Língua Portuguesa 1. CONDIÇÕES TEXTUAIS

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Língua Portuguesa
Professor(a):
14 aulas
1. CONDIÇÕES TEXTUAIS:
A. FUNÇÕES E USOS DA LINGUAGEM
Estamos imersos em meio a um cotidiano estritamente social, no qual nos interagimos com nossos
semelhantes por meio da linguagem. A mesma permite-nos revelarmos nossos sentimentos, expressarmos
nossas opiniões, trocarmos informações no intuito de ampliarmos nossa visão de mundo,
dentre outros benefícios.
A cada mensagem que enviamos ou recebemos, seja esta de natureza verbal ou não verbal, estamos
compartilhando com um discurso que se pauta por finalidades distintas, ou seja, entreter, informar, persuadir,
emocionar, instruir, aconselhar, entre outros propósitos.
O objetivo de qualquer ato comunicativo está vinculado à intenção de quem o envia, no caso, o emissor. Dessa
forma, de acordo com a natureza do discurso presente na relação emissor X interlocutor, a linguagem assume
diferentes funções, todas elas portando-se de características específicas, conforme analisaremos adiante:
Função emotiva ou expressiva
Nesta, há um envolvimento pessoal do emissor, que comunica seus sentimentos, emoções, inquietações e
opiniões centradas na expressão do próprio “eu”, levando em consideração o seu mundo interior. Para tal, são
utilizados verbos e pronomes em 1ª pessoa, muitas vezes acompanhados de sinais de pontuação, como
reticências, pontos de exclamação, bem como o uso de onomatopeias e interjeições.
Soneto de Fidelidade
De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Vinícius de Moraes
Função apelativa
A ênfase está diretamente vinculada ao receptor, na qual o discurso visa persuadi-lo, conduzindo-o a assumir
um determinado comportamento. A presente modalidade encontra-se presente na linguagem publicitária de uma
forma geral e traz como característica principal, o emprego dos verbos no modo imperativo.
Função referencial ou denotativa
Ocorre quando o objetivo do emissor é traduzir a realidade visando à informação. Sua predominância atém-se a
textos científicos, técnicos ou didáticos, alguns gêneros do cotidiano jornalístico, documentos oficiais e
correspondências comerciais. A linguagem neste caso é essencialmente objetiva, razão pela qual os verbos são
retratados na 3ª pessoa do singular, conferindo-lhe total impessoalidade por parte do emissor.
Cultura na tela
O portal domínio público, biblioteca digital do Ministério da Educação, recebeu 6,2 milhões de acessos em
pouco mais de um mês de funcionamento. Nela, o internauta pode ler gratuitamente 699 obras literárias com
mais de 70 anos de existência, ou seja, já de domínio público; 166 publicações de ciências sociais e uma de
exatas. Há também partituras de Beethoven, pinturas de Van Gogh e de Leonardo da Vinci, como a Monalisa,
hinos e músicas clássicas contemporâneas.
Isto É, São Paulo, 29 de dez. de 2005.
Função fática
O objetivo do emissor é estabelecer o contato, verificar se o receptor está recebendo a mensagem de forma
autêntica, ou ainda visando prolongar o contato. Há o predomínio de expressões usadas nos cumprimentos
como: bom dia, Oi!. Ao telefone (Pronto! Alô!) e em outras situações em que se testa o canal de comunicação
(Está me ouvindo?).
- Alô! Como vai?
- Tudo bem, e você?
- Vamos ao cinema hoje?
- Prometo pensar no assunto. Retorno mais tarde para decidirmos o horário.
Função metalinguística
A linguagem tem função metalinguística quando o uso do código tem por finalidade explicar o próprio código.
Catar Feijão
Catar feijão se limita com escrever:
joga-se os grãos na água do alguidar
e as palavras na folha de papel;
e depois, joga-se fora o que boiar.
Certo, toda palavra boiará no papel,
água congelada, por chumbo seu verbo:
pois para catar esse feijão, soprar nele,
e jogar fora o leve e oco, palha e eco.
2.
Ora, nesse catar feijão entra um risco:
o de que entre os grãos pesados entre
um grão qualquer, pedra ou indigesto,
um grão imastigável, de quebrar dente.
Certo não, quando ao catar palavras:
a pedra dá à frase seu grão mais vivo:
obstrui a leitura fluviante, flutual,
açula a atenção, isca-a como o risco.
João Cabral de Melo Neto
Função poética
Nesta modalidade, a ênfase encontra-se centrada na elaboração da mensagem. Há um certo cuidado por parte do
emissor ao elaborar a mensagem, no intuito de selecionar as palavras e recombiná-las de acordo com seu
propósito. Encontra-se permeada nos poemas e, em alguns casos, na prosa e em anúncios publicitários.
Canção
Ouvi cantar de tristeza,
porém não me comoveu.
Para o que todos deploram.
que coragem Deus me deu!
Ouvi cantar de alegria.
No meu caminho parei.
Meu coração fez-se noite.
Fechei os olhos. Chorei.
[...]
Cecília Meireles
01. UESPI - 2014
TEXTO I
A violência não é uma fantasia
A violência nasce conosco. Faz parte da nossa bagagem psíquica, do nosso DNA, assim como a
capacidade de cuidar, de ser solidário e pacífico. Somos esse novelo de dons. O equilíbrio ou desequilíbrio
depende do ambiente familiar, educação, exemplos, tendência pessoal, circunstâncias concretas, algumas
escolhas individuais. Vivemos numa época violenta. Temos medo de sair às ruas, temos medo de sair à noite,
temos medo de ficar em casa sem grades, alarmes e câmeras, ou bons e treinados porteiros. As notícias da
imprensa nos dão medo em geral. Não são medos fantasiosos: são reais. E, se não tivermos nenhum medo,
estaremos sendo perigosamente alienados. A segurança, como tantas coisas, parece ter fugido ao controle de
instituições e autoridades.
Nestes dias começamos a ter medo também dentro dos shoppings, onde, aliás, há mais tempo aqui e ali
vêm ocorrendo furtos, às vezes assaltos, raramente noticiados. O que preocupa são movimentos adolescentes
que reivindicam acesso aos shoppings para seus grupos em geral organizados na internet.
(...)
(Revista Veja. Editora ABRIL. Edição 2358 - ano 47 - nº 5. 29 de janeiro de 2014. Por Lya Luft - p. 20)
Sempre que produzimos enunciados nas modalidades oral ou escrita da língua, a nossa linguagem,
considerando-se os fatores implicados nessa produção linguística, realiza- se segundo determinadas funções.
Assim sendo, no texto acima predomina a função da linguagem reconhecida como
a. expressiva.
b. metalinguística.
c. fática.
d. poética.
e. referencial.
02. UEG - 2014
O termo oikonomía, ou economia, surgiu na Grécia Antiga para designar a arte de administrar o lar. E,
durante séculos, o estado dos fenômenos relativos à produção, distribuição, acumulação e ao consumo de bens
materiais simplesmente não existiu ou permaneceu limitado à esfera individual e familiar.
[...] Com a abertura dos caminhos das Índias e das Américas, diferentes civilizações, até então isoladas, se
integraram à economia europeia. Iniciava-se aí a expansão do mercado em escala mundial. Diante de tal
expansão, intelectuais de várias nações europeias desenvolveram reflexões no intuito de transformar o comércio
numa fonte ainda maior de riqueza. Surgiram então diferentes políticas econômicas, destinadas a orientar os
governos quanto às intervenções que eventualmente deveriam efetuar, a fim de aumentar a prosperidade
nacional.
No período “O termo oikonomía, ou economia, surgiu na Grécia Antiga para designar a arte de administrar o
lar”, predomina a seguinte função da linguagem:
a) fática
b) poética
c) emotiva
d)metalinguística
03. FUNRIO - 2014
Que se perdoe o exagero da frase: o Fla-Flu começou no Recife. Sim, é bem verdade que a disputa de
futebol entre times de Flamengo e Fluminense é cria do Rio de Janeiro, nas Laranjeiras, em um domingo de
julho de 1912. Mas o verdadeiro Fla-Flu, não. O clássico como é hoje, com a grandeza contrastada pela
miudeza de duas palavras monossílabas separadas por um hífen, veio à luz na capital pernambucana. E, feito
uma partida, teve dois tempos: o primeiro antes mesmo de o jogo existir, em 1908, quando nasceu Mario Filho;
e o segundo justamente em 1912, quando Nelson Rodrigues saiu do ventre de sua mãe. As impressões digitais
deixadas pelos irmãos nas teclas de suas máquinas de escrever criaram o imaginário do clássico que completa
100 anos neste sábado. O Fla-Flu teria outra dimensão sem eles.
A função metalinguística está presente na seguinte passagem do texto:
a) (...) com a grandeza contrastada pela miudeza de duas palavras monossílabas separadas por um hífen.
b) (...) o primeiro antes mesmo de o jogo existir, em 1908, quando nasceu Mario Filho.
c) (...) criaram o imaginário do clássico que completa 100 anos neste sábado.
d) (...) a disputa de futebol entre times de Flamengo e Fluminense é cria do Rio de Janeiro.
e) O clássico como é hoje (...) veio à luz na capital pernambucana.
B. Texto Verbal E Não Verbal
No cotidiano, sem percebermos usamos freqüentemente a linguagem verbal, quando por algum motivo em
especial não a utilizamos, então poderemos usar a linguagem não verbal.
Linguagem verbal é uso da escrita ou da fala como meio de comunicação.
Linguagem não-verbal é o uso de imagens, figuras, desenhos, símbolos, dança, tom de voz, postura corporal,
pintura, música, mímica, escultura e gestos como meio de comunicação. A linguagem não-verbal pode ser até
percebida nos animais, quando um cachorro balança a cauda quer dizer que está feliz ou coloca a cauda entre as
pernas medo, tristeza.Dentro do contexto temos a simbologia que é uma forma de comunicação não-verbal.
Exemplos: sinalização de trânsito, semáforo, logotipos, bandeiras, uso de cores para chamar a atenção ou
exprimir uma mensagem.
É muito interessante observar que para manter uma comunicação não é preciso usar a fala e sim utilizar uma
linguagem, seja, verbal ou não-verbal.
Linguagem mista é o uso simultâneo da linguagem verbal e da linguagem não-verbal, usando
palavras escritas e figuras ao mesmo tempo.
Linguagem mista é o uso simultâneo da linguagem verbal e da linguagem não-verbal, usando
palavras escritas e figuras ao mesmo tempo.
Abaporu, pintura de Tarsila do Amaral, 1929.
A pintura de Tarsila de Amaral é um exemplo de linguagem não-verbal dentro da pintura. Para cada pessoa
será uma mensagem.
Soneto de Fidelidade
"De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
(Até um dia meu anjo)"
O Soneto de Fidelidade de Vinícius de Morais corresponde a um belo exemplo de linguagem verbal, através
de palavras.
Ilustração: ktsdesign / Shutterstock.com
O semáforo é um exemplo de linguagem não-verbal. Um objeto capaz de interferir na vida do ser humano de
forma tão extraordinária, onde o sentido das cores comanda o trânsito.
Foto: Ljupco Smokovski / Shutterstock.com
A foto mostra uma mímica, através da feição do protagonista tem um significado, uma mensagem. Aqui
ocorre linguagem não-verbal.
01. FUMARC - 2011
Na sequência de 1 a 4 dos quadrinhos, podem ser identifcadas as seguintes características de linguagem:
I. No primeiro quadrinho, há apenas a linguagem verbal oral.
II. No segundo quadrinho, pode-se perceber apenas a linguagem não-verbal.
III. No terceiro quadrinho, o chargista apresenta uma mistura entre o verbal escrito e o não-verbal.
IV. No quarto quadrinho, há uma informação verbal escrita.
Marque a alternativa CORRETA:
a) apenas as proposições III e IV são verdadeiras.
b) apenas as proposições I e II são verdadeiras.
c) apenas as proposições I e III são verdadeiras.
d) as proposições I,II,III e IV são verdadeiras.
C. MODALIDADE DE TEXTO: DISSERTATIVO, NARRATIVO E DESCRITIVO
Texto Narrativo (sequência de fatos)
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Conta como aconteceu, acontece ou acontecerá algo (real ou imaginário);
É necessário uma introdução, um clímax e um desfecho;
O enredo é prioridade;
Fundamental é situar o tempo e o espaço físico onde ocorrem os fatos;
Dar preferência ao verbo de ação, ao dinamismo, para tornar mais viva a narrativa;
O pretérito perfeito e o mais-que-perfeito do indicativo predominam na narrativa;
O autor adota a postura de narrador.
Texto Descritivo (sequência de aspectos)
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Descreve como é um objeto, uma pessoa, uma paisagem, uma cena...;
Apresenta o cheiro, a cor, as sensações como aspectos importantes;
A finalidade da descrição é fazer ver e sentir;
O presente do indicativo e/ou pretérito imperfeito do indicativo predominam na descrição;
Os adjetivos estão sempre presentes no texto;
O autor adota a postura de observador.
Texto Dissertativo (sequência de análises)
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Texto objetivo;
Convence o leitor por meio de fatos, dados estatísticos, citações, publicações...;
O predomínio verbal é o presente do indicativo e do subjuntivo;
O autor adota a postura de argumentador.
Exercícios
1. (EV) Sobre o texto narrativo, pode-se afirmar:
a) A estrutura textual é semelhante ao texto descritivo
b) A postura do autor é de argumentador
c) Há, exaustivamente, o uso de presente do indicativo.
d) Não apresenta clímax em sua estrutura
e) O enredo é prioritário
2. (EV) O predomínio de adjetivações é comumente encontrado no texto:
a) Narrativo
b) Informativo
c) Descritivo
d) Dissertativo
e) Epistolar
3. (EV) Duas características são representativas do modo de organização dissertativa, assinale-as:
a) Introdução e clímax
b) Argumentação e sensação
c) Seqüência de fatos e de aspectos
d) Verbos de ação e objetividade
e) Convencimento e descrição
4. (EV) Leia o texto a seguir:
Parceria Reeditada
"Viviane Pasmanter estreou na TV em 91, na novela “Felicidade”, de Manoel Calos, dirigida por Denise
Saraceni. Ela deverá voltar a trabalhar com Denise em “Ciranda de pedra”, nova novela das 18h".
O Globo 08/02/08
A opção que melhor justifica o título do texto é:
a) o fato de Viviane Pasmanter ter estreado na TV em 1991.
b) de a atriz ter sido dirigida por Denise Saraceni.
c) por ter trabalhado com Denise Saraceni na novela “Felicidade”
d) por ter trabalhado com Denise Saraceni em “Felicidade” e trabalhar novamente com ela em “Ciranda de
pedra”.
e) Viviane Pasmanter trabalhar em uma novela de Manoel Carlos.
D. TIPOS DE DISCURSO: DISCURSO DIRETO, DISCURSO INDIRETO E DISCURSO INDIRET
O LIVRE.
Vozes do discurso.
Ao lermos um texto, observamos que há um narrador, que é quem conta o fato.
Esse locutor ounarrador pode introduzir outras vozes no texto para auxiliar a narrativa.
Para fazer a introdução dessas outras vozes no texto, a voz principal ou privilegiada, o narrador, usa o que
chamamos de discurso. O que vem a ser discurso dentro do texto? Discurso é a forma como as falas são
inseridas na narrativa.
O discurso pode ser classificado em: direto, indireto e indireto livre.
Discurso direto: reproduz fiel e literalmente algo dito por alguém. Um bom exemplo de discurso direto são as
citações ou transcrições exatas da declaração de alguém.
- Primeira pessoa (eu, nós) – é o narrador quem fala, usando aspas ou travessões para demarcar que está
reproduzindo a fala de outra pessoa.
Exemplo de discurso direto: “Não gosto disso” – disse a menina em tom zangado.
Discurso indireto: o narrador, usando suas próprias palavras, conta o que foi dito por outra pessoa. Temos
então uma mistura de vozes, pois as falas dos personagens passam pela elaboração da fala do narrador.
- Terceira pessoa - ele(s), ela(s) – O narrador só usa sua própria voz, o que foi dito pela personagem passa pela
elaboração do narrador. Não há uma pontuação específica que marque odiscurso indireto.
Exemplo de discurso indireto: A menina disse em tom zangado, que não gostava daquilo.
Discurso indireto livre: É um discurso misto onde há uma maior liberdade, o narrador insere a fala
do personagem de forma sutil, sem fazer uso das marcas do discurso direto. É necessário que se tenha atenção
para não confundir a fala do narrador com a fala do personagem, pois esta surge de repente em meio a fala do
narrador.
Exemplo de discurso indireto livre: A menina perambulava pela sala irritada e zangada. Eu não gosto disso! E
parecia que ninguém a ouvia.
Tempo Verbal:
O tempo verbal também é fator determinante dos discursos. O discurso indireto estará sempre no passado
em relação ao discurso direto.
Discurso direto - tempos verbais
Presente do indicativo: “Não gosto disso” – diz a menina em tom zangado.
Pretérito perfeito do indicativo: “Não gostei disso” – disse a menina em tom zangado.
Futuro do indicativo: “Não gostarei disso” – disse a menina em tom zangado.
Imperativo: - Vista o agasalho, meu filho.
Discurso Indireto – tempos verbais
Pretérito imperfeito do indicativo: A menina afirmou que estava zangada.
Pretérito-mais-que-perfeito do indicativo: A menina afirmou que estivera zangada (composto – A menina
afirmou que tinha estado zangada)
Futuro do pretérito : A menina disse que estaria zangada.
Pretérito imperfeito do subjuntivo: A mãe recomendou-lhe que vestisse o agasalho.
Exercícios
01. (FGV-1996) (Transformação de discursos):
Reestruture o texto a seguir, dando-lhe a forma de discurso indireto.
Deixando sobre a mesa os papéis necessários, o funcionário perguntou, nervoso, ao chefe:
- O senhor assinará agora ou depois?
- Já, imediatamente! Bradou o outro.
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02. Observe a frase a seguir:
A fúria do jovem parecera incontrolável, e ele disse que derrubaria a porta, que jamais o deteriam ali.
Assinale a alternativa que indica a melhor transformação do discurso indireto do texto em discurso direto:
a) - Derrubarei a porta, jamais me prenderão aqui.
b) - Derrubaria a porta, jamais me prenderiam aqui.
c) - Derrubarei a porta se me prenderem aqui.
d) - Derrubaria a porta se me prendessem ali.
e) - Derrubarei a porta, jamais me prenderão ali.
03. (FATEC)
"Ela insistiu:
- Me dá esse papel aí."
Na transposição da fala da personagem para o discurso indireto, a alternativa correta é:
a) Ela insistiu que desse aquele papel aí.
b) Ela insistiu em que me desse aquele papel ali.
c) Ela insistiu em que me desse aquele papel aí.
d) Ela insistiu por que lhe desse este papel aí.
e) Ela insistiu em que lhe desse aquele papel ali.
04. (ESAN)
"Impossível dar cabo daquela praga. Estirou os olhos pela campina, achou-se isolado. Sozinho num mundo
coberto de penas, de aves que iam comê-lo. Pensou na mulher e suspirou. Coitada de Sinhá Vitória, novamente
nos descampados, transportando o baú de folha."
O narrador desse texto mistura-se de tal forma à personagem que dá a impressão de que há diferença entre
eles. A personagem fala misturada à narração. Esse discurso é chamado:
a) discurso indireto livre
b) discurso direto
c) discurso indireto
d) discurso implícito
e) discurso explícito
3.
Conhecimentos lingüísticos:
a. semântica: as relações de sentido do vocábulo ao texto;
b. morfossintaxe: relações e funções dos vocábulos e das frases;
c. variedade lingüística.
A. SEMÂNTICA: AS RELAÇÕES DE SENTIDO DO VOCÁBULO AO TEXTO;
a.1 Semântica
Semântica é o estudo do sentido das palavras de uma língua.
Na língua portuguesa, o significado das palavras leva em consideração:
Sinonímia: É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam significados iguais ou
semelhantes, ou seja, os sinônimos: Exemplos: Cômico - engraçado / Débil - fraco, frágil / Distante - afastado,
remoto.
Antonímia: É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam significados
diferentes, contrários, isto é, os antônimos:
Exemplos: Economizar - gastar / Bem - mal / Bom - ruim.
Homonímia: É a relação entre duas ou mais palavras que, apesar de possuírem significados diferentes,
possuem a mesma estrutura fonológica, ou seja, os homônimos:
As homônimas podem ser:
Homógrafas: palavras iguais na escrita e diferentes na pronúncia.
Exemplos: gosto (substantivo) - gosto / (1ª pessoa singular presente indicativo do verbo gostar) / conserto
(substantivo) - conserto (1ª pessoa singular presente indicativo do verbo consertar);
Homófonas: palavras iguais na pronúncia e diferentes na escrita.
Exemplos: cela (substantivo) - sela (verbo) / cessão (substantivo) - sessão (substantivo) / cerrar (verbo) serrar ( verbo);
Perfeitas: palavras iguais na pronúncia e na escrita.
Exemplos: cura (verbo) - cura (substantivo) / verão (verbo) - verão (substantivo) / cedo (verbo) - cedo
(advérbio);
Paronímia: É a relação que se estabelece entre duas ou mais palavras que possuem significados diferentes,
mas são muito parecidas na pronúncia e na escrita, isto é, os parônimos:
Exemplos: cavaleiro - cavalheiro / absolver - absorver / comprimento - cumprimento/ aura (atmosfera) áurea (dourada)/ conjectura (suposição) - conjuntura (situação decorrente dos acontecimentos)/ descriminar
(desculpabilizar - discriminar (diferenciar)/ desfolhar (tirar ou perder as folhas) - folhear (passar as folhas de
uma publicação)/ despercebido (não notado) - desapercebido (desacautelado)/ geminada (duplicada) germinada (que germinou)/ mugir (soltar mugidos) - mungir (ordenhar)/ percursor (que percorre) - precursor
(que antecipa os outros)/ sobrescrever (endereçar) - subscrever (aprovar, assinar)/ veicular (transmitir) vincular (ligar) / descrição - discrição / onicolor - unicolor.
Polissemia: É a propriedade que uma mesma palavra tem de apresentar vários significados.
Exemplos: Ele ocupa um alto posto na empresa. / Abasteci meu carro no posto da esquina. / Os convites
eram de graça. / Os fiéis agradecem a graça recebida.
Homonímia: Identidade fonética entre formas de significados e origem completamente distintos.
Exemplos: São(Presente do verbo ser) - São (santo)
Conotação e Denotação:
Conotação é o uso da palavra com um significado diferente do original, criado pelo contexto.
Exemplos: Você tem um coração de pedra.
Denotação é o uso da palavra com o seu sentido original.
Exemplos: Pedra é um corpo duro e sólido, da natureza das rochas.
B. MORFOSSINTAXE: RELAÇÕES E FUNÇÕES DOS VOCÁBULOS E DAS FRASES
b.1 Compreendendo a morfossintaxe
Ao nos depararmos com ambas (Morfologia e Sintaxe), sabemos que se relacionam às subdivisões
conferidas pela gramática, e mais: que uma corresponde às classes gramaticais e a outra se refere às distintas
posições ocupadas por uma mesma palavra em se tratando de um dado contexto linguístico.
Munidos de tal concepção, as elucidações descritas a seguir, certamente tornarão perfeitamente compreensíveis,
face ao prévio conhecimento das referidas modalidades. Sendo assim, a morfossintaxe está condicionada ao
fato de um substantivo, numeral, artigo, dentre outros, desempenharem diferentes funções quando dispostas em
uma oração.
Visando à plena efetivação de nossos conhecimentos acerca deste assunto, ora concebível como sendo de
extrema relevância, ater-nos-emos a alguns casos em que esta ocorrência se materializa. Analisemos:
As flores são um belo presente.
Toda mulher aprecia ganhar flores.
Gostamos muito do perfume das flores.
Patrícia gosta muito de flores.
Nem tudo são flores.
Flores, por que sois tão belas?
Defrontamo-nos com um típico exemplo em que um mesmo termo é visto sob diferentes ângulos, podendo ser
assim analisados:
1º enunciado – sujeito simples
2º - objeto direto, pois completa o sentido de um verbo transitivo direto.
3º - complemento nominal, haja vista que completa o sentido de um substantivo (perfume).
4º - objeto indireto, uma vez que completa o sentido de um verbo transitivo indireto.
5º - predicativo do sujeito, pois além de revelar uma característica a que o sujeito se refere, ainda se liga
a este por intermédio de um verbo de ligação, configurando um caso de predicado nominal.
6º - vocativo, pois invoca um chamamento.
C. VARIEDADE LINGÜÍSTICA.
Antigamente
Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam
anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo sendo rapagões, faziam-lhes pé-dealferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio.
Carlos Drummond de Andrade
Ao travarmos contato com o fragmento ora exposto, percebemos que nele existem certas expressões que já
se encontram em desuso, tais como: Mademoiselles, prendadas, janotas, pé-de-alferes, balaio.
Caso fôssemos adequá-las ao vocabulário atual, como ficaria?
Restringindo-se a uma linguagem mais coloquial, os termos em destaque seriam substituídos por “mina”,
“gatinha”, “maravilhosas”, “saradas”, “da hora”, “Os manos”, “A galera,” “Davam uma cantada”, e assim por
diante.
Perceberam que a língua é dinâmica? Ela sofre transformações com o passar do tempo em virtude de vários
fatores advindos da própria sociedade, que também é totalmente mutável.
Existem diferentes variações ocorridas na língua, entre elas estão:
Variação Histórica - Aquela que sofre transformações ao longo do tempo. Como por exemplo, a palavra
“Você”, que antes era vosmecê e que agora, diante da linguagem reduzida no meio eletrônico, é apenas VC. O
mesmo acontece com as palavras escritas com PH, como era o caso de pharmácia, agora, farmácia.
Variação Regional (os chamados dialetos) - São as variações ocorridas de acordo com a cultura de uma
determinada região, tomamos como exemplo a palavra mandioca, que em certas regiões é tratada por
macaxeira; e abóbora, que é conhecida como jerimum.
Destaca-se também o caso do dialeto caipira, o qual pertence àquelas pessoas que não tiveram a oportunidade
de ter uma educação formal, e em função disso, não conhecem a linguagem “culta”.
Variação Social - É aquela pertencente a um grupo específico de pessoas. Neste caso, podemos destacar as
gírias, as quais pertencem a grupos de surfistas, tatuadores, entre outros; a linguagem coloquial, usada no dia a
dia das pessoas; e a linguagem formal, que é aquela utilizada pelas pessoas de maior prestígio social.
Fazendo parte deste grupo estão os jargões, que pertencem a uma classe profissional mais específica, como é o
caso dos médicos, profissionais da informática, dentre outros.
Vejamos a seguir um exemplo típico de variação regional, nas palavras do poeta Oswald de Andrade:
Vício na fala
Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados.
Oswald de Andrade
4- Gramática
1. Acentuação gráfica;
2. Sinais de Pontuação;
3. Ortografia;
4. Classes de palavras: Substantivos, adjetivos, pronomes, numerais, verbos, advérbios epreposições.
5. Concordância (nominal e verbal);
6. Crase
7. Análise Sintática: Termos e classificação da oração
Estrutura e formação de palavras: Derivação, composição, onomatopéia, abreviação e hibridismo.
1. Acentuação gráfica
O português, assim como outras línguas neolatinas, apresenta acento gráfico. Sabemos que toda palavra da Língua
portuguesa de duas ou mais sílabas possui uma sílaba tônica. Observe as sílabas tônicas das palavras arte, gentil, táxi e
mocotó. Você constatou que a tonicidade recai sobre a sílaba inicial em arte, a final em gentil, a inicial em táxi e a final
em mocotó.
Além disso, você notou que a sílaba tônica nem sempre recebe acento gráfico. Portanto, todas as palavras com duas ou
mais sílabas terão acento tônico, mas nem sempre terão acento gráfico. A tonicidade está para a oralidade (fala) assim
como o acento gráfico está para a escrita (grafia). É importante aprender as regras de acentuação pois, como vimos acima,
independem da fonética.
Abaixo estão descritas as regras de acentuação gráfica de forma descomplicada. Trata-se de assunto relativamente
simples, basta memorizar as regras. Entendemos que o conhecimento sobre separação de sílabas é pré-requisito para
melhor assimilação desse tema.
A Reforma Ortográfica veio descomplicar e simplificar a língua portuguesa notadamente nesta parte de acentuação
gráfica.
1.1 Acentuam-se as palavras monossílabas tônicas terminadas em a, e, o, seguidas ou não de s.
Ex: já, fé, pés, pó, só, ás.
2.2 Acentuam-se as palavras oxítonas terminadas em a, e, o, seguidas ou não de s , em, ens. Ex:cajá, café, jacaré, cipó,
também, parabéns, metrô, inglês alguém, armazém, conténs, vinténs.
Não se acentuam: as oxítonas terminadas em i e u, e em consoantes nem os infinitivos em i, seguidos dos pronomes
oblíquos lo, la, los, las
Ex: ali, caqui, rubi, bambu, rebu, urubu, sutil, clamor, fi-lo, puni-la, reduzi-los, feri-las.
3.3 Acentuam-se as palavras paroxítonas exceto aquelas terminadas em a, e, o, seguidas ou não de s, em, ens, bem
como prefixos paroxítonos terminados em i ou r.
Ex: dândi, júri, órfã, César, mártir, revólver, álbum, bênção, bíceps, espelho, famosa, medo, ontem, socorro, polens,
hifens, pires, tela, super-homem.
Atenção: Acentuam-se as paroxítonas terminados em ditongo oral seguido ou não de s.
Ex: jóquei, superfície, água, área, aniversário, ingênuos.
4.4 Acentuam-se as palavras proparoxítonas sem exceção.
Ex: ótimo, incômoda, podíamos, correspondência abóbora, bússola, cântaro, dúvida, líquido, mérito, nórdico, política,
relâmpago, têmpora.
5.5 Acentuam-se os ditongos aberto sei, oi, eu, seguidos ou não de s em palavras monossílabas e oxítonas.
Ex: carretéis, dói, herói, chapéu, anéis.
Atenção: Pela nova ortografia não se acentuam ditongos abertos ei, oi, eu, seguidos ou não de s em palavras
paroxítonas.
Ex: ideia, plateia, assembleia.
6.6 Não se acentuam, pela nova ortografia, palavras paroxítonas com hiato oo seguidos ou não de s.
Ex: voos, enjoo, abençoo.
7.7 Também não se acentuam as palavras paroxítonas com hiato e e.
Ex: creem, leem, veem, deem.
8.8 Acentuam-se sempre as palavras que contenham i , u: tônicas; formam hiatos; formam sílabas sozinhas ou são
seguidos de s; não seguidas de nh; não precedidas de ditongo em paroxítonas; nem repetidas.
Ex: aí, balaústre, baú, egoísta, faísca, heroína, saída, saúde, viúvo, juízes, Piauí. Pela regra exposta acima, não se
acentuam: rainha, xiita, ruim, juiz, fortuito, gratuito, feiura.
9.9 Pela nova ortografia, não se acentua com acento agudo u tônico dos grupos que, qui, gue, gui: argui, arguis,
averigue, averigues, oblique, obliques, apazigues.
10.10 Da mesma forma não se usa mais o trema: aguento, frequente, tranquilo, linguiça, aguentar, arguição, unguento,
tranquilizante. Emprega-se o til para indicar a nasalização de vogais: afã, coração, devoções, maçã, relação etc.
11.11 O acento diferencial foi excluído. Mantém-se apenas nestas quatro palavras, para distinguir uma da outra que se
grafa de igual maneira:
pôde (verbo poder no tempo passado) / pode (verbo poder no tempo presente);
pôr ( verbo) / por (preposição);
vem ( verbo vir na 3ª pessoa do singular) / vêm ( verbo vir na 3ª pessoa do plural);
tem ( verbo ter na 3ª pessoa do singular) / têm ( verbo ter na 3ª pessoa do plural).
Aposto e Vocativo
A principal finalidade de um aposto em uma frase, é a explicação que ele dá sobre determinado termo. Do ponto de
vista sintático, ele é um acessório dentro de uma oração.
Resumidamente, o aposto é um termo ou expressão de função esclarecedora ou para resumir.
O aposto sempre está associado a um nome ou pronome, ou a um termo que seja equivalente a estes. Tem a função de
explicar, esclarecer, identificar ou apreciar esse termo. Ele retoma um termo da oração com o intuito de explicá-lo. Pode
se referir a substantivos, termos nominais ou a uma oração inteira.
Ex: Acabo de ler um livro de Mário Quintana, famoso escritor brasileiro.(Famoso escritor brasileiro cumpre o papel de
aposto, pois é um esclarecimento sobre o autor.)
Ex: Marcela, única irmã de mamãe, morreu cedo. (Única irmã de mamãe cumpre o papel de aposto, já que esclarece
quem é Marcela.
Morfossintaxe: o núcleo é substantivo, pronome substantivo ou oração substantiva.
Tipos De Aposto
Explicativo
Tem função de identificar ou explicar o termo anterior. Geralmente, é isolado por vírgulas, dois pontos, parênteses ou
travessões.
Ex: A palavra, mensageira das ideias, é a profunda expressão da alma.
Enumerativo
Sequência de elementos que desenvolve uma ideia anterior.
Ex: O homem, para ver a si mesmo, necessita de três coisas: olhos, luz e espelho.
Especificativo (Denominativo)
Exerce a função de especificar ou individualizar um substantivo que possui um sentido mais amplo, sem pausa e
geralmente é um substantivo próprio que especifica um substantivo comum.
Ex: O presidente Vargas cometeu suicídio.
Ex: A cidade de Curitiba é muito jovem.
Resumitivo (Recapitulativo)
Utilizado para resumir termos anteriores. Geralmente, é representado por um pronenome indefinido.
Ex: Dinheiro, poder e glória, nada o seduzia mais.
Distributivo
Utilizado para distribuir informações de termos, separadamente. Carlos e José são ótimos alunos; este em Física e
aquele em Biologia.
Observação: Não confundir aposto especificativo com adjunto adnominal, ou complemento nominal.
Aposto: A cidade de Brasília continua linda (nome da cidade)
Adjunto Adnominal: O solo de Brasília é fértil (não é o nome do solo)
Complemento Nominal: O trânsito de Brasília continua péssimo. (não é o nome do trânsito)
Vocativo
A função do vocativo é basicamente ser um termo independente que chama por alguém; seja para invocar, clamar,
recorrer, alertar pedir ou interpelar um ouvinte real ou imaginário.
Ex: Laura, dê-me um beijo.
Ex: Filho, não se esqueça de me ligar!
2.
SINAIS DE PONTUAÇÃO
Há certos recursos da linguagem - pausa, melodia, entonação e até mesmo, silêncio - que só estão presentes na
oralidade. Na linguagem escrita, para substituir tais recursos, usamos os sinais de pontuação. Estes são também usados
para destacar palavras, expressões ou orações e esclarecer o sentido de frases, a fim de dissipar qualquer tipo de
ambiguidade.
Vírgula
Emprega-se a vírgula (uma breve pausa) nos seguintes casos:
Separar elementos mencionados numa relação
"A nossa empresa está contratando engenheiros, economistas, analistas de sistemas e secretárias. O apartamento tem
três quartos, sala de visitas, sala de jantar, área de serviço e dois banheiros."
Obs: Mesmo que a letra "e" venha repetida antes de cada um dos elementos da enumeração, a vírgula deve ser
empregada:
Ex: "Rodrigo estava nervoso. Andava pelos cantos, e gesticulava, e falava em voz alta, e ria, e roía as unhas."
Isolar o vocativo
Ex: "Cristina, desligue já esse telefone! Por favor, Ricardo, venha até o meu gabinete."
Isolar o aposto
Ex: Dona Sílvia, aquela mexeriqueira do quarto andar, ficou presa no elevador.
Ex: Rafael, o gênio da pintura italiana, nasceu em Urbino.
Veja mais informações sobre aposto e vocativo!
Isolar palavras e expressões explicativas
(a saber, por exemplo, isto é, ou melhor, aliás, além disso etc.)
Ex: Gastamos R$ 5.000,00 na reforma do apartamento, isto é, tudo o que tínhamos economizado durante anos. Eles
viajaram para a América do Norte, aliás, para o Canadá.
Isolar o adjunto adverbial antecipado
Ex: Lá no sertão, as noites são escuras e perigosas. Ontem à noite, fomos todos jantar fora.
Isolar elementos repetidos
Ex: O palácio, o palácio está destruído. Estão todos cansados, cansados de dar dó!
Isolar, nas datas, o nome do lugar
Ex: São Paulo, 22 de maio de 1995.
Ex²: Roma, 13 de dezembro de 1995.
Isolar os adjuntos adverbiais
Ex: A multidão foi, aos poucos, avançando para o palácio.
Ex²: Os candidatos serão atendidos, das sete às onze, pelo próprio gerente.
Isolar as orações coordenadas, exceto as introduzidas pela conjunção "e"
Ex: Ele já enganou várias pessoas, logo não é digno de confiança.
Ex²: Você pode usar o meu carro, mas tome muito cuidado ao dirigir.
Ex³: Não compareci ao trabalho ontem, pois estava doente.
Indicar a elipse de um elemento da oração
Ex: Foi um grande escândalo. Às vezes gritava; outras, estrebuchava como um animal.
Ex²:Não se sabe ao certo. Paulo diz que ela se suicidou, a irmã, que foi um acidente.
Para separar o paralelismo de provérbios
Ex: Ladrão de tostão, ladrão de milhão. Ouvir cantar o galo, sem saber onde.
Após a saudação em correspondência (social e comercial)
- Com muito amor,...
- Respeitosamente,...
Isolar as orações adjetivas explicativas
Ex: Marina, que é uma criatura maldosa, "puxou o tapete" de Juliana lá no trabalho.
Ex²: Vidas Secas, que é um romance contemporâneo, foi escrito por Graciliano Ramos.
Isolar orações intercaladas
Ex: Não lhe posso garantir nada, respondi secamente. O filme, disse ele, é fantástico.
Ponto
Emprega-se o ponto, basicamente, para indicar o término de uma frase declarativa de um período simples ou
composto.
Desejo-lhe uma feliz viagem.
A casa, quase sempre fechada, parecia abandonada, no entanto tudo no seu interior era conservado com primor.
O ponto é também usado em quase todas as abreviaturas, por exemplo: fev. = fevereiro, hab. = habitante, rod. =
rodovia.
O ponto que é empregado para encerrar um texto escrito recebe o nome de ponto final.
Ponto-e-vírgula
Utiliza-se o ponto-e-vírgula para assinalar uma pausa maior do que a da vírgula, praticamente uma pausa intermediária
entre o ponto e a vírgula. Geralmente, emprega-se o ponto-e-vírgula para:
a) separar orações coordenadas que tenham um certo sentido ou aquelas que já apresentam separação por vírgula:
"Criança, foi uma garota sapeca; moça, era inteligente e alegre; agora, mulher madura, tornou-se uma doidivanas."
b) separar vários itens de uma enumeração:
Art. 206.
O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
pluralismo de ideias e de concepções, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
gratuidade do ensino em estabelecimentos oficiais; . . . . . . . . (Constituição da República Federativa do Brasil)
Dois-pontos
Os dois-pontos são empregados para:
Numeração
"... Rubião recordou a sua entrada no escritório do Camacho, o modo porque falou: e daí tornou atrás, ao próprio ato.
Estirado no gabinete, evocou a cena: o menino, o carro, os cavalos, o grito, o salto que deu, levado de um ímpeto
irresistível..." (Machado de Assis)
Citação
"Visto que ela nada declarasse, o marido indagou:
- Afinal, o que houve?"
Esclarecimento
"Joana conseguira enfim realizar seu desejo maior: seduzir Pedro. Não porque o amasse, mas para magoar Lucila."
Obs: Nesse caso os dois-pontos são também usados na introdução de exemplos, notas ou observações.
Ponto de interrogação
O ponto de interrogação é empregado para indicar uma pergunta direta, ainda que esta não exija resposta.
Ex: O criado pediu licença para entrar:
- O senhor não precisa de mim?
- Não obrigado. A que horas janta-se?
- Às cinco, se o senhor não der outra ordem.
- Bem.
- O senhor sai a passeio depois do jantar? de carro ou a cavalo?
- Não.
(José de Alencar)
Ponto de exclamação
Ex: O ponto de exclamação é empregado para marcar o fim de qualquer enunciado com entonação exclamativa, que
normalmente exprime admiração, surpresa, assombro, indignação etc.
Ex²: "Viva o meu príncipe! Sim, senhor... Eis aqui um comedouro muito compreensível e muito repousante, Jacinto."
"Então janta, homem! (Eça de Queiroz)."
Obs: O ponto de exclamação é também usado com interjeições e locuções interjetivas:
-Oh!
-Valha-me Deus!
Reticências
Assinalar interrupção do pensamento
"Bem; eu retiro-me, que sou prudente. Levo a consciência de que fiz o meu dever. Mas o mundo saberá... " (Júlio
Dinís)
Indicar passos que são suprimidos de um texto
"O primeiro e crucial problema de linguística geral que Saussure focalizou dizia respeito à natureza da linguagem.
Encarava-a como um sistema de signos... Considerava a linguística, portanto, com um aspecto de uma ciência mais geral,
a ciência dos signos..." (Mattoso Câmara Jr.)
Marcar aumento de emoção
"As palavras únicas de Teresa, em resposta àquela carta, significativa da turvação do infeliz, foram estas: "Morrerei,
Simão, morrerei. Perdoa tu ao meu destino... Perdi-te... Bem sabes que sorte eu queria dar-te... e morro, porque não posso,
nem poderei jamais resgatar-te." (Camilo Castelo Branco)
Aspas
Antes e depois de citações textuais
"Roulet afirma que "o gramático deveria descrever a língua em uso em nossa época, pois é dela que os alunos
necessitam para a comunicação quotidiana".
Em estrangeirismos, neologismos, gírias e expressões populares ou vulgares
"O 'lobby' para que se mantenha a autorização de importação de pneus usados no Brasil está cada vez mais descarado."
(Veja)
"Na semana passada, o senador republicano Charles Grassley apresentou um projeto de lei que pretende "deletar" para
sempre dos monitores de crianças e adolescentes as cenas consideradas obscenas." (Veja)
Popularidade no "xilindró".
"Preso há dois anos, o prefeito de Rio Claro tem apoio da população e quer uma delegada para primeira-dama." (Veja)
"Com a chegada da polícia, os três suspeitos "puxaram o carro" rapidamente."
Realçar uma palavra ou expressão
"Ele reagiu impulsivamente e lhe deu um "não" sonoro. Aquela "vertigem súbita" na vida financeira de Ricardo
afastou-lhe os amigos dissimulados."
Travessão
O travessão é usado nos seguintes casos:
Indicar a mudança de interlocutor no diálogo
- Que gente é aquela, seu Alberto?
- São japoneses.
- Japoneses? E... é gente como nós?
- É. O Japão é um grande país. A única diferença é que eles são amarelos.
- Mas, então não são índios? (Ferreira de Castro)
Colocar em relevo certas palavras ou expressões
"Maria José sempre muito generosa - sem ser artificial ou piegas - a perdoou sem restrições."
"Um grupo de turistas estrangeiros - todos muito ruidosos - invadiu o saguão do hotel no qual estávamos hospedados."
Substituir a vírgula ou os dois pontos
"Cruel, obscena, egoísta, imoral, indômita, eternamente selvagem, a arte é a superioridade humana - acima dos
preceitos que se combatem, acima das religiões que passam, acima da ciência que se corrige; embriaga como a orgia e
como o êxtase." (Raul Pompeia)
Ligar palavras ou grupos de palavras que formam um "conjunto" no enunciado
A ponte Rio-Niterói está sendo reformada.
O triângulo Paris-Milão-Nova Iorque está sendo ameaçado, no mundo da moda, pela ascensão dos estilistas do Japão.
Parênteses
Os parênteses são empregados para:
Destacar explicação ou comentário
"Todo signo linguístico é formado de duas partes associadas e inseparáveis, isto é, o significante (unidade formada
pela sucessão de fonemas) e o significado (conceito ou ideia)."
Incluir dados informativos sobre bibliografia
"Mattoso Câmara (1977:91) afirma que, às vezes, os preceitos da gramática e os registros dos dicionários são
discutíveis: consideram erro o que já poderia ser admitido e aceitam o que poderia, de preferência, ser posto de lado."
Indicar marcações cênicas numa peça de teatro
"Abelardo I - Que fim levou o americano? João - Decerto caiu no copo de uísque! Abelardo I - Vou salvá-lo. Até já!
(sai pela direita)" (Oswald de Andrade)
Isolar orações intercaladas com verbos declarativos
"Afirma-se (não se prova) que é muito comum o recebimento de propina para que os carros apreendidos sejam
liberados sem o recolhimento das multas."
Asterisco
O asterisco, sinal gráfico em forma de estrela, é um recurso empregado para remissão a uma nota no pé da página ou
no fim de um capítulo de um livro como no exemplo abaixo:
"Ao analisarmos as palavras sorveteria, sapataria, confeitaria, leiteria e muitas outras que contêm o morfema preso* aria e seu alomorfe -eria, chegamos à conclusão de que este afixo está ligado a estabelecimento comercial. Em alguns
contextos pode indicar atividades, como em: bruxaria, gritaria, patifaria etc.
*É o morfema que não possui significação autônoma e sempre aparece ligado a outras palavras."
Além disso, o asterisco é uma forma de substituição de um nome próprio que não se deseja mencionar, como na
seguinte frase:
"O Dr.* afirmou que a causa da infecção hospitalar na Casa de Saúde Municipal está ligada à falta de produtos
adequados para assepsia."
3.
ORTOGRAFIA;
Exercícios
1. Estão corretamente empregadas as palavras na frase:
a) Receba meus cumprimentos pelo seu aniversário.
b) Ele agiu com muita descrição.
c) O pião conseguiu o primeiro lugar na competição.
d) Ele cantou uma área belíssima.
e) Utilizamos as salas com exatidão.
2. Todas as alternativas são verdadeiras quanto ao emprego da inicial maiúscula, exceto:
a) Nos nomes dos meses quando estiverem nas datas.
b) No começo de período, verso ou alguma citação direta.
c) Nos substantivos próprios de qualquer espécie
d) Nos nomes de fatos históricos dos povos em geral.
e) Nos nomes de escolas de qualquer natureza.
3. Indique a única seqüência em que todas as palavras estão grafadas corretamente:
a) fanatizar - analizar - frizar.
b) fanatisar - paralizar - frisar.
c) banalizar - analisar - paralisar.
d) realisar - analisar - paralizar.
e) utilizar - canalisar - vasamento.
4. A forma dual que apresenta o verbo grafado incorretamente é:
a) hidrólise - hidrolisar.
b) comércio - comercializar.
c) ironia - ironizar.
d) catequese - catequisar.
e) análise - analisar.
5. Quanto ao emprego de iniciais maiúsculas, assinale a alternativa em que não há erro de grafia:
a) A Baía de Guanabara é uma grande obra de arte da Natureza.
b) Na idade média, os povos da América do Sul não tinham laços de amizade com a Europa.
c) Diz um provérbio árabe: "a agulha veste os outros e vive nua."
d) "Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, incensos e mirra " (Manuel Bandeira).
e) A Avenida Afonso Pena, em Belo Horizonte, foi ornamentada na época de natal.
6. Marque a opção cm que todas as palavras estão grafadas corretamente:
a) enxotar - trouxa - chícara.
b) berinjela - jiló - gipe.
c) passos - discussão - arremesso.
d) certeza - empresa - defeza.
e) nervoso - desafio - atravez.
4.
CLASSES DE PALAVRAS: SUBSTANTIVOS, ADJETIVOS, PRONOMES, NUM
ERAIS, VERBOS, ADVÉRBIOS EPREPOSIÇÕES.
MORFOLOGIA
Morfologia é o estudo da estrutura das classificações das palavras, ou seja da formação delas, quais seus
componentes e tipos. A morfologia estuda as palavras de maneira separada e não a inclusão das mesmas em
uma frase ou período. Ela é dividida em dez classes que recebem o nome de classe de palavras ou classes
gramaticais.
Substantivo
Dá o nome ao objeto assumindo um gênero e número. O substantivo é o que dá nome aos seres, a fenômenos
da natureza, a objetos, sentimentos, qualidades e ações. O substantivo pode ser classificado em:
Próprio: um só ser da mesma espécie. Ex. Brasil.
Comum: Nomeia todos os seres da mesma espécie. Ex. homem.
Concreto: Representa seres de existência real. Ex. terra.
Abstrato: Estados, qualidades, sentimentos e ações, derivados de um conceito original. Ex. bondade
Primitivo: Não deriva de outra palavra. Ex. casa.
Coletivo: Representa um conjunto de seres. Ex. cardume.
Derivado: Criado a partir de outra palavra. Ex. livreiro.
Simples: Formado por um só elemento. Ex. chuva.
Composto: Formado por mais de um elemento. Ex. couve-flor
Adjetivo
O adjetivo é uma palavra que expressa uma qualidade e sempre está acompanhado do substantivo. Ele
exerce função sintática trabalhando como adjunto adnominal ou como predicativo. O adjetivo funciona como
um modificador do substantivo e poderá ser adjunto adnominal (nome) ou predicativo (do sujeiro/do objeto).
Adjetivo Uniforme: Uma palavra para dois gêneros. Ex. feliz
Adjetivo Biforme: Uma palavra para cada gênero. Ex. esperto(a)
Os adjetivos podem ser classificados da seguinte forma:
Primitivo: Não se deriva de outra palavra. Ex. magro;
Derivado: Deriva de outras palavras. Ex. bondoso;
Simples: Formado por um só elemento. Ex. escuro;
Composto: Formado por mais de um elemento. Ex. azul-claro;
Restritivo: Particulariza dentro de um conjunto. Ex. homens brasileiros;
Explicativos: Não particulariza no conjunto. Ex. leite branco;
Pátria: Designa nacionalidade. Ex. britânico.
Artigo
Palavra que precedida de um substantivo pode ser classificada em definida e indefinida. Ele também
classifica número, tempo e gênero.
Definido
Individualiza um elemento e determina o substantivo de forma precisa. Ex. o, a, os, as
Indefinido
Qualquer elemento num conjunto, ou seja, não há uma precisão sobre o gênero ou número do substantivo.
Ex. um, uns, uma, umas.

Antes de numeral expressam cálculos aproximados. Ex. uns dezesseis anos;

A ausência de artigo antes do substantivo serve para generaliza-lo. Ex. Tempo é dinheiro. Pimenta é
bom;

Funciona para intensificador do substantivo. Ex. Estava com uma raiva danada;

Omite-se artigo definido antes de nomes de parentes precedido de possessivo, nas formas de tratamento,
depois de cujo (e flexões), diante da palavra CASA e TERRA;

Antes de nome próprio personativo tem cotação familiar;

Facultativo antes de pronome adjetivo possessivo e obrigatório antes de pronome substantivo
possessivo;

Associa-se a preposições A, DE, EM, POR formando combinações (sem perda de fonemas) e
contrações (com perda de fonemas);

A preposição não se combina com o artigo quando o substantivo que esse artigo acompanha funciona
como sujeito da frase. Ex. É tempo de o Brasil melhorar;

Todo com artigo = totalidade. Todo sem artigo = qualquer.
Numeral
Palavra relacionada ao substantivo que caracteriza um número e pode ser classificado em cardinal, ordinal,
multiplicativo e fracionário.
Cardinal
Indica quantidade. Ex. cinco
Ordinal
Indica posição. Ex. segundo
Multiplicativo
Indica quantas vezes. Ex. triplo
Fracionário
Indica parte. Ex. dois terços.

Numeral Adjetivo: acompanha o substantivo. Ex. dois carros

Numeral Substantivo: substitui o substantivo. Ex. os dois bateram

Em legislação usa-se ordinais até o décimo e cardinais do 11 em diante.
Variação de Número

Cardinais: terminados por fonemas vocálicos e –ão 2.

ordinais e multiplicativos: variam 3.

fracionários: concordam com o cardinal

São numerais: zero, ambos, par

Milhares é masculino

Coletivos: dezena, décadas, dúzia, centena, milênio etc.
Pronome
Classe de palavra que acompanha um substantivo e representa as três pessoas no discurso e também exerce
um parâmetro de espaço e tempo.

Pessoais: eu, tu, ele, nós, vós, me, te, nosso, mim;

Demonstrativos: este, aquele, esta, aquele, isto;

Possessivos: meu, teu, seu, dele, nosso, vosso, deles;

Indefinidos: algum, vários, muitos, tudo, cada, mais;

Relativos: quem, que, qual, quando;

Interrogativos: quem, quantos, que;

De tratamento: Vossa Alteza, Vossa Excelência;
Pronomes Adjetivos: acompanha o substantivo. Ex. Meu carro quebrou.
Pronomes Substantivos: substitui o substantivo. Ex. Ela era a mais tímida da sala.
Advérbio
O advérbio é invariável e modifica ou acompanha um verbo, um adjetivo ou a si mesmo. Veja mais sobre a
classificação dos advérbios:

De tempo: ontem, já, agora, afinal, tarde, breve, nisto, então.

De lugar: aqui, lá, fora, acima, longe, onde, detrás, além.

De modo: bem, mal, depressa, assim, melhor, como, aliás, -mente.

De intensidade: muito, pouco, tão, menos, demasiado, tanto, meio.

De dúvida: talvez, acaso, provavelmente, certo, decerto, quiçá.

De afirmação: sim, certamente, realmente, deveras, efetivamente.

De negação: não, tampouco.

De interrogação de lugar: onde, aonde, donde?

De interrogação de tempo: quando?

De interrogação de modo: como?

De interrogação de causa: por que?
Locução Adverbial
- Conjunto de palavras com mesmo valor de advérbio. Iniciam por preposição. Ex. por trás, de cor, às vezes,
de perto, por fora, sem dúvida, às pressas, em breve;
- Os advérbios terminados em –mente derivam-se do adjetivo feminino. Ex. friamente, imediatamente,
Exceção: adjetivo terminado em – es: francesmente;
- Antes de particípios não se usa forma de superioridade sintética (melhor, pior) mas sim analítica (mas bem,
mais mal). Ex. Elas estavam mais bem preparadas.
- Para vários advérbios terminados em – mente usa-se apenas o último. Ex. Ela está calma, tranquila e
sossegadamente conversando.
Conjunção
É uma palavra invariável que une duas orações ou termos parecidos.
Conjunções coordenativas
Ligam orações ou termos semelhantes da mesma oração. Divide-se em :

Aditivas: e - Ex. Comprei pão e leite.

Adversativas: mas - Ex. Estudou, mas não passou.

Alternativas: ora...ora - Ex. Ora sorria, ora chorava.

Conclusivas: portanto - Ex. Ela está preparada, portanto se sairá na entrevista.

Explicativas: porque - Ex. Não veio porque esqueceu as chaves do carro no trabalho.
Conjunções subordinativas
Ligam duas orações subordinando uma à outra. As conjunções subordinativas são divididas em:

Causais: visto que;

Comparativas: como, que nem;

Concessivas: ainda que;

Condicionais: contanto que;

Conformativas: conforme;

Consecutivas: de modo que;

Finais: a fim de que;

Integrantes: que, se;

Proporcionais: à proporção que;

Temporais: enquanto, mal, quando, logo que, até que, antes que;

Locução Conjuntiva: conjunto de palavras com valor de conjunção.
1. A alternativa que apresenta classes de palavras cujos sentidos podem ser modificados pelo advérbio são:
a) adjetivo - advérbio - verbo.
b) verbo - interjeição - conjunção.
c) conjunção - numeral - adjetivo.
d) adjetivo - verbo - interjeição.
e) interjeição - advérbio - verbo.
2. Das palavras abaixo, faz plural como "assombrações"
a) perdão.
b) bênção.
c) alemão.
d) cristão.
e) capitão.
3. Na oração "Ninguém está perdido se der amor...", a palavra grifada pode ser classificada como:
a) advérbio de modo.
b) conjunção adversativa.
c) advérbio de condição.
d) conjunção condicional.
e) preposição essencial.
4. Marque a frase em que o termo destacado expressa circunstância de causa:
a) Quase morri de vergonha.
b) Agi com calma.
c) Os mudos falam com as mãos.
d) Apesar do fracasso, ele insistiu.
e) Aquela rua é demasiado estreita.
5. "Enquanto punha o motor em movimento." O verbo destacado encontra-se no:
a) Presente do subjuntivo.
b) Pretérito mais-que-perfeito do subjuntivo.
c) Presente do indicativo.
d) Pretérito mais-que-perfeito do indicativo.
e) Pretérito imperfeito do indicativo.
6. Aponte a opção em que muito é pronome indefinido:
a) O soldado amarelo falava muito bem.
b) Havia muito bichinho ruim.
c) Fabiano era muito desconfiado.
d) Fabiano vacilava muito para tomar decisão.
e) Muito eficiente era o soldado amarelo.
7. A flexão do número incorreta é:
a) tabelião - tabeliães.
b) melão - melões
c) ermitão - ermitões.
d) chão - chãos.
e) catalão - catalões.
8. Dos verbos abaixo apenas um é regular, identifique-o:
a) pôr.
b) adequar.
c) copiar.
d) reaver.
e) brigar.
9. A alternativa que não apresenta erro de flexão verbal no presente do indicativo é:
a) reavejo (reaver).
b) precavo (precaver).
c) coloro (colorir).
d) frijo (frigir).
e) fedo (feder).
10. A classe de palavras que é empregada para exprimir estados emotivos:
a) adjetivo.
b) interjeição.
c) preposição.
d) conjunção.
e) advérbio.
11. Todas as formas abaixo expressam um tamanho menor que o normal, exceto:
a) saquitel.
b) grânulo.
c) radícula.
d) marmita.
e) óvulo.
12. Em "Tem bocas que murmuram preces...", a seqüência morfológica é:
a) verbo-substantivo-pronome relativo-verbo-substantivo.
b) verbo-substantivo-conjunção integrante-verbo-substantivo.
c) verbo-substantivo-conjunção coordenativa-verbo-adjetivo.
d) verbo-adjetivo-pronome indefinido-verbo-substantivo.
e) verbo-advérbio-pronome relativo-verbo-substantivo.
13. A alternativa que possui todos os substantivos corretamente colocados no plural é:
a) couve-flores / amores-perfeitos / boas-vidas.
b) tico-ticos / bem-te-vis / joões-de-barro.
c) terças-feiras / mãos-de-obras / guarda-roupas.
d) arco-íris / portas-bandeiras / sacas-rolhas.
e) dias-a-dia / lufa-lufas / capitães-mor.
14. "...os cipós que se emaranhavam..." . A palavra sublinhada é:
a) conjunção explicativa.
b) conjunção integrante.
c) pronome relativo.
d) advérbio interrogativo.
e) preposição acidental.
15. Indique a frase em que o verbo se encontra na 2ª pessoa do singular do imperativo afirmativo:
a) Faça o trabalho.
b) Acabe a lição.
c) Mande a carta.
d) Dize a verdade.
e) Beba água filtrada.
16. Em "Escrever é alguma coisa extremamente forte, mas que pode me trair e me abandonar.", as palavras
grifadas podem ser classificadas como, respectivamente:
a) pronome adjetivo - conjunção aditiva.
b) pronome interrogativo - conjunção aditiva.
c) pronome substantivo - conjunção alternativa.
d) pronome adjetivo - conjunção adversativa.
e) pronome interrogativo - conjunção alternativa.
17. Marque o item em que a análise morfológica da palavra sublinhada não está correta:
a) Ele dirige perigosamente - (advérbio).
b) Nada foi feito para resolver a questão - (pronome indefinido).
c) O cantar dos pássaros alegra as manhãs - (verbo).
d) A metade da classe já chegou - (numeral).
e) Os jovens gostam de cantar música moderna - (verbo).
18. Quanto à flexão de grau, o substantivo que difere dos demais é:
a) viela.
b) vilarejo.
c) ratazana.
d) ruela.
e) sineta.
19. Está errada a flexão verbal em:
a) Eu intervim no caso.
b) Requeri a pensão alimentícia.
c) Quando eu ver a nova casa, aviso você
d) Anseio por sua felicidade.
e) Não pudeste falar.
20. Das classes de palavra abaixo, as invariáveis são:
a) interjeição - advérbio - pronome possessivo.
b) numeral - substantivo - conjunção.
c) artigo - pronome demonstrativo - substantivo.
d) adjetivo - preposição - advérbio.
e) conjunção - interjeição - preposição.
21. Todos os verbos abaixo são defectivos, exceto:
a) abolir.
b) colorir.
c) extorquir.
d) falir.
e) exprimir.
22. O substantivo composto que está indevidamente escrito no plural é:
a) mulas-sem-cabeça.
b) cavalos-vapor.
c) abaixos-assinados.
d) quebra-mares.
e) pães-de-ló.
23. A alternativa que apresenta um substantivo invariável e um variável, respectivamente, é:
a) vírus - revés.
b) fênix - ourives.
c) ananás - gás.
d) oásis - alferes.
e) faquir - álcool.
24. "Paula mirou-se no espelho das águas": Esta oração contém um verbo na voz:
a) ativa.
b) passiva analítica.
c) passiva pronominal.
d) reflexiva recíproca.
e) reflexiva.
25. O único substantivo que não é sobrecomum é:
a) verdugo.
b) manequim.
c) pianista.
d) criança.
e) indivíduo.
26. A alternativa que apresenta um verbo indevidamente flexionado no presente do subjuntivo é:
a) vade.
b) valham.
c) meçais.
d) pulais.
e) caibamos.
27. A alternativa que apresenta uma flexão incorreta do verbo no imperativo é:
a) dize.
b) faz.
c) crede.
d) traze.
e) acudi.
28. A única forma que não corresponde a um particípio é:
a) roto.
b) nato.
c) incluso.
d) sepulto.
e) impoluto.
29. Na frase: "Apieda-te qualquer sandeu", a palavra sandeu (idiota, imbecil) é um substantivo:
a) comum, concreto e sobrecomum
b) concreto, simples e comum de dois gêneros.
c) simples, abstrato e feminino.
d) comum, simples e masculino
e) simples, abstrato e masculino.
30. A alternativa em que não há erro de flexão do verbo é:
a) Nós hemos de vencer.
b) Deixa que eu coloro este desenho.
c) Pega a pasta e a flanela e pole o meu carro.
d) Eu reavi o meu caderno que estava perdido.
e) Aderir, eu adiro; mas não é por muito tempo!
31. Em "Imaginou-o, assim caído..." a palavra destacada, morfologicamente e sintaticamente, é:
a) artigo e adjunto adnominal.
b) artigo e objeto direto.
c) pronome oblíquo e objeto direto.
d) pronome oblíquo e adjunto adnominal.
e) pronome oblíquo e objeto indireto.
32. O item em que temos um adjetivo em grau superlativo absoluto é:
a) Está chovendo bastante.
b) Ele é um bom funcionário.
c) João Brandão é mais dedicado que o vigia.
d) Sou o funcionário mais dedicado da repartição.
e) João Brandão foi tremendamente inocente.
33. A alternativa em que o verbo abolir está incorretamente flexionado é:
a) Tu abolirás.
b) Nós aboliremos.
c) Aboli vós.
d) Eu abolo.
e) Eles aboliram.
34. A alternativa em que o verbo "precaver" está corretamente flexionado é:
a) Eu precavejo.
b) Precavê tu.
c) Que ele precavenha.
d) Eles precavêm.
e) Ela precaveu.
35. A única alternativa em que as palavras são, respectivamente, substantivo abstrato, adjetivo biforme e
preposição acidental é:
a) beijo-alegre-durante
b) remédio-inteligente-perante
c) feiúra-lúdico-segundo
d) ar-parco-por
e) dor-veloz-consoante
5.
CONCORDÂNCIA (NOMINAL E VERBAL);
Sintaxe
A Sintaxe é a parte da língua portuguesa que trabalha com a disposição das palavras em uma frase e a
lógica entre elas. Ela é muito importante para compreender a combinação de orações e palavras. Nos estudos
gramaticais a sintaxe é estudada por meio da análise sintática para analisar o sujeito, o predicado e os termos
acessórios de uma oração.
Sintaxe de Concordância
A concordância de uma frase ocorre quando há determinada flexão entre dois termos e ela pode ser
caracterizada como verbal ou nominal. É a responsável pela harmonia na construção de uma frase na língua
portuguesa.
Concordância Verbal
Flexão do verbo para concordar com o número e a pessoa do seu sujeito. O verbo representa o subordinado e
o sujeito o item subordinante. Em alguns casos surgem dúvidas nos concurseiros na hora da prova devido o uso
de expressões que passam o sentido de pluralidade e confundem o candidato.
Sujeito Simples: Quando é um sujeito simples o verbo concorda em número e pessoa e a ação é praticada
por apenas um núcleo.
- Meus filhos chegaram (3º pessoa do plural) com fome.
- Meu filho chegou (3º pessoa do singular) com fome.
Regras Sujeito Simples
1) Sujeito formado por expressão partitiva (uma porção de, a maioria de, grande parte de...) pode ter a
concordância no singular ou plural quando for seguida de substantivo ou por um pronome no plural.

A maioria dos alunos apoia/apoiaram a greve dos professores.

Parte dos ônibus apresentou/apresentaram defeito mecânico.
2) Nos substantivos coletivos especificados os verbos ficam na 3º pessoa do singular.

Um bando de bandidos saqueou/saquearam uma joalheria no centro da cidade.
3) Para os sujeitos que indicam uma quantidade aproximada (cerca de, perto de, mais de...) seguido por um
numeral e substantivo, o verbo fica em concordância com o substantivo.

Mais de quinhentas pessoas participaram da corrida escolar.

Cerca de duzentas crianças comemoraram o feriado no parque.
4) Nomes que só existem no plural e os que não tem artigo ficam com o verbo no singular. Mas, quando essa
palavra no plural vier com artigo o verbo deve ficar no plural.

Os Estados Unidos são o país da oportunidade.
5) Quando o sujeito é um pronome interrogativo ou indefinido plural (muitos, vários, quantos, alguns...) que
seja sucedido dos termos “de nós” ou “de vós”. O verbo nesse caso pode concordar com o primeiro pronome ou
com o pronome pessoal. Para os casos em que o pronome interrogativo e indefinido estiver no singular o verbo
também fica no singular.

Quais de nós são/somos capazes?

Qual de nós é capaz?
6) Quando o sujeito é formado por uma porcentagem e sucedido por um substantivo. O verbo deve estar em
concordância com o substantivo.

35% dos candidatos reprovaram no vestibular.

5% do orçamento do país deve ser destinado ao transporte público.
7) Para os casos em que existe porcentagem que não é sucedida de substantivo o verbo concorda com o
número. Exemplo:
o
50% conhecem o candidato.
8) Quando o sujeito da frase é o pronome relativo "que" o verbo concorda em número e pessoa com o termo
que antecede o pronome.

Fomos nós que pagamos a conta do restaurante.

Fui eu que fiquei feliz com sua visita.
9) Na expressão “um dos que” o verbo fica no plural. Exemplos:

Pelé foi um dos jogadores que mais usaram a camisa da seleção brasileira.

João é um dos que ensinam inglês na escola do bairro.
10) Para os casos em que o sujeito for um pronome relativo o verbo pode concordar com o termo que
antecede o pronome ou vir na 3º pessoa do singular.

Fui eu quem viajou de carro./Fui eu quem viajei de carro.
11) Para o sujeito que é um pronome de tratamento o verbo deve permanecer na 3º pessoa do singular ou
plural. Exemplos:

Vossa Majestade é irônica?

Vossas Majestades vão viajar?
12) Para verbos como dar, bater e soar a concordância ocorre dependendo do numeral. Exemplo:

Soaram dez horas no relógio.

Deu uma hora da manhã.
13) A concordância para verbos impessoais (haver, fazer e os que indicam fenômenos da natureza) são
utilizados na 3º pessoa do singular. Exemplos:

Faz duas semanas que não como carne.

Trovejou ontem pela manhã.
Dica: Quando falamos durante o dia a dia somos levados a fazer concordância apenas no singular muitas
vezes levando ao erro.
Sujeito Composto: Aquele que possui mais de um núcleo. Veja a seguir as regras:
1) Para o sujeito composto que vem antes do verbo a concordância deve ser no plural. Exemplos:

João e Maria conversavam na varanda.

Pais e filhos devem ser amigos.
2) Para os sujeitos compostos que possuem pessoas gramaticais distintas a concordância verbal segue a
seguinte regra: a 1º pessoa predomina sobre a 2º pessoa. Exemplo:

Pais e filhos precisam respeitar-se. (3º pessoa do plural-eles)
3) Quando o sujeito composto vem após o verbo (posposto) há duas possibilidades de concordância. Na
primeira o verbo concorda no plural com o sujeito e na segunda opção concorda com o núcleo do sujeito mais
próximo.

Compareceram a festa a mãe e suas filhas.

Compareceu ao evento a mãe e suas filhas.
4) Para casos de reciprocidade a concordância se dá no plural. Exemplo:

Abraçaram-se tios e primos.
5) Quando há sujeitos compostos formados por núcleos sinônimos o verbo concorda no plural ou no
singular. Exemplo:

A falta de chuva e a seca marcam/marca o inverno no Distrito Federal.
6) Quando o sujeito composto apresenta termos dispostos em gradação o verbo pode concordar com o último
núcleo do sujeito ou ficar no plural. Exemplos:

Dias, horas, minuto, segundo parecem solitários sem voc&ecirc.

Dias, horas, minuto, segundo parece interminável sem você.
7) Quando os núcleos do sujeito estão ligados pelos termos “ou” ou “nem”, o verbo concorda no plural e a
afirmação do predicado é relacionada a todos os núcleos. Para os casos de núcleo excludente o verbo
permanece somente no singular. Exemplos:

Jogador ou treinador de futebol ganham pouco.

Nem Maria nem João foram viajar.
8) Para as expressões “um ou outro” e "nem um nem outro” pode-se utilizar a concordância no plural ou
singular, no entanto é mais comum ver no singular. Exemplos:

Nem um nem outro foi/foram à festa.

Um e outro viajou/viajaram para Paris.
9) Quando os núcleos do sujeito são ligados com o termo “com” o verbo concorda no plural. Exemplo:

A mãe com a irmã criaram uma nova empresa.
10) Para os núcleos do sujeito ligados por expressões correlativas (tanto...quanto, não somente, não só...mas
ainda, etc).

Tanto os alunos quanto os professores ficaram tristes com o fim das aulas.
11) Quando os sujeitos compostos são reunidos em apenas um aposto recapitulativo (nada, tudo, etc.) a
concordância se dá de acordo com o termo utilizado na oração. Exemplo:

Doces, Sal, Gorduras, tudo faz mal à saúde.
Concordância Nominal
A concordância nominal trabalha a relação de um substantivo com as palavras (adjetivos, particípios, artigos,
pronomes adjetivos e numerais adjetivos) que o caracterizam. Veja abaixo as principais regras:
1) Quando o adjetivo refere-se a apenas um substantivo ele concorda em gênero e número. Exemplos:

Os celulares barulhentos tocavam sem parar.

As pernas trêmulas apontavam seu nervosismo.
2) Para os adjetivos que referem-se a vários substantivos a concordância varia se o adjetivo estiver anteposto
ou proposto a eles. Para o primeiro caso ele vai concordar em gênero e número com o substantivo que estiver
próximo e quando ele estiver posposto o adjetivo concorda com o substantivo que estiver mais próximo ou com
todos eles. Exemplos:

Compramos barato o carro e a casa.

Compramos baratas as roupas e os sapatos.

A padaria oferece pão e bolo gostoso.

A padaria oferece pão e rosca gostosa.
Obs: Caso os substantivos sejam nomes próprios ou de parentes o adjetivo concorda no plural. Exemplo: Os
maravilhosos João e Maria me visitaram no hospital.
3) Quando houver a expressão ser + adjetivo ele concorda como masculino singular se não houver nenhum
modificador na frase. No entanto, se houver algum modificador o adjetivo deve concordar com o substantivo.
Exemplos:

Caminhar é bom para o coração.

Esta caminhada é boa para o coração.
4) Para os casos em que o adjetivo concorda em gênero e número com os pronomes pessoais. Exemplo:

Eu as vi pela manhã muito misteriosas.
5) Para as expressões com pronome indefinido neutro (tanto, nada, muito, algo, etc) seguido da
preposição "de + artigo"a concordância se dá para o masculino singular.

A rua tinha algo de fantasmagórico.
6) Quando a palavra só estiver na frase com sentido de "sozinho" ele adquire função adjetiva e concorda com
o substantivo a que se refere. Exemplo:

Aline ficou só.

Aline e João ficaram sós.
7) Quando apenas um substantivo é alterado por mais de dois adjetivos no singular pode-se deixar o
substantivo no singular e inserir o artigo antes do último adjetivo ou o nome vai para o plural e o artigo é
retirado.

Adoro a comida argentina e a mexicana.

Adoro as comidas argentina e mexicana
6.
Crase
CRASE
A palavra crase é de origem grega e significa "fusão", "mistura". Na língua portuguesa, é o nome que se dá à
"junção" de duas vogais idênticas. É de grande importância a crase da preposição "a" com o artigo feminino"a"
(s), com o pronome demonstrativo "a" (s), com o "a" inicial dos pronomes aquele (s), aquela (s), aquilo e com
o "a" do relativo a qual (as quais). Na escrita, utilizamos o acento grave ( ` ) para indicar a crase. O uso
apropriado do acento grave, depende da compreensão da fusão das duas vogais. É fundamental também, para o
entendimento da crase, dominar a regência dos verbos e nomes que exigem a preposição "a". Aprender a usar a
crase, portanto, consiste em aprender a verificar a ocorrência simultânea de uma preposição e um artigo ou
pronome. Observe:
Vou a a igreja.
Vou à igreja.
No exemplo acima, temos a ocorrência da preposição "a", exigida pelo verbo ir (ir a algum lugar) e a
ocorrência do artigo "a" que está determinando o substantivo feminino igreja. Quando ocorre esse encontro das
duas vogais e elas se unem, a união delas é indicada pelo acento grave. Observe os outros exemplos:
Conheço a aluna.
Refiro-me à aluna.
No primeiro exemplo, o verbo é transitivo (conhecer algo ou alguém), logo não exige preposição e a crase
não pode ocorrer. No segundo exemplo, o verbo é transitivo indireto (referir-se a algo ou a alguém) e exige a
preposição "a". Portanto, a crase é possível, desde que o termo seguinte seja feminino e admita o artigo
feminino "a" ou um dos pronomes já especificados.
Há duas maneiras de verificar a existência de um artigo feminino "a" (s) ou de um pronome
demonstrativo "a" (s) após uma preposição "a":
1- Colocar um termo masculino no lugar do termo feminino que se está em dúvida. Se surgir a formaao,
ocorrerá crase antes do termo feminino.
Veja os exemplos:
Conheço "a" aluna. / Conheço o aluno.
Refiro-me ao aluno. / Refiro-me à aluna.
2- Trocar o termo regente acompanhado da preposição a por outro acompanhado de uma preposição
diferente (para, em, de, por, sob, sobre). Se essas preposições não se contraírem com o artigo, ou seja, se não
surgirem novas formas (na (s), da (s), pela (s),...), não haverá crase.
Veja os exemplos:
- Penso na aluna.
- Apaixonei-me pela aluna.
- Começou a brigar.
- Cansou de brigar.
- Insiste em brigar.
- Foi punido por brigar.
- Optou por brigar.
Atenção: lembre-se sempre de que não basta provar a existência da preposição "a" ou do artigo "a", é preciso
provar que existem os dois.
7.
Análise Sintática: Termos e classificação da oração
Estrutura e formação de palavras: Derivação, composição, onomatopéia, abreviação e h
ibridismo.
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