nova temporada - Teatro Nacional de São Carlos

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TEATRO NACIONAL DE SÃO CARLOS
TEMPORADA 2014 – 2015
CONFERÊNCIA DE IMPRENSA
10 de setembro de 2014
Os seis anos que passei à frente do então Teatro Nacional de São Carlos, entre 2001 e
2007, foram para mim muito importantes e dos quais tenho gratas recordações; quando
o secretário de Estado da Cultura, Dr. Jorge Barreto Xavier, me propôs uma nova
colaboração, juntamente com a maestrina Joana Carneiro, fiquei muito honrado e
agradecido por poder dar o meu contributo, aliado ao grande esforço, por parte da
Secretaria de Estado, para relançar a atividade do mais antigo teatro da Península Ibérica.
E assim chegamos à apresentação da nova temporada lírico-sinfónica, a temporada de
2014-2015, que, apesar da conjuntura económica nacional e internacional, quer voltar a
oferecer ao público de Lisboa, e não só, uma temporada lírica de sete títulos, entre
óperas e bailados, e uma articulada temporada de concertos, desde o outono até ao
início do verão.
A temporada lírica abrir-se-á no dia 27 de outubro com um título que marcou a presença
em Lisboa, há dez anos, do grande encenador Graham Vick, ao qual está ligada a memória
de um dos mais importantes acontecimentos líricos dos últimos anos, “O Ring de Lisboa”.
Trata-se do Werther que Vick realizou no São Carlos em fevereiro de 2004, com
cenografia e figurinos de Timothy O’Brien. Nesta reposição, a direção de orquestra estará
a cargo de Cristóbal Soler; nos três papéis principais, “Werther”, “Charlotte” e “Albert”,
ouviremos o tenor Fernando Portari, o meio-soprano Veronica Simeoni e o barítono Luís
Rodrigues.
Em dezembro, haverá uma colaboração com a CNB na apresentação do clássico bailado
do Natal, Quebras-Nozes, com nova coreografia de Fernando Duarte e direção de
orquestra de José Miguel Esandi.
Em janeiro de 2015, em colaboração com as Secretarias de Estado da Cultura dos
Governos de Portugal e de Espanha, apresentar-se-á a clássica zarzuela de Francisco
Asenjo Barbieri, Los diamantes de la corona, uma zarzuela de ambientação portuguesa
com encenação de José Carlos Plaza, que volta ao São Carlos depois o êxito de O gato
montês, e direção musical de Rui Pinheiro.
Nesta minha primeira temporada como consultor artístico do Teatro, não podia faltar a
presença da maior cantora portuguesa da atualidade, Elisabete Matos, que interpretará o
difícil papel de “Lady Macbeth” na ópera Macbeth de Verdi, no final de fevereiro. Este
Macbeth tem as assinaturas de Elena Barbalich como encenadora e de Domenico Longo
como diretor musical.
Seguir-se-á uma Cenerentola de Rossini no final de março, produção dirigida por Paul
Curran que teve grande êxito no São Carlos de Nápoles. Em Lisboa, a direção de orquestra
será confiada ao jovem, mas que já é uma figura importante do panorama atual na
direção musical, Pedro Neves; os difíceis papéis de “Angelina” e “Don Ramiro” serão
interpretados por jovens especialistas como Chiara Amarù e Jorge Franco.
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O penúltimo título da temporada, entre o final de maio e o início de junho, será uma
importante nova produção de The Rake’s Progress de Igor Stravinsky, uma das óperas
líricas fundamentais do século XX. A encenação estará a cargo de Rui Horta, e a direção
musical, da maestrina titular da Orquestra Sinfónica Portuguesa, Joana Carneiro. A
temporada finalizará com outra homenagem ao grande compositor russo, com o bailado
O pássaro de fogo, dirigido sempre pela maestrina Joana Carneiro, nas últimas semanas
de junho.
A temporada sinfónica, que se articula em diferentes ciclos, abrirá com um grande
concerto coral-sinfónico, no dia 20 de setembro, dirigido pela maestrina titular, Joana
Carneiro, com a presença do violoncelo Johannes Moser, num programa que quer juntar
os compositores Antonín Dvorak, Luís de Freitas Branco e Maurice Ravel. Depois, o
maestro Donato Renzetti voltará ao São Carlos para apresentar, em três concertos, a
integral das sinfonias de Mendelssohn (27 de setembro e 3 e 4 de outubro), após as
integrais das de Beethoven e de Schumann que tinha apresentado com êxito em
temporadas anteriores.
Entre novembro e dezembro, o Teatro Nacional de São Carlos oferecerá um momento de
reflexão sobre a tragédia dos dois conflitos mundiais que marcaram a atormentada
história do século passado, o chamado “século breve”, através da apresentação de
páginas musicais ligadas a estes terríveis acontecimentos. O ciclo, que no título “Se non
ora quando” quer homenagear o grande escritor Primo Levi (um sobrevivente da terrível
experiência nos campos de concentração nazis), será inaugurado com um concerto
dirigido por João Paulo Santos (15 de novembro), concerto no qual, ao lado de páginas
musicais dos autores ligados à Primeira Guerra Mundial (este ano, recorda-se o
centenário da deflagração do conflito), se ouvirá também a cantata Pace e guerra de Azio
Corghi, com texto do saudoso José Saramago.
Após dois concertos de câmara, um dos quais dirigido pelo maestro do coro do Teatro,
Giovanni Andreoli, em colaboração com o Conservatório de Música de Lisboa, o palco do
Teatro Nacional de São Carlos estreará Brundibar, a ópera para crianças de Hans Krasa
que o compositor apresentou também no campo de Theresienstadt entre 23 setembro de
1943 e nos primeiros meses de 1944, antes de morrer em Auschwitz-Birkenau no dia 17
de outubro do 1944. Este Brundibar será também o primeiro capítulo de uma série de
iniciativas pedagógicas que o Teatro Nacional de São Carlos desenvolverá ao largo da
temporada.
No dia 20 de dezembro, no palco do Teatro, o grande contratenor e diretor de música
antiga, Carlos Mena, dirigirá O Messias de Handel, na versão de Mozart, no concerto de
Natal.
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Em 2015, a temporada sinfónica realizar-se-á em significativa e importante colaboração
com o Centro Cultural de Belém, dirigido até há poucos meses pelo inolvidável e querido
amigo Vasco Graça Moura, que aqui quero recordar. Esta temporada oferecerá um
concerto na primeira semana de cada mês, num diálogo entre o passado e o presente,
grandes frescos sinfónicos corais, desde The death of Klinghoffer choruses de John Adams,
em estreia em Portugal, dirigidos pela maestrina Joana Carneiro no concerto inaugural
(11 de janeiro), até Die Legende von der heiligen Elisabeth de Franz Liszt (8 de fevereiro),
desde a terceira sinfonia de Mahler (8 de março) até ao programa dedicado ao herói
romântico, o Manfredo de Byron, com páginas de Robert Schumann e de Piotr I.
Tchaikovsky (3 de maio).
A temporada de concertos prevê também um ciclo no São Carlos, em abril, com a
presença em Lisboa do grandíssimo pianista Joaquín Achúcarro que, em residência de
duas semanas, oferecerá quatro grandes concertos para piano e orquestra: desde Chopin
(10 de abril) até Grieg (12 de abril), desde Ravel (17 de abril) até Rachmaninov (19 de
abril), mais algumas masterclasses no Salão nobre do Teatro, dedicadas a jovens pianistas
portugueses. Os quatro concertos serão dirigidos pela maestrina Joana Carneiro que,
assim, fidelizará uma presença importante como maestrina titular da Orquestra Sinfónica
Portuguesa.
No último concerto deste ciclo apresentaremos também uma nova composição, uma
encomenda ao compositor Eurico Carrapatoso, no quadro da missão de promover a
criação contemporânea que impende sobre um teatro público.
No final desta apresentação, quero agradecer a todos os meus antigos e novos
colaboradores do teatro, que tornam possível a realização deste ambicioso programa.
Veneza-Lisboa, agosto de 2014
Paolo Pinamonti
Consultor artístico do Teatro Nacional de São Carlos
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I – TEMPORADA LÍRICA E DE BAILADO
WERTHER de Jules Massenet
27 e 29 de outubro e 1, 5 e 7 de novembro de 2014
QUEBRA NOZES
bailado | coreografia de Fernando Duarte, música de Piotr Ilitch Tchaikovsky
5, 6, 7, 10, 11, 12, 13, 14, 17, 18, 19, 20 e 21 de dezembro de 2014
LOS DIAMANTES DE LA CORONA de Francisco Asenjo Barbieri
22, 24, 25, 27 e 29 de janeiro de 2015
MACBETH de Giuseppe Verdi
21, 23, 25 e 27 de fevereiro e 1 de março de 2015
LA CENERENTOLA de Gioachino Rossini
25, 27, 29 e 30 de março e 1 de abril de 2015
THE RAKE’S PROGRESS de Igor Stravinsky
29 e 31 de maio e 2, 4 e 6 de junho de 2015
O PÁSSARO DE FOGO
bailado | coreografia de Fernando Duarte, música de Igor Stravinsky
17, 18, 19, 20, 21, 24, 25, 26, 27 e 28 de junho de 2015
II – TEMPORADA SINFÓNICA
Concerto Inaugural
20 de setembro de 2014 | Concerto Coral-Sinfónico
Direção musical de Joana Carneiro
Ciclo As Sinfonias de Felix Mendelssohn
27 de setembro de 2014 | Concerto Coral-Sinfónico
3 de outubro de 2014 | Concerto Sinfónico
4 de outubro de 2014 | Concerto Sinfónico
Direção musical de Donato Renzetti
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“Se non ora quando” A música perante a tragédia das duas guerras: programa
pelo Centenário do início da Primeira Guerra Mundial
15 de novembro de 2014 | Concerto Coral-Sinfónico
Direção musical de João Paulo Santos
22 de novembro de 2014 | Concerto de Câmara
Direção musical de João Tiago Santos
29 de novembro de 2014 | Concerto de Câmara
Direção musical de Giovanni Andreoli
Datas a definir | Brundibar (ópera para crianças)
Direção musical de Francisco Sequeira
Concerto de Natal
20 de dezembro de 2014 | Concerto Coral-Sinfónico
Direção musical de Carlos Mena
Ciclo de Concertos no CCB
11 de janeiro de 2015 | Concerto Coral-Sinfónico
Direção musical de Joana Carneiro
8 de fevereiro de 2015 | Concerto Coral-Sinfónico
Direção musical de Arturo Tamayo
8 de março de 2015 | Concerto Coral-Sinfónico
Direção musical de Joana Carneiro
3 de maio de 2015 | Concerto Coral-Sinfónico
Direção musical de Pedro Neves
Ciclo Joaquín Achúcarro
10 de abril de 2015 | Concerto Coral-Sinfónico
12 de abril de 2015 | Concerto Coral-Sinfónico
17 de abril de 2015 | Concerto Sinfónico
19 de abril de 2015 | Concerto Coral-Sinfónico
Direção musical de Joana Carneiro
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III – OUTRAS ATIVIDADES
Chaplin no São Carlos
8 de maio de 2015, The Kid / O Garoto de Charlot
10 de maio de 2015, The Gold Rush / A Quimera do Ouro
Direção musical de Timothy Brock
Programa Educativo
Concertos sinfónicos para escolas
Workshops de ópera para jovens em idade escolar
Concertos para famílias
IV – DIAS DA MÚSICA NO CCB
Participação da Orquestra Sinfónica Portuguesa
e do Coro do Teatro Nacional de São Carlos
25 e 26 de abril de 2015
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I – TEMPORADA LÍRICA E DE BAILADO
Jules Massenet (1842-1912)
WERTHER
dramma lirico em quatro atos
Libreto Edouard Blau, Paul Milliet e George Hartmann
Baseado no romance Os Sofrimentos do Jovem Werther, de Johann Wolfgang von Goethe
27 e 29 de outubro, 5 e 7 de novembro (20h); 1 de novembro (16h)
Direção musical Cristóbal Soler
Encenação Graham Vick
Cenografia e figurinos Timothy O’Brian
Desenho de luz Robert Jones
Werther Fernando Portari
Charlotte Veronica Simeoni (27, 29, 7) | Wendy Dawn Thompson (1, 5)
Albert Luís Rodrigues
Le Bailli Pierre-Yves Provost
Sophie Cristiana Oliveira
Johann João Merino
Schmidt Mário Jorge Alves
Orquestra Sinfónica Portuguesa
Coro Juvenil de Lisboa
Maestro titular do Coro Nuno Margarido Lopes
A ópera Werther foi composta após os grandes sucessos dos trabalhos de Massenet,
Manon e Hérodiade, considerada pelos especialistas a partitura mais livre de convenções
escrita pelo compositor.
O libreto, da autoria de Édouard Blau, Paul Milliet e Georges Hartmann, é baseado na
obra de Goethe, de 1774, Die Leiden des Jungen Werthers, que constituiria uma das
personagens adotadas com bastante agrado pelo Romantismo.
A ação de Werther desenrola-se em Frankfurt. Foi numa primavera, símbolo do amor e da
natureza, que o jovem Werther conheceu Charlotte, resultando desse encontro uma
paixão muito intensa. Apesar de tão nobres sentimentos os unirem, o seu amor era
impossível, uma vez que Charlotte, no leito de morte da mãe, prometera casar com
Albert.
A temática do suicídio resultante do amor impossível, juntamente com a escrita musical
fortemente marcada pelo uso da técnica do leitmotiv, traduz-se assim numa agradável
combinação de fatores que tornam este trabalho numa ópera de culto.
Pedro Moreira
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Cristóbal Soler | Direção Musical
Cristóbal Soler é o Diretor Musical Titular do Teatro Lírico
Nacional de La Zarzuela e Diretor Associado da Orquestra
Sinfónica de Navarra.
Concluiu os estudos superiores de composição e direção de
orquestra e o Mestrado em Direção de Orquestra na
Universidade de Munique, obtendo em ambos casos as
máximas classificações. Foi o mais jovem a dirigir um concerto
da temporada com a Orquestra de Valência. Foi diretor
artístico musical e fundador da Orquestra Filarmónica da
Universidade de Valência (1995-2010), com a qual obteve o
primeiro prémio no Concurso Internacional de Jovens Orquestras Sinfónicas, em 1998. Atualmente, é
professor de Direção de Orquestra (curso pós-graduado) na mesma universidade.
Foi maestro assistente da Wiener Symphoniker, durante duas temporadas, onde pôde conhecer grandes
maestros como Nikolaus Harnoncourt, Wofgang Sawallisch, George Prêtre, Vladimir Fedoseyev e Mariss
Jansons, entre outros.
Tem dirigido algumas das orquestras mais representativas de Espanha e, também, da Europa, recebendo
sempre excelentes críticas que destacam o seu carisma e profundidade interpretativa, para além de uma
precisa e consolidada técnica de direção.
Graham Vick | Encenação
Graham Vick é o director artístico da Birmingham Opera
Company e colabora com as principais casas de ópera do
mundo e com os mais prestigiados maestros: Muti, Levine,
Haitink, Gergiev, Runnicles Ozawa e Mehta.
Foi diretor de produção da Scottish Opera (1984-1987) e da
Glyndebourne (1994-2000). Entre os inúmeros prémios que
recebeu, encontram-se o Premio Abbiati (cinco vezes) e o
South Bank Show Award for Opera (duas vezes).
É Chevalier de L’Ordre des Arts et des Lettres, Professor
Honorário de Música na Universidade de Birmingham e foi
Professor Convidado de Estudos Líricos na Universidade de Oxofrd em 2002/3.
Foi condecorado Commander of the British Empire, por ocasião do aniversário da Rainha, em 2009.
As suas produções de Wagner incluem Die Meistersinger em Londres, Parsifal em Paris, Tristan und Isolde
em Berlim, e Der Ring em Lisboa (TNSC). Verdi: Macbeth e Otello no La Scala, Falstaff em Londres, Don Carlo
em Paris, Rigoletto em Madrid, Barcelona, Palermo e Florença. Mozart: Die Zauberflote no Salzburg Festival,
Trilogia Da Ponte em Glyndebourne e Mitridate em Londres e La Corunha.
Compromissos recentes e futuros incluem a estreia mundial de Outis, de Berio, no La Scala e Mittwoch aus
Licht, de Stockhausen, em Birmingham, War and Peace com Gergiev para o novo Mariinsky Theatre, Le Roi
Arthus em Paris, La fanciulla del West no La Scala, Werther no TNSC, Eugene Onegin para Glyndebourne e
Lady Macbeth de Mtsensk no Metropolitan Opera.
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Fernando Portari | Tenor
Nascido no Rio de Janeiro, Fernando Portari é um dos tenores mais promissores
da sua geração, tendo cantado papéis principais em óperas de Donizetti,
Massenet, Verdi e Puccini, em algunas das mais importantes casas de ópera,
incluindo o Teatro alla Scala, Teatro La Fenice, Teatro dell’Opera, Staatsoper,
Deutsche Oper, Liceu, Teatro de la Maestranza, Grand Théâtre de Genève, Oper in
Köln, Palm Beach Opera, Novaya Opera, Finnish National Opera e Teatro
Comunale. Trabalhou com maestros como Daniel Barenboim, Edward Gardner,
Gianluigi Gelmetti, Michele Mariotti e Yannick Nézet-Séguin.
Compromissos recentes incluem Roméo et Juliette (Roméo) no Teatro alla Scala,
Faust (papel principal) no Liceu de Barcelona, La traviata (Alfredo) em Otsu e
Helsínquia, Attila (Foresto) em Colónia, Cármen (Don José) no Rio de Janeiro e
Cavalleria Rusticana (Turiddu) em São Paulo.
Veronica Simeoni | Meio-Soprano
Veronica Simeoni nasceu em Roma, formou-se no Conservatório e
continuou a sua formação musical com Kabaivanska. Foi bem -sucedida
em numerosas competições internacionais.
Estreou-se em 2005, em Oberto Conte di San Bonifacio, numa
itinerância no Japão; em 2006, interpretou The Little Sweep (Mrs.
Baggott) e St. John Passion, de Bach. Em 2007, estreou-se em Il
trovatore (Azucena) e brilhou em Trittico (Frugola, Zia Principessa e
Zita) de Puccini. In 2008, interpretou Stabat Mater, de Rossini, no Teatro
alla Scala; o Requiem de Verdi, Samson et Dalila, Jocasta em Oedipus Rex de Stravinsky, e Charlotte
(Werther). Em 2010, estreou-se como Fenena (Nabucco) e Quickly (Falstaff). Cantou Nabucco no La Scala,
Requiem de Verdi, Maria Stuarda em Bilbau, Roberto Devereux e La Straniera (Isoletta) em Zurique,
Guillaume Tell no Rossini Opera Festival em Pesaro.
Entre os compromissos recentes e futuros, encontram-se L’Africaine e Il trovatore em Veneza; Requiem de
Verdi, em Valência; Norma em Cagliari, Veneza e Turim; Don Carlo e Aida em Zurique, Madama Butterfly
em Verona, Roberto Devereux em Zurique, Berlim e Madrid, Petite Messe de Rossini, em Pesaro; e Anna
Bolena em Zurique.
Luís Rodrigues |Barítono
Estudou no Conservatório Nacional e na Escola Superior de Música de
Lisboa. Ganhou o 1.º prémio no II Concurso de Interpretação do Estoril
(1995) e o Prémio Jovens Músicos da RDP (Música de Câmara); o 4.º
Concurso de Canto Luísa Todi (1996) e obteve o 2.º Prémio no ConcoursFestival de la Mélodie Française em Saint-Chamond (França). Em 1999, foi o
vencedor ex aequo do concurso Poulenc Plus (Mélodies de Poulenc) em
Nova Iorque.
Tem-se afirmado no domínio da ópera com papéis como Harlekin (Ariadne
auf Naxos), Ping (Turandot), Figaro (Il Barbiere di Siviglia), Guglielmo (Così
fan Tutte), Gianni Schicchi (Gianni Schicchi) e Escamillo (Carmen), Mr. Gedge (Albert Herring) e Eduard
(Neues vom Tage), Semicúpio (Guerras do Alecrim e Mangerona), Marcello (La Bohème), Tom (The English
Cat), Guarda Florestal (A Raposinha Matreira), Papageno (A Flauta Mágica), Ramiro (L’Heure Espagnole) e
Sumo Sacerdote, Yoshio (Hanjo), Arsénio (La Spinalba), Marcaniello (Lo Frate ’nnamorato) e Mirénio (Il
Trionfo d’Amore), Giorgio Germont (La Traviata), Iago (Otello) e o papel titular de D. Giovanni e Belcore
(L’Elisir d’Amore), Figaro (Il Barbiere di Siviglia), Escamillo (Carmen) e Carmina Burana.
Intérprete de reconhecida versatilidade, apresenta-se também regularmente em Concerto e em recitais de
Música de Câmara.
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Piotr Ilitch Tchaikovsky (1840-1893)
QUEBRA NOZES
bailado em dois atos
Teatro Camões
5, 6, 11, 12, 13, 17, 18, 19 e 20 de dezembro (21h); 7, 14 e 21 de dezembro (16h); 10 de dezembro (15h)
Coreografia Fernando Duarte
Encenação e dramaturgia André e. Teodósio
Cenografia e figurinos João Pedro Vale e Nuno Alexandre Ferreira
Desenho de luz Daniel Worm d’Assumpção
Orquestra Sinfónica Portuguesa
(em colaboração com a Companhia Nacional de Bailado)
Direção musical José Miguel Esandi
Embora desconheçamos a origem da maior parte das tradições que herdámos, já de
outras destrinçamos bem o seu começo.
O bailado Quebra Nozes é uma dessas tradições inventadas. E, se ela é inventada, então
não há nenhum mal em reinventá-la para que acompanhe estas noites brancas que, de
oníricas, longe estão das singularidades do mundo de uma outra Clara!
A convite da diretora da CNB, Luísa Taveira, com Quebra Nozes Quebra Nozes,
tentaremos fazer renascer para os olhos de hoje, olhos já não tão narrativos mas
diariamente assaltados por explosões de eventos múltiplos, uma das obras mais
enraizadas secularmente na cultura ocidental, concentrando-nos e potencializando a
duplicidade da sua leitura.
É na ubiquidade constante de Quebra Nozes Quebra Nozes que há uma relação espelhada
entre o novo e o velho, entre a alta e a baixa cultura, entre o real e as analogias, isto é, o
melhor de dois mundos complementares presentes no reino de uma única Clara, ser
humano cruzado de Alice e Oliver Twist.
Um sonho tornado realidade: eis como definir Quebra Nozes Quebra Nozes.
André e. Teodósio
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José Miguel Esandi | Direção Musical
José Miguel Esandi é Maestro Convidado da Opera Graz, na Áustria,
desde a temporada de 2012-2013, onde dirigiu, em estreia, as
produções L’elisir d’amore e Liebe einer Königin (um bailado com
excertos selecionados de obras sinfónicas de Rachmaninov); ainda,
récitas de Manon Lescaut e uma nova versão de La bohème, para além
de concertos.
Paralelamente, estreou-se em Lisboa com a direção de La rondine, no
Teatro Nacional de São Carlos, em 2012, seguindo-se a direção de Sacre
du Printemps e La valse, com a Companhia Nacional de Bailado, em
2013.
Em dezembro do mesmo ano, dirigiu a Stavanger Symphony Orchestra,
na Noruega, com Messiah; e, em agosto de 2014, conduziu Così fan
tutte em Stadsschouwburg of Amsterdam, na Holanda.
Na temporada de 2014-2015, irá dirigir uma nova produção de Dia
Zauberflöte, bem como a estreia de Malambo! um bailado com música
de Piazzolla e Ginastera, ambas na Opera Graz; e irá conduzir a
Orquestra Sinfónica Portuguesa, na produção Quebra nozes, com a
Companhia Nacional de Bailado.
Recentemente, dirigiu várias óperas: La bohème no La Monnaie, em Bruxelas; Rigoletto, Otello e Carmen,
na Opéra National de Lorraine, em Nancy; e La bohème, na Los Angeles Opera.
Ao longo da sua carreira, dirigiu várias orquestras, como Orchestre Philharmonique de Marseille, Rotterdam
Philharmonic, The Hague Philharmonic ‘Residentie’, Radio Symphony Orchestra de Viena, Orchestre
Symphonique et lyrique de Nancy, National Philharmonic of Mexico OFUNAM, Orquestra Sinfónica
Portuguesa, Graz Philharmonic Orchestra, Stavanger Symphony Orchestra, Orchestra of Teatro Argentino,
entre outras.
José Miguel Esandi iniciou os seus estudos musicais como trompista, inicialmente no seu país de origem, a
Argentina, onde integrou a Orquestra Nacional de Jovens e, posteriormente na New World School of Arts,
em Miami, onde concluiu o bacharelato em música. Prosseguiu os estudos em direção musical na
Universidade de Música de Viena, onde obteve o grau de mestrado, com distinção, em 1998.
Trabalhou no Conservatório Real de Haia (1999-2007), onde dirigiu várias produções do estúdio de ópera,
como L’enfant et les sortilèges, Die Zauberflöte, Albert Herring, Le Nozze di Figaro, Two Widows de Smetana
e La Colombe de Gounod.
José Miguel Esandi trabalhou com maestros prestigiados como James Conlon, Hartmut Haenchen, Carlo
Rizzi, Valerie Gergiev e Yannick Nézet-Séguin, em várias produções líricas na Dutch National Opera, Flemish
Opera, Opéra National de Parise no Salzburg Festival, entre outros.
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Francisco Asenjo Barbieri (1823-1894)
LOS DIAMANTES DE LA CORONA
zarzuela em três atos
Libreto Francisco Campodrón
Baseado no texto de Eugène Scribe e Jules-Henri Vernoy de Saint Georges para a obra
homónima de Daniel-François-Esprit Auber
22, 24, 27 e 29 de janeiro (20h); 25 de janeiro (16h)
Direção musical Rui Pinheiro
Encenação e José Carlos Plaza
Cenografia e desenho de luz Francisco Leal
Figurinos Pedro Moreno
Catalina a confirmar
Diana Cristina Faus
Marquês de Sandoval Carlos Cosías
Conde de Campomayor Ricardo Muñiz
Rebolledo Fernando Latorre
Don Sebastián Gerardo Bullon
Antonio Joseba Pinela
Criado Antonio Gomiz
Usher Xabi Montesinos
Orquestra Sinfónica Portuguesa
Coro do Teatro Nacional de São Carlos
Maestro titular do Coro Giovanni Andreoli
Produção do Teatro de la Zarzuela
A ação tem lugar em Portugal, no final do século XVIII. A rainha ainda é menor, pelo que o
poder é exercido por um Conselho de Regência. Perto de Coimbra, um grupo de bandidos
e falsificadores assalta o marquês de Sandoval, que se enamora da bela Catalina,
cabecilha dos assaltantes. Igualmente apaixonada e em troca do seu silêncio, Catalina
permite a libertação do marquês, que vai desposar Diana, filha do conde de
Campomayor, ministro da Justiça do Conselho de Regência. No epílogo desta zarzuela,
Catalina acaba por tornar-se rainha de Portugal, casar com o marquês, perdoar a
Rebolledo, seu número dois no grupo, e tornar possível o amor de Diana e Sebastián.
A música de Los Diamantes de la Corona é a versão espanhola da ópera homónima de
François-Esprit Auber, o que não a impede de ser considerada “uma das produções mais
interessantes de Barbieri, devido à capacidade para se adaptar a todas as circunstâncias
da ação e da psicologia dos personagens, bem como pela unidade que obtém com uma
música hispânica”, como afirmou Emilio Casares Rodicio.
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Rui Pinheiro | Direção Musical
Após concluir os seus estudos de piano em Portugal e na Hungria, Rui
Pinheiro concluiu o Mestrado em Direção de Orquestra no Royal College of
Music, em Londres.
Foi, entre 2010 e 2012, Maestro Associado da Orquestra Sinfónica de
Bournemouth (Reino Unido). Em Portugal, Rui Pinheiro dirige regularmente
as principais orquestras, em particular a Orquestra Sinfónica Portuguesa
(OSP) e a Orquestra Gulbenkian.
Em novembro de 2013, estreou-se na direção musical de uma ópera, com
La fille du Régiment (Doznizetti) no Teatro Nacional de São Carlos; na mesma
temporada, dirigiu a Orquestra Gulbenkian no Prémio Jovens Músicos, que foi
transmitido em direto pela RTP.
Mais recentemente, dirigiu a Orquestra da Madeira, nos concertos Fim de
Ano e de Ano Novo (2014), com um programa de valsas e polcas.
José Carlos Plaza | Encenação
Natural de Madrid, estudou nesta cidade interpretação e
direção com William Layton, Miguel Narros e Rosalía Prado,
no Teatro Estudio Madrid, e voz com Roy Hart; e, em Nova
Iorque, com Stella Adler, Sandford Meinsner, Utta Hagen,
Geraldine Page e Lee Strasberg. Foi fundador do Teatro
Experimental Independiente e fundou e co-dirige com
William Layton e Miguel Narros o Teatro Estable Castellano
que desenvolveu atividades entre 1977 e 1988. Também
fundou o Laboratório William Layton, onde leciona
interpretação e direção. Entre 1989 e 1994 dirigiu o Centro Dramático Nacional e, a partir de 1999, o
Escénica (Centro de Estudos Cénicos de Andaluzia). Recebeu galardões como o Prémio Nacional de Teatro
de 1967, 1970 e 1987, o Mayte, Fotogramas de Plata e Cidade de Valladolid. Trabalha habitualmente em
França, Itália, Argentina e Alemanha. De entre os seus últimos trabalhos destacam-se Fedra de Sófocles,
Bodas de sangre de García Lorca e El cerco de Leningrado de Sanchis Sinisterra; as óperas Os diabos de
Loudun de Penderecki, Las golondrinas de Usandizaga, La Dolores de Bretón, Le nozze di Figaro de Mozart,
Fidelio de Beethoven e uma versão encenada da Paixão Segundo São João de Bach. Os seus últimos
trabalhos para o Teatro de la Zarzuela foram o programa duplo San Antonio de La Florida / Goyescas, Los
diamantes de la corona, El Gato Montés (também no TNSC) e Los amores de la Inés / La verbena de la
Paloma, na presente temporada.
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Carlos Cosías | Tenor
Nascido em Barcelona, Carlos Cosías ganhou, em 1998, a primeira edição do
Concurso de Canto Manuel Ausensi (Barcelona) e o prémio Plácido DomingoPepita Embil para melhor cantor de Zarzuela, no concurso internacional
Operalia de Plácido Domingo; obteve, ainda, o segundo lugar no Concurso
Internacional de Canto Francesc Viñas (Barcelona) e o Prémio de Melhor
Intérprete de Donizetti e o Prémio de Melhor Cantor Espanhol.
De entre o seu repertório, incluem-se obras de Donizetti como Il Giovedi
grasso, Don Pasquale, Il matrimonio segreto, L’elisir d’amore, Anna Bolena e
Lucia di Lammermoor; às quais se juntam triunfos com o seu Tamino em Die
Zauberflöte e com Don Ottavio de Don Giovanni. Também interpretou
Macbeth, Gianni Schicchi, Juana de Arco en la hoguera, La Bohème, La
Traviata e Rigoletto. Protagonizou zarzuelas como Cançó d’amor i de guerra,
Marina, Doña Francisquita e Los Diamantes de la Corona.
Apresentou-se nos principais palcos de ópera como El Gran Teatro del Liceo
de Barcelona, ópera de Calgliari, Maggio Fiorentino Musicale, ópera de Nizza, Croatian National Theater,
Busan Culture Theatre de Corea, Teatro Campoamor de Oviedo, Teatro Arriaga de Bilbao, Teatro Gayarre de
Pamplona, Teatro de la Zarzuela de Madrid, Teatro la Farándula de Sabadell, entre outros.
Estudou música e piano no Conservatorio del Liceu de Barcelona. Em canto especializou-se com os
professores Jaume Francisco Puig e Eduard Giménez.
Cristina Faus | Meio-Soprano
Nascida em Benissanó (Valência), realizou os seus estudos musicais no
Conservatório Superior de Música daquela cidade, licenciando-se ns
especialidade de canto com a nota máxima.
Em 2003 venceu o concurso internacional de canto ¨Toti dal Monte¨, que lhe
permitiu estrear-se em Itália, como protagonista de La Cenerentola, de
Rossini, no Teatro Comunale de Trevisol. Desde então, cantou e canta em
teatros e festivais de reconhecido prestígio.
O seu repertório operático e de oratória inclui obras de barroco, clássico,
romantismo francês e belcanto italiano.
Trabalhou com maestros como Miguel Roa, Ramon Torrelledó, Mtro
Diemecke, Ralf Weikert, Josep Caballé, Jose Maria Collado, Antoni Ros
Marbá, Manuel Galduf, Roberto Abbado, Alberto Zedda, Andrea Marcon,
Cristóbal Soler, Lorenzo Ramos, Jesus López Cobos, Lorin Maazel, Kamal Khan e Mtro Zumalave.
Apresentou-se na cantata Le Nozze de Teti e di Peleo de Rossini, no Rossini Opera Festival, na ópera barroca
Clementina, de Boccherini; como Rosina na ópera Il Barbiere di Siviglia; em Amor Brujo de Manuel de Falla;
como Suzuki de Madama Butterfly, de Puccini; em La Chulapona no Teatro de la Zarzuela de Madrid; na
ópera de Carnicer Cristóforo Colombo; em La Vida Breve; em concerto no Palau de la Música de Valência
com o maestro Yaron Traub. La Vida Breve com o maestro Frühbeck de Burgos e as orquestras Toronto
Symphony Orchestra, Philarmonica Orchestra e la Boston Symphony Orchestra em Los Angeles, Toronto e
Boston
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Giuseppe Verdi (1813-1901)
MACBETH
dramma lirico em quatro atos
Libreto Francesco Maria Piave
Baseado na tragédia homónima de William Shakespeare
21, 23, 25 e 27 de fevereiro (20h); 1 de março (16h)
Direção musical Domenico Longo
Encenação Elena Barbalich
Cenografia e figurinos Tommaso Lagattolla
Desenho de luz Michele Vittoriano
Macbeth Ángel Ódena
Lady Macbeth Elisabete Matos
Macduff Enzo Peroni
Banco Giacomo Prestia
Malcom Marco Alves dos Santos
Orquestra Sinfónica Portuguesa
Coro do Teatro Nacional de São Carlos
Maestro titular do Coro Giovanni Andreoli
O drama psicológico em torno da ambição desmesurada e do sentimento de culpa de
Macbeth e, sobretudo, de Lady Macbeth (cuja centralidade é destacada pelas opções
dramatúrgicas de Verdi) coexiste com o tema da insurreição coletiva contra a tirania.
“Tenha em atenção que os papéis principais desta ópera são, e só podem ser, três:
Macbeth, Lady Macbeth e o coro das bruxas. As bruxas dominam o drama; é nelas que
tudo tem origem – grosseiras e mexeriqueiras no Ato I, exaltadas e proféticas no Ato III.
Traçam uma personagem autêntica e de grande importância” (Carta de Verdi a L.
Escudier, 08.02.1865).
A escolha de Macbeth constitui um momento singularmente importante na carreira de
Giuseppe Verdi, visto tratar-se da sua primeira incursão criativa na dramaturgia de
Shakespeare, circunstância que lhe imprimirá um novo estímulo e fulgor. É também a
ocasião em que o compositor sente uma distinta intimidade com a estética do
Romantismo, desenvolvendo um universo simbólico que redimensiona e intensifica o seu
vocabulário dramático.
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Domenico Longo | Direção Musical
Nascido em Taranto, formou-se com distinção em
Violoncelo no conservatório Nicolò Piccinni de Bari, sob
orientação de Vito Paternoster. Posteriormente, estudou
composição com Franco Arigliano.
Entre 1992 e 1996, foi diretor da Orquestra dell’Istituto
Paisiello Taranto, colaborando com artistas como Alirio
Diaz e Nicola Martinucci, com os quais gravou uma
performance para a RAI Internacional.
No teatro Orfeo de Taranto, colaborou na encenação da
ópera Il Marchese di Roccaverdina e dirigiu uma produção
teatral com Paola Gassman e Ugo Pagliai.
Foi escolhido pelo Maestro Donato Renzetti para dirigir os concertos finais de um concurso internacional,
com a Orquestra dei Pomeriggi Musicali; e diplomou-se com nota máxima e louvor no curso de
aperfeiçoamento, na Accademia Superiore di Pescara.
Recentemente, dirigiu com grande sucesso a ópera Pagliacci, de Leoncavallo, com a Orquestra Sinfónica ICO
della Magna Grecia, com a qual inaugurou o Teatro Arena Peripatodi Taranto.
Com a Orquestra de Câmara delle Marche dirigiu o Concerto Triplo de Beethoven, no Teatro Persiani di
Recanati; e, para o Todi Arte Festival, realizou um concerto a partir da trilogia Mozart–Da Ponte, com
Simona Marchini e a Orquestra Mozart Sinfonietta.
É professor de violoncelo no Istituto Musicale Provinciale di Taranto.
Elena Barbalich | Encenação
Elena Barbalich nasceu em Veneza, onde estudou Literatura Italiana, na
Universidade de Ca’ Foscari. Paralelamente, teve formação teatral no
Teatro Avogaria de Veneza e aprofundou o seu conhecimento de música,
tendo aulas particulares de piano e experimentando o canto coral.
Estreou-se como diretora de cena numa produção sua, La serva padrona,
de G. B. Pergolesi, apresentada no Castello Sforzesco de Milão. O repertório
contemporâneo de Elena inclui produções próprias de obras como
Phonophonie, de M. Kagel (estreia em Itália).
Em 1999 dirigiu Rätsel von Mozart de M. Cardi, M. D’Amico, O. Neuwirth, F.
Nieder e B. Olivero (estreia) no Teatro Fondamenta Nuove de Veneza, em
colaboração com o Teatro La Fenice. Em 2000, dirigiu Recitations, de
Aperghis, e levou Phonophonie ao Auditorium de la Cité des Arts de Paris.
No Festival de Ópera de Barga levou à cena Il Tribuno, de Kagel, e
posteriormente apresentou-o, em língua francesa, no Tourcoing Festival. Nesse mesmo festival, dirigiu de
novo Rätsel von Mozart. Em 2002 levou à cena, no Teatro La Fenice, Per Voce Preparata, uma produção
com música de Aperghis, Cage, Casale, Doati, Kagel, Pachini e Schnebel. Mais recentemente, dirigiu, no
Teatro San Carlo de Nápoles, a estreia mundial de Garibaldi in Sicile, de Marcello Panni.
Em 2000, a Richard Wagner Stipendienstiftung concedeu a Elena uma bolsa como encenadora.
Entre as obras do repertório clássico que produziu, incluem-se Cavalleria Rusticana, de P. Mascagni, e
Pagliacci, de R. Leoncavallo, que dirigiu no Teatro Verdi de Salerno e no Politeama de Catanzaro, em 2003.
Novamente em Catanzaro, e em Salerno, levou à cena Tosca, de G. Puccini. Em 2006 dirigiu o seu próprio
Macbeth, de G. Verdi; e criou e levou à cena Visioni all'alba del Novecento. Em 2007 dirigiu pela primeira
vez a sua Tosca em Bari; levou à cena Macbeth no Teatro Nacional de São Carlos; e as suas produções de La
damoiselle élue, de C. Debussy (estreia absoluta), e Les mamelles de Tirésias, de F. Poulenc. Em 2008, Elena
dirigiu Macbeth no Palacio de la Ópera da Corunha. Em 2009 voltou a dirigir Tosca em Bari.
Elena escreveu os libretos das óperas cómicas Singin’ in the Brain e Otòno Shiràbe do compositor veneziano
Paolo Furlani, cujos excertos foram interpretados na Bienal de Música de Veneza.
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Ángel Òdena | Barítono
Nascido em Tarragona, atua regularmente em teatros líricos espanhóis
(Barcelona, Madrid, Oviedo, Las Palmas, Sevilha, Bilbau e Valência) e
europeus (Lisboa, Hamburgo, Palermo, Nápoles, Bolonha, Florença,
Arena de Verona, Amsterdão e Berlim), tendo-se também já estreado
em Miami e no Metropolitan de Nova Iorque.
O seu repertorio inclui papéis em óperas como Il barbiere di
Siviglia, L’elisir d’amore, Lucia di Lammermoor, Falstaff, Un ballo in
maschera,
Don
Carlo, Aida, Il
trovatore, La
Traviata, Carmen, Faust, Thaïs, Tannhäuser, Tristan und Isolde, Manon
Lescaut, Madama Butterfly e Pagliacci.
Participou em diversas produções de zarzuela e foi galardoado com o
Prémio Lírico Teatro Campoamor 2012 para Melhor Intérprete de
Zarzuela.
Apresentações futuras incluem Le Villi no Théâtre des Champs-Élysées
de Paris, Simon Boccanegra na Staatsoper de Berlim, Otello em Palma
de Maiorca, Cavalleria rusticana e Pagliacci em Pequim, Attila em
Bilbau, La Traviata no Liceo de Barcelona e no Teatro Real de Madrid.
Elisabete Matos | Soprano
Elisabete Matos comemorou, em 2013, 25 anos de uma
carreira que inclui atuações nos principais teatros do
mundo, como o Scala de Milão, Metropolitan de Nova
Iorque, Teatro do Liceu de Barcelona, Real de Madrid,
Opera de Washington, Opera de Viena, Los Angeles, Opera
de Hamburgo, entre tantos outros, interpretando os
principais papéis de soprano spinto e dramática, tais como
Tosca, Turandot, Fanciulla del West, Chimène de Le Cid,
Lady Macbeth, Abigaille, Amélia de Un ballo in maschera,
Elisabetta
di
Valois,
Elsa
de Lohengrin, Elisabeth deTanhäuser, Sieglinde de Die
Walküre, Senta de Der fliegende Holländer, Isolda de Tristan und Isolde, entre tantos outros, ao lado de
grandes artistas como Placido Domingo, José Carreras, Leo Nucci, Rugero Raimondi, Renato Bruson, Eva
Marton, Juan Pons, Marcello Giordani entre outros e dirigida por maestros da importância de Lorin Maazel,
Zubin Mehta, Valery Gergiev e Riccardo Muti, Bruno Bartoletti, Carol-Linn Wilson, Marco Armiliato, Nicola
Luisotti entre tantos outros.
Também com Placido Domingo, gravou em DVD a ópera Le Cid, de Massenet, com a Washington
Opera. Foi lançado em DVD O chapéu de três bicos, de Manuel de Falla, com a Chicago Symphony
Orchestra, dirigida por Daniel Barenboim. Gravou ainda Les Troyens (Cassandre), numa produção de La Fura
dels Baus do Palau de Les Arts de Valência, dirigida por Valery Gergiev. Com o Liceu de Barcelona, gravou a
tetralogia O anel do Nibelungo de Wagner, interpretando os papéis de Gutrune, Freia e Dritte
Norne. Gravou também La Bataglia di Legnano (Lina) e com a Ópera de Catania.
É detentora de vários prémios em concursos nacionais e internacionais, como o Concurso de Canto Luísa
Todi e o Belvedere de Viena, entre outros. Recebeu também o prémio de final de curso Lola Rodríguez
Aragón, o prémio Lyons da Lírica Italiana, o prémio Femina 2012 e o prémio Voz do Ano 2012.
Foi galardoada, em 2000, com um Grammy, pela gravação do papel titular de La Dolores, de Bretón, com
Placido Domingo, para a Decca.
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Gioachino Rossini (1792-1868)
LA CENERENTOLA
dramma giocoso em dois atos
Libreto Jacopo Ferretti
Baseado no conto de fadas A Cinderela, de Charles Perrault
25, 27, 30 de março e 1 de abril (20h); 29 de março (16h)
Direção musical Pedro Neves
Encenação Paul Curran
Cenografia Pasquale Grossi
Figurinos Zaira de Vincentiis
Desenho de luz a anunciar
Angelina Chiara Amarù
Don Ramiro Jorge Franco
Don Magnífico Luis Cansino
Restantes intérpretes a anunciar
Orquestra Sinfónica Portuguesa
Coro do Teatro Nacional de São Carlos
Maestro titular do Coro Giovanni Andreoli
Produção do Teatro San Carlo de Nápoles
Don Magnifico, barão de Monfiascone, encontra-se cheio de dívidas e, para evitar a ruína,
apenas lhe resta recorrer ao casamento de suas filhas com maridos abastados. Nos seus
dias de fausto, havia desposado uma viúva que tinha uma filha chamada Angelina. Desta
união nasceram ainda duas raparigas, Clorinda e Tisbe, criaturas arrogantes e vaidosas.
Após o falecimento da mãe, a pobre Angelina sofre os piores tratos por parte das meiasirmãs e do padrasto. Destinada às mais humilhantes tarefas domésticas, toma o nome de
Cenerentola, a Cinderela.
Não sendo um libreto original, a verdade é que La Cenerentola depressa fez esquecer as
outras peças homónimas, vindo a converter-se num dos maiores sucessos da música
rossiniana, tendo suplantado até, durante algum tempo, a popularidade de Il Barbiere di
Siviglia.
De uma forma global, o interesse musical desta ópera reside no melodismo característico
de Rossini, que aqui encontra um dos seus melhores paradigmas.
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Pedro Neves | Direção Musical
Pedro Neves iniciou o seu percurso musical no conservatório de
Aveiro, onde estudou violoncelo; prosseguiu na Academia
Nacional Superior de Orquestra, em Lisboa, onde conclui o
bacharelato. Obtém uma bolsa de estudos da Fundação
Calouste Gulbenkian para continuar o seu aperfeiçoamento
artístico com o Prof. Marçal Cervera, na Escola de Música Juan
Pedro Carrero, em Barcelona, onde se mantém até 1999.
Pedro Neves interessa-se muito cedo pela direcção e começa o
seu percurso como maestro, em 1988, na Sociedade Recreativa
e Musical 12 de Abril, sediada na sua terra natal, da qual é
diretor artístico desde 1992.
Estudou direcção de orquestra com o reconhecido pedagogo e maestro Jean Marc Burfin na Academia
Nacional Superior de Orquestra, onde obtém o grau de licenciatura com elevada classificação. Aprofundou
os seus conhecimentos com Emílio Pomarico em Milão, frequentou masterclasses com Alexander Polishcuk
e foi assistente de Michael Zilm.
Pedro Neves foi convidado para dirigir a Orquestra Metropolitana de Lisboa, a Orquestra Nacional do Tejo,
a Filarmonia das Beiras, a Orquestra de Câmara Portuguesa, a Orquestra do Algarve, a Orquestra Sinfónica
do Porto Casa da Música, a Orquestra Gulbenkian, a Orquestra Sinfónica Portuguesa e a Orquestra
Esproarte, da qual foi maestro titular de 2004 a 2008.
Pedro Neves é professor na Academia Nacional Superior de Orquestra e maestro titular da Orquestra
Clássica de Espinho, onde desenvolve um projeto com jovens músicos em início de carreira profissional.
Atualmente é doutorando na Universidade de Évora. Em abril de 2011 assumiu o cargo de maestro titular
da Orquestra do Algarve. É fundador da camerata Alma Mater.
Paul Curran | Encenação
Formado em direção de cena pelo National Institute of Dramatic Art de
Sidnei e pela Finnish National Opera, Paul Curran foi diretor artístico da
Norwegian National Opera, entre 2007 e 2011.
Entre as produções recentes, destacam-se Tristan und Isolde, no Teatro
La Fenice Venice; La Donna del Lago, na Santa Fe Opera; Der Fliegende
Holländer, na Ekaterinburg Opera; Die Zauberflöte, na Norwegian
National Opera; Rusalka, no New National Theatre Tokyo; Pagliacci, no
Royal Danish Theatre e Norwegian National Opera; Lady Macbeth no
Mtsensk; Tosca e Otello, na Canadian Opera Company; Albert Herring,
na Los Angeles Opera; uma nova produção de A Midsummer Night’s
Dream no Teatro Dell’Opera Roma; Peter Grimes, no Savonlinna Opera
Festival; Baden Baden 1927, no Gotham Chamber Opera NY.
Assinou encenações em Covent Garden, Teatro alla Scala, Santa Fe Opera,
Chicago Lyric Opera, Flanders Opera Antwerp, Teatro Comunale Florence,
Royal College of Music, Teatro La Fenice, Teatro Giuseppe Verdi, Canadian Opera, Washington Opera,
Welsh National Opera, Stuttgart Opera, Teatro dell’Opera, Teatro Comunale, Bunka Kaikan, Garsington
Opera, Teatro Nacional de São Carlos, Mariinsly Theatre, entre outros.
Próximos compromissos incluem as produções La Donna del Lago, no Met; Ariodante, na Royal Academy of
Music; Faramondo, no Göttingen Händel Festival; La traviata, no Bucharest National Opera; La Cenerentola,
no Teatro Maestanza; Death in Venice, na Garsington Opera.
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Chiara Amarù | Meio-Soprano
Chiara Amarù iniciou os seus estudos musicais sob orientação
dos pais. Integrou o coro infantil do Teatro Massimo, em
Palermo, entre 1991 e 2001, tendo concluído a formação com
distinção, em 2007, no Conservatório de Música de Palermo.
Posteriormente, frequentou aulas de técnica vocal com Sonia
Ganassi, Luciana Serra, Barbara Frittoli, Simone Alaimo, Alfonso
Antoniozzi, Francisco Araiza e Raul Gimenez.
Em 2005, frequentou a International Lyric Academy em Vignola,
sob orientação de Mirella Freni e Sergio Bertocchi e, no ano
seguinte, obteve uma bolsa como prémio pela distinção como
melhor jovem cantora da 13.ª edição do Concurso Internacional
de Canto Giuseppe di Stefano.
Em 2007, ficou em 2.º lugar no 17.º Concurso Internacional de Cantores de Ópera Mario del Monaco e
venceu a primeira edição do Concurso Internacional de Cantores de Ópera Salvatore Cicero. Em 2013
recebeu o oscar della Lirica para melhor meio-soprano do ano.
Frequentou a Scuola dell’Opera, em Bolonha, entre 2009 e 2011.
Em 2010, venceu o 61.º concurso As.Li.Co pelo papel de Angelina em La Cenerentola, que voltou a
interpretar em Brescia, Cremona, Como, Pavia, Piacenza e Bolonha; Amenofi, em Mosè in Egitto, no Rossini
Opera Festival; Isabella, em L'Italiana in Algeri, Em Bolonha e Bari, Marianna, em Signor Bruschino; e Isaura,
em Tancredi, em Pesaro, no Rossini Opera Festival; Fidalma, em Il matrimonio segreto, em Turim; Malcom,
em La donna del lago.
Compromissos futuros incluem o Requiem, de Mozart, em Bari; La Cenerentola, em Treviso e Ferrara;
Roberto Devereux, em Florença; Le Comte Ory, em Milão, no alla Scala; e Il barbiere di Siviglia, em Pesaro.
Luis Cansino | Barítono
Considerado uma das grandes figuras da zarzuela na atualidade,
participou nos mais importantes festivais deste género em Espanha
e estrangeiro como Luisa Fernanda, La del manojo de rosas, La
tabernera del puerto, El caserío, La leyenda del beso, La del Soto del
Parral,Chin Chun Chan (Jordá), Mis dos mujeres (Barbieri), Maria
Adela (Bartlet), La
gallina
ciega (Fernández
Caballero), Don
Manolito (Sorozábal) e Xuanón (Moreno Torroba).
No Teatro de la Zarzuela estreou-se com El juramento e regressou
com Los gavilanes, La rosa del azafrán, La parranda e a Gala do
150.º aniversário. Estreou-se em ópera na Morelia (México), em
1991, como Escamillo (Cármen). Também cantou as óperas Ezio, Il
barbiere di Siviglia, Lucia di Lammermoor, Werther, Faust, Andrea
Chénier, Nabucco, Otello, Tosca, Turandot e
ainda Renard
the
Fox nas principais temporadas de ópera de Espanha e do México. Recentemente, cantou em Nottingham
(Roberto Devereux) em Las Palmas, Dulcamara (L’elisir d’amore) em Oviedo e Sassari, Germont (La traviata)
em Bogotá, Marcello (La bohème) em Lima, os papéis principais de Falstaff em Jerez e Rigoletto em Como e
Jesi. Em 2010, foi convidado a cantar em Bruxelas, por ocasião da presidência espanhola da União Europeia.
Compromissos futuros incluemRigoletto em Jerez, Amonasro (Aida) em Valência, Sharpless (Madama
Butterfly) em Sevilha e Leoporello (Don Giovanni) em Lima.
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Igor Stravinsky (1882-1971)
THE RAKES’S PROGRESS
ópera em três atos
Libreto W. Auden e Kalman
Inspirado em A Carreira do Libertino, conjunto de oito pinturas e gravuras, de William
Hogarth
29 de maio, 2, 4 e 6 de junho (20h); 31 de maio (16h)
Direção musical Joana Carneiro
Encenação, cenografia e desenho de luz Rui Horta
Figurinos a anunciar
Intérpretes a anunciar
Orquestra Sinfónica Portuguesa
Coro do Teatro Nacional de São Carlos
Maestro titular do Coro Giovanni Andreoli
Dois jovens apaixonados, Tom e Anne, evocam a natureza do amor. Desempregado, Tom
recusa um emprego oferecido pelo pai de Anne, proclamando que só a fortuna lhe servirá
de guia. Nick Shadow, um visitante, anuncia então que Tom herdara a fortuna de um tio.
Tom inicia a sua vida de libertino, visitando um bordel em Londres e abandonando Anne.
Stravinsky sempre se interessou pela encenação musical ao longo da sua carreira de
sessenta anos como compositor, embora The Rake’s Progress fosse a única ópera de
grande fôlego que escreveu. Nenhum dos grandes compositores do século XX
experimentou tantas formas de música dramática como Stravinsky, e é significativo que
uma ópera “normal” em três atos como The Rake seja nele uma exceção, e não a regra.
Baseado na obra de Hogarth, em The Rake’s Progress Stravinsky soube, como nunca, dar
provas da sua enorme capacidade para transfigurar materiais; o compositor serviu-se
destes fragmentos temáticos como “matéria-prima”, como motivo iconográfico.
22
Joana Carneiro | Direção Musical
Joana Carneiro é, desde janeiro de 2014, Maestrina Titular da Orquestra
Sinfónica Portuguesa. Em 2009 foi nomeada Diretora Musical da Sinfónica
de Berkeley. Joana Carneiro é Maestrina Convidada da Orquestra
Gulbenkian e Diretora Artística do Estágio Gulbenkian para Orquestra
(Orquestra de Jovens) da Fundação Calouste Gulbenkian. Além da sua
quinta temporada como Diretora Musical da Berkeley Symphony, em 2013
/ 2014 Joana Carneiro tem concertos com as Orquestras Sinfónicas de
Toronto, Gothenburg, Gävle, Malmö, Sydney, Nova Zelândia e a Orquestra
Nacional de Espanha; estreia-se ainda com as orquestras filarmónicas da
Radio France e da Royal Stockholm e com a Florida Orchestra. Joana
Carneiro dirigiu uma produção de Peter Sellars de Oedipus Rex eSinfonia
dos Salmos, de Stravinsky, no Festival de Sydney, que recebeu o Prémio
Helpmann 2010 para melhor concerto sinfónico. Foi Maestrina Assistente da Filarmónica de Los Angeles,
onde trabalhou com o seu mentor Esa-Pekka Salonen. Foi Maestrina Assistente da Los Angeles Chamber
Orchestra e Diretora Musical da Campus Philarmonia Orchestra (Michigan).
Nascida em Lisboa, formou-se em Direção de Orquestra na Academia Nacional Superior de Orquestra.
Concluiu o Mestrado em Direção de Orquestra pela Universidade de Northwestern e prosseguiu estudos de
Doutoramento na Universidade de Michigan.
Joana Carneiro recebeu o prémio Helen M. Thompson 2010, da League of American Symphony Orchestras.
Recebeu em julho de 2010, o Prémio D. Antónia Adelaide Ferreira e, em novembro de 2010, o Prémio
Amália de Música Erudita. Em março de 2004, Joana Carneiro foi agraciada com a Comenda da Ordem do
Infante D. Henrique, pelo Presidente da República Jorge Sampaio.
Rui Horta | Encenação e cenografia
Nascido em Lisboa, Rui Horta começou a dançar aos 17 anos nos
cursos do Ballet Gulbenkian. Estudou, ensinou e foi intérprete
em Nova Iorque durante vários anos, após os quais regressou a
Portugal, onde dirigiu a Companhia de Dança de Lisbos. Mais
tarde, criou Linha e Interiores. Com estas duas obras, efectuou as
suas primeiras digressões pela Europa. Foi então convidado a
fundar a S.O.A.P., no Künstlerhaus Mousonturm, em Frankfurt.
Rui Horta ganhou, em 1992, o primeiro prémio nos Rencontres
Chorégraphiques Internationales de Bagnolet e o Bonnie Bird
Award, tendo ainda recebido inúmeros prémios atribuídos pela
imprensa.
Foi professor convidado em algumas das mais importantes escolas de dança, tais como o Laban Dance
Centre, o Conservatoire National de Paris, o Conservatoire National de Lyon, a London School of
Contemporary Dance, o Steps e a Perridance em Nova Iorque.
Em 1997, encenou The Rake’s Progress, ópera de Stravinsky, no Theater Basel, tendo ainda sido responsável
pelo seu desenho de luz e cenografia.
Em 1999 recebeu o German’s Producers Prize.
Em 2000, regressou a Portugal (Montemor-o-Novo), onde estabeleceu um centro multidisciplinar de
pesquisa e criação, “O Espaço do Tempo”
Criou obras para companhias de renome tais como o Cullberg Ballet, Ballet Gulbenkian, Nederlands
Danstheater, Opéra de Marseille, Ballet du Grand Théâtre de Genève, Icelandic Ballet, Scottish Dance
Theatre, entre outros.
Em 2005 ganhou o prémio Almada do Ministério da Cultura, e criou SETUP, obra que circulou intensamente
nos últimos anos e em 2006, em conjunto com João Paulo Santos, coreografou a obra de novo circo
Contigo.
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Igor Stravinsky (1882-1971)
O PÁSSARO DE FOGO
bailado em dois quadros
Teatro Camões
17, 18, 19, 20, 24, 25, 26, 27 de junho (21h); 21, 28 de junho (16h)
Coreografia Fernando Duarte
Encenação e dramaturgia Carlos Pimenta
Cenografia O Cubo
Figurinos José António Tenente
Desenho de luz a anunciar
Orquestra Sinfónica Portuguesa
(em colaboração com a Companhia Nacional de Bailado)
Direção musical Joana Carneiro
Desenho de Sergei Sudeikin (1882-1946) com o primeiro tema de
O Pássaro de fogo escrito a lápis por Stravinsky e com uma dedicatória a
Madame Vera de Bosset Sudeikina, mulher de Sudeikin.
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II – TEMPORADA SINFÓNICA
CONCERTO INAUGURAL | 20 de setembro | 21h
Antonín Dvorak (1841-1904), Concerto para violoncelo e orquestra em si menor op. 104
Luís de Freitas Branco (1890-1955), Antero de Quental poema sinfónico para orquestra
Maurice Ravel (1875-1937), Suite n.º 2 de Daphnis et Chloe para coro e orquestra
Direção musical Joana Carneiro
Violoncelo Johannes Moser
Orquestra Sinfónica Portuguesa
Coro do Teatro Nacional de São Carlos
Maestro titular do Coro Giovanni Andreoli
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CICLO AS SINFONIAS DE FELIX MENDELSSHON (1809-1847)
27 de setembro | 21h
Sinfonia n.º 1 op. 11, em Dó Menor
Sinfonia n.º 2, op. 52 em Sib Maior “Lobgesang” para solistas, coro e orquestra
Soprano Dora Rodrigues
Soprano Joana Seara
Tenor José Manuel Montero
3 de outubro | 21h
Abertura “As Hébridas” op. 26
Concerto em Mi menor op. 64 para violino e orquestra
Sinfonia n.º 3, op. 56 em Lá Menor “Escocesa”
Violino Francesca Dego
4 de outubro | 21h
Sinfonia n.º 4, op. 90 em Lá Maior “Italiana”
Sinfonia n.º 5, op. 107 em Ré Maior “A Reforma”
Direção musical Donato Renzetti
Orquestra Sinfónica Portuguesa
Coro do Teatro Nacional de São Carlos
Maestro titular do Coro Giovanni Andreoli
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Donato Renzetti | Direção Musical
Natural de Torino di Sangro, é um dos mais importantes
maestros da atualidade, a nível mundial. Ganhou inúmeros
prémios em importantes concursos internacionais, com realce
para o Diapason d’Argento, em 1975, o Prémio G. Marinuzzi, de
San Remo, em 1976, o Prémio Ottorino Respighi, da Academia
Chigiana de Siena, em 1976, a Medalha de Bronze no 1.° Concurso
E. Ansermet, de Genève, em 1978, e, em 1980, foi eleito, por
unanimidade, vencedor do X Concurso Guido Cantelli, no Teatro
alla Scala, de Milão.
Ao longo da sua carreira, alternou a atividade com produções
de ópera e gravações. Dirigiu algumas das orquestras mais
importantes da cena musical e tem sido convidado a atuar nos principais teatros líricos do mundo.
É presença assídua, como Maestro Convidado, nos festivais de Glyndebourne, Spoleto, Pesaro e Verdi, de
Parma.
De 1982 a 1987, foi Maestro Principal da Opera dell’Orchestra lnternazionale Italiana; de 1987 a 1992,
Maestro Principal da Orquestra Regionale Toscana; de 1993 a 2001, Maestro Principal da Orchestra
Stabile di Bergamo; de 2004 a 2007, Maestro onvidado Principal da Orquestra Sinfónica Portuguesa. Em
2007, foi nomeado Diretor Artístico e Maestro Principal da Orchestra Filarmonica Marchigiana.
Gravou para a Philips, Frequenz, Fonit Cetra, Nova Era e Dynamic CD com obras de Mozart, Tchaikovsky,
Simone Mayer e Ouverture raras e inéditas de Schubert e Cherubini. Manfred, de Schumann, gravado
com a Orquestra e o Coro do Teatro alla Scala, recebeu o XIX Premio della Critica Discografica Italiana.
Desde 1987, é professor da disciplina de Direção de Orquestra no Curso de Alta Especialização da
Accademia Musicale Pescarese, descobrindo novas geraç õ es de talentos, como Massimo Zanetti,
Gianandrea Noseda, Danielle Agiman, Pietro Mianiti, Stefano Miceli, Michele Mariotti, Denise Fedeli,
Dario Lucantoni, Massimiliano Caldi ou Antonino Manuli.
O Collegio dei Ragionieri di Lanciano in Abruzzo outorgou-lhe o Premio Frentano d’Oro pelos méritos
artísticos em Itália e no estrangeiro, em 2002. A prestigiada Associazione Amici della Lirica dell’Opera
Festival di Pesaro fez-lhe entrega do Premio Rossini d’Oro 2006. Em 2009, recebeu o XXVI Premio Luigi lllica
e o Premio Carloni de Barattelli dell’Aquila.
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“SE NON ORA QUANDO” A MÚSICA PERANTE A TRAGÉDIA DAS DUAS GUERRAS:
PROGRAMA NO CENTENÁRIO DO INÍCIO DA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
Teatro Nacional de São Carlos | 15 de novembro
Albéric Magnard (1865-1914), Chant funèbre op. 9 para orquestra
Rudi Stephan (1887-1915), Musik für orchester in einem Satz para orquestra
Alfredo Casella (1883-1947) Pagine di guerra op. 25 bis para orquestra
Azio Corghi (1937), Pace e guerra para coro e orquestra, sobre texto de José
Saramago
Edward Elgar (1857-1934), The spirit of England para coro e orquestra
Soprano Susana Gaspar
Direção musical João Paulo Santos
Orquestra Sinfónica Portuguesa
Coro do Teatro Nacional de São Carlos
Maestro titular do Coro Giovanni Andreoli
Teatro Nacional de São Carlos (Salão Nobre) | 22 de novembro | 18h
Obras de Maurice Ravel (1875-1937), Dmitry Shostakovich (1906-1975) e Franz
Schreker (1878-1934)
Direção musical João Tiago Santos
Orquestra Sinfónica Portuguesa
Teatro Nacional de São Carlos | 29 de novembro | 18h
Obras de Luigi Dallapiccola (1904-1975), Fernando Lopes-Graça (1906-1994) e
Goffredo Petrassi (1904-2003)
Direção musical Giovanni Andreoli
Instrumentistas da Orquestra Sinfónica Portuguesa
Coro do Teatro Nacional de São Carlos
Comemorações dos 70 anos do Coro do Teatro Nacional de São Carlos
Teatro Nacional de São Carlos | datas a definir
Brundibar (ópera para crianças) de Hans Krása (1899-1944)
Libreto Adolf Hoffmeister
Ópera em um ato em colaboração com o Conservatório de Música de Lisboa
Versão portuguesa do libreto Zaida Rocha Ferreira e Cesário Costa
Encenação Bruno Cochat e Ruben Santos
Direção coral Teresa Cordeiro Direção de orquestra Francisco Sequeira
Desenho de luz Paulo Sabino
Elenco Alunos do Atelier Musical da Escola de Música do Conservatório Nacional
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João Paulo Santos | Direção Musical
Nascido em Lisboa, concluiu o curso superior de Piano no Conservatório Nacional
na classe de Adriano Jordão. Trabalhou ainda com Helena Costa, Joana Silva,
Constança Capdeville, Lola Aragón e Elizabeth Grümmer. Na qualidade de
bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian aperfeiçoou-se em Paris com Aldo
Ciccolini (1979-84).
A sua carreira atravessa os últimos 36 anos da biografia do Teatro Nacional de
São Carlos onde principiou como correpetidor (1976), função que manteve
durante a permanência em Paris. Seguiu-se o cargo de Maestro Titular do Coro
(1990-2004); desempenha atualmente as funções de Diretor de Estudos
Musicais e Diretor Musical de Cena.
Estreou-se na direção musical em 1990 com The Bear (W. Walton), encenada por
Luís Miguel Cintra, para a RTP. Tem dirigido obras tão diversas quanto óperas
para crianças (Menotti, Britten, Henze e Respighi), musicais (Sondheim),
concertos e óperas nas principais salas nacionais. Estreou em Portugal, entre outras, as óperas Renard
(Stravinski), Hanjo (Hosokawa), Pollicino (Henze), Albert Herring (Britten), Neues vom Tage (Hindemith), Le
Vin Herbé (Martin) e The English Cat (Henze) cuja direção musical foi reconhecida com o Prémio Acarte
2000. Destacam-se ainda as estreias absolutas que fez de obras de Chagas Rosa, Pinho Vargas, Eurico
Carrapatoso e Clotilde Rosa.
Como pianista apresenta-se a solo, em grupos de câmara e em duo, concertos e recitais por todo o país. A
recuperação e reposição do património musical nacional ocupam um lugar significativo na sua carreira
sendo responsável pelas áreas de investigação, edição e interpretação de obras dos séculos XIX e XX. São
exemplos as óperas Serrana, Dona Branca, Lauriane e O espadachim do outeiro, que já foram encenadas no
TNSC e no Centro Cultural Olga Cadaval. Fez inúmeras gravações para a RTP e gravou repertório diverso
desde canções do Chat Noir aos clássicos (Saint-Saëns e Liszt), passando por Satie, Martinů, Poulenc, Freitas
Branco e Jorge Peixinho. Colabora como consultor ou na direção musical em espetáculos de prosa
encenados por João Lourenço e Luís Miguel Cintra.
João Tiago Santos | Direção Musical
João Tiago Santos estudou Direção Coral na Escola Superior de Música de
Lisboa e na Escola Superior de Artes de Zurique. Em 2010 concluíu o
Mestrado em Direção de Orquestra Sinfónica e Ópera no Conservatório de
S.Petersburgo, na classe do Maestro Vassily Sinaisky, maestro principal do
Teatro Bolshoi em Moscovo. Participou em Masterclasses com Kurt Masur,
Ralf Weikert, Jorma Panula, Yuri Simonov e Osvaldo Ferreira. Atualmente
realiza um estágio na Ópera de Zurique.
João Tiago Santos realizou com várias embaixadas de Portugal projetos de
divulgação de música coral e sinfónica portuguesas no estrangeiro. No
âmbito destes projetos levou a música nacional ao público de cidades como
Moscovo, St. Petersburgo, Zurique, Luzern, Cali.
A sua actividade como maestro têm-se desenvolvido sobretudo na Suíça e
Rússia, onde tem dirigido tanto repertório sinfónico como Ópera e Ballet.
Dirigiu, entre outras, a Orquestra Sinfónica de Luzern, Orquestra Festival
Strings Luzern, Orquestras Sinfónicas de S. Petersburgo, Petrozavodsk e
Kislovodsk, Orquestra Filarmónica de Cali, Orquestra do Algarve e Orquestra Sinfónica Kapella de S.
Petersburgo, com a qual tem vindo a interpretar a integral das sinfonias de Shostakovich.
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Giovani Andreoli | Direção Musical
Giovanni Andreoli estudou Piano, Composição e Direção Coral e de
Orquestra. Na qualidade de maestro de coro colaborou na RAI de Milão, na
Arena de Verona, e nos teatros La Fenice de Veneza e Carlo Felice de
Génova. Trabalhou com os maestros Delman, Muti, Chailly, Barshai,
Karabtchevsky, Arena, Santi, Campori, R. Abbado e Renzetti. Na Bienal
Música de Veneza estreou mundialmente obras de Guarnieri, Pablo,
Clementi e Manzoni. Dirigiu os Carmina Burana e a Petite Messe solennelle;
L’esperienza corale nel ‘900 italiano; L’elisir d’amore em Reiquiavique; Missa
da Coroação (Mozart) e Missa n.º 9 (Haydn), em São Paulo; Via Crucis de
Liszt (Orvieto); Les Noces (Stravinski) no Festival de Granada; Otello (Rossini)
no Theater an der Wien; e a primeira audição moderna da Missa
Amabilis e Missa Dolorosa de Caldara; Il barbiere di Siviglia (Teatro dei
Vittoriale, Gardone-Riviera), La traviata (Teatro Real de Copenhaga),Una
cosa rara de Soler (Teatro Goldoni, Veneza); La Bohème (Teatro Grande de
Brescia). Gravou para a BMG Ricordi, Fonit Cetra e Mondo Musica Munchen,
entre outras obras, Orfeo cantando… tolse (A. Guarnieri) na RAI de Florença (1996), e os Carmina Burana no
Teatro La Fenice. De 1994 a 2004 Giovanni Andreoli foi o responsável artístico pela temporada lírica do
Teatro Grande de Brescia.
Giovanni Andreoli dirigiu com João Paulo Santos concertos corais com obras de Brahms, de Kodály, de
Lopes-Graça, e de Freitas Branco. Em 2006 iniciou a sua colaboração com a Companhia de Ópera
Portuguesa dirigindo as óperas Madama Butterfly e La traviata e o Requiem de Verdi em Lisboa e no
Festival de Óbidos.
Retomou o cargo de Maestro Titular do Coro do Teatro Nacional de São Carlos (em janeiro de 2011), que já
ocupara entre 2004 e 2008.
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CONCERTO DE NATAL | 20 de dezembro| 21h
Georg F. Handel (1685-1750) – Wolfgang A. Mozart (1756-1791)
The Messiah oratória para solistas, coro e orquestra
Direção musical Carlos Mena
Solistas a anunciar
Orquestra Sinfónica Portuguesa
Coro do Teatro Nacional de São Carlos
Maestro titular do Coro Giovanni Andreoli
Carlos Mena | Direção Musical
Nasceu em Vitoria (Espanha), onde iniciou os seus estudos musicais.
Aprofundou a sua formação como contratenor em masterclasses
com Charles Brett e, em 1992, mudou-se para a Suiça, onde obteve
um diploma em música barroca e renascentista, na prestigiada
Escola Cantorum de Basileia, e estudou com os maestros R. Levitt e
René Jacobs.
Desenvolveu, ainda, estudos na área da música medieval, com D.
Vellard, e em ópera, formando-se em 1997.
Tratando-se de uma revelação de entre a sua geração de contratenores, Carlos Mena destaca-se pela
emoção que a sua voz transmite, pela qualidade da sua tessitura e as suas atuações inteligentes e sensíveis.
Como solista, é membro de vários importantes ensembles, como Al Ayre Español, Ensemble Guilles
Binchois, Il Seminario Musicale, Ricercar Consort, La Capella Reial de Catalunya, Hespèrion XX e Orphenica
Lyra, apresentando-se em todo o mundo, nomeadamente, no Auditorio Nacional de Madrid, Palau de la
Música de Barcelona, Konzerthaus de Viena, Stadtsoper de Berlim, Chapelle Royale de Versailles, Sidney
Opera House, Concert Hall de Melbourne, Teatro Colon de Buenos Aires, Alice Tully Hall de Nova Iorque, e
Sakura Hall de Tóquio.
Carlos Mena gravou para a Decca, Accord, Deutsche Harmonia Mundi, Glossa e Alia Vox.
É especialista em repertório do século XX (Igor Stravinsky, Benjamin Britten, Orff, Bernaola, Aracil, Benjamin
Britten).
Em 1997, Mena interpretou o papel de Orfeu em Orfeo ed Euridice, de Gluck, no Teatro Guaira (Brasil).
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CICLO DE CONCERTOS NO CCB | GRANDE AUDITÓRIO | 17h
11 de janeiro
Gyorgy Ligeti (1923-2006), Lontano para orquestra
John Adams (1947), The Death of Klinghoffer Choruses para coro e orquestra
Dmitry Shostakovich (1906-1975), Sinfonia n.º 5 em Ré Menor op. 47 para
orquestra
Direção musical Joana Carneiro
Orquestra Sinfónica Portuguesa
Coro do Teatro Nacional de São Carlos
Maestro titular do Coro Giovanni Andreoli
8 de fevereiro
Franz Liszt (1811-1886), Die Legende von der heiligen Elisabeth
Oratória para solistas, coro e orquestra
Direção musical Arturo Tamayo
Solistas a anunciar
Orquestra Sinfónica Portuguesa
Coro do Teatro Nacional de São Carlos
Maestro titular do Coro Giovanni Andreoli
8 de março
Gustav Mahler (1860-1911), Sinfonia n.º 3 para solista, coro e orquestra
Direção musical Joana Carneiro
Meio-soprano Maria José Montiel
Orquestra Sinfónica Portuguesa
Coro do Teatro Nacional de São Carlos
Maestro titular do Coro Giovanni Andreoli
3 de maio
Robert Schumann (1810-1856), Manfred op. 115
Ouverture, n. 1 Gesang der Geister, n.4 Zwischenachtmusik, n.7 Hymnus der
Geister, n.15 Schluss-Szene Ariman’s para coro e orquestra
Concerto em Lá Menor op. 54 para pianoforte e orquestra
Piotr I. Tchaikovsky (1840-1893), Sinfonia “Manfred” op. 58 para orquestra
Direção musical Pedro Neves
Pianoforte: a anunciar
Orquestra Sinfónica Portuguesa
Coro do Teatro Nacional de São Carlos
Maestro titular do Coro Giovanni Andreoli
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Arturo Tamayo | Direção Musical
Nasceu em Madrid e estudou no Conservatório de Música daquela
cidade, onde se formou com o prémio de honra em composição. Teve
como professores de direção de orquestra Pierre Boulez em Basileia,
Francis Travis em Friburgo, e Witold Rowicki em Viena; e de composição
Wofgang Fortner e Klaus Huber em Friburgo. Obteve o Diploma de
Direção de Orquestra na Escola Superior de Música de Friburgo, com as
mais altas notas.
Tem sido maestro convidado pelos mais importantes festivais de música
da Europa, como o Festival de Salzburgo, Festival de Lucerna, Wien
Modern, Proms de Londres, Bienale de Veneza, Maggio Musicale Fiorentino, Holland Festival, Festival de
Outono de Paris, Berliner Musikbiennale, Kölner Trienale. Dirige as mais importantes orquestras europeias.
Como maestro de ópera, apresentou-se em inúmeros teatros: Deutsche Oper de Berlim, Wiener Staatsoper,
Covent Garden de Londres, Teatro la Fenice de Veneza, Opera de Roma, Teatro Real de Madrid, Opera Comica
de Paris, Opera de Graz, com um repertorio variado.
Entre as mais recentes gravações, destacam-se os 3 CD dedicados à obra orquestral de Mauricio Ohana que
receberam 16 prémios internacionais, os monográficos dedicados a Goffredo Petrassi e Franco Donatoni, e a
gravação das obras de Orquestra de Iannis Xenakis, um projeto em curso, cujos três primeiros CD receberam
vários prémios internacionais. Recentemente, graavou um novo volume monográfico dedicado a Franco
Donatoni com a Orquestra Sinfónica da Radio de Hilversum. Proximamente gravará um monográfico com obras
de Klaus Huber com a Orquestra Filármonica de Luxemburgo e com a Orquestra Sinfónica da Radio de
Hilversum os "Concerti per Orchestra" de Goffredo Petrassi.
É membro da Real Academia de Bellas Artes de Granada e Professor de Direção nos Cursos de
Aperfeiçoamento da Aula de Música da Universidade de Alcalá de Henares. Recebeu o Prémio Nacional de
Interpretação de 2002.
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CICLO JOAQUÍN ACHÚCARRO, ARTISTA EM RESIDÊNCIA NO SÃO CARLOS
10 abril | 21h
Ludwig van Beethoven (1770-1827), Meerstille und glückliche Fährt, para coro e
orquestra
Frederic Chopin (1810-1849), Concerto em Mi Menor n.º 1 op. 11, para piano e
orquestra
Johannes Brahms (1833-1896) Sinfonia em Fá Maior n.º 3 op. 90, para orquestra
12 de abril | 16h
Franz Liszt (1811-1886), Les Préludes poema sinfónico para orquestra
Edward Grieg (1843-1907), Concerto em Lá Menor op. 16 para piano e orquestra
Jean Sibelius (1865-1957), Finlandia op. 26 poema sinfónico, versão para coro e
orquestra
17 de abril | 21h
Maurice Ravel (1875-1937), Concerto em Sol para piano e orquestra,
Igor Stravinsky (1882-1971), O pássaro de fogo bailado para orquestra
19 de abril | 16h
Eurico Carrapatoso (1962), nova encomenda
Serguei Rachmaninov (1843-1973), Variações sobre um tema de Paganini
para piano e orquestra
Ludwig van Beethoven, Sinfonia n.º 7 em Lá Maior op. 92 para coro e orquestra
Direção musical Joana Carneiro
Pianoforte Joaquín Achúcarro
Orquestra Sinfónica Portuguesa
Coro do Teatro Nacional de São Carlos
Maestro titular do Coro Giovanni Andreoli
Joaquín Achúcarro | Pianoforte
Apresentou-se em concerto, pela primeira vez, aos 13 anos, tendo aprendido
piano com seus pais. Após estudar nos conservatórios da sua cidade, de Madrid,
onde estudou com José Cubilles, e na Europa, venceu o Concurso Internacional
de Liverpool, em 1959. A partir desse momento, tornou-se internacionalmente
reconhecido, sendo convidado por mais e 200 orquestras, em todo o mundo,
com destaque para a Sinfónica de Londres, Sinfónica de Berlim, Filarmónica de
Nova Iorque, Sinfónica de Chicago, Filarmónica de Los Angeles, Sinfónica de
Dallas, Cidade de Birmingham, Sinfónica de RTE de Dublin. Desde 1990, leciona
na Universidade Metodista de Dallas, dedicando-se igualmente à gravação de
discos e à realização de concertos. Em 1992, o Governo de Espanha atribui-lhe o
Prémio Nacional de Música e, em 1996, a Medalha de Ouro de Mérito nas Belas
Artes. Em 2000, a UNESCO designa-o artista pela paz, pelos seus contributos
pela causa. É Comendador da Ordem de Isabel, a Católica, membro da Real
Academia de Belas Artes de San Fernando e Membro Honorário da Real Academia de Belas Artes de Nossa
Senhora das Angústias de Granada.
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III – OUTRAS ATIVIDADES
CHAPLIN NO SÃO CARLOS
Projeção de filmes mudos, com banda sonora ao vivo, reconstruídas por Timothy Brock,
por ocasião do centenário do nascimento da personagem Charlot.
8 de maio | 21h
THE KID / O GAROTO DE CHARLOT (1921),
de Charles Chaplin
Música de Charles Chaplin
10 de maio | 16h
THE GOLD RUSH / A QUIMERA DO OURO (1925), de Charles Chaplin
Música de Charles Chaplin
Direção musical Timothy Brock
Orquestra Sinfónica Portuguesa
Timothy Brock | Direção Musical
Considerado atualmente um dos maiores especialistas do mundo no campo
da música para filmes, Brock dirigiu orquestras importantes, como a Royal
Philarmonic Orchestra, a Los Angeles Chamber Orchestra, a Chicago
Symphony, a BBC Symphony, a Orquestra da Rádio Austríaca, a Orquestra de
Santa Cecília, todas as principais orquestras de França, a Rotterdam
Philarmonic, a Tonhalle de Zurique, a da Suisse Romande, a da Toscana, do
Teatro Massimo de Palermo e a do Teatro Comunal de Bolonha. No próximo
ano, voltará pela terceira vez à Chicago Symphony e pela segunda vez ao
Barbican com a BBC Symphony Orchestra; todos os anos, é convidado na
Konzerthaus de Viena.
Timothy Brock trabalha ativamente como maestro e compositor,
especialmente no repertório da primeira metade do século XX e em
representações de filmes mudos com acompanhamento musical. Entre as suas
composições, destacam-se três sinfonias, duas óperas e vários concertos para instrumento solista e
orquestra, além de 20 bandas sonoras originais para filmes mudos. Além disso, durante a sua carreira,
apresentou mais de 30 primeiras execuções para a América do Norte de autores como Shostakovich, Eisler,
Schulhoff e outros.
Compôs músicas para filmes de Buster Keaton (The General, One Week e Steamboat Bill Jr), Ernst Lubitsch
(O Leque de Lady Margarida), Robert Wiene (O Gabinete do Dr. Caligari), F.W. Murnau (Fausto, Aurora), Fu
Mattia Pascal, uma obra-prima da cinematografia europeia dos anos vinte, e para Three Bad Men, o último
western mudo de John Ford, e muitos mais. Restaurou, ainda, bandas sonoras célebres, como Nova
Babilónia, de Shostakovich, e Cabiria, de Pizzetti/Mazza.
Recentemente foram-lhe pedidas novas partituras pela Los Angeles Chamber Orchestra, pela Konzerthaus
de Viena, pela Orquestra de Lyon, pela 20th Century Fox e pelo Teatro de la Zarzuela de Madrid.
Em 1999, a Fundação Chaplin solicitou a Brock que restaurasse a partitura original para Tempos Modernos.
A partir daquele momento, iniciou-se uma profícua colaboração entre a família Chaplin e a Cinemateca
Nacional de Bolonha, que levou ao restauro das músicas originais de todas as grandes obras-primas de
Charlie Chaplin, que Brock executou praticamente em todo o mundo.
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PROGRAMA EDUCATIVO
Durante a temporada de 2014-2015, o Teatro Nacional de São Carlos orgulha-se de
renovar o seu Programa Educativo, revelador de um claro compromisso com a educação
através da música, com três iniciativas:
Concertos sinfónicos para escolas, enquadrados na temporada sinfónica da Orquestra
Sinfónica Portuguesa.
Workshops de ópera para jovens em idade escolar, enquadrados na temporada lírica do
Teatro Nacional de São Carlos.
Curadoria David Harrison
Concertos para famílias, no Foyer do TNSC, Sábados de manhã (a partir de janeiro de
2015, datas a anunciar).
Curadoria Duncan Fox
IV – DIAS DA MÚSICA NO CCB
Participação da Orquestra Sinfónica Portuguesa
e do Coro do Teatro Nacional de São Carlos
25 e 26 de abril de 2015
Orquestra Sinfónica Portuguesa e Coro do Teatro Nacional de São Carlos,
sob a direção de Joana Carneiro, CCB, 6 de abril de 2014
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Mais informações
http://www.saocarlos.pt
http://www.facebook.com/SaoCarlos
Raquel Maló Almeida
[email protected]
21 325 30 00
96 184 22 31
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