1.Nome da unidade curricular Filosofia e Teologia na Idade Média 2

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1.Nome da unidade curricular
Filosofia e Teologia na Idade Média
2.Ciclo de estudos
2º Ciclo
3.Docente responsável e respectivas horas de contacto na unidade curricular (preencher o nome
completo)
Maria Leonor Lamas de Oliveira Xavier: 45 S + 15 O
4.Outros docentes e respectivas horas de contacto na unidade curricular
5.Objectivos de aprendizagem (conhecimentos, aptidões e competências a desenvolver pelos
estudantes)
Considerando o vínculo estruturante entre filosofia e teologia no pensamento medieval, os objectivos
de aprendizagem nesta unidade curricular são os seguintes:
1) Reconhecer a importância da relação entre filosofia e teologia, como uma maior oportunidade e
exigência de pensamento, mais do que mero constrangimento epocal;
2) Reconhecer o facto e o valor da dimensão simbólica da exegese bíblica, que caracteriza o exercício da
teologia na Idade Média;
3) Obter uma abordagem especializada da elaboração filosófica da teologia medieval.
5.Learning outcomes of the curricular unit
Considering the structural relationship between philosophy and theology in medieval thought, the
learning outcomes of this curricular unit are as follows:
1) To become aware of the importance of the tie between philosophy and theology, as a major
opportunity and exigency for thinking, more than a mere epoch’s constraint;
2) To become aware of the fact and the value of the symbolic dimension of biblical exegesis, that is a
mark of making theology in the Middle Ages;
3) To be provided of a specialized approach to the philosophical framework within medieval theology.
6.Conteúdos programáticos
Introdução
1. A exegese simbólica ou a Bíblia para além da letra
1.1. A tradição da exegese medieval: Henri de Lubac
1.2. O caso de Santo António de Lisboa: F. Gama Caeiro
1.3. A teologia simbólica no circuito das teologias do Pseudo-Dionísio
1.4. A exegese simbólica da filosofia: São Boaventura.
2. Teologia filosófica ou filosofia teológica?
2.1. Uma filosofia teológica: Santo Anselmo
2.2. A autonomia e os limites da teologia natural: São Tomás de Aquino
2.3. A existência de Deus como uma questão disputada
2.3.1. Santo Anselmo
2.3.2. São Boaventura
2.3.3. São Tomás de Aquino
2.3.4. João Duns Escoto
2.3.5. Guilherme de Ockham
6.Syllabus
Introduction
1. The symbolic exegesis or the Bible beyond literalness
1.1. The tradition of medieval exegesis: Henri de Lubac
1.2. The case of St. Antonio of Lisbon: F. Gama Caeiro
1.3. The symbolic theology in Pseudo-Dionysus’ circuit of theologies
1.4. The symbolic exegesis of philosophy: St. Bonaventure
2. Philosophical theology or theological philosophy?
2.1. A theological philosophy: St. Anselm
2.2. The autonomy and the limits of natural theology: St. Thomas Aquinas
2.3. The existence of God as a quaestio disputata
2.3.1. St. Anselm
2.3.2. St. Bonaventure
2.3.3. St. Thomas Aquinas
2.3.4. John Duns Scotus
2.3.5. William of Ockham
7.Demonstração da coerência dos conteúdos programáticos com os objectivos de aprendizagem da
unidade curricular
Os conteúdos programáticos adequam-se aos objectivos de aprendizagem porque a relação com a
teologia é estruturante da filosofia medieval, o que, em vez de tornar menor a filosofia, imprime nesta
uma exigência maior de pensamento. A teologia medieval é, em parte, exegese bíblica e, em parte,
filosofia. Sobre a parte exegética, cabe salientar a superioridade do espírito à letra, que torna
predominantemente simbólica a exegese medieval. A par da exegese simbólica, a teologia medieval
desenvolveu uma parte filosófica, com maior autonomia ainda relativamente à letra do texto bíblico,
que pensa o tema de Deus nos limites da racionalidade humana. Como esses limites eram culturalmente
determinados pelas filosofias neoplatónica e aristotélica, o pensamento medieval é, em grande medida,
uma expressão da expansão teológica destas filosofias sob o influxo das religiões do Livro, mormente do
cristianismo no mundo latino.
7.Demonstration of the syllabus coherence with the curricular unit's objectives
The syllabus is coherent with the curricular unit´s objectives because medieval philosophy has a
structural relationship with theology, which instead of diminishing philosophy provides a wider thinking.
Medieval theology is partly biblical exegesis and partly philosophy. On the exegetical part, it must be
pointed out that spiritus is worthier than littera and therefore medieval exegesis becomes mainly
symbolic. Together with the symbolic exegesis the medieval theology has developed a philosophical part
even more autonomous from the littera of the biblical text, thinking on God within the limits of human
rationality. Once such limits were culturally marked by the neo-platonic and the Aristotelian
philosophical traditions, the medieval thought is greatly an expression of the theological expansion of
such philosophies under the influx of the Book religions, mainly of the Christian religion in the Latin
world.
8.Metodologias de ensino (avaliação incluída)
Esta unidade curricular caracteriza-se pela metodologia de seminário, lendo e interpretando textos
fundamentais de filósofos e teólogos medievais. As sessões lectivas regulares são complementadas pela
componente de orientação tutorial dos estudantes.
A avaliação é composta por 2 elementos obrigatórios:
1) Um trabalho orientado e escrito sobre um tópico dos conteúdos programáticos a entregar no período
de avaliação;
2) Uma exposição oral do trabalho em curso a agendar e a realizar nas sessões semanais do período
lectivo.
A classificação final é ponderada em conformidade com os seguintes parâmetros:
- A regularidade e o progresso para a qualidade da investigação preparatória;
- A clareza, o espírito crítico e a informação em especialidade para a qualidade do trabalho escrito;
- A clareza e as capacidades de síntese e argumentação para a qualidade da exposição oral.
8.Teaching methodologies (including evaluation)
This curricular unit is characterized by the seminar methodology, reading and interpreting fundamental
texts of medieval philosophers and theologians. The regular lecturing sessions are complemented by
tutorial attendance of the students.
The assessment has two compulsory elements:
1) A supervised paper on one of the syllabus’ topics, to be delivered during the assessment period;
2) An expounding moment of the paper in course, to take place during the regular lecturing sessions.
The final grade is pondered according to the following parameters:
- The regularity and the progress for the quality of the preparatory research;
- The clarity, the capacity of criticism and specialized information for the quality of the paper;
- The clarity with synthesis and argumentation’s skills for the quality of the expounding moment.
9.Demonstração da coerência das metodologias de ensino com os objectivos de aprendizagem da
unidade curricular
Esta unidade curricular adequa as suas práticas de ensino aos seus objectivos através dos seguintes
procedimentos:
- As sessões lectivas regulares destinam-se ao desenvolvimento dos conteúdos programáticos, com base
na leitura de textos fundamentais de filosofia e teologia da Idade Média, e proporcionam a
apresentação e a discussão dos trabalhos em curso.
- O acompanhamento tutorial é o procedimento que se ajusta à orientação do trabalho escrito caso a
caso, promovendo a exigência de um trabalho científico de qualidade e respeitando o perfil individual
do estudante no seu percurso em estudos aprofundados.
9.Demonstration of the coherence between the teaching methodologies and the learning outcomes
This curricular unit puts its teaching methodologies in harmony with the learning outcomes through the
following proceedings:
- The regular lecturing sessions are designed for the syllabus’ development, by the reading of medieval
fundamental texts of philosophy and theology, and offer the occasion to the expounding of the
student’s papers in course.
- The tutorial attendance is the proceeding that suits to the paper’s supervision in each case, promoting
the exigency of a qualified scientific work and respecting each student’s profile in his or her singular
path in deepening studies.
10.Bibliografia
AERTSEN, J., Medieval Philosophy as Transcendental Thought: From Philip the Chancellor (ca. 1225) to
Francisco Suarez, Leiden, Brill Academic Publishers, 2012. – BALTHASAR, H. Urs Von, Gloria, II, Milão,
2
Jaca Book, 1985 . – BARBELLION, S.-M., Les «preuves» de l’existence de Dieu. Pour une relecture des cinq
voies de saint Thomas d’Aquin, Paris, Cerf, 1999. – CAEIRO, F. G., Santo António de Lisboa, I-II, Lisboa,
INCM, 1995. – FLETEREN, F. Van, e J. C. Schnaubelt (eds.), Twenty-Five Years (1969-1994) of Anselm
Studies, Lewiston/Queenston, The Edwin Mellen Press, 1996. – FREITAS, M. B. C., O Ser e os seres I,
Lisboa, Verbo, 2004. – GONÇALVES, J. Cerqueira, Itinerâncias da Escrita, I-II, Lisboa INCM, 2011-2013. –
LUBAC, H. de, Exégèse Médiévale. Les quatre sens de l’Écriture, I-IIe, tt.I-II, Paris, Aubier, 1959-1964. –
XAVIER, M. L., (coord.), A Questão de Deus na História da Filosofia I, Sintra, Zéfiro / FCT / CFUL, 2008. –
Id., A Questão da Existência de Deus. Uma Disputa Medieval, Sintra, Zéfiro, 2013. – Id., Três Questões
sobre Deus, Sintra, Zéfiro, 2015.
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