FIERGS prevê crescimento da economia só a partir de 2016

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FIERGS prevê crescimento da economia só a partir de
2016
Enviado por fiergs em ter, 09/12/2014 - 15:55
Economia
A crise no mercado interno determinou o baixo desempenho econômico do Brasil em 2014 e
fornece os elementos para que se entenda o resultado decepcionante no fechamento do ano,
com previsão de 0,1% de alta no Produto Interno Bruto (PIB) do País, 0,2% no do RS, e de
uma queda de -1,3% no da indústria nacional. O panorama atual foi influenciado pelo menor
espaço para estímulos fiscais, crescimento mais tímido do crédito, aumento nas taxas de
juros, menos geração de empregos e inflação alta. Fatores que, somados à realização da
Copa do Mundo e ao período eleitoral, contribuíram para que muitas atividades e decisões
fossem adiadas, e os investimentos caíssem. “O próximo ano nasce com a marca da
estagnação mais acentuada do que foi em 2014. O tratamento está em curso e a expectativa,
portanto, é uma retomada de crescimento somente para 2016”, avaliou o presidente da
Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Heitor José Müller, ao apresentar,
nesta terça-feira (9), na sede da entidade, o Balanço 2014 e Perspectivas 2015 da Economia.
De acordo com o industrial, 2015 será o ano do recomeço para o País voltar aos trilhos
apenas a partir de 2016. Mas, para isso, o governo federal necessita realizar ajustes,
principalmente na condução da política econômica. “Infelizmente, não existe mágica que faça
tudo acontecer de um dia para o outro. É necessário olhar sempre o conjunto, temos que
pensar e agir em relação ao biênio , não só para o ano que vem”, ressaltou Müller. “Corrigir a
rota é colocar a indústria no centro do desenvolvimento e do crescimento do País”.
Segundo levantamento da Unidade de Estudos Econômicos (UEE) da FIERGS, no cenário
base, o mais provável de se concretizar nas previsões de crescimento para o Brasil em
2015, haverá uma continuidade do processo de estagnação da atividade, e um aumento de
PIB para o País de 0,6% e, para o Estado, de 1,3%. “O cenário não traz boas perspectivas
para o setor produtivo, os entraves estruturais que restringem o crescimento potencial de
longo prazo estarão ainda mais ativos. A situação econômica não demanda apenas a
correção de rota, o ajuste precisará ser mais profundo, o Brasil precisa se reinventar”, afirma
o economista chefe da FIERGS, André Nunes de Nunes.
Ainda de acordo com a UEE, em um cenário econômico superior para 2015, mais otimista,
ocorrerá uma leve recuperação no País, com manutenção do ritmo atual de geração de
empregos e da taxa de desemprego, além da elevação do PIB nacional em 1,9% e, do
gaúcho, em 2,5%. Para uma perspectiva mais pessimista, em um cenário inferior, a
expectativa é de -0,3% de crescimento do PIB brasileiro e de -0,2% do gaúcho. Esse cenário
pode ser desencadeado por uma crise energética e pela deterioração mais intensa na
confiança dos agentes econômicos.
Em relação ao Rio Grande do Sul, o presidente da FIERGS sugere que o governador eleito,
José Ivo Sartori, trabalhe com parceria-público privadas, como forma de o Estado recuperar a
sua capacidade de investimento. Mas o industrial prevê dificuldades para as empresas
gaúchas, obrigadas a arcar com mais 16% de reajuste no Salário Mínimo Regional, aprovado
pela Assembleia Legislativa. “Somos favoráveis a bons salários, mas que representem um
poder aquisitivo real, calculado pelo aumento da produtividade. Não queremos que o Rio
Grande do Sul seja um deserto de empresas. Se for assim, não teremos empregos nem
renda. Concorremos com outros 22 Estados brasileiros que não utilizam o Piso Regional”,
alerta Müller.
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Fotos: Dudu Leal
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