Importância das culturas de vigilância no rastreamento de bactérias multiresistentes em pacientes hospitalizados Natally S. Silva¹; Karoline R. H. Almeida¹; Igor V. Rocha2; Sibele R. Oliveira3 ¹ Grupo de Pesquisa em Patologia das Doenças Transmissíveis e Não Transmissíveis (GPPATO) da Associação Caruaruense de Ensino Superior e Técnico (Faculdade ASCES) Av. Portugal, 584, Bairro Universitário- Caruaru - PE – Brasil – Discentes do curso de Biomedicina. E-mail: [email protected] / [email protected] 2 Programa de Pós-Graduação em Biociências e Biotecnologia em Saúde - Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães/Fundação Oswaldo Cruz (CPqAM/Fiocruz-PE). Av. Prof. Moraes Rego, s/n, 50740-465 Recife, PE, Brasil. E-mail: [email protected] 3 Grupo de Pesquisa em Patologia das Doenças Transmissíveis e Não Transmissíveis (GPPATO) da Associação Caruaruense de Ensino Superior e Técnico (Faculdade ASCES) Av. Portugal, 584, Bairro Universitário- Caruaru - PE – Brasil – Docente do curso de Biomedicina. E-mail: [email protected] A vigilância ativa é considerada um importante componente dos programas de controle de multirresistentes, apesar da ocorrência de controvérsias quanto aos custos hospitalares de sua realização. O objetivo deste estudo foi realizar o isolamento e identificação de bactérias multirresistentes a partir de culturas de vigilância, seguindo os princípios descritos pelo Ministério da Saúde, em pacientes da Unidade de Terapia Intensiva de um hospital na cidade de CaruaruPE. Tratando-se de um estudo descritivo transversal, a obtenção das amostras dos pacientes se deu através da utilização de swabs estéreis (coleta nasal, retal, axilar e mãos). O material obtido foi incubado por 24h a 37ºC em caldo TSB contendo um disco de antibiótico da classe dos carbapenêmicos (Meropenem). Foi realizada uma semeadura primária das amostras em meio de cultura para bactérias Gram negativas. Após o crescimento, foi realizada identificação fenotípica em nível de gênero e espécie, quando possível, através de testes bioquímicos. Foram obtidos 20 isolados, sendo 5 (25%) de amostras nasais, 7 (35%) de amostras axilares, 3 (15%) das mãos e 5 (25%) de amostras retais. Os microrganismos mais isolados foram Acinetobacter sp. e Enterobacter aerogenes comportando (40%) do total de isolados cada, Klebsiella pneumoniae (10%) e Escherichia coli (5%). Várias estratégias têm sido utilizadas para detecção de colonização de pacientes, entre elas as culturas de vigilância como uma das abordagens mais sensíveis, apresentando custos insignificantes, se comparado aos benefícios que esta prática pode trazer na redução dos índices de morbimortalidade com infecções por multirresistentes. A detecção de enterobactérias e Gram negativos não fermentadores é preocupante, pois tais microrganismos são frequentemente identificados como produtores da enzima carbapenemase (KPC) conferindo resistência aos antimicrobianos carbapenêmicos, muito utilizado na prática clínica, sendo frequentemente associados a surtos infecciosos. Palavras-Chave: Antibacterianos, Microbiologia, Vigilância em Saúde.