A Terra no contexto do Sistema Solar e o Sistema Solar no Universo Universo – em cerca de 10 a 16 biliões de galáxias Cada galáxia tem aprox. 100 biliões de estrelas 1021 estrelas no Universo ß Origem do Universo Considera-se que o nascimento do Universo foi há 12 ou 13,5 biliões de anos com uma explosão cósmica – TEORIA DO BIG – BANG. Depois dessa explosão, toda a matéria e energia foi compactada numa só. Passado alguns segundos da explosão foram “criadas” 4 forças : a gravítica, a nuclear forte, a nuclear fraca e a electromagnética. Seguidamente, formaram-se os protões, neutrões, electrões. As partículas formadas associaram-se dando– se a condensação da matéria, originando átomos de H, He, Li e Deutério. A temperatura foi aumentando e da condensação das partículas resultaram as galáxias. Partículas elementares (protões, neutrões, electrões) Glóbulo ou átomo primitivo 12-13.5 biliões de anos He, H Galáxias Big Bang ß Teorias sobre o Universo TEORIA DA EXPANSÃO CONTÍNUA = as galáxias do Universo encontram-se em expansão , sendo maior a velocidade de afastamento, para as galáxias mais distantes umas das outras. As mais próximas afastamse a uma velocidade menor – Não são as galáxias que se deslocam, é o Universo que se dilata. TEORIA DO UNIVERSO PULSANTE Big - Bang ß = as galáxias existentes no Universo afastam-se até determinado ponto, voltando a aproximarem-se dando-se a concentração e condensação da matéria, ocorrendo no Big – Bang. Estádio de expansão máxima Estádio de concentração infinita Novo Big - Bang Origem dos Sistemas Planetários A Terra é um dos planetas dos Sistema Solar, em que o Sol é a principal estrela, à volta do qual todos os planetas giram. As várias hipóteses sobre a origem dos sistemas planetários podem resumir-se em 2 grandes linhas: 1) Acidente Catastrófico Colisão e/ou aproximação de duas estrelas : - participação de energia exterior ao Universo; possibilidade reduzida ( 1 e 10000 milhões) face às gigantescas distâncias entre as diferentes estrelas; Buffon (séc. XVIII), Chamberlain e Moulton (E.U.A) e Jeffreys e Jeans (R.Unido). 1)Estrela aproximandose do Sol 2)Deformação por 3)Saída de 4)Afastada a estrela este separa-se em mútua atracção material gasoso do cordão Sol em direcção à fragmentos (planetas) estrela 2) Sequência da evolução de uma estrela A partir de uma núvem ou nebulosa gasosa ou de poeira: - participação de energia do próprio sistema; Kant e Laplace (Séc. XVIII) Futura Hipótese Nebular Actualmente: Admite-se a Hipótese Nebular, próxima da hipótese proposta por Kant e Laplace, segundo a qual o Sol teria nascido de um glóbulo de condensação de matéria cósmica, de início a muito baixa temperatura, aquecendo à medida que se contraia, até desencadear no seu centro reacções termo - nucleares. Uma pequena parte da matéria cósmica não condensada (aprox. 1/10) formou como que um disco achatado de dimensão próxima da do actual Sistema Solar. A rotação deste disco fez reunir estas poeiras em massas ( os planetas), tanto maiores quanto mais afastados do Sol. ∑ A cintura de asteróides entre Marte e Júpiter: O conjunto de asteróides que gravitam entre as órbitas de Marte e Júpiter é hoje encarado como um conjunto de matéria sólida que não chegou a aglutinarse para formar um planeta, e não como resultado da desintegração de um planeta. ∑ Origem dos Sistema Solar Sistema Solar - poeiras núvens constante rotação hidrogénio (H) ; hélio (He) ínfima parte do Sol Nebulosa (“Nebulae”) (semelhante à formação da Terra) - gravidade junção das partículas Contracção da “Nebulae” matéria / massa Rotação acelerada dos planetas Formação de um disco que por densidade das partículas e gravidade forma um ”núcleo” primitivo “Proto – Sol” (o aumento da temperatura e a densidade das partículas levou ao início da fusão ) (1 milhão de Cº) Massa = Energia E = m c2 ∑ Planetas intrínsecos / interiores - Mercúrio, Vénus, Terra, Marte; Mais perto do Sol e por isso têm um processo de formação semelhante; Ausência quase completa de materiais leves (H, He, H2O); Composição química rica em materiais pesados ( Ferro, ...); Planetas densos – Planetas Terrestriais Nota: Os gases mais voláteis (evaporam a baixa temperatura H, He, NH4, CH4) desapareceram dos planetas terrestriais para os planetas exteriores. ∑ Planetas extrínsecos / exteriores - Júpiter, Saturno, Úrano, Neptuno e Plutão; Mais afastados do Sol baixas temperaturas; Acumulação dos gases à volta dos planetas maiores (Júpiter, Saturno); Compostos por H e He (à semelhança do Sol). Nota: Plutão é um planeta diferente, gelado, composto por uma mistura de gases, água e rochas. ß Idades do Sol e da Terra 5 a 6 x 109 anos Sol 99,8 % da massa do Sistema Solar 4.6 x 109 anos Terra ß Evolução Térmica a) Dos Planetas Formados a baixas temperaturas, sendo os eu aquecimento posterior devido a choques meteoríticos e à radioactividade. b) Da Terra Início frio seguido de longo período de aquecimento. O aquecimento inicial teria atingido altas temperaturas devido à desintegração de certos elementos radioactivos e à energia libertada por impacto de corpos meteoríticos. Posteriormente ao declínio daqueles elementos, o planeta teria arrefecido até um estado mais ou menos constante, no qual o aquecimento devido ao declínio do urânio (U), do tório (Th) e do potássio (K) é mais ou menos compensado pela perda de calor, por irradiação, à superfície. Meteoritos mais antigos Rochas mais antigas Rochas mais antigas da Terra da Lua ? ? ? ? ? ? 4.6 Nébula envolve o Sol e os planetas Agregação da Terra Impacto 4.5 gigante 4.4 Diferenças da Terra Evolução da Terra : Mistura homogénea sem Resultado continentes ou oceanos. anterior Neste processo de diferenciação o ferro deslocou-se para o interior e o material + leve para o exterior - crosta do passo Terra com núcleo muito denso, a crosta com materiais leves e um manto residual no meio de ambos Alteração Qualquer rocha, seja qual for a sua origem – magmática, metamórfica ou sedimentar – desde que se encontre à superfície terrestre, está sujeita à alteração. Esta, não depende apenas da intensidade dos agentes da geodinâmica externa, mas depende também da maior ou menor estabilidade dos minerais ao experimentarem a acção desses agentes. As rochas magmáticas e as metamórficas são as mais sensíveis a mudanças de condições ambientais, as sedimentares são pouco vulneráveis à alteração, dado que o seu conteúdo mineralógico já tem estabilidade nas condições da superfície da Terra. Contudo, o grau de resistência da rocha não está apenas relacionado com a capacidade de alteração dos minerais que a constituem, mas também de outros factores, tais como a porosidade, a textura e a fissuração ; é importante considerar o tempo como factor determinante da alteração das rochas. É importante distinguir alteração de erosão : a primeira altera a rocha sem que haja transporte de partículas, a segunda implica que as partículas sejam removidas da rocha que lhes deu origem. Tipos de Alteração A. 1. Mecânica ou Meteorização Também chamada de desagregação, é um processo estritamente físico, que não implica alteração da composição química da rocha; esta apenas é dividida em pequenos fragmentos em consequência da acção de várias forças, nomeadamente a variação da temperatura. Esta acção é facilitada pelas descontinuidades que as rochas apresentam, tais como juntas de estratificação, juntas de esforço mecânico e diáclases, entre outras, nas quais a água pode penetrar. Na presença de grandes amplitudes térmicas que permitem a mudança de estado físico da água, esta aumenta de volume ao congelar, no interior das fracturas das rochas, e provoca tensões internas com efeito de cunha, que alargam as fissuras e fracturam a rocha. A meteorização também é facilitada, embora sem grande interesse, pelos animais que constróem cavidades no solo e pelo desenvolvimento das raízes de certas plantas, que podem introduzir-se na s fendas rochosas, alargando-as. 2. Química Este tipo de meteorização implica um grande número de reacções químicas entre elementos da atmosfera e constituintes das rochas. As rochas são decompostas, a estrutura interna dos minerais pode ser destruída e novos minerais podem-se constituir – minerais de neoformação. Implica uma significativa mudança na composição química e no aspecto físico das rochas. A presença da água neste processo é fundamental, actuando como meio de transporte dos elementos atmosféricos para os minerais das rochas, facilitando as reacções químicas, removendo os elementos alterados, expõe novamente a rocha não alterada à alteração. A taxa e o grau da alteração química são grandemente influenciados pelo aumento da precipitação. As reacções químicas que implicam a decomposição das rochas pelos elementos da atmosfera são: Dissolução – os sais muito solúveis dissolvem-se na água, quer de escorrência, quer subterrânea. A água, ao realizar esta acção, actua também como agente de transporte das substâncias dissolvidas no estado iónico, estas, por evaporação, precipitam. Carbonatação – ocorre por acção da chuva carregada de CO2. A calcite (CaCO3), principal mineral dos calcários, é pouco solúvel; água com CO2 dissolvido forma ácido carbónico e este transforma o carbonato de cálcio da calcite em hidrogenocarbonato de cálcio, que é muito solúvel. Esta reacção ocorre preferencialmente a lata pressão e baixa temperatura. A alteração química dos calcários origina modelados característicos designados lapiàs. Oxidação e Hidratação – os minerais que possuem ferro na sua composição oxidam-se na presença do oxigénio dando origem a óxidos, estes, ao combinarem-se com o vapor de água, formam hidróxidos. É devido a estas alterações que os solos se tornam avermelhados ou amarelados. Hidrólise – é uma dissociação que ocorre por acção da água, e que provoca uma mudança profunda no mineral. Esta reacção afecta fundamentalmente os feldspatos transformando-os em argilas. As plantas e as bactérias são, também , importantes agentes da alteração química, devido à produção de alguns ácidos e compostos orgânicos. A água libertada pelos seres vivos é normalmente mais ácida que a água corrente, aumentando a capacidade de alteração das rochas. Tipos de Alteração B. Os materiais resultantes da alteração quase nunca ficam no seu local de origem, geralmente são transportados para outros locais por agentes geodinâmicos externos. Existem diferentes agentes de transporte: 1. Gravidade A gravidade pode considera-se como um agente de transporte sempre presente. Por acção desta, os produtos acumulam-se na base da rocha que lhes deu origem, constituindo os detritos de talude. Nos terrenos inclinados, constituídos por rochas permeáveis, ausentes numa camada argilosa, as águas infiltradas nos terrenos permeáveis provocam o seu deslizamento sobre os terrenos argilosos, o mesmo pode acontecer nos terrenos inclinados por acção do degelo. A deslocação dos materiais rochosos pode ser abrupta, desprendendo-se grande quantidade de blocos rochosos de dimensões variadas – avalanche – ou ocorrer mais lentamente, deslocando-se massas rochosas em bloco ou divididas em camadas que deslizam no seu conjunto – escorregamentos. Relacionados com a acção da gravidade estão também fenómenos se solifluxão, em que o solo, impermeabilizado pelo gelo, permite a acumulaçaõ de água resultante do degelo e da água da chuva, o que faz com que o solo, amolecendo e tornando-se mais pesado, se desloque lentamente; e de “creep” ou reptação, que ocorre normalmente em vertentes suaves em que os detritos se deslocam lentamente e praticamente grão a grão. Os desabamentos ou derrocadas ocorrem quando, para além da meteorização, a erosão desagrega a base de sustentação do talude. 2. Vento O vento realiza a sua actividade geológica em função da sua velocidade e dos elementos detríticos que transporta. Ele desnuda as rochas deslocando os materiais alterados – deflacção. Carregado de partículas, que se deslocam em maior quantidade junto ao solo, provoca a erosão das rochas – corrosão – ficando estas polidas ou escavadas, conforme a sua textura. A acção erosiva verifica-se mais evidentemente na zona inferior da rocha, originando rochas em cogumelo ou pedestais; se as rochas forem granulares ficam escavadas, formando-se alvéolos em consequência da diferente resistência dos seus minerais. Nos desertos, o vento tem grande acção no transporte de areia que, quando depositada, forma dunas, estas podem ser litorais, quando ocorrem na zona de praias. Os detritos maiores que o vento arrasta podem dar origem a desertos de pedra denominados regs. 3. Água 3.1 – No estado Líquido A água é o principal agente de erosão e transporte que existe na Natureza. A acção geológica da água corrente depende da inclinação e da permeabilidade dos solos; quanto maior for a inclinação, maior é a velocidade e consequentemente o poder erosivo e de transporte. Podem considerar-se duas formas de transporte pela água: Dissolução – deste modo podem transportar-se várias substâncias, tais como sulfuretos, cloretos, óxidos, silicatos e carbonatos, que lhe conferem características próprias Forma detrítica – o transporte de detritos pela água depende da sua competência, isto é, da capacidade que uma corrente tem para transportar, de acordo com a sua velocidade, detritos do maior volume possível. O transporte de detritos sólidos pode realizar-se de diferentes modos: Suspensão – transporte de detritos de pequenas dimensões, cujo peso é compensado pela impulsão, que não permite a sua sedimentação. Saltação – os detritos de tamanho médio, que são demasiado pesados para serem transportados em suspensão, caem no fundo. Esta queda proporciona energia suficiente para os elevar seguidamente, ainda que voltem a cair. Roda dura – transporte de detritos maiores e mais pesados, que vão rodando pelo fundo. Arrastamento – transporte dos detritos de maiores dimensões e os mais pesados, cuja forma ou densidade do meio de transporte não permitem que rodem, são arrastados pelo fundo. A deposição dos detritos ocorre quando a energia cinética da água é insuficiente para vencer o seu peso, ou seja, quando não tiver para o fazer. a) Águas de Escorrência Também chamadas águas selvagens, são águas que correm na altura das chuvas, sem leito próprio. b) Torrentes São cursos de água de montanha, de débito intermitente e com leito de forte declive. Transportam, por vezes, a grande velocidade, uma grande massa de água, as torrentes possuem uma força viva extraordinária. Os inúmeros detritos que transportam provocam a erosão do leito e das margens, escavando-os. c) Rios São cursos de água que, a partir da nascente, conduzem directa ou indirectamente a água ao mar. A acção geológica do rio depende da inclinação do terreno e do caudal de cada uma das suas partes : curso superior, onde como nas montanhas , há maior inclinação e as correntes são mais velozes e turbulentas, pelo que o trabalho erosivo é significativo e a competência elevada; curso médio, ao longo dos vales, onde o trajecto fluvial tem menos inclinação, o fluxo perde a velocidade e começa a deposição significativa dos detritos – sedimentação – tornando-se menos fundo; curso inferior, em que a velocidade é menor, a sedimentação acentua-se e à foz do rio apenas chegam os detritos mais pequenos e a erosão é fundamentalmente lateral. Os fenómenos erosivos dos rios cavam vales em V. Em todas as curvas que o rio descreve, a velocidade é máxima na face côncava e mínima na parte convexa, o que produz erosão na primeira e depósitos na segunda. d) Lagos Os lagos classificam-se em lagos de depressão, quando ocupam depressões produzidas por movimentos da crosta, por erosão ou crateras de vulcões extintos e em lagos de barragem, quando se constituem por formação de barragem natural como torrentes de lava ou deslizamentos de terras. Em qualquer caso, os lagos alimentam-se dos rios e o seu transporte é reduzido, predominando a sedimentação. e) Águas subterrâneas Parte da água da chuva infiltra-se no solo, por vezes, a grande profundidade, até encontrar camadas impermeáveis como argilas ou margas. A partir deste momento, começa a preencher os poros e fissuras da rocha permeável, formandose um manto freático ou acúmulo de água subterrânea. O conjunto da água subterrânea e da rocha que a armazena ou onde circula denomina-se aquífero ou lençol de água. Estas água desenvolvem acções físicas e químicas. Nos calcários a água pode provocar alteração química à superfície – Lapiás – e, infiltrando-se através das fissuras, dá origem, pelo mesmo processo que origina os lapiás, à formação de cavidades de maior ou menor extensão, uma à superfície e outras subterrâneas. As depressões superficiais, de forma afunilada, denominam-se dolinas; os poços profundos, de direcção quase vertical, denominam-se algares. Estas últimas podem dar origem a grutas ou lapas. f) Água do mar O mar ataca continuamente a costa, erodindo-a e transportando grandes quantidades de materiais que acabam por se depositar em locais mais ou menos próximos da costa. A erosão marinha – abrasão – é sobretudo exercida pelas ondas e pela maré. 3.2 – No estado Líquido Os glaciares formam-se onde a neve, por estar acima do nível das neves perpétuas, não funde; isto acontece a grandes altitudes e nas regiões polares. A neve acumula-se nas depressões – vales ou circos glaciares – e constitui os nevados. Por compressão e compactação, a neve forma o gelo dos glaciares. A velocidade dos glaciares é maior à superfície que no fundo, na região média que nas margens e nos leitos de maior declive. Quando o gelo se derrete, os calhaus ficam ligados pela matriz proveniente do atrito dos mesmos com as paredes e entre si. A forma de acumulação dos glaciares, mais comum, é a moreia. Uma vez formado o material e transportado, este vai depositar-se formando rochas sedimentares. A diagénese é a etapa que dá conta da formação de rochas a partir de fragmentos, isto é, de todas as mudanças sofridas pelos sedimentos após a sua deposição e que afectam tanto as partículas minerais como a água intersticial. Ï Sindiagénese elevada quantidade de água intersticial e de matéria orgânica (condições oxidantes); - duração de 103 a 105 anos e espessura de 1 a 100 m, variáveis; - depende da litologia, dos componentes orgânicos, da intensidade da sedimentação, da pressão do fluído e da acreção. O facto mais importante é as reacções de oxi-redução e não a perda de água, que é pouca. - Ï Anadiagénese compactação (expulsão da água intersticial) e cimentação com cimentos siliciosos, carbonatados e ferruginosos; - profundidade de 1 a 100m, até 1000m e duração de 103 a 104 anos, variáveis. Na anadiagénese, é eliminada toda a água intersticial, isto ocorre a elevadas pressões e temperatura (+ elevadas que na sindiagénese) - Ï Epiagénese - fase diagenética de emersão ou post diastrófica; - aumento da porosidade e da permeabilidade; - dissolução de minerais e oxidação da pirite; - profundidade até 5000m e duração entre 108 e 109 anos. A epiagénese ocorre por instabilidade da bacia, em que as rochas sobem a profundidades inferiores àquelas em que tiveram origem, em que as condições químicas são completamente diferentes das de origem, ficando sujeitas à alteração (dá-se em condições aprox. às do ambiente) Resposta que a rocha dá a mudanças bruscas das condições em que se formou. Características das rochas sedimentares Ï Porosidade – quantidade de espaços vazios existentes numa rocha; esta, por instabilidade perdeu minerais e/ou cimento. 1. Primária - ocorre entre os grãos, pelo que é contemporânea da rocha: interpartícula intrapartícula 2. Secundária – não é contemporânea da rocha e ocorre por dissolução do cimento: intercristalina; fenestral; moldica; fractura; vacuolar Ï Permebilidade – capacidade que a rocha tem de se deixar atravessar por um fluído; propriedade relacionada com a direcção e o arranjo das partículas. Ï Estratificação – deposição em camadas horizontais paralelas; quando este facto não se verifica, houve alteração. (propriedade fundamental das rochas sedimentares). Principais constituintes das rochas sedimentares - Quartzo (20 a 30%) estável Argilas (10 a 25 %) Carbonatos (10 a 20 %) Micas /glauconites (5 a 10 %) Feldspatos (5 a 10 %) Minerais acessórios pesados (inferior a 1 %) Sulfatos/cloretos (inferior a 3 %) Minerais neoformados (inferior a 5 %) + instáveis Fragmentos de rochas (3 a 15%) Principais minerais acessórios Estratigrafia Estratigrafia tem a haver não só com a sucessão original das camadas e relações de idade das camadas das rochas, mas também com a sua forma, arranjo interno, distribuição geográfica, composição litológica, conteúdo fossilífero, propriedades geoquímicas e geofísicas, ou seja, com todas as suas características, propriedades e atributos das camadas de rochas e com a sua interpretação em termos de ambiente, ou de génese e história geológica. O papel fundamental da Estratigrafia é o de, através da observação das unidades litológicas e das suas propriedades, chegar ao seu modo de origem, estabelecendo a sua evolução temporal e espacial. Logo, estuda fundamentalmente, as relações no espaço e no tempo dos conjuntos líticos e dos acontecimentos neles registados, de modo a chegar à reconstituição da História da Terra. EEssttrraattoo oouu ccaam maaddaa – corpos líticos, em regra tubulares, caracterizados por certas propriedades, caracteres ou atributos que os distinguem dos corpos adjacentes. Û PPrroobblleem maass ffuunnddaam meennttaaiiss ddaa EEssttrraattiiggrraaffiiaa De tempo : Cronologia, ordenação dos corpos líticos (antes, depois, simultaneamente, duração); idade relativa (escala cronoestratigráfica) e/ou idade isotópica (escala cronométrica). De Espaço : Paleogeografia; aplicação do princípio das causas actuais (sem esquecer os riscos daí decorrentes); reconstituição das paisagens. Û CCllaassssiiffiiccaaççããoo EEssttrraattiiggrrááffiiccaa Unidades litológicas objectivas, possíveis de seguir e cartografar mediante observações directas. Agrupamentos de estratos separados de acordo coma a sua situação no tempo geológico. 1 Classificação mútua, levando em conta as diferentes características, propriedades ou atributos dos diferentes conjuntos de rochas. CCrriittéérriiooss ddee ccllaassssiiffiiccaaççããoo Û Litologia, mineralogia, composição química, propriedades eléctricas, radioactividade, expressão morfológica, ciclos sedimentares, descontinuidades importantes, conteúdo fossilífero, ambientes de deposição, tempo de origem, etc. A classificação envolvendo somente a litologia e a mineralogia, não pode ser posta em igualdade com outros. Os sistema de classificação baseados apenas em critérios de valor local ou regional devem ser tratados como parastratigráficos, e auxiliares da verdadeira Estratigrafia, entendida como o estudo das relações de idade entre rochas, estabelecidas por correlação entre andares e/ou zonas usando métodos paleontológicos. PPrriinncciippaaiiss ttiippooss ddee uunniiddaaddeess eessttrraattiiggrrááffiiccaass Û - - Litostráficas (grupo, formação, membro), baseadas na sua litologia; Biostratiográficas (Biozonas), baseadas no seu conteúdo fossilífero; Cronostratigráficas (Eonotema, Eratema, Sistema, Série, Andar), baseadas nas relações de idades (conjuntos de rochas formadas durante dado intervalo de tempo). Geocronológicas (Eon, Era, Período, Época, Idade), tempo correspondente às unidades cronológicas; Magnetostratigráficas, baseadas na polaridade magnética; Alostratigráficas, conjuntos líticos separados por descontinuidades (Sistemas, Subdivisão em intertemas, sequências); 2 - - Tecno-sedimentares, conjuntos líticos depositados em controlo tectónico (episódios orogénicos, ciclos epirogénicos, variações eustáticas do nível do mar); Pedrostratigráficos, paleossolos, unidades baseadas nas propriedades eléctricas, sísmicas, minerais pesados, etc. (zonas). - Quando a idade de um acontecimento é indicada pelo seu valor em milhões de anos. - Quando a idade das formações é dada em relação a outros fenómenos. PPrriinnccííppiiooss FFuunnddaam meennttaaiiss ddaa EEssttrraattiiggrraaffiiaa Û - “o presente é a chave do passado”; problemática, dificuldades de aplicação numa Terra em evolução permanente: mudanças na composição atmosféricas e da água dos oceanos, deriva continental e expansão oceânica, velocidade de rotação da Terra (variações), variação do campo magnético, evolução dos organismos. - em condições normais, toda a camada sobreposta a outra é mais moderna do que ela; principais excepções: terraços fluviais, filões camadas, depósitos enchendo cavidades cársicas, deformações tectónica; necessidade de recorrer a critérios de polaridade, organismos em posição de vida, marca de raízes, icnofósseis, granotriagem, figuras geopéticas, figuras sedimentres, análise microtectónica. - - 3 - - uma camada tema mesma idade em todos os seus pontos, o que implica que os limites superiores e inferiores de uma camada são sincrónicos ; permite correlacionar observações praticadas em locais diferentes, completa o Princípio da Sobreposição; ocorrem alguns problemas quando se analisam camadas em locais diferentes, temos como exemplo disso os “New and Old Red Sandstones”. estratos com o mesmo conteúdo fossilífero têm a mesma idade; - fósseis estratigráficos ou “bons fósseis” - rápida evolução (curta longevidade) - vasta repartição geográfica - ocorrência frequente - identidade simples - limitações e problemas inerentes à distribuição de seres vivos 8emperatura, profundidade, salinidade, correntes, tipos de fundo, factores geográficos) - - toda a unidade geológica que intersecta outra é-lhe posterior (falhas, filões, superfícies de erosão, etc.) - se um clasto de uma rocha A está incluído noutra rocha B, então a rocha B é mais moderna do que a rocha A (conglumerados e brechas) Descontinuidades sedimentares, intervalo de tempo muito curto (ex.: marés sucessivas)- métrica ou decamétrica Descontinuidades estratigráficas, intervalo de tempo considerável (ausência de uma biozona por exemplo), muitas vezes estende-se por dezenas de km. 4 Descontinuidades diastróficas, quando se junta a ausência de uma unidade geológica e uma deformação tectónica (descontinuidade angular). Contacto entre duas camada : - Concordante, sempre que há continuidade entre camadas sucessivas; Paraconformidade, não há diferença de atitudes entre unidades sobrepostas, ainda que, às vezes, faltem diversos conjuntos líticos - Quando um corpo ígneo atravessa outros corpos líticos - - Não Conformidade ou discordância heterolítica, contacto entre um conjunto sedimentar e um corpo ígneo ou conjunto metamórfico mais antigo; Disconformidade, camadas paralelas de um e de outro lado da superfície, mas este não é conforme com a estratificação; Discordância Progressiva, quando os diversos níveis vão fazendo ângulos progressivamente diferentes com o substrato. Discordância Angular, as inclinações do conjunto inferior e superior são diferentes, fazendo um ângulo entre si. 5 - Falha - Deslizamento Relativamente à forma como o substrato é coberto pelos depósitos sedimentares, fala-se de : - - Recobrimento progressivo, quando as camadas se estendem, progressivamente, para o exterior da bacia, cada camada ultrapassando a precedente que se vai biselando. Recobrimento regressivo, quando as camadas sedimentares se vão retraindo, progressivamente, afastando-se do bordo da bacia. A duração correspondente à ausência de depósitos: - Hiato, quando a duração é muito curta; Diastema, interrupção, sem modificação nas condições de sedimentação; Lacuna, quando a duração é apreciável e pode ser avaliada biostratigraficamente. 6 7 8 Estrutura do Globo Terrestre Após muitos estudos, chegou-se à conclusão que as trajectórias dos raios sísmicos são curvas com a convexidade voltada para o centro da Terra, durante o percurso em zonas de variação contínua daquelas propriedades, ou sofrem variações bruscas de direcção (correspondentes a raios reflectidos e refractados) sempre que encontram superfícies de descontinuidade. Este comportamento é constante e independentemente da localização do sismo o que revela que o globo terrestre tem simetria esférica. A Terra é formada por zonas ou camadas concêntricas, separadas por superfícies de descontinuidade igualmente concêntricas. Actualmente, aceita-se o único modelo coerente à luz dos conhecimentos actuais de individualização de 3 unidades concêntricas – crosta, manto e núcleo – definidos em termos de parâmetros químicos (abundância e distribuição dos elementos químicos) e físicos (densidade, velocidade de propagação das ondas sísmicas, pressão, temperatura) conjugados com outros parâmetros (densidade global de planetas, magnetismo terrestre, abundância e distribuição dos elementos químicos no sistema solar, tipos e composição dos meteoritos). Gutembrg Moho Nota : O núcleo é responsável pela existência da chamada Zona de Sombra – zona circular, em anel, definida à superfície da Terra entre aprox. 103º-143º, contados desde o epicentro e onde, praticamente, não se verifica propagação de sismos. A interrupção das ondas S, sugere, por outro lado, que pelo menos a parte superior do núcleo não é rígido. ; A Crosta Corte representativo da crosta É a camada mais superficial do globo terrestre, atingindo uma profundidade de cerca de 30-40km sob os continentes, variável entre os 10 km sob os fundos oceânicos e os 70 km sobre as grandes montanhas terrestres. A verificação da velocidade de propagação das ondas sísmicas na crosta revela a existência de 2 zonas sobrepostas : a crosta continental superior e a crosta continental inferior, que se encontram separadas pela Descontinuidade de Conrad. Nas áreas oceânicas a crosta continental inferior parece ter continuação numa outra zona: a crosta oceânica, oculta, por vezes, sob uma película de sedimentos. Há um aumento da velocidade das ondas sísmicas – Descontinuidade de Moho. ¾ Crosta Continental Superior (17 km de profundidade) De natureza granítica ou granodiorítica. Geoquimicamente : variedade de rochas aflorantes, verificando –se heterogeneidade e variação regional ao longo da superfície continental. Margens continentais : abundância de rochas sedimentares oriundas da erosão das massas continentais. Regiões antigas e extensas – predominância de rochas eruptivas (granitos e afins) e metamórficas (gnaisses). Densidade da ordem dos 2.7. Abundância relativa de sílica (aprox. 62%) e de alumínio (aprox. 16%)- SIAL Valor médio da velocidade de propagação das ondas sísmicas : P= 5.6 km/s e S= 3.3 km/s. Descontinuidade de Conrad (17 km) ¾ Crosta Continental Inferior Zona de natureza gabroíca, rochas de profundidade equivalentes aos basaltos de composição próxima da crosta oceânica. Contudo, a pressão, temperatura e profundidade desta camada são mais compatíveis com um outro tipo de rocha, o eclogito, rocha de alta pressão cuja densidade (3.5) é superior ao do valor admitido para a crosta (3). O comportamento da velocidade de propagação das ondas sísmicas P está de acordo com o tipo de rochas que constituem a crosta continental inferior : aumento brusco (para 6 a 7 km/s) da velocidade das ondas P e ondas S: 3.7 km/s. O termo SIMA designam esta zona – sílica e magnésio com abundância relativa – designação que se estende à crosta oceânica e parte superior do manto ¾ Crosta Oceânica De natureza toleítica e com uma densidade de 3. Quando existente, a película sedimentar constituinte da crosta oceânica é muito delgada, existindo zonas de grande extensão destituídas de sedimentação. A existência deste tipo de rochas deve-se à actividade química e bioquímica da própria água do mar, bem como aos detritos transportados pelo vento. Com base no comportamento das ondas sísmicas compreendem duas camadas : a camada basáltica, com cerca de 1-4 km de espessura, e onde as ondas P se propagam com velocidades da ordem dos 4-5 km/s e a camada oceânica, com espessura variável entre 5 a 6 km/s, na qual a velocidade das ondas sobe para 67 km/s (ondas P) e 3.7 km/s (ondas S). Camada de origem basáltica, tendo-se alterado a nível físico. Descontinuidade de Mohorovicic (70km) ; O Manto Aumento brusco da velocidade de propagação das ondas P (sobe para 8.1 km/s e chega mesmo aos 14 km/s). Densidade da ordem dos 3.3. ¾ Manto Superior O manto superior divide-se em duas zonas distintas : - uma que começa na periferia (70 km) e se prolonga até os 200km. Não existe homogeneidade no que diz respeito à velocidade de propagação das ondas sísmicas e da densidade das rochas (apresenta uma evolução lenta e gradual daqueles parâmetros, admitindo, por vezes, alterações bruscas). - outra que está compreendida entre os 200-700 km, verifica um aumento rápido dessas propriedades. A composição médio do manto superior é considerada idêntica à do manto primitivo, ou seja, reúne xenólitos ultramáficos e uma parte de fase líquida basáltica – Pirólito de Ringwood. Até uma profundidade entre os 60 e 100 km predominam rochas basálticas, cujo teor de olivina aumenta conforme é maior a fusão parcial. A uma profundidade superior a 100 km regista-se a presença de granada (piropo), e de onde são oriundos também os xenólitos ultramáficos (chaminés quimberlíticas). Entre os 200-700 km pode haver variações nos elementos maiores, sendo esta zona local de transição para as fases de alta densidade do manto inferior. Em zonas não afectadas por fusão parcial a composição mineralógica para o manto é de : - 60-70 % de olivina; - 15-20 % de ensatite; - 15-20 % de diópsido O aumento da profundidade e da pressão provoca, variações nos elementos maiores, o que permite imaginar modificações no sentido da redução de volume e, portanto, de aumento da densidade. 1) 2) 3) menor volume dos minerais sem modificação da respectiva estrutura cristalina; recristalização dos minerais em novas estruturas cristalinas (minerais polimórficos); reacções de minerais entre si, originando minerais diferentes, ou decomposição de um mineral em dois ou mais. ¾ Manto Inferior No que diz respeito à densidade e comportamento das ondas sísmicas, verificase que as variações são lentas e regulares. Confronto entre crosta, astenosfera e mesosfera manto e núcleo e litosfera, O conceito astenosfera tem particular importância na Teoria da Tectónica de Placas. Trata-se de uma zona de mínima rigidez de limite difuso, situada aproximadamente entre os 60e 250 km, intercalada entre materiais rígidos do próprio manto. Por cima desta zona plástica há, então, uma porção de manto rígido que forma com a crosta – litosfera. Na astenosfera a temperatura é sensivelmente próxima da de fusão das rochas admitindo-se que a camada litosférica desliza sobre a astenosfera. Descontinuidade de Gutemberg (2890 km) ; O Núcleo O núcleo constitui a zona central do globo terrestre, com 32 % da sua massa à qual corresponde apenas 16 % do volume do planeta. A partir dos 2890 km as ondas P reduzem consideravelmente a sua velocidade, enquanto que as ondas S deixam de se propagar. Note-se que a velocidade das ondas P ( de 14 km/s passa para 8 km/s) coincide com o aumento da densidade 5.5 na base do manto e d=10 à periferia do núcleo, sendo cerca de 13.6 na região mais central do núcleo. Admite-se uma composição ferro-niquélica do núcleo, atribuindo-lhe a designação NiFe. Corroboram nesta hipótese a existência do campo magnético da Terra e a composição essencialmente ferro-niquélica de certos meteoritos. Atende-se que o núcleo está dividido em duas zonas: ¾ Núcleo Externo/ Exterior Zona pastosa, com mais de 2000 km de espessura, evidência suportada pelo facto das ondas S não se propagarem em meio líquido. Estende-se até aos 5150 km de profundidade. Densidade igual a 10. Descontinuidade de Lehman (5150 km) ¾ Núcleo Interno/ Interior A densidade é muito elevada (13.6) e regista-se nova variação importante na velocidade das ondas P. Estado sólido : A hipótese de um núcleo central sólido e essencialmente férrico envolvido por uma zona fluída, susceptível de permitir correntes de convecção, é compatível coma existência do campo magnético terrestre se se admite que as correntes de convecção no núcleo externo provocam, por indução, a magnetização do núcleo interno. 1.1 – Ciclo das Rochas O ciclo das rochas é um conjunto de processos pelos quais são formados os 3 grupos de rochas, sendo estes grupos originados a partir de 2 outros grupos. Compreende 3 grandes fases : formação de rochas ígneas, sedimentares e metamórficas. No interior da Terra o magma encontra-se exposto a elevadas temperaturas e pressões. Por vezes, e principalmente devido aos movimentos das placas litosféricas o magma ascende à superfície. Nessa altura sofre um arrefecimento brusco, formando as rochas ígneas. As rochas ígneas (consolidação de magma) podem contudo sofrer processos de levantamento, meteorização e erosão. Se isso acontecer há deposição de sedimentos (partículas de tamanho variável que provêm de blocos de grandes dimensões) nos oceanos e continentes. A acumulação dos sedimentos desencadeia novamente uma série de processos mais ou menos complexos. É desses processos (enterramento e litificação) que derivam as rochas sedimentares. Por sua vez, as rochas sedimentares podem originar outro tipo de rochas. Estas podem seguir 2 vias: - a primeira corresponde a um levantamento, meteorização e erosão das mesmas voltando a formar-se novas rochas sedimentares; - a segunda via corresponde à formação das rochas metamórficas. 1 Podemos afirmar que as rochas metamórficas são resultantes do calor e da pressão a que são submetidas/sujeitas as rochas sedimentares. Mas, apesar, de já termos caracterizado e enunciado os 3 tipos de rochas, ainda não concluímos o ciclo. As rochas metamórficas também podem seguir 2 caminhos: - ou sofrem um levantamento seguido de meteorização e erosão e transformam-se em rochas sedimentares; - ou porque estão a uma profundidade considerável ( e como tal, expostas a elevadas temperaturas e pressões) fundem-se e passam a estar num estado de semi-fluídez, ou seja, passam a ser magma. O ciclo inclui vários subciclos, ou seja, uma rocha ígnea pode não evoluir até uma rocha sedimentar e ser uma rocha metamórfica. Aliás este processo é bem possível. Digamos que este ciclo depende essencialmente da pressão e temperatura a que as rochas estão sujeitas. 1.2 – Tipos de rochas R Ro occh ha ass ÍÍg gn ne ea ass Resultam da consolidação de massas em fusão ígnea, vindas de regiões profundas da Terra. Estas massas ígneas, que se denominam magmas, podem arrefecer e solidificar dentro da crusta terrestre rodeadas por outras formações, originando rochas intrusivas. Se atingem o exterior, designam-se por lavas, que dão origem a rochas extrusivas ou vulcânicas. a. Rochas Intrusivas : Exemplo: granito Compreendem formações injectadas relativamente próximo da superfície (hipabissais) e formações subjacentes ( abissais ou plutónicas). Encontram-se vulgarmente aflorando em extensões variáveis, devido à remoção das formações que originalmente as recobriam, como resultado de acções erosivas. 2 b. Rochas Extrusivas : Exemplo: basalto Há dois casos a distinguir : - se a lava sai “tranquilamente” por fendas, ou dos vulcões, forma por solidificação, mantos extrusivos – Rochas Lávicas. - a massa ígnea pode porém atingir a superfície em estado extremamente viscoso, carregada de gases sob forte tensão, de modo que é então violentamente explosiva. Nesse caso, são expelidas dos vulcões pedaços ainda viscosos e detritos sólidos de várias dimensões que ao acumularem-se originam – Rochas Móveis -, as quais podem tornar-se consolidadas – Rochas Piroclásticas. M Miin neerraaiiss d daass rro occh haass ííg gn neeaass Os minerais podem apresentar forma cristalina nitidamente bem desenvolvida, dizendo-se então automorfos ou idiomorfos. O caso mais vulgar é porém não apresentarem as formas cristalinas próprias dizendo-se xenomorfos ou alotriomorfos. Denominam-se minerais essenciais, os minerais cuja presença dá carácter à rocha, determinando a sua designação específica e varietal. Por minerais acessórios, designam-se aqueles que podem existir acidentalmente, não afectando o carácter fundamental da rocha. 3 Principais minerais das Rochas Ígneas Félsicos Feldspatos Quartzo Felsdspatóides Máficos Piroxenas Anfíbolas Olivina Micas negras - Rochas Félsicas – rochas de cor clara que são pobres em ferro e magnésio e ricas em feldspato e sílica. Exemplo: granito e ridite - Rochas ígneas intermédias – situam-se entre as félsicas e as máficas como o nome indica, não são tão ricas em sílica como as félsicas nem tão pobres como as máficas, estão no meio. Exemplo: granodiorite, dacite, diorite, etc. - Rochas Máficas – ricas em piroxenas e olivinas, mas os minerais são pobres em sílica. Contudo são ricos em magnésio e ferro, que lhes conferem a cor escura. Exemplo: gabro e o basalto 4 - Rochas Ultramáficas – baseadas nos minerais das rochas máficas e contêm menos de 10% de feldspatos. A níveis muito baixos de sílica (45%) temos a peridotite (composta na sua maioria por olivina com alguns agregados de piroxenas). Raramente são extrusivas, dado a cristalizarem a altas temperaturas. T Teexxttu urraa d daass R Ro occh haass ÍÍg gn neeaass No que se refere ás rochas ígneas, o termo textura diz respeito, ás dimensões, forma e arranjo dos minerais constituintes, e à existência ou não de matéria vítrea. Consoante estas características , podem definir-se tipos fundamentais de textura e diversas variedades deste tipo. A textura depende do modo como se dá o arrefecimento do magma. Se o arrefecimento for muito rápido, pode não haver cristalização → Rochas vítreas (constituídas essencialmente por matéria vítrea e alguns cristais). No caso do arrefecimento ser lento e gradual, há cristalização completa e considerável desenvolvimento dos cristais → Rochas Holocristalinas. Nos casos intermédios, poderão formar-se rochas de grão mais ou menos fino, que podem conter proporção variável de vidro → Rochas Hipocristalinas ou Hemicristalinas. A presença de matéria volátil, ou, ao contrário, a sua fácil libertação, afectam também a textura. Nota: A composição química do magma também influência a textura. 5 Magmas ricos em ferro e magnésio Conservam-se fluídos até temperatura mais baixas que os magmas ricos em sílica Rochas de grão grosseiro Rochas de grão fino, só parcialmente cristalinas ou vitrosas T Tiip po oss FFu un nd daam meen nttaaiiss d dee tteexxttu urraa Textura Fanerítica – rocha formada por grãos cristalinos de diametros maior que 5 mm (rocha de grão grosseiro) ou compreendido entre cerca de 5 mm e 1mm (rochas de grão médio); os grãos distinguem-se uns dos outros macroscopicamente. Textura Microfanerítica – rocha formada totalmente ou em grande parte por grãos cristalinos de diâmetro inferior a 1 mm ( rocha de grão fino); os grãos distinguem-se uns dos outros macroscopicamente. Textura Afanítica – a rocha é formada total ou parcialmente por grãos tão pequenos que não se distinguem nem com o auxílio de uma lupa; pode ser hipocristalina ou holocristalina. Textura Vitrosa – a rocha é visivelmente formada total ou parcialamente por vidro. R Ro occh ha ass S Se ed diim me en ntta arre ess o ou uE Ex xó óg ge en na ass São formadas à superfície da Terra por acumulação de partículas sólidas e/ou por precipitação de substâncias dissolvidas na água. Estes materiais são oriundos da alteração e erosão de outras rochas – ígneas, metamórficas e sedimentares preexistentes – são 6 transportadas pela água (rios e mares), pelo ar (vento) e pelo gelo (glaciares) até serem depositados em depressões. S Seed diim meen ntto og géén neessee O conjunto de processos, que conduzem à formação das rochas sedimentares, desde a elaboração dos constituintes até à deposição designa-se por sedimentogénese. Sedimentogénese Constituintes mantém mobilidade (cascalheira, rios e praias) (vasas ou lodos) (areias de rios e praias) Material acumulado atingido por processos de endurecimento e agregação Rochas ou sedimentos móveis Rochas Consolidadas Diagénese D Diiaag géén neessee A diagénese é o processo pelo qual as rochas sedimentares sofrem endurecimento e agregação originando as rochas consolidadas. Esta compreende 4 fases essenciais que podem ou não ser simultâneas. Compactação Cimentação Fenómeno essencialmente físico, que corresponde á eliminação de água dos sedimentos depositados. É responsável pela fissibilidade, expressa pela separação fácil de placas finas. E acentua bem a característica mais típica e mais constante das rochas exógenas - Estratificação Os sedimentos têm elevada porosidade, pelo que a água que circula – tem substâncias em suspensão e dissolução. Por precipitação estas substâncias 7 preenchem os espaços vazios e constituem o cimento, que provém de soluções que atingem a bacia durante a sedimentogénese ou resulta da dissolução de detritos que constituem o sedimento. Metassomatose Durante a cimentação dão-se fenómenos de troca de substâncias químicas entre os componentes da rocha e as soluções que a penetram. Processos expressos por trocas iónicas comuns nas rochas exógenas ( Ex. Silificação e dolomitização) Recristalização Dissolução local seguida de deposição, expressa ou não por formas cristalinas, normal em rochas carbonatadas mas também em ferríferas, siliciosas, etc. M Mo od deello od dee ffo orrm maaççãão od dee R Ro occh haass S Seed diim meen nttaarreess Rocha Mãe Alteração química Minerais residuais, alterados ou não Minerais neoformadores Rochas Residuais Desagregação mecânica Soluções Precipitação directa Detritos Utilização e precipitação por organismos Rochas Sedimentares de origem bioquímica ou química Rochas Sedimentares detríticas Assim como todas as rochas, também as rochas sedimentares derivam de uma Rocha Mãe. No caso específico das rochas sedimentares, a rocha mãe, ou sofre alteração química ou desagregação mecânica. 8 Em relação à desagregação mecânica formam-se detritos que darão origem a Rochas Sedimentares detríticas. Pela alteração química formam-se minerais residuais que podem ou não estar alterados (Minerais Neoformadores) que como o nome indica darão Rochas Residuais. Ainda em termos da alteração química da rocha mãe podem originar-se soluções que por precipitação directa ou por utilização e precipitação por organismos, podem originar Rochas Sedimentares de origem química ou bioquímica. T Teexxttu urraa d daass R Ro occh haass S Seed diim meen nttaarreess Designa-se por textura a forma como os diferentes constituintes da rocha se arranjam, ou seja, é a natureza, tamanho e disposição geométrica dos grãos. 1) Textura Clástica – Balastros Areias Poeiras ou Siltes 2) própria das rochas detrícas; definida pela presença de detritos. d > 2 mm 1/16 < d > 2 mm d < 1/16 Rochas Conglumeráticas Rochas Areníticas Rochas Siltíticas Textura Cristalina – formam-se com a intervenção de processos de precipitação físicoquímicos e bioquimiogénicos. Nalguns as rochas são constituídas por material muito fino, formando pasta indefinível microscopicamente (textura afanítica); noutros casos, observa-se granularidade, se bem que os minerais fundamentais da pasta não sejam identificáveis ao microscópio ( textura cristalina); por vezes a matéria mineral cristalina está expressa em grãos ou formas euédricas resolúveis microscopicamente ( textura granular de grão fino e grosseiro). 9 E Essttrru uttu urraa d daass R Ro occh haass S Seed diim meen nttaarreess A principal característica estratificação. das rochas sedimentares é a Estratificação = disposição do material constituinte da rocha em leitos, estratos ou camadas Nota: Há rochas de origem físico – química com nódulos, concreções que não têm a propriedade. A posição dos estratos pode ser : - paralela ( Estratificação Simples) - outras : Est. Concrecionda Est. Estilolítica Est. Intercruzada - Presença de nódulos e/ou concreções, da mesma natureza ou não do que a rocha englobante. por descontinuidades, - Marcada geralmente de forma tubular, na textura da rocha, e pela deposição de fina película insolúvel que corresponde a elementos da rocha encaixante; Comum em calcários, arenitos, rara nos xistos, existem tb no gesso. - Quando os leitos mudam várias vezes de direcção relativa, como resultado de variação da direcção do agente responsável pela deposição; comum em arenitos de fáceis litoral e dunar. C Co om mp po ossiiççãão od daass R Ro occh haass S Seed diim meen nttaarreess Os componentes químicos e mineralógicos das rochas sedimentares são semelhantes às rochas ígneas e metamórficas. O material das rochas sedimentares provém das rochas endógenas. 10 Consoante a composição química distinguem-se alguns grupos de rochas sedimentares: Nota: % de Cal, Magnésio , CO2 E Fe. 1) Rochas Siliciosas – predomina a sílica, quer proveniente de detritos quartzicos, quer de neoformação; são muito duras (riscam o vidro) e geralmente compactas. 2) Rochas Aluninosas – ricas em alumina ( componente principal das argilas 3) Rochas Carbonatadas – essencialmente constituídas por carbonato de cálcio (calcite) e designam-se por calcários ou então por carbonato de cálcio e Mg (dolomite) constituindo dolomitos. 4) Rochas Ferríferas – Fe de origem biogenética ou físicoquímica. 5) Rochas Carbonáceas – Ricas em carbono (C) orgânico, geralmente de cor escura ( Ex. carvão, petróleo, etc.). 6) Rochas Fosfatadas – elevada percentagem de fosfato ( acumulação de seres vivos ou alteração de rochas endógenas). Outros tipos de importância mais reduzida, podem ser considerados : - Rochas Cloretadas - Rochas Sulafatadas - Rochas Manganesíferas 11 Os componentes que permitem considerar estes diferentes tipos químicos encontram-se sob a forma de minerais nas rochas – a composição mineralógica é, assim, a expressão da composição química. Estes têm origem nos : - Minerais herdados → detríticos ou terrígenos - Minerais de neoformação ou antigénicos → aloquímicos e ortoquímicos - disponibilidade Abundância depende - Resistência mecânica (favorecidos por ausência de esfoliação) - Estrutura química C Co om mp po on neen ntteess d daass R Ro occh haass S Seed diim meen nttaarreess 1- Detritos (exclusivamente herdados) 2- Argilas (filossilicatos) 3 4 5 6 Carbonatos (Calcite) Sílica (Quartzo de neoformação) Ferro (alumínio) Mat. Orgânica (comp. carbonosos e hidrocarbonetos) Fosfato (neoformado) Evaporatos (gesso) - 78- detrítica clástica Cristalina de Origem química 12 Minerais herdados : (mais comuns) das Quartzo - O mais abundante em clima temperado (99% dos ortoquartzitos) Feldspato - Termos potássicos e plagioclases mais sódicas; termos cálcicos muito mais raros. Micas Principalmente mica potássica; biotite, mais alterável, é a mais rara. Rochas Detríticas - Anfíbolas e piroxenas calcite e dolomite Minerais de Neoformação : Ou autigénicos das Rochas Autigénicas Fragmentação de conchas e carapaças e de rochas carbonatadas. Calcite e Dolomite Origem biogénica e química Sílica - Elementos predominantes em rochas como diatomitos e radiolarites. Caulimite, haloisite, montmorilonite, ilite, bentonite. Fossilicatos – (minerais de argilas ) Cloretos – e sulfatos Depositados por evaporação (halite, gesso) C Cllaassssiiffiiccaaççãão od daass R Ro occh haass S Seed diim meen nttaarreess Para a classificação das essencialmente 2 critérios: rochas sedimentares seguem-se - Critérios genéticos – características durante o transporte e depósito das rochas. 13 - Critérios descritivos – baseados na composição química e mineralógica das rochas. Estes critérios podem ser usados simultaneamente ou em separado. Com base nestes dois critérios classificam-se dois tipos de rochas: 1. Rochas Detríticas a) Classe dos Ruditos (d > 2 mm) Forma dos Clastos : Redondos → Conglumerados Angulosos → Brechas Reacção com HCl no Cimento → Sim (cimento carbonatado) → Não (cimento silicioso) Reacção com HCl nos Clastos → Sim (clastos carbonatados) → Não (clastos siliciosos) Textura : Clástica → Balastros b) Classe dos Arenitos (40 μm < d < 2 mm) Não consolidados Areia muito grosseira Areia grosseira Areia média Areia fina Consolidados Areia muito fina 14 Textura : Clástica → Areias Reacção com HCl → → Sim (cimento carbonatado) Não (cimento silicioso) Cor do cimento : vermelho, laranja ou amarelado (Ferro) c) Classe dos Lutitos ou Pelitos (1 μm < d < 40 μm) Siltitos (entre 4 e 40 μm) Poeiras e argilas Argilitos ( 1 μm) Características dos argilitos: - grãos muito finos, não identificáveis, mas suaves ao tacto - brilho - bafejado cheira a barro - reage com HCl Características dos siltitos: - grãos muito finos, não identificáveis, ásperos não têm brilho bafejado não cheira a barro reage com HCl Nota : Quando uma rocha tem cor cinzenta quer dizer que contém matéria orgânica. 15 2- Rochas Detríticas a) Rochas carbonatadas b) Rochas Evaporíticas (Gesso e Alite) Encontram-se em bacias , formam-se por evaporação de água. Têm dureza 2. Riscam-se com as unhas. c) Rochas Siliciosas ( de origem orgânica e química) d) Rochas química) Alumino-ferroginosas e) Rochas Organogénicas (contêm C) = R. (de origem Carbonáceas Nota: Reagem com HCl (ex.: turfa) f) Rochas Fosfatadas C Cllaassssiiffiiccaaççãão od dee FFo ollk k Baseia-se na textura e composição, elementos clásticos que compõem a nomenclatura especial sendo os principais rocha, objecto de 16 a) Terrígenos – partículas vindas do exterior da bacia de sedimentação e extraclastos. Apresentam resíduo e efervescência com HCl a frio. b) Aloquímicos – são partículas carbonatadas provenientes da própria bacia tendo sofrido transporte. Destaca-se os: - Interclastos – fragmentos de cimento carbonatado parcialmente compacto. - Oolitos – partículas esferoídfais e ovoídes com estrutura concêntrica. -“Pellets” – partículas de forma esferoidal e/ou elíptica arredondada sem estrutura interna, constituída por calcite fina microcristalina. - Fósseis – fragmentos de natureza orgânica. d) Ortoquímicos – vasa de calcite microcristalina. ¾ Cimentos nas Rochas Carbonatadas - Micrite → (cimento claro/pasta) não são visíveis - Esparite → são visíveis cristais a olho nu Calcário : Oolítico – possuí oólitos Pisolítico – possuí pisólitos Oncolítico – possui oncólitos - Rochas Siliciosas ou Silicatos a) Silicatos de precipitação ou de origem química: Silexitos (apresentação de estratos) Silex (nódulos) 17 b) Silicitos de origem (acumulação de Sílica) orgânica ou biogénica Esponjólitos (acumulação de espículas siliciosas) Radiolaritos (acumulação de carapaças de radiolários) Diatomitos (acumulação diatomáceas) de carapaças de - Rochas Ferríferas ou Ferritos Hematite (brilho metálico negro) Latrite Elevada densidade e cor avermelhada Faz efervescência com HCl Siderito Por critérios genéricos distinguem-se : a) Ferritos biogénicos b) Ferritos de precipitação (latritos) - Rochas Evaporíticas ou Evaporitos Gesso ( CaSO4.2H2O) NaCl (Rochas salinas) - Rochas de origem orgânica ou caustobiolitos Constituídas essencialmente por carvão : Turfa Lignito Hulha Antracite 18 - Rochas das Classes dos detrititos Balatros Conglomerados Areníticos Conglomerados Silticos Conglomerados Arenitos Congl. Siltes Conglomerados Arenitos Siltitos Areias Silte Arenitos Siltíticos Siltitos Areníticos - Rochas definidas pela presença de detritos, carbonatos e argilas Detritos Detritícos Calcários Detriticos Argilosos Detritos Calcários Detriticos Argilitos Detriticos Calcários Carbonatos Argilas Argilas Calcários Argilosos Argilitos Calcários 19 Nota: 50% de carbonato 50% de argila Marga 20 Meteoritos Os meteoritos exibem composições diferentes das das rochas da superfície da crosta, existindo, no entanto, semelhanças entre eles e os materiais constituintes do interior do globo. Composição dos meteoritos quanto à sua composição e textura 1) Sideritos/férreos/férricos – 6 % São compostos, em média, por Fe (90.8 %), Ni (8.6 %) e Co (0.5 %) no estado livre e, ocasionalmente, outras substâncias, por exemplo, a Troilite (Sfe, na camada da Terra) Classe dos sideritos 2) - Hexaedritos - Ataxitos - Octaedritos Teores crescentes em Ni Petro-férreos ou siderólitos – 2 % São simultaneamente metálicos (Fe – Ni) e líticos (silicatos) em percentagens equivalentes. Os minerais mais comuns são : olivina, piroxena, plagioclases. Classe de siderólitos - Mesossideritos - Palasitos Teores cresc. De OMg 3) Pétreos/ Aerólitos São compostos por olivina (40%), piroxena (30%), ferro-níquel (5-20%), plagioclase (10 %), troilite (6%). Têm composição semelhante aos peridotitos terrestres. β Condritos (84 %) Origem primária directamente a partir de materias originários do sistema solar. Classe condritos β de - Enstáticos - Bronzitos - Hipersténicos - Carbonáceos teores cresc. de FeO teor cresc. de Fe e Ni Acondritos (8 %) São destituídos de grânulos de olivina, com estruturas mais grosseiras que os condritos. Classe de acondritos - Aubritos - Diogenitos - Eucritos - Nakilitos Teores Cresc. de OF e de OCa Contrastes entre a mineralogia dos meteoritos e a das rochas da crosta Liga Fe-Ni praticamente inexistente nas rochas da crosta e existente nos meteoritos. Minerais mais comuns - Meteoritos – silicato ferro- magnesianos - Crosta – quartzo e aluminossilicatos Minerais mais vulgares - Meteoritos – minerais anidros - Crosta – minerais hidratados Desconhecem-se, nos meteoritos, minerais indicadores de elevadas pressões, tais como o piropo 8granada) ou a Jadeite (piroxena), o que não acontece nas rochas terrestres de grande profundidade. Daí se afirmar : Os meteoritos formaram-se em ambiente fortemente redutor, o que permitia ao Ni e ao Fe permanecerem no estado metálico. A maioria dos meteoritos provém da cintura de asteróides ( entre Marte e Júpiter). Actualmente, rejeita-se a hipótese de os meteoritos serem fragmentos de um corpo único – planeta cuja órbita se situava entre as de Marte e Júpiter – devido às acentuadas descontinuidades químicas e mineralógicas entre os seus diferentes grupos. Face à aceitação da hipótese nebular de formação de sistemas planetários, defende-se que os meteoritos são oriundos da zona de asteróides, interpretando-os como corpos sólidos constituídos por matéria que não pode agregar-se para formar um novo corpo planetário. Morfologia Continental Os continentes cobrem 1/3 da superfície da crosta terrestre. As terras emersas dividem-se em : Várias extensões de rochas muito antigas, datadas do Pré- Câmbrico ( anteriores a 600 M.a. ), que se mantiveram estáveis desde o início do Paleozóico. Estão geralmente intensamente dobrados, metamorfizados. Ex.: escudo basáltico. Sectores onde os escudos são recobertos por uma série sedimentar, essencialmente marinha, acumulada desde os tempos fossiliferos (600 M.a. ). Ex.: Bacia de Paris. Moldam-se por movimentos, como dobras, fracturas ou granitizações sobre as unidades anteriores. CCaalleeddóónniiccaass Datam de há 600-40 M.a., são responsáveis pela formação das cadeias caledónicas do Norte da Europa. As montanhas desta época são constituídas por uma rocha pobre, diferente de todas as outras, o ofiolito ou rocha verde, que é formada a grande profundidade e assimilável pela crosta oceânica. Ex.: granitos do Porto e Portalegre. H Heerrccíínniiccaass Datam de há 400-200 M.a. . Bem representadas em Portugal. Ex.: relevos graníticos ou quartezitos (Marão, Portalegre, Buçaco). A Allppiinnaass Datam de há 200 M.a.. Deu origem aos Alpes Pirinéus e Himalais. Ex.: Arrábida 2 grupos de relevo Mezozoíca – S. Aires e Candeeiros (bacia lusitaniana) Terceária – S. da Arrábida Nota : Sintra, Sines (arrasada), Monchique – idade final Cretácio , pelo que são mais recentes que a Arrábida. As cadeias mais antigas podem originar : Bacias de sedimentação e sópulo de outras unidades mais recentes ( Ex.: Alpes). Nota : Por vezes, formam-se novas cadeias montanhosas sobre outras já existentes. Bacia : parâmetros que condicionam a sua evolução geodinâmica. Sismologia Sismologia = estudo dos movimentos naturais, bruscos, de pequena duração – tremores de terra, terramotos, abalos sísmicos ou sismos – e também abalos provocados pelo Homem. Þ O sismo e a sua origem O sismo representa uma série de fenómenos que têm lugar na maioria dos casos, no interior da Terra, podendo ter como origem: - movimentos de origem tectónica, em que há deslocamento de placas por falhas : Falha inversa ( sismos tectónicos) Falha normal - actividade vulcânica; - deslocamentos superficiais de terrenos (abatimentos, escorregamentos); - intervenção humana ( explosões nucleares, subterrâneas, grandes barragens, injecção de fluídos em furos profundos). No mar, os abalos sísmicos podem provocar violenta agitação das águas – maremotos, macaréus ou “tsunamis”. Grande parte dos sismos têm origem em movimentos tectónicos, resultam da energia libertada no deslocamento de massas rochosas, mediante um plano de falhas. No interior da Terra, existem forças muito poderosas, quando duas forças actuam sobre uma camada rochosa em sentidos opostos, vão deformar essa camada. À medida que a deformação vai aumentando, a energia potencial também aumenta até que seja ultrapassado o limite de resistências (elasticidade) dessas rochas. Nesta situação, ocorre uma fractura da camada rochosa, acompanhada da libertação de energia em grande quantidade sob a forma de calor e de ondas elásticas que se propagam através da Terra originando sismos – TEORIA DO RESSALTO ELÁSTICO DE REID. Þ O sismo e a sua origem As ondas sísmicas têm origem na ruptura de massas rochosas da litosfera devido a diversos fenómenos, propagando-se na massa do globo sob a forma de ondas elásticas. Foco ou hipocentro = local onde se origina o sismo Epicentro = ponto da superfície terrestre, situado na vertical, em relação ao foco. Distância epicentral = distância entre o epicentro (x) e a estação sismográfica. Mede-se em graus e km. ; Ondas P (primárias, longitudinais, de compressão e distensão) - A passagem das ondas P provoca no material circulante uma alternância de compressões e dilatações.; - Têm movimentos verticais. ; Ondas S (secundárias, transversais) - A passagem das ondas S prova uma deformação do material mas sem alteração do seu volume; - Quando comprimidos, os líquido têm um comportamento elástico, e por isso, transmitem as ondas P, mas e porque os líquidos não resistem a mudanças na sua forma, as ondas S não podem ser transmitidas nos líquidos; - As vibrações são perpendiculares à propagação das ondas sísmicas. ; Ondas L (superficiais, longas) - São mais lentas e de maior amplitude; - Só se propagam à superfície; - São geradas com a chegada à superfície, na zona epicentral, das duas ondas anteriores (P e S); - São responsáveis pelas oscilações mais destruidoras devido à sua grande amplitude. Nota: A velocidade das ondas P e S aumenta com: - a distância ao epicentro (profundidade); - com a rigidez; - com a densidade. Pela observação do gráfico tempo – distância, vê-se que a velocidade média das ondas L (superfíciais) á aproximadamente constante, ao passo que as velocidades das ondas P e S aumentam com a distância ao epicentro, porquê? (ver nota). Por fim, a sismologia, constitui uma via indirecta mais adequada à formulação de modelos sobre a natureza e estrutura do interior do globo. O comportamento das ondas L, especialmente nos sismos mais próximos dos observatórios, são as indicadas ao estudo das camadas mais externas, ao passo que as ondas P e S, principalmente as oriundas dos abalos longínquos. São as indicadas para o conhecimento das zonas profundas. Þ Sismógrafos e Sismogramas Sismógrafos = aparelhos de precisão que registam rigorosamente as oscilações sísmicas, traçando em função do tempo decorrido, os deslocamentos do solo. Sismogramas = no registo dos sismógrafos grava-se constantemente um fundo contínuo traduzindo uma agitação ininterrupta microssismica, que tem como principais causas: - actividade humana nos centros urbanos e industrias; - vento; - rebentação das águas. Þ Escalas sísmicas Existem 2 tipos de escalas sísmicas : - Mercalli - Ricther A intensidade dos tremores de terra é referido em escalas entre as quais a mais usual é conhecida pelo nome de Escala Internacional (modificação da antiga escala de Mercalli) e consta de 12 graus estabelecidos de acordo com um questionários padrão, baseado nos efeitos sobre as populações e nos estragos produzidos. Grau I Grau II Grau III Grau IV Grau V Grau VI Grau VII Grau VIII Grau IX Imperceptível : apenas registados pelos aparelhos de precisão ou sismógrafos. Muito fraco : sentido por um muito pequeno número de pessoas em repouso, em especial pelas que habitam em andares elevados. Fraco : sentido por um pequeno número de habitantes. Bem sentido em andares elevados. Médio : sentido dentro das habitações, podendo despertar do sono um pequeno número de pessoas. Nota-se a vibração de portas e janelas e das loiças dentro dos armários. Pouco Fraco : Praticamente sentido por toda a população, fazendo acordar muita gente. Há queda de alguns objectos menos estáveis e param os pêndulos dos relógios. Abrem-se pequenas fendas nos estuques das paredes Forte : Provoca início de pânico nas populações. Produzem-se leves danos nas habitações, caíndo algumas chaminés. O mobiliário menos pesado é deslocado. Muito Forte : Caiem muitas chaminés. Há estragos limitados em edifícios de boa construção, mas importantes e generalizados nas construções mais frágeis. Facilmente perceptível pelos condutores de veículos automóveis em transito. Desencadeia pânico geral nas populações. Ruinoso : Danos acentuados em construções sólidas. Os edifícios de muito boa construção sofrem alguns danos. Caiem campanários e chaminés de fábricas. Desastroso : Desmoronamento de alguns edifícios . Há danos Grau X Grau XI Grau XII consideráveis em construções muito sólidas. Muito Desastroso : Abrem-se fendas no sol. Há cortes nas canalizações, torção nas vias de caminho de ferro e empolamentos e fissuração nas estradas. Catastrófico : Destruição da quase totalidade dos edifícios, mesmo os mais sólidos. Caiem pontes, diques e barragens. Destruição da rede de canalização e das vias de comunicação. Formam-se grandes fendas no terreno, acompanhadas de desligamento. Há grandes escorregamentos de terrenos. Cataclismo : Destruição total. Modificação da topografia. Este grau nunca foi presenciado no período histórico. Uma vez estimada a intensidade de um sismo num número de locais da região abalada, torna-se possível traçar num mapa as chamadas Isossistas. Isossistas = Conjunto de linhas curvas fechadas, em torno do epicentro, cada uma unindo pontos de igual intensidade. - Isossistas - Graus na Intensidade Escala Internacional de Nota : O grau representado pelas isossistas diminui da zona central para as periferias. Os sismos envolvem sempre libertação de energia e a sua avaliação é possível mediante cálculos complexos. A escala de magnitude simples de Ritcher utiliza o valor do logaritmo decimal da amplitude máxima medida em micra, por um aparelho padrão que estivesse colocado a 100 km do epicentro. É claro que, só casualmente, este aparelho estaria àquela distância fixa de um epicentro, daí que através dos resultados obtidos por várias estações se obtenham ábacos referentes à distância padrão de 100 km. A escala de Ricther indica, por exemplo, magnitude de 8.9 para os maiores terramotos (escala XI na escala de Mercalli) e o valor 1.5 para os menores. Nesta escala os estragos materiais verificam-se a partir de 4,5, sendo o valor 7.5 o limite inferior das grandes destruições E = 1.14 + 1.5 M Principais Zonas Sísmicas do Globo Þ Ö Zona Circum Pacífica (anel de fogo do Pacífico) - 80 % dos sismos terrestres; - Ocidente da América; - Ilhas da Páscoa, Galápagos e Curilhas; - Costa oriental japonesa; - Nova Zelândia. Ö Cintura Mediterrânico – Asiática - 15 % dos sismos terrestres; - Gibraltar; - Sudoeste asiático. Ö Zona da Cadeia Montanhosa Submarina do Atlântico - Compreende a Madeira e os Açores. Ö Em Portugal - Fraca sismicidade : Zona entre Douro e Minho; - Quase nenhuma sismicidade : Zona Central das Beiras; - Grande sismicidade : Estremadura (zona muito fracturada); - Bastante sismicidade : Zona Meridional do Algarve. Vulcanologia (breves noções) Vulcão = monte ou montanha que se forma pela acumulação da matéria que entra em erupção da Terra. A maior parte das lavas e rochas que são originadas diferem consoante o tipo de magma. ∑ Lavas Basálticas : são escuras e entram em erupção a cerca de 1000ºC – 1200ºC 8perto da temperatura do Manto Superior). Devido às suas altas temperaturas e ao baixo teor em sílica, são extremamente rápidas, ou seja, têm uma grande mobilidade. ∑ Lavas Graníticas : Cor clara e muito ácidas, têm um ponto de fusão menor que as basálticas (800oC – 1000ºC). São mais viscosas devido às suas baixas temperaturas de fusão e ao grande teor em sílica. Movem-se dez vezes mais devagar que as basálticas, têm tendências em formar amontoados. ∑ Depósitos piroclásticos = Quando o magma ascende à (bombas ,lapillis, pedra pomes, superfície e a pressão diminui, o escorias e cinzas) material volátil pode ser expulso com muita força, originando a saída de lava e a projecção de material rochoso de vários tamanhos, bem como a expulsão de cinzas. Þ Composição de um Vulcão Devido à acumulação de um conjunto de fusão (lavas, gases e fluídos oriundos do interior da Terra),vai-se edificando um cone de vertentes mais ou menos inclinadas. Este cone é encimado por uma pequena depressão, a cratera, que se prolonga para o interior da crosta por uma fenda, a chaminé, que comunica com uma enorme câmara – câmara magmática -, que se situa geralmente no interior da crosta, é o local onde se acumula uma grande quantidade de materiais em estado de fusão, gases e voláteis que no seu conjunto formam o magma. Por vezes, nas vertentes dos cones principais, podem ver-se pequenos cones laterais – cones secundários. Ás vezes, na parte final da actividade vulcânica, o aparelho vulcânico sofre transformações como o desaparecimento da cratera e a formação de uma depressão muito maior designada por caldeira e que pode ter mais de 1 km de diâmetro. Existem basicamente dois tipos de caldeira quanto ao modo de formação: Þ 1) Caldeira de subsidência – formam-se devido a um esvaziamento da câmara magmática que torna o aparelho vulcânico instável devido á falta de apoio na zona central do cone, o que leva ao abatimento da zona. 2) Noutros casos a caldeira pode formar-se devido a violentas explosões que destroiem a parte central do cone. Tipos de Vulcanismo Quanto à morfologia do aparelho vulcânico, as erupções vulcânicas podem incluir-se em 2 tipos: 1) Vulcanismo de tipo central: a ascensão do magma dá-se através de uma pequena abertura existente na crosta – a chaminé, em torno da qual se edifica o come vulcânico. 2) Vulcanismo de tipo fissural: o magma ascende até à superfície através de uma fenda (falha) mais ou menos extensa. Þ Composição Magmática O magma é constituído por materiais rochosos em estado de fusão com uma percentagem variável de gases e voláteis. Os magmas podem ser mais ou menos fluídos, dependendo a fluidez ou a viscosidade, de 3 factores : a temperatura, a percentagem de componentes voláteis e a composição química do magma. Existem 2 tipos de magma : ácidos (menor % de sílica, pobres em componentes voláteis e muito viscosos) e básicos (maior % de sílica, mais ricos em voláteis e mais fluídos). Þ Actividade Vulcânica - Efusiva; - Explosiva; - Mista Quando o magma se aproxima da superfície devido a uma diminuição da pressão a que está submetido, dá-se a libertação mais ou menos violenta dos gases, transformando-se o magma em lava. Numa erupção vulcânica em que o magma é fluído, os gases libertam-se suavemente e ocorre uma lenta emissão de lavas que podem percorrer grandes distâncias em forma de escoadas (rios de lava), característica de uma actividade vulcânica do tipo Efusiva. Quando a erupção vulcânica é alimentada por um magma viscoso, o desprendimento dos gases é difícil e demorado, as lavas solidificam rapidamente o que pode levar a fenómenos explosivos que podem ir desde pequenas explosões com projecção de grandes quantidades de materiais sólidos, até enorme explosões que podem destruir parcialmente ou totalmente o cone vulcânico. Estas explosões mais violentas ocorrem quando o magma é extremamente viscoso e por isso solidifica na chaminé originando agulhas ou cúpulas – Explosiva. Þ Tipos de Erupção Com base no caracter efusivo e explosivo das emissões, Lacroix definiu 4 tipos de actividade vulcânica: - Havaiano; Estromboliano; Vulcaniano; Peleano ∑ Tipo Havaiano – As lavas são bastantes fluídas, não havendo lugar para explosões nem projecção de piroclastos. As erupções são relativamente silenciosas e lava transborda da cratera, muitas vezes, transformada, numa espécie de lago de lava e escoa dando origem a rios de lava. As lavas basálticas, recebem a designação de “pahoehos” e “as” consoante o tipo da superfície da escoada. Na primeira, quando as lavas são mais fluídas a superfície é lisa e encordoada, na segunda, é escórica e muito fissurada. As lavas em blocos resultantes da fragmentação da escoada de blocos, mais ou menos equidimensionais, à medida que a lava progride e solidifica. O aparelho vulcânico havaiano é um cone baixo de vertentes suaves, construído por camadas de lava sobrepostas. ∑ Tipo Estromboliano – A actividade é mista, isto é, efusões de lava, geralmente menos fluídas do que as do tipo havaiano, alternando com períodos explosivos, de pouca violência, com projecções de materiais piroclásticos, geralmente bombas e “lapilli”. O aparelho vulcânico é também cónico, mas com maior declive que os cones havaianos, e é edificado por camadas alternadas de lavas e de piroclastos. Estes piroclastos, quando litificados, originam brechas vulcânicas. Ex.: Erupção dos Capelinhos no Faial e actividade vulcânica do complexo Lisboa – Mafra (final do Mesozóico e início do Cenozóico). ∑ Tipo Vulcaniano – A lava, mais viscosa do que as anteriores, dificulta a erupção, que acaba sempre por dar-se através de violentas explosões, com projecção de bombas em “côdea de pão”, “lapilli” e, sobretudo cinzas. A emissão de cinzas é por vezes muito abundantes e estas são tão finas que permanecem em suspensão no ar. O aparelho vulcânico é um cone de cinzas, as quais litificadas, originam os chamados cineritos. Ex.: Vesúvio aquando do desaparecimento de Pompeia em 1979. ∑ Tipo Peleano – Principais zonas vulcânicas Þ - Þ Caracterizado, por uma explosão de estrema violência que foi seguida da libertação de uma núvem espessa e densa carregada de cinzas incandescentes – núvem ardente – que rapidamente se desloca rapidamente arrasando tudo. O aparelho vulcânico é maciço de lava cuja viscosidade torna impossível qualquer escoada. O material magmático assim impedido de derramar-se origina cúpulas ou agulhas que emergem da própria chaminé. As núvens ardentes são massas gasosas resultantes da libertação de gases submetidos a elevadas pressões e temperaturas que transportam consigo uma grande carga sólida incandescente e, também magma líquido finamente pulverizado. Esta carga sólida ou fundida, deposita-se nas regiões circundantes, formando espessos depósitos piroclásticos particulares que, uma vez compactados, originam os ignimbritos. anel de fogo do Pacífico; ao longo das cristas médias oceânicas; arcos insulares; cadeias montanhosas recentes. Fenómenos secundários do Vulcanismo Por exemplo, as fumarolas, ou emanações de vapor de água, muitas vezes acompanhada de outros produtos gasosos ou de substâncias volatilizadas, que persistem além do termo da actividade extrusiva ou, o mais frequente, que se verificam nos períodos de acalmia entre duas fases activas. Designam-se por sulfataras quando nelas predominam substâncias sulfuradas (enxofre, dióxido de enxofre, ácido sulfidrico) ou mofetas quando acompanhadas de libertação de dióxido de carbono. Ainda como actividade vulcânica remanescente são frequentes as nascentes termais ou “geisers”, que se infiltram no aparelho vulcânico, onde aquecem em profundidade, acabando por ressurgir a temperatura mais elevada. Nota : O vulcanismo está também associado ao movimento de placas e também contribui para o conhecimento do interior da Terra.