Condicionantes climáticos da desertificação Pedro M A Miranda www.cgul.ul.pt Contribuições Projecto SIAM Projecto CLIMAAT Universidade de Lisboa, Faculdade de Ciências, Centro de Geofísica IST, Novembro 2004 Vertente climática da desertificação • Alteração do balanço hídrico • Variabilidade climática • Secas • Chuvas intensas Variáveis críticas • Precipitação média mensal, ciclo anual • Temperatura média (evaporação) • Precipitações extremas (erosão) • Temperaturas extremas (risco de incêndio) • Índices climáticos compostos (PDSI) OBSERVAÇÕES Temperatura média em Portugal Continental Tmax Tmin Aquecimento global 0 C /d a Temperatura média do Hemisfério Norte a 0.4 0 C/ d 0 0C/ da 20 0.2 de a -0.033 0 c e d C/da 0.06ºC/ + -0.04 0. 0.0 -0.2 1939 1976 -0.4 1917 -0.6 -0.8 1860 0. 25 0.6 0 Temperature Anomalies ( C) Anomalia de temperatura 0.8 1880 1900 1920 Dados grelhados 1940 Year Ano Tomé and Miranda (GRL,2004) 1960 1980 2000 Dados CRU Temperatura observada 1901-2002 Lisboa Ponta Delgada Tomé & Miranda, Geophysical Res. Lett, 2004 Funchal Angra do Heroísmo índices térmicos Lisboa Açores (S. Miguel) Madeira Precipitação sasonal (média de Portugal continental) 1941-70 1971-2000 Inverno Outono Verão Primavera T T T Anomalia da precipitação 1961-90 – 1931-60 ANUAL MARÇO mm 20 0 Jan -20 -40 Feb Mar Apr Mai Jun Jul Aug Sep Oct Nov Dec PT Continente (1971-2000)-(1941-1970) Humidade e nuvens Indice PDSI Seca Jan Chuva ligeira Fev Seca moderada Mar V. Pires, IM, 2004 1961-70 1971-80 1981-90 1991-00 A oscilação do Atlântico Norte - NAO NAO>0.5 NAO<-0.5 Trigo et al, Clim. Dyn, 2004. O que se passa com a evolução da NAO? Evolução do Anticiclone dos Açores e da Depressão da Islândia Médias anuais e decadais Tomé, Miranda e Santos, WRR 2004 Incerteza? Cenários de mudança climática Temperatura média na Península Ibérica CENÁRIOS Climáticos Rede meteorológica e pontos de grelha de modelos Modelo HadCM3 (300x300 km) 2x150 anos de simulação Modelo HadRM (50x50 km) 2x20 anos de simulação forçado por HadCM2/3 Precipitação Média móvel de 10 anos Temperatura máxima JJA Observações 1961-1990 Anomalia Temp Cenários IS92A A2 HadRM2 HadRM3 Controlo HadRM B2 Nº dias T>35º Obs IS92a Had RM2 A2 Had RM3 B2 Precipitação Anual Observações 1961-90 Simulação controlo HadRM3 corr HadRM2 HadRM3 Anomalia da precipitação Cenário A2 Inverno (DJF) Primavera (MAM) Verão (JJA) Outono (SON) O caso da Madeira Observações: interpolação GIS (1961-90) Simulações CIELO com observações no Porto Santo Problemas: vales encaixados demasiado secos; assimetria Norte-Sul? Anomalias de precipitação na Madeira (2071-2100) Muito mais seco de Inverno Mais húmido de Verão Perda de precipitação anual importante Perda anual (in mm) Conclusões Observações portuguesas são consistentes com um padrão de aquecimento global em aceleração, apresentando taxas de aquecimento acima da média global. Tendências da precipitação nas últimas décadas indicam: redução da precipitação de Março no Continente, aumento de variabilidade de Inverno, forte anticorrelação com a NAO, maior frequência de seca. Os cenários disponíveis sugerem importantes alterações climáticas no continente e nas ilhas. Aquecimento é mais dramático no Continente e mais moderado nos Açores A alteração do regime de precipitação é preocupante no Continente (menos precipitação, redução da duração da estação chuvosa) e na Madeira (muito menos chuva de Inverno e anual), sugerindo alterações no sentido da desertificação. Metodologias desenvolvidas no CGUL (+ e downloads em www.cgul.ul.pt) Tomé & Miranda, Geoph. Res. Lett, 2004 Trigo et al, Climate Dyn., 2004 Tomé, Miranda & Santos, World Res. Rev, 2004 Santos, Valente, Miranda, Aguiar, Azevedo, Tomé & Coelho, World Res. Rev, 2004 Publicações SIAM Miranda et al., 2001, 20th Century Portuguese Climate..., in Santos et al, SIAM, Gradiva. Miranda et al., 2005, O clima de Portugal ..., in Santos et al, SIAM2, Gradiva.