PRECAUÇÕES PADRÃO E NORMAS DE BIOSSEGURANÇA

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Serviço de Controle de Infecção Hospitalar
20013 - 2014
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MEMBROS DO SERVIÇO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR
César Helbel
Márcia Arias Wingeter
Silvia Maria dos Santos Saalfeld
MEMBROS DA COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR
César Helbel – Presidente da Comissão
Almir Germano
Cecília Saori Mitsugui
Celso Luiz Cardoso
Cleverson Antonio Poças
Écio Alves do Nascimento
Edilaine Aparecida Freitas
Gisleine Elisa Cavalcanti da Silva
Gustavo Jacobucci Farah
Hilton Vizi Martinez
Márcia Arias Wingeter
Marcia Maria Marino
Rúbia Andréia Falleiros de Padua
Sandra Regina Corbello Pereira
Silvia Maria dos Santos Saalfeld
Sonia de Oliveira Alves
Vera Lúcia Dias Siqueira
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SUMÁRIO
1. Precaução padrão e normas de biossegurança ...................................................... 4
2. Normas de isolamento e precauções ...................................................................... 6
3. Operacionalizações do isolamento individual .......................................................... 8
4. Operacionalizações da coorte ............................................................................... 12
5. Operacionalizações área isolada .......................................................................... 13
6. Tipos de precaução e barreira............................................................................... 14
7. Procedimentos especiais....................................................................................... 18
7.1 Varicela ..................................................................................................... 18
7.2 Tuberculose .............................................................................................. 19
7.3 Meningite .................................................................................................. 21
8. Precauções recomendadas para diferentes situações clínicas ............................. 23
9. Precauções recomendadas para Unidades de Neonatologia................................ 30
BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................ 31
Anexo 1  Ficha de instrução para precauções anti-infecciosas .............................. 32
Anexo 2  Cartaz de precauções anti-infecciosas .................................................... 33
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1.
PRECAUÇÃO PADRÃO E NORMAS DE BIOSSEGURANÇA
BIOSSEGURANÇA
Biossegurança é o conjunto de normas e procedimentos considerados seguros e
adequados à manutenção da saúde do trabalhador, durante atividades de risco de
aquisição de doenças profissionais.
Precauções Padrão (PP). São parte das normas de biossegurança e consistem em
atitudes que devem ser tomadas por todo trabalhador de saúde frente a qualquer
paciente, com o objetivo de reduzir os riscos de transmissão de agentes infecciosos,
principalmente veiculados por sangue e fluidos corpóreos (líquor, líquido pleural,
peritoneal, pericárdico, sinovial, amniótico, secreções e excreções respiratórias, do
trato digestivo e geniturinário) ou presentes em lesões de pele, mucosas, restos de
tecidos ou de órgãos.
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO.
Funcionam como barreira contra a transmissão de microrganismos devendo ser
utilizados de acordo com o tipo de atividade realizada e o risco de exposição aos
patógenos. Por exemplo, os trabalhadores da área de saúde sob o risco de
contaminação das mucosas, devido ao respingo de sangue, devem se proteger
utilizando simultaneamente vários dispositivos de proteção: óculos protetores, luvas,
avental e máscara. Existem duas modalidades de equipamentos de proteção aos
trabalhadores: (i) Aqueles que conferem proteção coletiva (EPC) - neste caso
protege o conjunto dos trabalhadores de um setor de trabalho. Exemplos:
exaustores, caixa de descarte de pérfuro-cortante; (ii) Aqueles que conferem
proteção individual (EPI)  nesta situação a proteção é específica para um
determinado indivíduo. São considerados EPI: luvas, máscaras, óculos de proteção,
aventais, gorros, pro pés, botas e sapatos.
Uso de luvas. Observar os seguintes cuidados: (i) utilizar sempre que for antecipado
o contato com sangue e líquidos corporais, secreções e excreções, membranas
mucosas, pele lesada, artigos ou superfícies sujos com material biológico; (ii) usar
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luvas devidamente ajustadas; (iii) trocar as luvas entre procedimentos no mesmo
paciente se houver contato com material infectado; (iv) desprezar as luvas
imediatamente após uso.
Uso de avental. Observar os seguintes cuidados: (i)utilizar como barreira física,
quando existir possibilidade de contaminar as roupas ou a pele de profissional da
saúde com material biológico; (ii) utilizar avental de manga longa e sempre fechado;
(iii) desprezar o avental de proteção de contato imediatamente após uso, antes de
sair do quarto.
Uso de máscara cirúrgica. Observar os seguintes cuidados: (i) é uma barreira de
uso individual que cobre o nariz e a boca (ii) objetivo de proteger o trabalhador de
saúde de infecções por inalação de gotículas transmitidas à curta distância e pela
projeção de sangue ou outros fluidos corpóreos que possam atingir suas vias
respiratórias.
Uso de óculos de proteção. Para o uso deste equipamento, observar os seguintes
cuidados: (i) deve ser usado durante a realização de procedimentos no paciente ou
manuseio de artigos ou materiais contaminados sempre que houver a possibilidade
da ocorrência de respingos de material biológico sobre as mucosas do olho; (ii) após
o uso, lavar os óculos com água e sabão e fazer a desinfecção com álcool etílico
70%.
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2.
NORMAS DE ISOLAMENTO E PRECAUÇÕES
ISOLAMENTO
Isolamento é a segregação de um paciente do convívio de outras pessoas durante o
período de transmissibilidade da doença infecciosa, a fim de evitar que indivíduos
suscetíveis sejam infectados. Este isolamento pode ser domiciliar ou hospitalar. Os
objetivos adicionais do isolamento são: (i) promover assistência adequada ao
paciente; (ii) aumentar a segurança e a confiança no trabalho; (iii) diminuir a
possibilidade de ocorrência de um surto entre as pessoas que assistem diretamente
ao paciente, familiares e a comunidade.
A sistematização do isolamento. Proporciona vários benefícios: (i) facilidade de
atuação dos profissionais da área, (ii) economia para a instituição (evita desperdício
de EPIs) e (iii) humanização da assistência, pois demonstra que o indesejável é o
agente infeccioso e não o seu portador.
Responsabilidade. A instalação de isolamento fica sob a responsabilidade da
equipe médica e de enfermagem da unidade de internamento, que deverão analisar
a natureza da infecção/colonização e as condições do paciente. É de fundamental
importância que as medidas indicadas sejam observadas precocemente e na
suspeita de doença infecciosa, a equipe deve avaliar se a doença é passível de
isolamento e tomar as medidas necessárias para prevenir sua transmissão o mais
breve possível.
Cuidados com o aspecto psicológico do paciente em isolamento. Observar os
seguintes aspectos: (i) permitir visitas e acompanhamento após orientação (mesmo
de forma limitada), (ii) conversar com o paciente, explicando o porquê das medidas
de isolamento e buscar esclarecer suas dúvidas, visando diminuir sua ansiedade e
temores sem fundamento; (iii) incentivar uma boa interação entre o paciente e a
equipe multiprofissional; (iv) verificar se o alarme ou campainha do quarto está
funcionando, para garantir a rápida comunicação do paciente com a equipe de
enfermagem; (v) solicitar assistência social e psicológica.
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Parâmetros para instalação de isolamentos hospitalares.
Parâmetros
Tomada de decisão
Diagnóstico suspeito ou comprovado de
doença infecciosa transmissível ou
Existe necessidade de isolamento?
colonização por microrganismo multiresistente.
Tipo e mecanismos de transmissão do
Que barreiras técnicas devem ser
agente envolvido e condições do
utilizadas? (tipo de isolamento e área)
indivíduo.
Período de transmissibilidade do agente Por quanto tempo o isolamento deve
da infecção ou da colonização.
ser utilizado? (duração).
Fonte: SESA/SP, 1994 (modificado).
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3.
OPERACIONALIZAÇÕES DO ISOLAMENTO INDIVIDUAL
PASSO 1  DEFINIR O PROCEDIMENTO
Como confirmar a necessidade de isolamento? Verificar junto aos quadros de
doenças e agentes etiológicos, em anexo (páginas 25 - 32), a necessidade real de
isolamento e o tipo de precaução a ser adotada. Observar a necessidade de quarto
privativo ou não.
PASSO 2 – ESCOLHER LOCAL ADEQUADO
Como escolher o melhor local para instituir um quarto de isolamento? O quarto
onde for instalado isolamento deve ser localizado afastado do posto de enfermagem
e da sala de procedimentos, de locais onde se realizam preparo de medicações e de
áreas de grande circulação de pessoas. Sugere-se o último quarto do corredor.
Estrutura física mínima para um quarto de isolamento. O quarto de isolamento
deve possuir: (i) banheiro privativo; (ii) porta com visor; (iii) janelas teladas; (iv)
cabideiros de parede no lado externo (corredor) e no interior do quarto; (v)
campainha com fácil acesso ao paciente; (vi) pia para lavagem das mãos e material
para a higienização das mãos com preparações alcoólicas (i.e., suporte e
dispensador para álcool etílico 70% na forma de gel).
PASSO 3  PREPARAR O QUARTO PRIVATIVO
O que deve ser mantido no interior do quarto de isolamento? No interior do
quarto de isolamento deve ser mantido: (i) mobiliário restrito a cama, mesa de
cabeceira e de refeição, escadinha, suporte para soro e cadeira; (ii) materiais e
equipamentos
para
uso
exclusivo
do
paciente
(e.g.,
estetoscópio,
esfigmomanômetro, termômetro, jarra para água, copos descartáveis, cuba rim,
bacia e jarra inox, comadre papagaio, “hamper”, suporte para saco de lixo e balde
para desinfecção de materiais contaminados). Todo o material deve permanecer no
quarto em quantidade suficiente para uso, entretanto deve ser evitada a formação de
estoque de material, pois ao final do isolamento este deve ser desprezado.
Como deve ser mantida e utilizada a porta do quarto de isolamento? A porta do
quarto deve ser mantida fechada e identificada como isolamento. A porta do quarto e
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sua maçaneta interna são consideradas como contaminadas. Usar papel toalha para
abrir a porta ao sair do quarto, desprezando-o no cesto de lixo do quarto.
Como identificar um quarto de isolamento? Fixar na parte externa da porta a
folha de orientações específicas para o tipo de isolamento definido, assinalar
somente os quadros necessários, anotar a data do início e do tempo previsto para o
isolamento e assinar como responsável.
PASSO 4  ORIENTAR A EQUIPE DA UNIDADE E MONITORAR O CUMPRIMENTO DAS NORMAS
Que procedimentos devem ser evitados durante o período de isolamento? Os
seguintes: (i) não levar o prontuário do paciente para o quarto; (ii) não fazer reserva
de material no quarto; (iii) evitar levar para o quarto frascos com grande quantidade
de soluções germicidas; (iv) evitar que profissionais usuários de quimioterapia
imunossupressora e grávidas cuidem do paciente em isolamento; (v) não circular
com EPI fora do quarto (luvas, máscara, avental); (vi) controlar a entrada de alunos
no quarto. Permitir a entrada apenas daqueles que estão diretamente responsáveis
pelo paciente; (vii) evitar que a mãe ou outro acompanhante desrespeitem as
barreiras instaladas.
Devemos restringir a entrada da equipe de saúde no quarto de isolamento?
Sim. Os profissionais que prestam assistência ao paciente em isolamento deverão
ser exclusivos. Na impossibilidade da equipe exclusiva, o profissional deverá realizar
as atividades com o paciente de isolamento somente depois de prestar os cuidados
aos outros pacientes.
PASSO
5 
ORIENTAR AS EQUIPES DE APOIO
QUE NECESSITAM ENTRAR NO
ISOLAMENTO  NUTRIÇÃO, LABORATÓRIO, PSICOLOGIA, SERVIÇO SOCIAL E LIMPEZA.
Como organizar a entrada de alimentos e saída de restos alimentares e
utensílios do quarto de isolamento? Utilizando os seguintes procedimentos: (i)
realizar limpeza e desinfecção das mamadeiras e jarras de água, antes da retirada
do quarto; (ii) utilizar sempre que possível, material descartável ou passível de
desinfecção; (iii) usar a técnica de dupla embalagem para retirada de material do
quarto no caso de sujidade no exterior do invólucro; (iv) não permitir entrada de
funcionários do Serviço de Nutrição no quarto privativo.
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Podemos permitir a entrada de brinquedos no quarto de isolamento? Os
brinquedos utilizados por crianças em isolamento devem permanecer no quarto e
devem ser de plástico ou outro material lavável, para facilitar a limpeza e
desinfecção ao final do isolamento.
Devemos permitir a entrada de livros e revistas no quarto de isolamento? Estes
não devem ser restritos, porém devem ser descartados ao final do isolamento, pela
impossibilidade de desinfecção.
Podemos permitir a entrada de flores no quarto de isolamento? Não há nada
contra a presença de flores em corredores e quartos de pacientes, exceto no caso
de isolamento protetor para paciente imunodeprimido.
PASSO 6  ORIENTAR OS VISITANTES E ACOMPANHANTES
Como proceder a liberação de visitantes para pacientes em isolamento?
Observando as seguintes recomendações: (i) as visitas aos quartos de isolamento
devem ser restritas e o tempo de visita deve ser limitado; (ii) a portaria do hospital
deve informar à equipe de enfermagem da unidade de internação sobre a entrada do
visitante; (iii) antes da entrada no quarto, o visitante deve ser informado sobre os
riscos de contrair ou disseminar infecções, como lavar as mãos antes de entrar e
após sair do quarto privativo e como utilizar o EPI adequadamente de acordo com o
tipo de isolamento.
Devemos permitir a presença de acompanhantes no quarto de isolamento?
Permitir a presença de apenas um acompanhante no quarto, se necessário, e
orientá-lo quanto a: (i) manter a porta do quarto fechado e não circular pelo corredor
ou outras enfermarias; (ii) higienização das mãos; (iii) seguir rigorosamente as
medidas indicadas para o tipo de isolamento. Utilizar sempre avental; (iv) não retirar
do quarto nenhum objeto antes da desinfecção. Não sair do quarto com avental; (v)
evitar tocar em aparelhos e material utilizados pelo paciente; (vi) não utilizar prato,
copos, talheres e roupas do paciente. Não se alimentar no quarto de isolamento; (vii)
comunicar imediatamente à equipe de enfermagem se notar presença de água,
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fezes, urina ou escarro no chão, para que seja providenciada a limpeza e
desinfecção; (viii) não jogar lixo e roupa suja no chão, colocá-las no saco plástico
próprio ou “hamper”.
PASSO 7  FINALIZAR O ISOLAMENTO
Como descartar os materiais ao final do isolamento? Segundo as normas de
acondicionamento dos resíduos de saúde, deve-se sempre utilizar saco plástico
branco leitoso, para os materiais de risco biológico. Descartar todos os materiais não
utilizados, que eventualmente foram levados para dentro do quarto, assim como o
volume residual das soluções germicidas, sabões ou outros produtos. Retirar as
roupas e encaminhar à lavanderia, utilizando também saco plástico branco leitoso,
no interior do hamper, para identificar a roupa. Para os mobiliários e equipamentos
fazer a limpeza e desinfecção com álcool 70%, antes de retirá-los do quarto. Após a
retirada de todos os materiais e mobiliários, deve se proceder a lavagem e
desinfecção
completa
do
quarto
e
do
anteriormente.
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banheiro,
conforme
recomendado
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4.
OPERACIONALIZAÇÕES DA COORTE
Coorte é a forma de separar em uma enfermaria um grupo de pacientes que foram
acometidos de doença infecciosa causada pelo mesmo agente, durante um surto ou
epidemia. É importante observar se o microrganismo, isolado de todos os pacientes,
apresenta seguramente o mesmo perfil de susceptibilidade aos antimicrobianos para
evitar propagação de resistência ou super-infecção.
Como separar pacientes em Coorte? Manter em uma mesma enfermaria apenas:
(i) pacientes infectados ou colonizados pelo mesmo agente etiológico; (ii)
contactuantes susceptíveis de doenças de alta transmissibilidade, por exemplo,
pacientes que entraram em contato com varicela e não foram vacinados
previamente, nem tinham antecedente de varicela (não imunes).
Qual a duração de uma Coorte? Seguir a determinação definida pela doença ou
agente etiológico específico, variável pelo período de transmissibilidade de cada
doença, conforme mostrado nos quadros das páginas 25 - 32.
São sempre necessários todos os procedimentos de barreira em uma Coorte?
Não. Os procedimentos recomendados em uma Coorte serão estabelecidos a partir
da determinação do agente etiológico, sendo definidos a partir das formas de
transmissão da doença verificadas nos quadros das páginas 25 - 32.
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5.
OPERACIONALIZAÇÕES DA ÁREA ISOLADA
Área isolada foi um conceito recentemente introduzido utilizado para algumas
doenças transmitidas por gotículas e por contato, que por não terem grande
capacidade de dispersão, podem ser delimitadas em uma área de cerca de dois
metros do paciente. Os pacientes incluídos nesta precaução podem ocupar espaços
comuns, como a UTI, e enfermarias, desde que a área ao seu redor seja isolada ou
que ocupe a parte mais distante da entrada enfermaria. No caso de enfermaria de
três leitos, por exemplo, devemos deixar vago o leito do meio e manter o paciente
em área isolada na parte mais distante da porta na enfermaria, separados por um
biombo, que apenas serve como barreira de alerta para a equipe.
As orientações específicas para cada isolamento deverão estar afixadas na parede
ou na cabeceira do leito do paciente vide modelo na pagina 34.
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6.
TIPOS DE PRECAUÇÃO E BARREIRAS
PRECAUÇÕES PADRÃO (PP)
Estão incluídas entre as medidas de precaução padrão as seguintes atitudes:
Higienização das mãos. Antes e após o contato com paciente, antes e depois de
calçar luvas, antes e depois de entrar em contato com materiais e equipamentos
presentes na área do leito do paciente e em outras situações descritas
anteriormente.
Uso de luvas não-estéreis. Se existir risco de contato com sangue e outros fluídos
corporais, membranas mucosas e pele não-íntegra, e outros itens considerados
contaminados. As luvas devem ser retiradas imediatamente após o uso. A
higienização das mãos após a retirada é obrigatória.
Uso de aventais limpos não-estéreis. Toda vez que possa ser prevista
contaminação por sangue e outros fluídos corporais. Retirar o avental imediatamente
após o uso e lavar as mãos após este procedimento.
Uso de máscara, óculos e protetor facial. Somente quando possa ser prevista
contaminação de membranas mucosas boca e olhos com sangue e outros fluídos
corporais (jatos ou “sprays” desses fluídos).
Destino adequado de material pérfuro-cortante. Sempre zelar pelo destino
correto de materiais perfuro-cortante e dos cuidados na sua manipulação e
transporte.
Imunização efetiva dos trabalhadores. É realizada pela vacinação contra doenças
imunopreveníveis, (hepatite B, tétano, rubéola) e profilaxia com imunoglobulinas e
medicamentos, em casos indicados.
Cuidados ambientais. Zelar pelos equipamentos e materiais utilizados para
cuidados ao paciente e com as superfícies fixas, além de descarte adequado dos
resíduos.
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PRECAUÇÕES DE CONTATO (C)
Medidas que devem ser aplicadas às doenças de transmissão que envolve o contato
direto pele a pele, através de fômites ou objetos de uso comum. Também são
recomendadas a pacientes com feridas apresentando drenagem excessiva de difícil
contenção devido ao risco de contaminação ambiental. Para adotar as medidas de
precauções de contato são necessários os seguintes itens:
Quarto. Privativo, área isolada ou coorte com pacientes infectados.
Luvas. As luvas deverão ser utilizadas ao contato com paciente ou material
infectante, descartando-as após o uso e higienizar as mãos.
Avental de manga longa. Usar sempre que existir contato da roupa do profissional
com o paciente, leito, mobiliário ou material infectante. Em caso de paciente com
diarréia, colostomia, ileostomia ou ferida, onde a secreção não é contida no curativo,
torna-se obrigatório o uso de avental durante a assistência ao paciente.
Transporte do paciente. O transporte deverá ser evitado, mas quando necessário o
material infeccioso eliminado pelo paciente deverá ser contido com curativo, avental
ou lençol, para evitar contaminação de superfícies. Se o paciente for encaminhado
para a realização de exames ou procedimentos fazer desinfecção da maca ou
cadeira de transporte. Sempre comunicar com antecedência a unidade para o qual o
paciente está sendo transportado, objetivando organizar a recepção do mesmo.
Artigos e equipamentos. Deverão ser exclusivos para cada paciente; limpos
regularmente se apresentar sujidade e devem ser desinfectados ou esterilizados
após alta do paciente.
PRECAUÇÕES RESPIRATÓRIAS (R)
Medidas recomendadas para impedir a transmissão de microrganismos por gotículas
(i.e., partículas maiores de 5 m), no caso de contato com a mucosa oral, nasal ou
conjuntiva, que ocorre com freqüência durante a tosse, espirro ou em procedimentos
de aspiração de secreções em vias aéreas. Estas partículas não permanecem em
suspensão no ar, necessitando, portanto, de um contato mais íntimo e próximo da
fonte para ocorrer à transmissão. Para adotar as medidas de precaução respiratória
são necessários os seguintes itens:
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Quarto. Privativo, com a porta sempre fechada.
Máscara.
Obrigatório
uso
de
máscara
comum,
durante
o
período
de
transmissibilidade de cada doença, para todas as pessoas que entrarem no quarto.
A máscara deverá ser desprezada à saída do quarto.
Transporte. Evitar, mas quando necessário o paciente deverá sair do quarto
utilizando máscara comum (cirúrgica).
PRECAUÇÕES COM AEROSSÓIS (A)
Medidas recomendadas para impedir a transmissão de microrganismos por
pequenas partículas, com tamanho inferior 5 m (aerossóis), que podem
permanecer suspenso no ar por longos períodos de tempo, dispersando-se com
maior facilidade a grande distância, podendo ser inaladas e causar infecção em
indivíduo susceptível. As precauções com aerossóis são utilizadas na suspeita ou
confirmação de: (i) tuberculose pulmonar ou laríngea; (ii) varicela; (iii) herpes zoster
disseminado ou com lesões extensas em pacientes imunossuprimidos; (iv) situações
especiais (e.g., influenza aviária e Gripe A durante procedimento em vias aéreas).
Para adotar as medidas de precauções com aerossóis são necessários os seguintes
itens:
Quarto. Obrigatoriamente privativo, com porta fechada. De forma ideal devem dispor
de sistema de ventilação com pressão negativa e trocas de ar (6/6horas) para o
ambiente externo (longe de calçadas, janelas que podem ser abertas).
Transporte do paciente. Evitar, mas quando necessário o paciente deverá sair do
quarto utilizando máscara comum (cirúrgica).
Máscaras. Obrigatório o uso de máscaras (N95 ou PFF2) com capacidade de filtrar
partículas menores do que 3 µm. A máscara deve ser colocada antes de entrar no
quarto e retirada somente após a saída do mesmo.
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Figura 1: Etapas para colocação da máscara PFF no rosto: a) Segurar o respirador
com a pinça nasal próximo às pontas dos dedos deixando as alças pendentes; b)
Encaixar o respirador sob o queixo; c) Posicionar um tirante na nuca e o outro sobre
a cabeça; d) Ajustar a pinça nasal no nariz; e) Verificar a vedação pelo teste de
pressão positiva.
Figura 2: Etapas para retirada da PFF do Rosto para patógenos que não requerem
precauções de contato, pois nesta situação deve ser realizada com uso de luvas: a)
Segurar a PFF comprimida contra a face, com uma das mãos, para mantê-la na
posição original. Retirar o tirante posicionado na nuca (tirante inferior) passando-o
sobre a cabeça; b) Mantendo a PFF ainda na posição, retirar o outro tirante (tirante
superior), passando-o sobre a cabeça; c) remover a PFF da face sem tocar a sua
superfície interna com os dedos e guardá-la ou descartá-la.
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7.
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
7.1
VARICELA
Porque existe um procedimento especial quando se confirma um caso de
varicela em uma criança internada, que não estava devidamente isolada? A
varicela é uma doença altamente contagiosa, sendo que sua transmissão ocorre
facilmente pelas partículas de saliva suspensas no ar, que ficam dispersas, sendo
transmitidas a longa distância ou pelo contato direto com as lesões de pele. Existe
um risco de ocorrência de um surto hospitalar da doença, que se atingir pacientes
imunodeprimidos susceptíveis pode resultar em quadros graves e fatais.
Como proceder quando se confirma um caso de varicela em uma criança
internada? A criança com varicela deve ser transferida para um quarto privativo e
mantida com precauções por aerossóis e contato ou, se possível, receber alta.
O que devo fazer com os pacientes contactuantes que estavam na mesma
enfermaria que a criança com varicela ou que tiveram um contato prolongado
com ela (mais de uma hora em ambiente fechado)? Avaliar os contatos diretos do
caso de varicela, fazendo uma lista para separar os pacientes que já tiveram varicela
ou que receberam a vacina para a doença (imunes) e os susceptíveis (não imunes)
à varicela.
O que devo fazer com os contactuantes imunes à varicela? Os imunes à varicela
podem ser mantidos em qualquer enfermaria, sem precaução especial.
O que devo fazer com os contactuantes susceptíveis? Devido ao período de
incubação da doença ser de 14-21 dias, em média 15 dias, os susceptíveis deverão
receber alta ou serem mantidos em uma enfermaria separada com medidas de
precaução por aerossóis e contato, a contar de 10 dias após o primeiro contato até
21 dias do último contato. Se desenvolverem a doença durante este período devem
ser transferidos para a enfermaria onde permanecem os doentes com varicela. Os
contactuantes susceptíveis que deverão receber gamaglobulina hiperimune contra
varicela zoster são: (i) crianças imunodeprimidas; (ii) gestantes, particularmente no
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primeiro trimestre de gestação; (iii) recém natos de mães em que a varicela se tenha
manifestado nos últimos 5 dias antes do parto e até 48 horas depois do parto; (iv)
recém natos prematuros com 28 semanas ou mais de gestação, hospitalizados, cuja
mãe não tenha tido varicela; (v) recém natos prematuros com menos de 28 semanas
de gestação e com peso inferior a 1000 gramas ao nascimento, hospitalizados,
independentemente de haver ou não relato de antecedente materno de varicela.
Importante: nos grupos acima citados, o uso de imunoglobulina só deve ser
indicado quando houver a permanência junto com o doente durante, pelo menos,
uma hora, em ambiente fechado.
Devemos admitir mais pacientes novos na unidade quando existirem dois ou
mais quartos destinados para isolamento? A admissão de novos pacientes
poderá ser realizada segundo a disponibilidade de outra enfermaria, na qual estes
pacientes não tenham contato com os pacientes susceptíveis em quarentena.
Como orientar a equipe de profissionais que prestam assistência aos
pacientes com varicela? O profissional susceptível, que teve contato com o caso
de varicela não deverá trabalhar com pacientes imunodeprimidos no período de 10
dias após o primeiro contato até 21 dias do último contato com o paciente com
varicela, devendo ser afastado do trabalho se surgirem sintomas de infecção. A
profissional gestante e as pessoas que possuam qualquer tipo de imunodeficiência
devem evitar, ao máximo, entrar em quarto de isolamento de varicela, mesmo que
não sejam susceptíveis.
7.2
TUBERCULOSE
Porque devemos identificar precocemente e isolar com rigor os pacientes com
tuberculose? Devido ao aumento do número de casos de tuberculose em todo o
mundo, sendo considerada pela Organização Mundial da Saúde como uma
prioridade em saúde pública para diagnóstico e tratamento. Ainda, como fator
adicional, a emergência de casos de cepas do bacilo da tuberculose resistentes a
vários medicamentos. Sabemos que quanto maior o tempo que o paciente com
tuberculose for mantido sem os devidos cuidados de isolamento, maior será o risco
de aquisição da doença pelos profissionais da saúde, que prestam assistência ao
doente, assim como de outros pacientes.
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Devemos
providenciar
o
isolamento apenas
para
os
pacientes
com
tuberculose confirmada? Não, apenas a suspeita já é um indicativo da
necessidade de isolamento. Devemos providenciar o isolamento dos pacientes com
suspeita clínica ou radiológica, que estiverem realizando exames confirmatórios de
escarro (i.e., baciloscopia e cultura), mesmo antes da liberação do resultado pelo
laboratório de microbiologia.
Como definir a melhor enfermaria para realizar o isolamento para tuberculose?
Devemos seguir as orientações básicas já descritas anteriormente para isolamento
individual em quarto privativo, devendo destacar a importância de um quarto bem
ventilado.
Podemos realizar isolamento em coorte para tuberculose? Não. O paciente com
tuberculose deve permanecer isolado em quarto privativo, não sendo permitida
realização de coorte devido a possibilidade de existir diferentes cepas de
micobactérias resistentes.
Existe recomendação de uso de máscara especial no isolamento de
tuberculose? Sim. Durante os cuidados no isolamento de tuberculose, devemos
utilizar a máscara especial N95. Esta máscara é de uso individual e descartável,
porém pode ser utilizada por até cinco dias desde que esteja seca e limpa. Cada
profissional deverá identificar a sua máscara com o nome e a data do inicio do uso e
após utilizá-la, ao sair do isolamento, deverá embalar a máscara em um saco
plástico transparente e acondicioná-la em uma caixa plástica, que deverá ser
colocada em uma mesa de apoio próxima a porta do isolamento.
Existe recomendações para isolamento em quarto privativo de crianças com
Tuberculose? Sim, as crianças devem permanecer em isolamento de tuberculose
nas seguintes situações: (i) tuberculose pulmonar cavitária; (ii) esfregaço de escarro
positivo para BAAR; (iii) comprometimento laríngeo; (iv) infecção pulmonar extensa
ou (v) tuberculose no lactente ou congênita. Podem ser retirados do isolamento as
crianças com 3 (três) esfregaços de escarro negativos para BAAR e sem tosse.
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7.3
MENINGITE
Em todos os tipos de meningite a quimioprofilaxia é indicada? Não. Somente
está indicada a quimioprofilaxia para os casos de meningite ou doença
meningocócica causada por Neisseria meningitidis (meningococos) e meningite
causada por Haemophylus influenzae.
Em que situação devemos recomendar a quimioprofilaxia para meningite
meningocócica? A quimioprofilaxia é indicada para contatos íntimos com pacientes
com doença meningocócica. Entende-se por contato Íntimo, o contato próximo e
prolongado que permita a transmissão direta do microrganismo, como por exemplo:
(i) os moradores da mesma casa e indivíduos que partilharam alojamento, nos
últimos 5 dias; (ii) crianças menores de 7 anos que freqüentam a mesma classe na
creche ou pré-escola; (iii) profissionais de saúde que atenderam o paciente e
realizaram aspiração de secreções ou manobras de ressuscitação.
Inportante: Não é indicada nos contatos hospitalares de rotina (enfermeiros,
médicos atuando sob as normas hospitalares vigentes); contatos escolares casuais
(escola primária e outras); contatos casuais no trabalho ou residência, uma vez que
estudos mostram que pessoas sob estas condições praticamente não apresentam
riscos de desenvolver a doença. Em média, 12 horas após o término da
quimioprofilaxia, o indivíduo torna-se novamente susceptível para albergar o
meningococo na nasofaringe, se as condições epidemiológicas permanecerem
inalteradas.
Em que caso de contato devemos recomendar a quimioprofilaxia para
meningite por H. influenzae? Na meningite por H. influenzae a quimioprofilaxia é
indicada apenas para os seguintes casos: (i) todos os contatos domiciliares
(incluindo adultos), desde que existam crianças menores de 4 anos de idade, entre
estes contatos, além do caso índice; (ii) em creches ou escolas onde existam
crianças expostas com idade inferior a 24 meses e diante da ocorrência de um
segundo caso confirmado.
Qual medicamento deve ser utilizado para a quimioprofilaxia? A droga de
escolha é a rifampicina. As doses recomendadas e a duração da quimioprofilaxia
recomendadas pelo Ministério da Saúde estão dispostas no quadro a seguir:
SCIH - HUM
22
Quadro 1 . Esquema de quimioprofilaxia com rifampicina por etiologia
SCIH - HUM
23
8. PRECAUÇÕES RECOMENDADAS PARA DIFERENTES SITUAÇÕES CLÍNICAS
Infecção ou
Agente
etiológico
Abscesso com
grande
drenagem
Actinomicose
Antrax
Ascaridíase
Aspergilose
AIDS
Botulismo
Bronquite/Infecção respiratória
VSR/Vírus
Parainfluenze
(Lactente e Préescolar)
Brucelose
Candidíase:
intestinal
e outras
Cancro mole
Caxumba
Celulite extensa
com grande
drenagem
Cisticercose
Citomegaloviros
e
Material
Infectante
Tipo de
Precaução
Alojamento
Duração
Secreção
purulenta
Contato +
Padrão
Área isolada
Duração da
doença
Nenhum
Padrão
Comum
--
Nenhum
Nenhum
Nenhum
Sangue e Fluídos
corporais
Nenhum
Padrão
Padrão
Padrão
Comum
Comum
Comum
Comum
----
Padrão
Comum
--
Contato +
Padrão
Comum
Duração da
doença
Padrão
Comum
--
Padrão
Comum
--
Padrão
Comum
--
Respiratória
+ Padrão
Quarto privativo
ou Coorte
Até 9 dias do
início do edema
glandular
Secreção
purulenta
Contato +
Padrão
Área isolada
Duração da
doença
Nenhum
Urina, saliva,
líquor, sêmen,
leite
Padrão
Comum
--
Padrão
Comum
--
Secreção
respiratória
(gotículas)
Secreção
purulenta
Fezes e
Secreção das
lesões
Secreção das
lesões
Secreção
respiratória
(gotículas)
Padrão
Clamydia
trachomatis
(todas as
formas)
Exsudato
purulento
Padrão
Comum
Cólera
Fezes, vômitos
Contato +
Padrão
Quarto privativo
ou Coorte
Conjuntivite
Exsudato
purulento
Padrão
Comum
Conjuntivites
hemorrágica
aguda
Exsudato
purulento
Contato +
Padrão
Comum
SCIH - HUM
--
Duração da
doença
Duração da
doença
Duração da
doença
24
PRECAUÇÕES RECOMENDADAS PARA DIFERENTES SITUAÇÕES CLÍNICAS
Infecção ou
Agente
etiológico
Material
Infectante
Tipo de
Precaução
Alojamento
Duração
Coqueluche
Secreção
respiratória
Respiratória
Quarto privativo
ou Coorte
Até 5 dias do
início tratamento
eficaz
Nenhum
Padrão
Comum
--
Nenhum
Sangue
Padrão
Padrão
comum
Comum
--
Padrão
Comum
Duração da
doença
Contato
Quarto privativo
ou coorte
Padrão
Comum
Campylobacter
Padrão
Comum
Clostrídium
diffícile
Contato
Quarto privativo
ou Coorte
Duração da
doença
Cryptosporidium
E..coli EH
Giardia
Padrão
Padrão
Padrão
Rotavírus
Contato
Comum
Comum
Comum
Quarto privativo
ou Coorte
Duração da
doença
Salmonella
Shiguella
Yersínea
enterocolítica
Padrão
Padrão
Comum
Comum
Padrão
Comum
Contato
Quarto privativo
ou Coorte
Creutzfeldt –
Jacob doença
Criptococose
Dengue
Diarréia
até definição do
Agente
Paciente
continente
Fezes
Paciente
incontinente
Diarréia com
Agente definido:
Paciente
continente:
Amebíase
Paciente
incontinente
(< 6 anos idade):
Independente do
agente etiológico
Fezes
SCIH - HUM
Duração da
doença
25
PRECAUÇÕES RECOMENDADAS PARA DIFERENTES SITUAÇÕES CLÍNICAS
Infecção ou
Agente
etiológico
Material
Infectante
Tipo de
Precaução
Alojamento
Cutânea
Secreção das
lesões
Contato
Quarto privativo
ou Coorte
Faríngea
Secreção
respiratória
(gotículas)
Depende do
agente
Respiratória
Quarto privativo
ou Coorte
Padrão
Comum
Secreções
vaginais
Fezes
Padrão
Comum
Padrão
Comum
Fezes
Padrão
Comum
Área infestada
(contato íntimo)
Contato
Comum
Contato
Comum
Contato
Quarto privativo
ou Coorte
Contato
Quarto privativo
ou Coorte
Padrão
Comum
Duração
Difteria:
Encefalite
(ver agente
específico)
Endometrite
Enterobíase
(oxiuríase)
Enterocolite
necrotizante
Escabiose
Até duas culturas
negativas de
secreção nasal e
orofaringe
realizadas 24
horas do inicio do
tratamento
Após 24 horas de
instituição do
tratamento
Estafilococcias:
Furunculose
Ferida extensa e
Grande
queimado
Secreção
purulenta
Síndrome da
Pele escaldada
Síndrome do
choque tóxico
SCIH - HUM
Em feridas até o
desaparecimento
da secreção
26
PRECAUÇÕES RECOMENDADAS PARA DIFERENTES SITUAÇÕES CLÍNICAS
Infecção ou
Agente
etiológico
Material
Infectante
Tipo de
Precaução
Estreptococcias
Pneumonia
Faringite
Escarlatina
Secreção
respiratória
Respiratória
Alojamento
Quarto privativo
ou Coorte
Contato
Comum
Ferida extensa e
grande queimado
Eritema
infeccioso
Exantema
súbito
Febre amarela
Secreção
purulenta
Secreção
purulenta
Secreção
respiratória
Secreção
respiratória
Sangue
Contato
Quarto privativo
ou Coorte
Padrão
Comum
Padrão
Comum
Padrão
Comum
Febre tifóide
Fezes
Contato
Comum
Gangrena
gasosa
Secreção
purulenta
Secreção das
lesões
Secreção das
lesões
Padrão
Comum
Padrão
Comum
Padrão
Comum
Furunculose
Gonorréia
Granuloma
inguinal
Duração
Até 24 horas
após tratamento
eficaz
Duração da
internação
Respiratória +
contato
Gripe A
Hanseníase
Hepatite A e E
(>6 anos)
Hepatite B, C, D
Herpes simples:
mucocutâneo
disseminado
mucocutâneo
recorrente ou
encefalite
Secreção
respiratória
Quarto privativo
ou Coorte
Nenhum
Aerossóis para
procedimento
invasivo via
aérea
Padrão
Fezes
Contato
Comum
Sangue e outros
Fluídos corporais
Padrão
Comum
Contato
Quarto privativo
ou Coorte
Secreção das
lesões
Comum
Padrão
Comum
SCIH - HUM
7 dias adulto
14 dias criança
Duração da
internação
Até que todas as
lesões estejam
na fase de crosta
27
PRECAUÇÕES RECOMENDADAS PARA DIFERENTES SITUAÇÕES CLÍNICAS
Infecção ou
Agente
etiológico
Herpes zoster
imunodeprimido
(localizado ou
disseminado)
imunocompetente
(localizado)
Histoplasmose
Impetigo
Infecção de
ferida operatória
Com Secreção
Contida
Secreção
Não Contida
Leptospirose
Linfogranuloma
venéreo
Listeriose
Malária
Meningites:
viral ou asséptica
fúngica
pneumocócica
tuberculosa
N. meningitidis
H. influenzae
Meningococcemia
Micobactérias
atípicas
Material
Infectante
Tipo de
Precaução
Secreção das
lesões e
respiratória
Aerossóis +
Contato
Secreções das
lesões
Nenhum
Secreção das
lesões
Secreção da
ferida
Secreção da
ferida
Alojamento
Quarto privativo
ou Coorte
Contato
Comum
Padrão
Comum
Quarto privativo
ou coorte
Contato
Padrão
Comum
Duração
Durante a
duração da
doença até
lesões em fase
de crostas
Até 24h de
terapêutica eficaz
Durante
a
Doença
Contato
Comum
Sangue, urina
Secreção das
lesões
Secreção vaginal
Sangue
Padrão
Comum
Padrão
Comum
Padrão
Padrão
Comum
Comum
Nenhum
Padrão
Comum
Nenhum
Padrão
Comum
Nenhum
Padrão
Comum
Nenhum
Padrão
Comum
Secreção
respiratória
Respiratória
Quarto privativo
ou coorte
24 horas inicio
tratamento
Secreção
respiratória
Secreção
respiratória
Respiratória
Quarto privativo
ou Coorte
24 horas inicio
tratamento
Respiratória
Quarto privativo
ou Coorte
24 horas inicio
tratamento
nenhum
Padrão
Comum
SCIH - HUM
28
PRECAUÇÕES RECOMENDADAS PARA DIFERENTES SITUAÇÕES CLÍNICAS
Infecção/Agente
etiológico
Material
Infectante
Tipo de
Precaução
Alojamento
Mononucleose
infecciosa
Multirresistente
Secreção
orofaríngea
Padrão
Comum
Trato
gastrointestinal
Fezes
Contato
Área isolada
Trato urinario
Urina
Contato
Área isolada
Trato respiratório
Secreção
respiratória
Contato
Área isolada
Pele ou ferida
Secreção
purulenta
Contato
Área isolada
Pneumococo
Secreção
respiratória
Respiratória
Pediculose
Pneumonia:
Nenhum
Contato
Quarto privativo
ou Coorte
Quarto Privativo
ou área isolada
Bactéria
indefinida
Secreção
respiratória
Padrão
Comum
Adenovírus
Respiratória +
Contato
Quarto privativo
ou coorte
Pneumococo
Padrão
Comum
Padrão
Comum
Respiratória +
contato
Quarto privativo
ou Coorte
Clamídia sp
Padrão
Comum
Legionella sp
Padrão
Comum
Mycoplasma
Respiratória +
contato
Quarto privativo
ou Coorte
Pneumocistis
jiroveci
Padrão
Comum
Duração
Até alta
hospitalar
Até 24h de
terapêutica eficaz
Durante
internação
H. influenzae

Adulto

criança
SCIH - HUM
Até 24 horas
após início
terapêutica
Durante a
internação
29
PRECAUÇÕES RECOMENDADAS PARA DIFERENTES SITUAÇÕES CLÍNICAS
Infecção ou
Agente
etiológico
Alojamento
Duração
Contato
Quarto privativo
ou Coorte
Duração da
doença
Padrão
Comum
Rubéola
Secreção
respiratória
Respiratória
Quarto privativo
ou Coorte
Rubéola
congênita
Nenhum
Contato
Área isolada
Sarampo
Secreção
respiratória
Aerossóis
Quarto privativo
ou Coorte
Nenhum
Padrão
Comum
Nenhum
Padrão
Comum
Nenhum
Padrão
Comum
Nenhum
Padrão
Comum
Lesões
Padrão
Comum
Nenhum
Secreções
exsudato
Secreções
Padrão
Comum
Padrão
Comum
Padrão
Comum
Aerossóis
Aerossóis
Quarto privativo
Nenhum
Padrão
Comum
Secreções das
lesões e
respiratória
Nenhum
Aerossóis
+
Contato
Padrão
Raiva
Riquetisiose
Sífilis
Qualquer forma
Tétano
Tifo endêmico
(murino)
Tifo epidêmico
(exantemático)
Tínea (capitis,
corporis, cruris,
pedis)
Toxoplasmose
Tracoma
(agudo)
Tricomoníase
Tuberculose
pulmonar ou
laríngea (ativa)
Tuberculose
extra pulmonar
(com ou sem
drenagem)
Varicela
Zigomicose
Material
Infectante
Secreção
respiratória
orofaríngea
Nenhum
Tipo de
Precaução
SCIH - HUM
Quarto privativo
ou coorte
Comum
Até 7 dias do
início do
exantema
Até um ano após
o inicio da doença
Até 5 dias do
início do
exantema
Três amostras de
escarro negativas
em dias seguidos
Até que todas as
lesões estejam
em fase de crosta
30
9.
PRECAUÇÕES RECOMENDADAS EM UNIDADE DE NEONATOLOGIA
Infecção ou
Agente
etiológico
TORCHS
Toxoplasmose
Rubeola
congênita
Citomegalovírus
Herpes Simples
Sífilis
mucocutânea
Varicela
Multirresistentes
Impetigo
disseminado
Abscessos e
úlcera drenagem
não contida
RN mãe
portadora de
Hepatite B
RN mãe
portadora de HIV
Meningite
Neisseria,
hemophilus B
Surto de
Enterocolite
Necrotizante
Conjuntivite
VSR ,
Adenovirus,
Parainfluenza
Infecções
fúngicas
Listeriose
Material
Infectante
Tipo de
Precaução
Secreções
corpóreas
Respiratória +
contato
Nenhum
Secreções
corpóreas
Nenhuma
Secreções das
lesões
Secreções das
lesões
Secreções
respiratorias e
lesões
Secreções
corpóreas
Secreções das
lesões
Padrão
Contato
Alojamento
Duração
Incubadora
Até
esclarecimento
diagnostico
Incubadora
Até alta
Padrão
Até resolução das
lesões
Até 24h após
tratamento
Contato
Incubadora
Contato
Incubadora
Aerossóis +
contato
Incubadora
Até resolução das
lesões
Contato
Incubadora
Até alta
Contato
Incubadora
Até resolução das
lesões
Secreções das
lesões
Contato
Incubadora
Até resoluções
das lesões
Nenhum
Padrão
Nenhum
Padrão
Secreção
respiratória
Respiratoria
Incubadora
Até 24h inicio de
tratamento
Secreções
corpórea
Contato
Incubadora
Até a alta
Secreção
corpórea
Padrão
Secreções
respiratórias
Contato
Incubadora
até melhora
sintomas
Nenhuma
Padrão
Nenhuma
Padrão
SCIH - HUM
31
BIBLIOGRAFIA
ASSOCIAÇÃO MINEIRA DE EPIDEMIOLOGIA E CONTROLE DE INFECÇÕES.
Epidemiologia, Prevenção e Controle de Infecções Relacionadas à Assistência à
Saúde. Belo Horizonte, 2013.
ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE ESTUDOS E CONTROLE
HOSPITALAR. Precaução e Isolamento. São Paulo, 1999.
DE
INFECÇÃO
CENTER FOR DISEASE CONTROL. Update: Guidelines for preventing the
transmission of tuberculosis in health care settings. Atlanta, 2005.
CENTER FOR DISEASE CONTROL. Update: Guideline for Isolation Precautions:
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FERNANDES, A.T. et al. Infecção hospitalar e suas interfaces na área da saúde.
Atheneu, São Paulo, 2000.
RODRIGUES, E.A.C. et al. Infecções hospitalares prevenção e controle. São Paulo,
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TRABULSI, L.R.; ALTERTHUM, F. Microbiologia. 5ª edição, São Paulo, Atheneu,
2008.
WENZEL, R.P. Prevention and control of nosocomial infections. Baltimore, Williams
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MINISTERIO DA SAÚDE, Guia de Vigilância Epidemiológica, Secretaria de
Vigilância Sanitária, 6ª Edição, 2006.
SCIH - HUM
32
ANEXO 1
FICHA DE INSTRUÇÃO PARA PRECAUÇÕES ANTI-INFECCIOSAS
SCIH - HUM
33
ANEXO 2
CARTAZ DE PRECAUÇÕES ANTI-INFECCIOSAS
FONTE – ANVISA 2011
SCIH - HUM
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