m-mamaa 30-10-12 Mamografia: indutora do câncer segundo médico do Inca Confiram a matéria abaixo, publicada no jornal Correio Braziliense, aqui do DF, dia 30 de outubro passado, intitulado A polêmica mamografia, reportagem de Luciane Evans e sintam o drama de quem se dispõe a fazer mamografia, os riscos que está correndo: “Depois de meio século apontada como a melhor resposta para as tantas incógnitas sobre o câncer de mama, a mamografia já não é mais unanimidade entre os especialistas. O alerta vem do Instituto Nacional do Câncer (Inca) e instaura uma polêmica. (...) “Apostamos em uma estratégia que não tem funcionado. Hoje, a mortalidade está maior a cada ano”, diz o oncologista e sanitarista do Inca Rogério Correa. A doença – que somente este ano deve registrar 52 mil novos casos segundo estimativas do instituto - é apontada como uma das principais causas de morte entre as mulheres. Em 2010, 12.852 pessoas perderam a vida para o mal no Brasil, sendo 12.705 do sexo feminino. Os números, de acordo com Correa, demonstram que os caminhos para a prevenção podem estar equivocados. Assim, o médico do Inca diz que antes de fazer uma paciente passar pelo mamógrafo, é preciso levar em consideração benefícios e malefícios que o aparelho pode apresentar. “Há muitos resultados falso-positivos, que geram outras investigações e podem acabar em biópsia ou até na retirada da mama sem necessidade. As mulheres que têm o resultado alterado ao fazer a mamografia representam 10 %. Desse universo, só 10 % devem realmente ter o tumor", alerta Correa, acrescentando que, para cada grupo de mil mulheres que fazem o teste, 200 terão resultados falsopositivos. "Muitas brasileiras devem estar fazendo tratamentos desnecessários", ressalta. Outro malefício, de acordo com o especialista, é a exposição à radiação. "Essa é indutora do câncer. Toda vez que irradio a mama, dou uma dose pequena disso nela. Quanto mais mamografia se faz ao longo da vida, mais riscos se corre de ocorrer um câncer pela radiação". Por último, Rogério aponta que a doença é heterogênea, tendo vários tipos. "Mas cerca de 90 % são carcinomas ductais, que começam nos canais (dutos) que conduzem o leite da mama para o mamilo. Eles podem ter um comportamento altamente agressivo, que em pouco tempo vai matar o portador. Ou podem ter uma postura indolente e demorar mais um tempo para se desenvolver. Ou pode ser que comece a se formar e depois regrida, sem ir adiante. Pela mamografia, o médico não vai saber identificar como será o comportamento dele", explica, dizendo que os dois potencialmente fatais atingem um percentual muito pequeno. "Por isso, dizemos que mais da metade das mulheres estão em tratamento sem necessidade. Mas, com esse tumor não é identificado, hoje trata-se todo mundo que o apresenta. E muitas mulheres morrem por causa da cirurgia ou por sequelas da quimioterapia." (...) "Os profissionais de saúde recebem recomendações de diversas entidades, sendo que cada uma pensa a problemática de forma diferente. Para um radiologista, quanto mais mamografia, mais dinheiro. É um viés corporativista", acusa, lembrando que, antes de tudo, deve-se fazer um bom exame clínico das mamas. A posição de Correa é questionada pelo presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia, regional Minas Gerais, João Henrique Penna Reis. (...) Segundo a mastologista do Inca, Ângela Trinconi, não há consenso sobre a mamografia. "A mamografia melhorou muito de qualidade. Por isso, vale a experiência de um médico. Como aparece um maior número de pequenas lesões, com a qualidade da imagem, um doutor menos experiente vai partir, muitas vezes sem necessidade, para biópsias ou cirurgias. De fato, há muitos exames falsopositivos, não temos aparelhos adequados nem profissionais experientes em número suficiente para manejá-los, o que gera muitos laudos incorretos. Isso é uma tristeza", lamenta ela. Mas, ainda sim, a mastologista é a favor dos mamógrafos com uso e pedidos de exames responsáveis”. Ou seja, estamos diante de um exame que não é confiável - seja por conta de aparelhos inadequados, profissionais inexperientes, laudos incorretos, incerteza do laudo mesmo quando é correto – e que é agressivo ao ponto de poder gerar um câncer, mas que continua sendo cotidianamente utilizado por médicos para tomar decisões que podem matar, martirizar ou engendrar câncer nas mulheres que a ele recorram. Eis a opinião do médico do Inca. Eis a “moderna” oncologia “de ponta”. Ou seja, uma técnica totalmente alheia ao princípio hipocrático e minimamente humanista de que o dever do médico e da medicina é, em primeiro lugar, não prejudicar o paciente (Primum non nocere). O que se vê é que a “moderna” oncologia já na fase do diagnóstico, se mostra violentamente invasiva e cruenta: já vai tendo aqueles efeitos que um oncologista oficial, do Inca – portanto insuspeito em sua condição de integrante da indústria do câncer - se vê, honestamente, na obrigação de admitir. Talvez a melhor sugestão seja uma só: informem-se (e não apenas nas fontes oficiais, isto é, não apenas com os “médicos de manual”) , comecem o quanto antes a por em discussão a douta medicina oficial, reducionista e invasiva por natureza. Passem a agir como sujeitos da sua própria saúde, críticos de uma pseudo-cientificidade que em nome de fazer o diagnóstico, pode te brindar com um câncer. Gilson Dantas, Brasília, 2/11/12