Roteiro de aula observacional com instrumentos de

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Franklin Rinaldo Rodrigues da Silva
Prof. Dr. Lev Vertchenko
Roteiro de aula
observacional com
instrumentos de
observações e um
software livre
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1.0 Objetivo Geral
Essa atividade terá, como objetivo, levar o aluno a conhecer um pouco dos
mistérios celestes que para ele ainda está sem resposta. Com essa aula, ele
aprenderá sobre o manuseio de instrumentos de observação e movimentos dos
astros, identificando-os e diferenciando-os como planeta ou estrela, conhecendo as
constelações pelo nome e formato, além de saber sobre magnitude e brilho
aparente.
2.0 Objetivos Específicos
 Familiarizar os alunos do Ensino Médio com os conceitos de
instrumentação e de observação astronômica;
 Permitir
o
reconhecimento
dos diferentes tipos de
observações
astronômicas e os dados por elas gerados, como brilho, magnitude limite de
um instrumento;
 Capacitar os alunos a descrever uma nova concepção de como
manusear, de forma adequada, instrumentos simples de observação celeste,
focalizando de forma correta o corpo celeste.
 Colocar os alunos na presença de uma nova atividade extraclasse, com
análise de dados astronômicos, incluindo análise de cálculo de magnitude,
de brilho e de distância através das equações descritas nesse trabalho.
3.0 Justificativa
Como nossos olhos captam a luz? Como somos capazes de enxergar tão
longe se nossa pupila apresenta pequeno diâmetro? Porque os objetos que são
enormes parecem ser tão pequenos quando estão distantes? Essas informações
que recebemos através do nosso instrumento de observação fazem com que o
mundo ao nosso redor seja mais brilhante e fascinante.
Segundo Costa (2001, p. 02),
A ideia fundamental é que, se vemos alguma coisa é porque existe luz no
ambiente, mesmo que essa luz seja bastante difusa e em baixíssima
intensidade, mas para enxergar um objeto, a luz precisa vir do objeto e
entrar no olho. Esse é um conhecimento básico no processo da visão.
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Assim, o olho se torna o principal instrumento de observação do homem,
porém, em face de suas limitações de magnitude, ele se vê na necessidade de olhar
para mais longe em busca desse alcance. Esse nosso sensor de captação da luz,
embora seja de pouco alcance, possui propriedades interessantes que nos permitem
boas observações; e foi através dele que as observações astronômicas ganharam
ritmos acelerados. Porém, podemos avançar nesse debate a respeito dessa
capacidade ocular. Embora sendo um instrumento de pequeno porte, mas suficiente
para boas observações. Como afirma o site Tecnomundo (2011),
[...] Você sabe quantos megapixels consegue enxergar? Nas câmeras
digitais existem os photosites, cada um deles responsável por um ponto das
imagens (pixel). Nos olhos o photosite é substituído por cones e bastonetes,
sendo que possuímos cerca de 576 milhões deles em nossos olhos. Ou
seja, são 576 milhões de pontos luminosos por vez, ou 576 megapixels.
(TECNOMUNDO, 2011, s.p.)
E, ainda, que:
Mas a visão humana é ainda mais avançada, pois, além da captura
superior, também possuímos um sistema interno de interpolação das
imagens. Interpolação é um processo utilizado por programas de edição de
imagens para aumentar artificialmente a resolução das imagens capturadas.
(TECNOMUNDO, 2011, s.p.)
Essa visão abre uma janela de beleza que para muitos pode ser opaca e que
não passa apenas de uma imensidão cheia de pontos luminosos sem qualquer
descrição ou informação.
Sobrinho (2009, p.16) destaca:
Olhar para o céu também nos dá uma sensação de beleza e solidão.
Sentimos o quanto é pequeno o nosso mundo (diga-se, planeta) diante da
imensidão do universo observável. Olhar para o céu nos fez sentir o desejo
de ver nosso “planetinha” de fora deste, nos fez voar como os pássaros, sair
do solo, construir aeronaves, ultrapassar a atmosfera e vislumbrar a Terra
fora desta.
4.0 Metodologia
A princípio, iremos destacar alguns pontos relevantes do nosso sistema solar:
o número de planetas, algumas de suas características como comparação entre
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tamanho,distancia até o sol, numero de luas que alguns possuem, nossa estrela e
nosso satélite natural, além das constelações visíveis no momento de uma aula
expositiva destacando o nome das estrelas mais relevante na mesma e sua
magnitude, abordando os efeitos da atmosfera e da poluição luminosa.
Esse
reconhecimento será feito com o auxílio de apontador laser e de um software livre, o
STELLARIUM, por meio do qual iremos mostrar aos alunos as constelações e suas
principais estrelas.
A seguir, introduziremos o conceito de magnitude limite e de brilho, tornando
possível conhecer que a estrela de maior brilho, necessariamente, não é aquela que
está mais próxima da Terra por parecer mais brilhante a lho nu, além de alguns
elementos que contribuem para isso, como a distância até nós, aplicando as
equações que nos ajudam a entender melhor isso.
Os instrumentos usados devem ser, na seguinte ordem, o olho humano, o
binóculo e a luneta verificando qual deles nos permite ver mais estrelas.
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ATIVIDADES
ETAPA I
01. Com auxílio do software STELLARIUM, escolha uma região do céu de melhor
visibilidade no momento e identifique as estrelas. A olho nu e com o apontador laser,
identifique as estrelas ou planetas visíveis no aplicativo e escreva os nomes abaixo.
a) Abra o aplicativo
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................................................, ............................................................
................................................, ............................................................
................................................., ............................................................
b) Comparando o que foi visto na Carta Celeste e o que foi visto a olho nu, tente
identificar essas mesmas estrelas com o apontador laser. Sentiu falta de algumas
delas? Qual? Escreva o nome abaixo.
................................................., ............................................................
................................................., ............................................................
................................................., ............................................................
................................................., ............................................................
c) Por que algumas estrelas não foram possíveis de serem observadas a olho nu?
Quais os fatores que contribuíram para isso?
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...............................................................................................................
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d) Selecione a opção visualização do céu, na aba Limitação de magnitude limite,
marque a opção “estrelas e objetos no céu noturno”, reduzindo o valor em 04
unidades. O que aconteceu com o número de estrelas no céu?
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........................................................................................................................................
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e) Agora selecione, na Carta Celeste, a opção “linhas das constelações”.
Com o apontador laser, identifique as estrelas que formam a constelação,
destacando as mais visíveis a olho nu.
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02. A pupila do olho humano, que é um orifício por meio do qual a luz chega à retina,
tem uma variância de abertura de 1,5mm a 8,0mm. Com o seu valor máximo de
abertura e utilizando a equação abaixo, determine a magnitude limite do olho.
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Em que D é o diâmetro em cm.
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03. Com o resultado obtido, quais estrelas podem ser vistas a olho nu, segundo a Carta
Celeste? Com o apontador laser, tente encontrar essas estrelas no céu.
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ETAPA II
AS ATIVIDADES, AGORA, SERÃO REALIZADAS COM O AUXÍLIO DE UM
BINÓCULO.
04. Usando um binóculo de lente objetiva de diâmetro 100 mm, iremos, primeiramente,
calcular a sua magnitude limite usando a equação dada anteriormente, na questão
2. Identifique, no programa STELLARIUM ,quais as estrelas não possíveis de serem
vistas pelo binóculo (Cite apenas algumas)
................................................., ............................................................
................................................., ............................................................
.................................................,............................................................
................................................., ............................................................
05. Agora com o auxílio do apontador laser, tente encontrar as estrelas no céu a olho
nu, acima citadas. Escreva quais você encontrou.
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06. Qual a diferença entre a observação a olho nu e a com o binóculo? Expresse essa
diferença levando em conta a magnitude do instrumento.
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07. Ajustando a magnitude limite das estrelas no STELLARIUM para 10,5, visualize
estrelas com o auxílio do binóculo.
08. Repita a operação procurando estrelas, aumentado o valor da magnitude limite em
duas unidades.
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ETAPA III
ATIVIDADE COM O GALILEOSCÓPIO.
09. Primeiro a olho nu localize tente localizar os planetas visíveis no momento. Agora
usando
o Galileoscópio, localize os
mesmos
planetas que
foram vistos
anteriormente a olho nu e outros não visível. Quais foram possíveis localizar a mais
com o Galileoscopio?
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10. Com o auxílio do STELLARIUM, localize uma estrela de magnitude 7. Agora, com o
Galileoscópio, tente localizar essas estrelas no céu.
11. Sabendo que a lente objetiva da luneta tem diâmetro de 80 mm, determine, usando
a equação já mencionada na atividade anterior, a magnitude limite do instrumento.
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12. Vamos determinar o campo visual da luneta. Aponte o telescópio para uma estrela
conveniente que esteja próxima ao equador celeste e posicione-a na borda de seu
campo de visão. Marque o horário. Deixe a estrela mover-se para o lado oposto.
Marque a hora novamente. Divida por quatro o tempo (em minutos) que a estrela
levou para cruzar seu campo de visão, tendo, assim, o campo angular de visão.
Exemplo: Decorrem 6 minutos até que uma estrela vá de um lado ao outro do campo
de visão. Nesse caso, o campo de visão foi de 1,5 graus.
13. Vamos agora visualizar a Lua. Com a luneta, localize as regiões que aparecem
escuras na Lua e possíveis crateras existentes em sua superfície, e tente reproduzir
em uma folha de papel, com um desenho. (Verifique no STELLARIUM se elas
condizem com o que foi visto).
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Informações adicionais:
As estrelas que aparecem no STELLARIUM e suas respectivas constelações são:
Aldebaran - Alpha Taurus - estrela mais brilhante da constelação de Touro.
Antares - Alpha do Escorpião, na bandeira brasileira, ela representa o estado do
Piauí.
Arcturus ou Alpha Boieiro - quarta estrela mais brilhante no firmamento.
Betelgeuse (Alpha Orionis) e Rigel (Beta Orionis) são as duas mais brilantes
estrelas da constelação de Orion.
Pólux ou Beta Geminorum - estrela mais brilhante da constelação de Gêmeos
Sirius ou Sírio é a estrela mais brilhante no céu noturno. Fica na constelação do Cão
Maior e pode ser vista de qualquer ponto do planeta Terra.
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Roteiro para montagem da luneta (Galileoscópio)
Aqui encontraremos um roteiro para montar a luneta, com os cuidados
necessários para tal. As peças estão nomeadas pelas letras abaixo. Primeiramente,
identifique-as antes da montagem para ter segurança nos encaixes corretos.
Algumas etapas simples, como colocação de um anel de plástico, que corresponde
a um total de 04 vezes, só serão mostradas uma vez. Assim, a colocação dos outros
segue na mesma ideia. Fizemos um roteiro que terá 08 (oito) etapas, que
acreditamos que seja o suficiente para uma montagem sem erros.

A – 02 (duas) metades do tubo principal

B – 02 (dois) blocos de suportes em V

C – 02 (duas) lentes objetivas de vidro de 50 mm, uma côncava e outra
plano-convexa

D – 01 (uma) porca para tripé de 1/4” (o tripé não está contido na luneta)

E – 02 (duas) metades do tubo de focalização de 50cm de comprimento

F – 01 (um) pequeno anel plástico de fixação do tubo principal

G – 02 (dois) anéis de borracha grandes

H – 01 (um) tubo de proteção da lente objetiva e fixação

I – 02 (dois) anéis de borracha pequenos

J – 02 (duas) metades do tubo da ocular principal

K – 02 (duas) metades do tubo da ocular auxiliar

L – 02 (duas) pequenas lentes de vidro de 14 mm de diâmetro uma ocular
principal côncava e outra plano-convexa

M – 01 (uma) “arruela” fina de plástico

N – 01 (um) anel grande de fixação da ocular principal

O – 01 (um) anel pequeno de fixação das oculares

P – 02 (duas) minúsculas lentes da ocular auxiliar (2)

Q – 01 (um) tubo da lente Barlow

R – 01 (um) anel plástico da ocular auxiliar
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ETAPA 01
1.1 Ao abrir a caixa da luneta, tome cuidado, pois ela está dividida em duas partes
separadas por encaixe de papelão, dobráveis, e sem estarem encaixadas. Ao
retirá-las, coloque-as sobre uma superfície plana e una as duas metades da
luneta sobre um suporte em forma de “V” (B) (FIGURA 01), com a borda voltada
para cima (FOTO 1).
1.2 Com o papel de seda no qual as lentes estão embrulhadas, segure pelas bordas
das lentes (são duas) que estão coladas, e coloque na fenda (FOTO 02) da
canaleta da luneta da região mais grossa do tubo (essa será a objetiva). As
lentes têm diâmetros de 50 mm.
Obs.: a lente mais fina deve estar voltada para o objeto, ou seja, para fora da
luneta. Coloque a outra parte do tubo.
Suporte em W
Foto 01
Lentes sendo colocadas
Foto 02
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ETAPA 02
2.1 Insira a porca do tripé de 1/4” (D) dentro do orifício que está na metade do tubo
principal do telescópio. Para colocar a porca de maneira segura, certifique-se de que
ela esteja direcionada com um de seus vértices plano para cima como mostra a
figura, senão, ela não encaixará (FOTO 03).
Foto 03
ETAPA 03
3.1 Junte as duas metades do tubo (k) (FOTO 04) de focalização e segure-os juntos.
Deslize o pequeno anel de borracha de fixação (F), envolvendo o tubo de
focalização com a extremidade mais larga do anel entrando pela extremidade do
tubo que contém os dois cortes em forma de U (pontas lisas). Prenda as duas
extremidades do tubo de focalização com os dois aneizinhos de borracha (G) (FOTO
05), os quais se ajustam nos sulcos em volta de cada extremidade do tubo. Os anéis
parecem muito pequenos para encaixar, mas eles se esticarão. Deslize o pequeno
anel de fixação (F), envolvendo o tubo de focalização com a extremidade mais larga
do anel, entrando pela extremidade do tubo que contém os dois cortes em forma de
U (pontas lisas).
Foto 04
Foto 05
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ETAPA 04
4.1 Coloque o tubo de focalização, já montado, dentro da extremidade de trás do
tubo principal (FOTOS 06 e 07). Certifique-se de que a extremidade do tubo de
focalização com os dois cortes em forma de U esteja fora do tubo principal do
telescópio, junto com o anel de fixação do tubo principal. A outra extremidade do
tubo de focalização deve ficar entre as duas saliências internas do tubo principal do
telescópio.
Foto 06
Foto 07
4.2 Coloque a segunda metade do tubo principal sobre a primeira metade (a que já
está sobre os suportes em (V) (FOTO 08). Verifique se a lente objetiva e a porca do
tripé de 1/4” se encaixam seguramente dentro dos seus orifícios na metade superior
do tubo.
Foto 08
4.3 Fixe as duas metades do tubo principal, deslizando o anel de fixação (F) na
ponta estreita do tubo principal. Coloque os dois anéis grandes de borracha (J) em
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volta do tubo principal do telescópio, nos sulcos apropriados (FOTOS 09 e 10),
colocando um através de cada extremidade do Galileoscópio. Não se preocupe: os
anéis se alongarão o suficiente para se encaixarem sobre o tubo.
Foto 09
Foto 10
ETAPA 05
MONTANDO A OCULAR PRINCIPAL
5.1 Existem duas oculares. A ocular com a abertura central maior (J) é a ocular
principal, com um aumento de 25 vezes. A ocular, com a abertura central menor (K)
é a ocular auxiliar ou galileana; as quatro lentes (L) da ocular principal, têm
aproximadamente 14 mm de diâmetro. Segure as lentes sempre com o papel de
seda fornecido, ou toque somente nas bordas para evitar impressões digitais (FOTO
11).
Foto 11
5.2 Como poderão observar, duas lentes são planas de um lado e côncavas
(curvadas para dentro) do outro. As duas outras lentes são convexas (curvadas para
fora) em ambos os lados. (Observação: Você pode perceber, pelo tato, qual face é
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plana ou curvada para fora (convexa) ou curvada para dentro (côncava), se colocar
a lente, entre o polegar e o indicador, envolvida no papel de seda). Pegue cada
uma das lentes com face plana e coloque-as com essa face (plana) sobre a mesa.
Coloque cada uma das lentes com as faces curvadas para fora (convexas) sobre
aquelas que já estão na mesa.
ETAPA 06
6.1 Neste passo, você vai colocar cada um dos pares formados (que estão sobre a
mesa) nos sulcos da cavidade central da ocular principal. Veja esquema na foto 12,
em que a primeira lente (da esquerda para a direita) tem uma face plana e a outra
face curvada para dentro; a segunda lente, grudada à primeira, tem as duas faces
convexas (curvadas para fora); depois dessa há um pequeno espaço; em seguida,
tem a terceira lente, também com ambas faces convexas e a quarta lente é igual à
primeira. Observe que ambas as faces planas ficam voltadas para lados opostos e
para fora da cavidade central da ocular.
6.2 Pegue uma metade do tubo da ocular principal (L), insira os dois pares de lentes
da ocular dentro dos sulcos de tamanho apropriado do tubo. Esteja certo de que os
lados planos dos pares de lentes estejam posicionados de maneira oposta entre si
(isto é, apontando para as extremidades do tubo ocular). Visto de perfil, as finas
lentes biconvexas estão no centro. Insira a pequena “arruela” (M) no sulco do tubo
da ocular principal.
6.3 Junte a segunda metade do tubo da ocular principal (L) com a primeira metade
(aquela que você acabou de montar), tomando cuidado para que as lentes e a
arruela se encaixem nos sulcos apropriados da segunda metade, quando você juntar
as duas. Fixe as metades com o anel de fixação (N), que deverá ser colocado o
mais próximo possível das lentes, e o anel menor de fixação (O), que vai para outra
extremidade.
6.4 Insira a ocular completamente na extremidade do tubo de focalização, como
mostrado na sequência de fotos 12, 13 e 14.
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Foto 12
Foto 13
Foto 14
ETAPA 07
MONTAGEM DA OCULAR SECUNDÁRIA OU GALILELIANA E DA LENTE
BARLOW
7.1 Pegue as duas lentes pequenas (P) com diâmetros de aproximadamente 10 mm.
Uma é mais fina no meio e ambos os lados são côncavos (curvados para dentro). A
outra lente tem um lado plano e um lado convexo (curvado para fora) (forma da letra
D). Junte as duas lentes.
Foto 15
Foto 16
Foto 17
7.2 Depois de juntar as duas lentes, coloque o par dentro do sulco de uma das
metades do tubo da ocular auxiliar (K) (FOTO 15) com o seguinte cuidado: a face
plana do par de lentes fica voltada para a parte mais grossa (larga) da ocular.
7.3 Junte a segunda metade do tubo da ocular auxiliar à primeira metade, tomando
cuidado para que as lentes se encaixem no sulco da segunda metade, quando você
juntar as duas partes, e fixe a parte larga/grossa do tubo com o segundo anel de
fixação (R) (FOTOS 16 e 17).
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7.4 Insira a extremidade estreita da ocular auxiliar até o fim da extremidade estreita
do tubo Barlow (R). Insira a ocular principal o máximo que puder, na extremidade
larga do tubo Barlow (R). Insira o lado estreito da lente Barlow no tubo de
focalização da luneta.
FASE 08
A OCULAR GALILELIANA (ou secundária)
8.1 Remova a ocular auxiliar/galileana ou secundária (K) da extremidade estreita do
tubo Barlow (Q).
8.2 Coloque no lado estreito da ocular auxiliar (K) o anel (R). O lado mais grosso do
anel fica na borda da ocular secundária. Insira a ocular Galileana no tubo de
focalização (E) do telescópio (FOTOS 18, 19 e 20).
Foto 18
Foto 19
Foto 20
8.3 Com a ocular instalada, temos um ganho de até 25 vezes na aproximação. Já
com a ocular auxiliar, que é menor, podemos aumentar ainda mais essa
aproximação, porém, com um campo de visão reduzido. Nesse caso, deve-se ter
cuidado na observação, porque as imagens projetadas são invertidas. A outra
ocular, chamada de Galileana, permite um aumento que pode chegar a até 20
vezes. Assim, é possível ter outras configurações com a associação diferente das
lentes na ocular. A sua luneta está pronta (FOTO 21).
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Foto 21 - Luneta montada
OBSERVAÇÕES PARA O USO
01 – Durante a montagem, evite pegar nas faces das lentes, segure sempre
nas bordas para evitar manchas.
02 - Nunca aponte a luneta em direção ao sol, as lesões causadas por
queimadura podem ser irreversíveis.
03 – Tente acoplar a luneta em um tripé de máquina fotográfica para uma
melhor estabilidade na observação.
04 – É possível construir um suporte com garrafas PET para servir de tripé,
que, mesmo sendo de forma artesanal desempenha a função de forma satisfatória
que é encontrado no trabalho desenvolvido por Canalle em “CANALLE, J. B. G. A
luneta com lente de óculos. Caderno Catarinense de Ensino de Física, São Paulo.
v. 11, n. 3, p. 212- 220, dez. 1994.”
05 - Na extremidade da luneta há uma mira, para servir de referência nas
observações.
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