RESUMO A colostomia ainda hoje permanece como uma opção cirúrgica conservadora nas lesões do intestino grosso. Em relação aos pacientes oncogênicos colostomizados, percebe-se uma carência na literatura quando se relaciona a ocorrência de microrganismos como agentes etiológicos de doenças relacionadas à infecção das feridas cirúrgicas. Este trabalho visa fazer um levantamento na literatura cientifica da etiologia microbiana nas feridas e verificar o padrão de susceptibilidade a drogas antimicrobianas dos microrganismos presentes nos sítios cirúrgicos destes pacientes. Todos os pacientes submetidos à cirurgia colorretal eletiva têm risco significativo de apresentar infecção pósoperatória devido ao grande número de bactérias na microbiota do cólon. Dentre as bactérias mais comumente encontradas em infecções nestes sítios cirúrgicos, destacam-se o Bacteroide fragilis, Escherichia coli e Peptococcus. A resistência a drogas antimicrobianas dos patógenos relacionados às infecções cirúrgicas é um sério problema de saúde pública, que vem aumentado devido ao uso excessivo e incorreto de antibióticos. A maneira mais eficiente de controlar esse fenômeno é fazer uso mais racional destas drogas. Medidas como preparo précirúrgico adequado, uso de antibioticoterapia preventiva, protocolos regionais e diagnósticos microbiológicos são indubitavelmente ferramentas importantes para a redução do índice de infecção cirúrgica, principalmente na cirurgia colorretal. Palavras-chave: Colostomia, câncer, bactéria, infecção e resistência.