ESTRATÉGIAS DE ENFERMAGEM NA REABILITAÇÃO DE INDIVÍDUOS COM DOENÇA DE ALZHEIMER COM DEFICIÊNCIA MOTORA E COGNITIVA Geomar Rodrigues de Jesus1, Luanna Souza e Silva¹, Patrícia Ferreira Miranda¹, Daniel de Azevedo Teixeira2 RESUMO Com a revisão sistematizada da literatura entende-se que a Doença de Alzheimer é uma desordem do Sistema Nervoso Central de caráter degenerativo. Compreende-se que a patologia afeta o desempenho funcional e social do individuo em conseqüência da lesão neuronal que ocorre no córtex cerebral, que implica na perda cognitiva e motora. Este artigo científico tem o intuito principal de estabelecer as estratégias a serem desenvolvidas pelo profissional de enfermagem no processo de reabilitação de indivíduos com doença de Alzheimer apresentando deficiência motora e cognitiva. Assim percebe-se quão se faz necessário a avaliação, os diagnósticos e as intervenções desenvolvidas pelo enfermeiro no processo de reabilitação. Palavras chaves: Alzheimer, perda funcional, reabilitação, assistência ABSTRACT With the systematic literature review means that Alzheimer's disease is a disorder of the central nervous system degenerative. It is understood that the disease affects the social and functional performance of the individual as a result of neuronal injury that occurs in the cerebral cortex, causing an inability to cognitive and motor skills. This scientific paper has the primary purpose of establishing the strategies to be developed by professional nursing in the rehabilitation of individuals with Alzheimer's disease showing motor and cognitive disabilities. Thus one sees how it is necessary to the assessment, diagnosis and interventions developed by the nurse in the rehabilitationoprocess. Keywords: Alzheimer's, loss of function, rehabilitation, assistance. INTRODUÇÃO A doença de Alzheimer é um distúrbio neurológico degenerativo que inicia de forma insidiosa e se caracteriza por perda gradual de memória, que resulta em alterações no funcionamento cognitivo e distúrbios do comportamento e personalidade (SMELTZER; BARE, 2005). Segundo Smeltzer e Bare (2005) a etiologia da doença é multifatorial dentre as quais incluem o envelhecimento, fatores genéticos como alterações nos cromossomos 14,19 e 21, história de Alzheimer na família e presença de síndrome de Dow. Existindo alterações neuropatológicas e broquímicas, que incluem emaranhados neurofibrilares (massa enovelada de neurônios nãofuncionantes) e placas senis ou neuríticas (acumulo de proteína amilóide e estruturas celulares alteradas nas junções interneuronais). Do ponto de vista broquímico, a enzima ativa na 1 Acadêmicos do curso de Enfermagem 2 Professor Adjunto e Coordenador do Curso de Biomedicina da FUPAC-TO 2 produção de acetilcolina, a qual esta especificamente envolvida no processamento da memória, mostra-se diminuída. Em nível celular a doença de Alzheimer está associada à redução das taxas de acetilcolina no processo sináptico, diminuindo a neurotransmissão colinérgica cortical, além de outros neurotransmissores como noradrenalina, dopamina, serotonina, glutamato e substâncias P em menor extensão (VIEGAS et. al, 2003). Segundo Smeltzer e Bare (2005) a doença de Alzheimer acomete de 8 a 15% das pessoas com mais de 65 anos, no entanto a doença não é encontrada apenas em idosos, acomete 1 a 10% dos casos em indivíduos da meia idade. Segundo Guccione (2002) a doença de Alzheimer, contribui com 60% dos casos de demência, e a categoria do transtorno mental orgânico para indivíduos com a doença. Esta pesquisa visa identificar as principais estratégias a serem desenvolvidas pelos profissionais de enfermagem no processo de reabilitação de indivíduos com Doença de Alzheimer. REVISÃO DE LITERATURA Na elaboração deste artigo, buscou-se através de debates entre os autores; onde foram analisados vários pontos onde se identificou os principais caracteres do mal de Alzheimer. Na presente pesquisa foi analisado que, em todas as bibliografias consultadas pressupõe significativamente que o principal sintoma da doença de Alzheimer é o comprometimento da memória, ocorrendo de forma sutil evoluindo gradativamente na diminuição da autonomia, com conseqüente aumento das necessidades de cuidados e coordenação de terceiros. O mal de Alzheimer é a principal causa de demência em adultos com mais de 60 anos; aceita universalmente como um doença idade-dependente, isso devido à progressão e intensificação dos sintomas da doença ocorrem de acordo com o aumento da idade. Existem cerca de 17 a 25 milhões de pessoas no mundo inteiro com a Doença de Alzheimer e 1 milhão de vitimas no Brasil, e vem aumentando na proporção do crescimento da população idosa. Sendo mais freqüente em mulheres do que em homens devido a maior longevidade feminina (RESCK. et. AL; 2004). Avaliação de Enfermagem do paciente com Alzheimer 3 A história de Saúde, inclusive a clínica, social e cultural, e o exame físico, incluindo o estado funcional e o estado de Saúde Mental, é primordial no diagnóstico provável da Doença de Alzheimer. O questionário Informante sobre o Declínio Cognitivo do Idoso (IQ- CODE) avalia a cognição entrevistando o cuidador ou alguém que tenha contato próximo ao paciente. São 26 questões que avaliam o desempenho atual em diferentes situações da vida diária. O índice de Katz é uma escala mais descrita que avalia desempenho em atividades da vida diária, ou seja, sua capacidade funcional e as divide em rotineiras (tomar banho, vestir, ir ao banheiro, alimentar-se) e instrumentais (usar telefone, preparar comida, fazer compras, locomoção fora de casa). Classifica os pacientes em independente (I), dependente (D) e necessidades de assistência (A). O Mini-Exame do Estado Mental (MEEM) é o teste de rastreio e triagem mais utilizado no mundo, pois é simples, de aplicação rápida e auto-explicativa. Determina a extensão da avaliação cognitiva subseqüente a sua aplicação em sujeitos com demência moderada e severa. É composto por diversas questões caracteristicamente, agrupadas em sete categorias, Cada uma com a finalidade de avaliar funções cognitivas especificas como orientação, retenção ou registro de dados, atenção e cálculos de memória e linguagem (ABREU et. AL, 2005). Sinais e Sintomas encontrados no paciente com Alzheimer (SEGUNDO QUEM? Não é revisão de literatura?) Os sintomas do mal de Alzheimer apresentam-se em cada indivíduo de diferentes maneiras, podendo ocorrer varias alterações: Dificuldade de linguagem; Alterações de memória recente e remota; Dificuldades da marcha; Dificuldade para engolir (disfagia); Insônia; Incontinência urinaria e fecal. 4 Desorientação temporal espacial; Declínio das habilidades sociais; Exclusão social. Diagnósticos de Enfermagem segundo o NANDA (Associação Americana de Diagnóstico de Enfermagem) O diagnostico de enfermagem na doença de Alzheimer é primordial, pois é o enfermeiro que vai identificar inicialmente as principais alterações identificadas no idoso. O profissional de enfermagem deve estabelecer um vinculo paciente-familia; para um correto acompanhamento do individuo no seu processo de reabilitação. Assim destacam-se os principais diagnósticos de enfermagem no individuo com Alzheimer. Comunicação verbal prejudicada, relacionado com alteração no sistema nervoso central caracterizado por dificuldade para expressar verbalmente os pensamentos. Memória prejudicada, relacionado com distúrbio neurológico caracterizado por incapacidade de recordar informações factuais. Mobilidade física comprometida, relacionado com prejuízos neuromusculares caracterizado por capacidade limitada para desempenho das habilidades motoras grossa. Deglutição prejudicada, relacionado ao envolvimento dos nervos cranianos caracterizado por incapacidade para esvaziar a cavidade oral. Privação do sono, relacionado à demência caracterizado por transtornos perceptíveis. Incontinência urinária, relacionada a deficiência intrínseca do esfíncter uretral caracterizado por oligúria na ausência de contração do detrusor. Incontinência intestinal, relacionado a perda do controle do esfíncter anal, evidenciado por manchas de fezes nas roupas. 5 Confusão crônica relacionado a doença de Alzheimer caracterizado por memória recente prejudicada. Isolamento social relacionado a alterações no estado mental caracterizado por comportamento não aceito pelo grupo cultural dominante. Intervenções de Enfermagem Auxiliar na comunicação, com exercícios de treinamento na pronunciação das palavras; as 9:00 horas e as 16:00. Porque o paciente freqüentemente esquece o significado das palavras ou tem dificuldade para organizar e expressar os pensamentos. Colocar ao alcance do paciente objetos como relógios e calendário. Para orientar o individuo no espaço e no tempo. Codificar as portas por cores. Para o paciente que tem dificuldade de localizar seu quarto. Auxiliar o paciente no preenchimento do diário do Alzheimer Para que o paciente tenha uma interação e lembrança de suas atividades. Auxiliar na prática de exercícios físicos, como mobilização das articulações; pela manhã das 8:00 as 9:00 horas. Melhora a rigidez e a dor. A equipe de enfermagem deve registrar qualquer alteração que ocorra na mudança da marcha, como claudicação, quedas e contusões. Realizar mobilização do paciente no leito, mudá-lo de decúbito de 2/2 horas (alternar decúbito lateral, dorsal, cadeira de rodas e poltrona). Fazendo com que o paciente não permaneça no leito durante todo o tempo. Auxiliar na alimentação de 3 em 3 horas com alimentos cortados em pequenos pedaços ou batidos no liquidificador em pequenas porções. Auxiliar na prática de exercícios faciais antes da ingestão de alimentos, mandar o paciente mastigar (abrir e fechar a cavidade oral). Para estimular os nervos cranianos glossofaríngeo, facial e trigêmeo. Realizar atividades de exercícios da mente como dominó, baralho, às 16:00 horas. Para ocupar a mente do paciente, porque o padrão regular de atividade estimulará o sono. 6 Levar o paciente ao banheiro de 3 em 3 horas. Para diminuir a incontinência urinária. Realizar atividades externas, como visitas a parques praças, teatro. Para o paciente rir, conversar e se alegrar, promovendo a interação social. Reabilitação do paciente com mal de Alzheimer Como a memória é o sintoma primário do mal de Alzheimer; os autores deste artigo criaram o diário do Alzheimer. Na qual é composto de uma caderneta, que contenha seu cabeçalho equipado com nome, data e horário. Diariamente o paciente instruído pelo cuidador ou independente preencherá o índice da caderneta. Ao decorrer do dia todas as atividades realizadas serão relatadas pelo individuo e corretamente anotadas. Esse método foi pensado para que o paciente tenha uma interação e lembrança de suas atividades, ao ler programas realizados a dias ou meses percorridos, possivelmente ele recordará. Segundo Guccione (2002) a realização de atividades que o paciente sempre costumava fazer pode melhorar a auto-estima e assim a qualidade de vida. Deve-se ajudar o portador a manter as habilidades pessoais, ou seja, uma idosa que sempre foi dona de casa pode usar algumas habilidades desse serviço, como auxiliar na limpeza da casa ou cozinhar com supervisão. Deve-se deixar o idoso realizar a tarefa com o máximo de independência possível. Se necessário, o cuidador pode dar o comando verbal de forma clara e pausada como “agora vamos tirar a blusa”, “passe o sabonete nos pés” e elogiar quando a tarefa for realizada de forma adequada. Da mesma forma, devem ser feitas as atividades de enxugar-se e de vestir-se novamente. Dessa forma, conseguirá melhorar a auto-estima do idoso, já que ele realiza a atividade de uma forma menos dependente, além de estimular a movimentação ativa, prevenindo diversas alterações como fraqueza muscular ou encurtamentos (NETTTINA, 2007). A coordenação motora é a base do movimento eficiente e harmonioso e é a capacidade de usar os músculos com intensidade exata para a realização de um movimento. Associar a prática de caminhada com atividades dos membros superiores com auxílio de um bastão realizando flexão de ombros ou rotação de tronco simultaneamente à marcha. 7 Deve-se incluir a dança e a prática de caminhada no programa domiciliar, visando à melhora da mobilidade, do equilíbrio, da socialização, da manutenção da força muscular e do estado emocional do paciente (TORRES; 2006). À medida que a doença de Alzheimer progride, ocorrerá o aumento da perda cognitiva e o paciente passará a ser dependente do seu cuidador para a realização de suas atividades mais básicas, as atividades de vida diária (AVDs). O idoso passará a precisar de ajuda para realizar sua higiene pessoal, vestir-se, alimentar-se, além de perder a continência urinária e fecal. E, também em conseqüência da doença, o portador perderá a capacidade de sorrir, sustentar a cabeça e ficará acamado necessitando de cuidados especiais para a prevenção de contraturas, encurtamentos, dores e desenvolvimento de escaras (GUCCIONE; 2002). Os exercícios para mobilidade podem ser realizados de forma ativa quando o paciente consegue realizá-los sozinho, assistido quando o paciente necessitar de algum auxílio ou passivo quando o paciente já não for capaz de realizar o movimento. A mobilização das articulações melhora a rigidez e a dor, por isso ela é muito importante para o portador de Alzheimer, já que mantém a amplitude de movimento, o que facilita a realização de atividades de vida diária e de transferências (NETTINA; 2007). DISCUSSÃO A partir de todas as observações analisadas, entende-se que a demência incide diversas alterações na pessoa; dentre as quais a causa mais comum de morte encontrada pelos autores na literatura é a pneumonia, pois sabe-se, que a deterioração da saúde evidenciado pela doença, acaba que por diminuir a imunidade no organismo do portador de Alzheimer. Com relação a perda funcional fica claro que as dificuldades motoras implicam na diminuição da liberação de acetilcolina; acarretando em menor transmissão para a realização dos músculos lisos. Identificou-se também nesta pesquisa que a perda da memória sendo um sinal e sintoma primário está relacionado com a lesão no hipocampo e com perceptível diminuição da massa encefálica. As alterações de personalidade e afeto são de caracteres negativos para o paciente, que pode apresentar estado deprimido, inseguro e de agressividade. Além das alterações físicas e psicológicas que acomete ao portador de Alzheimer, vale salientar que o desgaste físico e emocional interfere na vida cotidiana do cuidador e 8 familiares. Sendo assim, enfatiza-se que o enfermeiro é um fator de irrelevância, onde a assistência de enfermagem à família, na qual disponibilizará programas de orientação para que os familiares se incluam na dinâmica do problema, onde os entes aprenderão a conviver com o processo patológico do individuo. Sendo o enfermeiro o profissional responsável na atividade de reintegração da família e do paciente debilitado. CONCLUSÃO Considera-se ainda, destacar que se faz necessário motivos de discussões e debates em torno da patologia que fora abordada nesta revisão de literatura. Como analisado em vários pontos deste artigo, esclarecimentos sobre os distúrbios que a doença pode causar, mostrando várias causas prováveis para o aparecimento da patologia, principalmente entre idosos. Numa sociedade como a de hoje, onde os programas vinculados a promoção da saúde do idoso são de tamanha pequenez, muito se fala em aumento da expectativa de vida da pessoa idosa, que vem aumentando em nosso país a cada ano, mas de que adianta os idosos viverem mais, no entanto, sem qualidade de vida. As barreiras sociais, as doenças que são inúmeras nesta faixa etária, provocam um sentimento de impunidade ao tratamento que é dado pelo Estado à pessoa idosa. O tema referido abordado mostra o real que implica ao individuo com mal de Alzheimer, as dificuldades, o processo de involução da doença, as dependências, as cobranças e as magoas que essas pessoas sofrem decorrentes do processo degenerativo da doença. Finalizando, ressalta-se a ação da abordagem sistematizada e assistencialista do enfermeiro no olhar global do paciente, observando aspectos quanto as dificuldades que o individuo enfrenta para lhe dar com o problema, analisando que as intervenções e os meios solicitados por esse profissional em estabelecer um vínculo no programa para o cuidar do paciente com mal de Alzheimer se faz de importância primária no programa de inclusão social e de reabilitação. REFERÊNCIAS ABREU, Dutra. Isabella. Demência de alzheimer: correlação entre memória e autonomia. Ver. Psiquiatria. Belo Horizonte; Rev. Psiq. Clín. 2005 ; 131-136 p. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rpc/v32n3/a05v32n3.pdf>. Acesso 06 de novembro 2009 as 19:26 9 CAMARA, D. Vilma. Dos desafios da saúde no século 21: doença de alzheimer. Rio de janeiro: Revista AMF. 2008 16 – 19 p. Disponível em: <http://www.amf.org.br/revista/ed_36/pag%2016%2017%2018%2019.pdf>. Acesso 04 de novembro de 2009 as 19:25 ELY, C, Jaqueline. 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