construção vacinal possui um imenso potencial médico e pode revolucionar a forma como vantagens o na antígeno utilização é entregue. das As vacinas principais comestíveis consistem na não necessidade de pessoal treinado para administração, na facilidade de armazenagem e estoque da vacina, visto que não é necessária refrigeração; e na dispensa do uso de agulhas e seringas o que evita problemas com contaminação e desconforto. As vacinas produzidas em vegetais comestíveis também se destacam por poderem ser administradas na forma “in natura”, ou seja, não são necessários procedimentos de purificação do antígeno já que o vegetal é dado como alimentação. Em comparação com outras construções vacinais esta construção é muito mais segura, já que não se constitui de microrganismos atenuados, mortos e não são passíveis de provocar alterações no DNA do organismo imunizado. Uma preocupação com as vacinas comestíveis consiste na degradação dos componentes protéicos no estômago (devido ao baixo pH – potencial hidrogeniônico, e enzimas gástricas) e no intestino antes delas poderem elicitar respostas imunes. Sendo assim, guardar o antígeno contra a degradação requer que uma grande quantidade do imunógeno seja administrada, favorecendo dessa maneira a possível presença deste nos locais de geração da resposta. Outra forma seria a proteção do antígeno da ação das enzimas e do baixo pH no estômago. Recentemente tem sido desenvolvida uma variedade de sistemas de entrega de antígenos nas superfícies mucosas, os quais possibilitam os antígenos persistir em e sobreviver aos hostis ambientes gástricos e entéricos. Outro problema relacionado as vacinas comestíveis é 16 | P á g i n a ______________ Vacinas ______________ relacionado a dificuldade do cálculo da dose do imunógeno a ser entregue. Uma preocupação pertinente quando se desenvolve uma vacina envolvendo plantas transgênicas é relacionada à biossegurança. Sendo assim, os riscos inerentes a utilização dos organismos geneticamente modificados, como um potencial método de imunização, são controlados através de medidas apropriadas em todos os estágios de regulatórias produção de distribuição. Faça uma tabela com as principais vacinas utilizadas atualmente em medicina humana e veterinária. Não se esqueça de determinar qual o tipo da vacina. 7.4 Adjuvantes Adjuvantes são moléculas, componentes ou complexos macromoleculares, que intensificam a ativação das células T promovendo o acúmulo e a ativação de outros leucócitos, chamados de células acessórias, em um local de exposição do antígeno, tudo isso provocando um mínimo efeito tóxico. Os adjuvantes aumentam a expressão da célula acessória, de co-estimuladores e citocinas que ativam a célula T e também podem prolongar a expressão dos complexos MHC-peptídeos na superfície das células apresentadoras de antígenos. Muitos adjuvantes têm sido usados desde 1925, quando RAMON (1925) demonstrou a possibilidade de se 17 | P á g i n a ______________ Vacinas ______________ aumentar artificialmente a resposta imune contra antígenos específicos, ao conseguir elevar artificialmente os níveis das antitoxinas diftéricas e tetânicas adicionando substâncias como ágar, sais metálicos, lecitinina ou saponina. Os adjuvantes podem ser classificados de acordo com suas características físico químicas ou mecanismos de ação. Aqueles considerados imunoestimulantes atuam diretamente sobre o sistema imunológico provocando um aumento da resposta imunológica. Citocinas, saponinas, exotoxinas bacterianas são alguns exemplos. adjuvantes ditos veículos, são responsáveis Já os pela apresentação do antígeno ao sistema imunológico através de sistemas de liberação e/ou depósito do antígeno. Sais minerais, emulsões, microesferas de polímero biodegradável são exemplos desta categoria. Os adjuvantes são importantes para a eficácia das vacinas à medida que os antígenos tornam-se mais purificados, pois muitos destes provaram ser pobremente imunogênicos. Faça um estudo detalhado sobre os tipos de adjuvantes mais utilizados em medicina humana e veterinária. Não se esqueça de demonstrar as vias imunológicas nas quais cada um age. Trabalhe em equipe. 18 | P á g i n a ______________ Vacinas ______________ 7.5 Conclusão A muito tempo o homem procura maneiras de evitar as infecções e desta forma busca uma melhor qualidade de vida. O interesse pelo entendimento do mecanismo de controle das infecções realizado pelo organismo possibilitou conhecimento da causa das infecções e este por sua vez, o desenvolvimento de metodologias “artificiais” de proteção. As vacinas vêm então sendo alvo de muito estudo. Estes estudos possibilitaram o desenvolvimento de variadas formulações vacinais como as vacinas de microrganismos vivos atenuados, vacinas de microrganismos mortos, vacinas de subunidades, vacinas de DNA e vacinas comestíveis. Cada uma destas formulações exploram compartilhadas no características desenvolvimento específicas da e resposta imunológica. A biologia molecular e a imunobiologia têm possibilitado o desenvolvimento de novos antígenos além de tornar a produção das vacinas mais seguras, potentes, fáceis de administrar e mais baratas. Estes fatores aliados aos programas de vacinação realizados por vários países têm contribuído para uma melhor qualidade de vida tanto de humanos quanto animais. 19 | P á g i n a ______________ Vacinas ______________ 7.6 Bibliografia ABBAS, A. K.; LICHTMANA, A. H.; PILLAI, S. Celular and Molecular Immunology. Philadelphia: Saunders, 6ed. 2007. DOAN, T.; MELVOLD, R.; VISELL, S.; WALTENBAUGH, C. Lippincott's Illustrated Reviews: Immunology. Washington, DC: Lippincott Williams & Wilkins, 1ed. 2007. GOLDSBY, R. T.; KINDT, J.; OSBORNE, B. A.; KUBY, J. Kuby Immunology. W. H. Freeman & Company, 6 ed. 2006. KUMAR, V.; ABBAS, A. K.; FAUSTO, N.; ASTER, J. C. Robbins and Cotran Pathologic Basis of Disease. Saunders Elsevier, 8ed. 2010. PLOTKIN, S. A. et al. History of Vaccine Development. New York: Springer. REED, S. G.; BERTHOLET, S.; COLER, R. N.; FRIEDE. M. 2008. New horizons in adjuvants for vaccine development. Trends in immunology. 30(1): 23-32p. ROITT, I. M.; DELVES, P. J. 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