ANÁLISE CRÍTICA Filme: O Último Samurai Aluna: Luanna Matieli Unesc – 4º período Administração - RH A INFLUÊNCIA DA CULTURA NO COMPORTMENTO DOS INDIVÍDUOS Modernidade, história e cultura. Até que ponto, uma é influenciada pelas outras e vice-versa? Neste filme evidencia claramente a interação entre três partes distintas: Combatentes americanos, Soldados do imperador japonês e os Samurais. O primeiro ato significativo do filme ocorre no momento em que o Japão busca, através dos militares americanos, a inserção de técnicas de combates, no intuito de aprimorar a atuação de seus soldados. Tendo em vista, a preocupação do Imperador em tornar seu país, uma nação moderna na arte do combate com armamento de fogo. Com isso, os valores do novo mundo começam a agregar-se à cultura oriental. Embora o Japão seja uma nação caracterizada por uma cultura dotada de disciplina e rigidez, onde a honra e a subserviência movimenta as atitudes de seu povo, seja hoje, uma das grandes potências mundiais; nada impediria de que ele – naquela época – incorporasse pressupostos dos quais agregassem valores a sua cultura. Como mostra o primeiro ato deste filme. A necessidade de adequar o Japão ao ‘mundo moderno’, fez com que o Imperador promovesse a introdução da cultura ocidental no seu país. Fato esse perceptível através dos artefatos visíveis que norteavam os habitantes do império japonês. O segundo ato relevante do filme acontece no episódio em que o Capitão americano (Tom Cruise) é capturado, em combate, pelos Samurais. Neste instante, surge uma nova interação que, mais tarde, se resultaria noutro compartilhamento de valores. O Capitão, pelos seus valores ocidentais, tem uma difícil adaptação àquele mundo ‘servil’ que guiavam o restante dos valores dos Samurais. O que é muito natural, por tratar-se de ‘mundos’ distintos, conseqüentemente seus ideais, pensamentos, posturas, atitudes e opiniões seriam divergentes. Entretanto, é sabido que a necessidade ou um novo ponto de vista, perante uma determinada situação, são capazes de fazer com que toda essa disparidade se adéqüe para a harmonia de um bem comum: no caso, para o compartilhamento da cultura milenar dos Samurais. O Capitão, depois de um determinado tempo convivendo naquele ambiente e observando toda a sua estrutura, passou a compreender e a tomar aqueles valores para si, como sendo verdadeiros. Não mais tarde, todos esses valores são - de fato compartilhados pelo Capitão americano. O terceiro grande momento deste filme deu-se na percepção do Imperador por certas condutas que iam de encontro aos valores de seu povo, das quais estavam sendo tomadas em virtudes de interesses alheios à sua vontade de fato. O Imperador, durante um dado período, estava sendo manipulado por um de seus oficiais. O que mais tarde ele reverteria, ao perceber que para atingir a prosperidade tão esperada, não era necessário tentar mudar valores, até porque isso requer um trabalho quase que impossível. Mas sim incorporar, adequar e aprimorar pressupostos que venham ao encontro dos anseios daquela cultura. Este filme nos remete a analisar e a compreender enfaticamente as culturas de corporações bem sucedidas das fracassadas; onde valores estrategicamente agregados, adaptados e moldados podem tornar uma cultura efetivamente compartilhada e, com isso, promover o êxito da organização. Em contrapartida, a ineficiência na estrutura normativa de uma empresa pode acarretar além da deturpação da imagem no seu mercado de atuação, a ruína de toda uma corporação. Seguir um ‘modelo’ não é o suficiente para reger uma empresa. É necessária a compreensão de toda a estrutura organizacional: a identificação de todos os pontos relevantes da interação entre os seus membros; a real missão e visão da empresa, assim como as políticas que a governam; a postura das lideranças envolvidas; bem como a relação existente entre empresa e colaborador e vice-versa. Poderá, a partir dessa análise, identificar a cultura da organização. Sendo uma ‘cultura fraca’, será necessário traçar estratégias capazes de fomentar o compartilhamento de valores. No caso de uma ‘cultura forte’, a tática também se faz necessária, haja vista a necessidade de manter o conjunto de pressupostos compartilhados e homogêneos; sustentando a efetividade dessa corporação.