Câncer de próstata, pulmão e cabeça e pescoço e metais tóxicos

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Câncer de próstata, pulmão e cabeça e pescoço e metais tóxicos
José de Felippe Junior
Câncer não são células malignas e sim células doentes necessitando
cuidados, não extermínio JFJ
Câncer de próstata
Coorte com base populacional de 41 089 homens da Suécia com idade entre
45-79 anos foram seguidos prospectivamente de 1998 a 2009 (10,8anos) para obter
possivel associação entre “questionário de frequência alimentar” e a incidência de
câncer de próstata. Em 10,8anos observou-se 3085 casos de câncer de próstata. A
ingestão de cádmio foi drasticamente maior nos pacientes com câncer de próstata
indicando que este metal tóxico de valência variável possui papel no desenvolvimento
deste tipo de câncer (Julin-2012). Os alimentos mais ingeridos pelos pacientes com
câncer são aqueles que mais continham cádmio: pão (33%), batata (18%), cereias
excluindo o pão (15%), vegetais e legumes (9%) e carne (6%).
Picurelli em 1991 já mostrava aumento de ferro e cobre mais diminuição de
zinco e magnésio no tecido prostático com câncer (n=25) quando comparado com
tecido prostático apenas com hiperplasia (n=25). Nestes ele encontrou o inverso:
aumento de zinco e magnésio com diminuição de ferro e cobre. Na dosagem tissular dos
metais usou o método de espectrometria de absorção atômica. Lembrar que o aumento
de ferro e cobre provocam oxidação enquanto, que o o zinco e magnésio protegem os
tecidos do estresse oxidativo.
No www.pubmed.org a busca “heavy metals prostatic cancer” fornece 1911
referências.
Câncer de pulmão
Scimeca em 2014 comparou 15 biopsias de câncer de pulmão com 15 biopsias
de tumor benigno de pulmão e 15 amostras de pulmão normal. No câncer de pulmão
encontrou a presença de 3 ou mais metais tóxicos (91,7%) quando comparado com os
tumores benignos (0%) e o controle (8,3%). Os metais encontrados foram o chumbo,
cobalto, manganês e cromo na forma de metais de transição. O método de dosagem foi a
“Microanálise EDX-epon-epoxid embedded for transmission electron microscopy”. O
autor concluiu que o acúmulo patológico de metais de transição no tecido pulmonar
pode estar relacionado intimamente ao processo neoplásico.
Gostariamos muito de saber qual foi a evolução dos pacientes com metais de
transição e anatomo-patológico normal. Cremos que provavelmente irão evoluir para
neoplasia pulmonar.
Tran em 2014 comparou 28 biopsias de câncer pulmonar, não de pequenas
células, com 9 biopsias de tecido pulmonar normal e observou excesso dos metais
tóxicos cádmio e arsênio somente no tecido neoplásico. Não encontrou mercúrio ou
chumbo no material estudado. O método de dosagem foi a Espectrometria de Absorção
Atômica e a ICP-MS, “Inductively coupled plasma mass spectroscopy”. Os dados
sugerem que o acúmulo patológico de Cd e As no tecido com câncer têm impacto na
carcinogênese.
Benderli em 2011 comparou 67 amostras de tecido com carcinoma pulmonar em
estágio IIIB com 74 biopsias pulmonares normais e constatou no grupo neoplasia
aumento significande de arsênio, cádmio, chumbo e cromo.
No www.pubmed.org a busca “heavy metals lung cancer” fornece 3973
referências.
Câncer de cabeça e pescoço
Khlifi em 2013 analisou 101 biopsias de câncer de cabeça e pescoço e comparou
com biopsias de controles normais, usando o método da Espectrometria de Absosorção
Atômica. Observou que o arsênio estava 3,4vezes; o cádmio 2,5vezes, o níquel 1,5
vezes e o cromo VI 1,3vezes maior no tecido neoplásico quando comparado com o
tecido normal. Os dados sugerem que o acúmulo patológico de metais de transição no
câncer de cabeça e pescoço, ambiental, incluindo o cigarro, pode estar relacionado
intimamente ao processo neoplásico.
No www.pubmed.org a busca “heavy metals head and neck cancer” fornece
2844 referências.
Referências no site www.medicinabiomolecualr.com.br
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