Web Design

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Técnico em Informática
Web Design
Ewerton Menezes de Mendonça
2014
Presidenta da República
Dilma Vana Rousseff
Governador do Estado de Pernambuco
João Soares Lyra Neto
Vice-presidente da República
Michel Temer
Secretário de Educação
José Ricardo Wanderley Dantas de Oliveira
Ministro da Educação
José Henrique Paim Fernandes
Secretário Executivo de Educação Profissional
Paulo Fernando de Vasconcelos Dutra
Secretário de Educação Profissional e
Tecnológica
Aléssio Trindade de Barros
Gerente Geral de Educação Profissional
Luciane Alves Santos Pulça
Coordenador de Educação a Distância
George Bento Catunda
Diretor de Integração das Redes
Marcelo Machado Feres
Coordenação Geral de Fortalecimento
Carlos Artur de Carvalho Arêas
Coordenação do Curso
João Ferreira
Coordenação de Design Instrucional
Diogo Galvão
Revisão de Língua Portuguesa
Letícia Garcia
Diagramação
Izabela Cavalcanti
Sumário
INTRODUÇÃO............................................................................................................................ 3
1.COMPETÊNCIA 01 | ELABORAR UM ESCOPO DE PROJETO PARA PROGRAMAÇÃO VISUAL
PARA WEB.................................................................................................................................6
1.1 Introdução a Web Design ....................................................................................... 6
1.1.1 Breve História da Internet ................................................................................... 6
1.1.2 World Wide Web ................................................................................................. 7
1.1.3 Padrões Web ....................................................................................................... 8
1.1.4 Design .................................................................................................................. 9
1.1.5 Front-End e Back-End ........................................................................................ 10
1.2 Elaborar um Escopo de Projeto para Programação Visual para Web .................. 11
1.2.1 Objetivos ........................................................................................................... 13
1.2.2 Questionário ...................................................................................................... 15
1.2.3 Análise ............................................................................................................... 17
1.2.4 Público Alvo ....................................................................................................... 18
1.2.5 Personas ............................................................................................................ 20
1.2.6 Pesquisa de Campo ........................................................................................... 21
2.COMPETÊNCIA 02 | PLANEJAR UM WEBSITE ......................................................................24
2.1 Card Sorting .......................................................................................................... 26
2.1.1 Análise de Dados ............................................................................................... 28
2.2 Sistema de Navegação ......................................................................................... 29
2.2.1 Logotipo............................................................................................................. 31
2.2.2 Barra de Navegação .......................................................................................... 32
2.2.3 Menu Drop-Down ............................................................................................. 32
2.2.4. Bread Crumb .................................................................................................... 33
2.2.5 Conteúdo Cruzado............................................................................................. 33
2.2.6 Erro 404 ............................................................................................................. 34
2.2.7. Passos ............................................................................................................... 35
2.2.8 Paginação .......................................................................................................... 35
2.2.9 Abas ................................................................................................................... 36
2.2.10 Camadas .......................................................................................................... 36
2.2.11. Nuvem de Tags ............................................................................................... 37
2.3 Sistema de Busca .................................................................................................. 38
3.COMPETÊNCIA 03 | CONHECER OS MODELOS DE REPRESENTAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DE
WEBSITE..................................................................................................................................39
3.1 Mapa do Site ........................................................................................................ 39
3.2 Fluxo de Navegação ............................................................................................. 42
3.2.1 Páginas, Arquivos e Conjuntos .......................................................................... 42
3.2.2. Conectores e Setas ........................................................................................... 43
3.2.3. Conjunto Corrente............................................................................................ 45
3.2.4 Separações ........................................................................................................ 45
3.2.5 Áreas e Áreas Iterativas..................................................................................... 46
3.2.6 Sistemas Programados ...................................................................................... 47
3.2.7 Exemplo de Diagrama ....................................................................................... 47
CONCLUSÃO ...........................................................................................................................49
REFERÊNCIAS ..........................................................................................................................50
MINICURRÍCULO DO PROFESSOR ...........................................................................................51
INTRODUÇÃO
Caro (a) aluno (a), a maioria das pessoas leigas acredita que design é uma
denominação para desenho. Que o trabalho do designer limita-se a produção
estética, formas, cores, texturas, etc. Que apenas o bom gosto ou saber
utilizar as ferramentas são suficientes para ser um bom designer. Nesta
disciplina, você vai descobrir que o trabalho do designer, em específico do
web design, vai muito além de saber desenhar.
Design pode ser entendido como projetar. Planejar bem antes de fazer a parte
estética. Assim, esta disciplina possui um tamanho considerável, por
necessitar de um planejamento antes do processo da fabricação. Por isso,
dividimos o caderno de estudo em dois, para ficar mais confortável para você.
Este é o primeiro caderno, composto das três primeiras competências que são
responsáveis pelo conhecimento relativo ao planejamento do futuro website.
Começaremos a primeira competência entendendo um pouco deste universo,
iniciando pela profissão de web designer, e finalizaremos com Elaborar um
Escopo de Projeto para Programação Visual para Web. Assim, vamos
mergulhar no domínio do problema e compreender as necessidades do
cliente, do usuário e até dos funcionários. Isso assegura que o designer não
erre achando que seja uma coisa sendo outra. Uma vez que conhecermos
bem o assunto, iremos, na segunda competência, Planejar um Website.
Utilizaremos técnicas profissionais e conheceremos os principais sistemas de
navegação. Iremos verificar na terceira competência, Conhecer os Modelos
de Representação e Organização de Websites, a complexidade do projeto
através de técnicas de mapeamento visual, o que ajuda a saber quantas
páginas nosso site terá e a que se destinam cada uma delas. Evitamos o
temido “eu acho”, que é muito incerto e pode dar vários problemas depois do
trabalho feito. Encerramos, assim, a primeira parte referente ao
planejamento.
3
Web Design
O segundo caderno conterá o material necessário para a produção estética e a
codificação necessária para tornar real o website. Dando continuidade às
competências anteriores, iniciamos a quarta competência, Elaborar Layouts
para Websites, que mostra um pouquinho de metodologias profissionais para
a criação estética da identidade visual do site, ou seja, formas, cores, entre
outros elementos que formam a aparência do website. Vamos conhecer na
quinta competência, Conhecer os Padrões Definidos pela W3C para
Representação e Criação de Websites, as tecnologias que usaremos para
produzir o site. Daí em diante, teremos uma competência para cada
tecnologia. Assim, a sexta competência será para o HTML, Formatar um
Website Usando os Mais Modernos Padrões de Marcação de Hipertexto. Na
sétima, focaremos no CSS, Planejar a Identidade Visual de Websites Usando
Folhas de Estilo. E na última, daremos uma pincelada sobre programação com
Java Script para usarmos efeitos interessantes em nossa página, Construir um
Website.
Tenha atenção para não se confundir, certo? Como já disse, esta disciplina
possui dois cadernos de estudos e a leitura deles é extremamente necessária
para se entender todo conhecimento proposto. Dedique-se, busque mais
conhecimento para ser um profissional melhor que certamente as
recompensas virão.
Ao fazer esse curso, você tomou uma grande decisão. Uma decisão que lhe
dará o poder de ser um produtor, ao invés de um simples consumidor da web.
Esta disciplina pretende lhe dar conhecimento para idealizar um site,
organizá-lo e construí-lo. É uma jornada que lhe exigirá dedicação não só na
leitura deste caderno, mas também em fazer pesquisas na internet para
completar seu aprendizado. É impossível colocar tudo neste simples caderno.
Daremos a você, caro (a) estudante, as ferramentas iniciais para você
progredir por si mesmo. Você encontrará muita informação na web, em texto
e também em vídeo. Aproveite bastante, pois esta informação é gratuita e
está lá, lhe esperando. Lembre-se de que o ser humano aprende por
repetição. Poucas pessoas entendem conceitos complexos de primeira. Para a
4
Técnico em Informática
maioria de nós, ler e reler o caderno de estudos é necessário para se entender
de verdade. Não deixe, também, de fazer os exercícios, eles ajudam na
compreensão. Aproveite e, quando possível, faça os exemplos mostrados. Seu
aprendizado depende de sua dedicação nas competências desta disciplina.
Contamos com você, viu?
Bons estudos.
5
Web Design
Competência 01
1.COMPETÊNCIA 01 | ELABORAR UM ESCOPO DE PROJETO PARA
PROGRAMAÇÃO VISUAL PARA WEB
Iniciamos nossa disciplina entendendo o domínio do problema, ou seja, quem
tem o problema, o que ele acha que seja o problema, o que os usuários
acham e porque não, os funcionários. Buscaremos informação de todos os
lados para obtermos a solução que se manifesta em um website, da melhor
forma possível.
Mas, antes disso, precisamos conhecer um pouco do universo do web
designer. Vamos saber, por exemplo, que internet e a WWW, World Wide
Web, não são sinônimos. E então? Ficou curioso?
1.1 Introdução a Web Design
A internet forneceu um suporte para o mundo mudar. Essa tecnologia é
considerada uma revolução de várias formas, e seu impacto é bem mais
profundo do que percebemos. Os mais novos podem até se perguntar: como
era possível viver sem internet? É um novo mundo. Um mundo de bits, a
menor unidade de informação do computador, que circula de computador
para computador na chamada rede mundial de computadores.
Para entrarmos nesse mundo, vamos precisar conhecer um pouquinho de sua
história. Caso você tenha curiosidade, deixaremos links para você se
aprofundar nos assuntos.
Espero que se divirta aprendendo.
1.1.1 Breve História da Internet
Na década de 1960, o mundo passava pela chamada Guerra Fria. De um lado
os Estados Unidos, líder do bloco capitalista, e do outro a União Soviética,
líder do bloco socialista. Estes dois blocos possuíam armas atômicas e o receio
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Técnico em Informática
Competência 01
na época era de que algum deles começasse uma guerra nuclear, daí o nome
Guerra Fria.
Assista a
quantidade de
bombas atômicas
que foram
explodidas de 1945
a 1998 nesta
animação. Você vai
se impressionar.
www.youtube.com/
watch?v=jfpQNfcRE
1o
Figura 1 - Teste nuclear realizado em 18 de Abril de 1953 na Área de Testes de
Nevada.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Operation_Upshot-Knothole__Badger_001.jpg
No meio disso, os militares dos Estados Unidos tinham receio de que, caso
houvesse uma explosão no território americano, essa impedisse a
comunicação entre as bases militares. Era necessário um sistema de
comunicação entre as bases que continuasse funcionando mesmo que uma
fosse destruída. Assim, começou a pesquisa da internet na década de 60.
A internet é um sistema de comunicação entre computadores ao redor do
planeta. Ela dá o suporte para a troca de dados entre os computadores que
estão conectados a ela. E entenda que hoje temos computadores em casa,
nos carros e constantemente conosco, através de smartphones.
Descubra mais
sobre a internet.
Acesse
http://pt.wikipedia.
org/wiki/Hist%C3%
B3ria_da_Internet
1.1.2 World Wide Web
A World Wide Web ou teia mundial, também é conhecida por web ou www.
Não é a mesma coisa de internet. A web foi criada em 1980, por um
engenheiro do CERN chamado Tim Berners-Lee. Ele trabalhava em um lugar
que possuía uma rede de computadores ligados à internet com vários
cientistas trocando documentos diferentes entre si, só que os sistemas
operacionais e, na maioria das vezes, um documento de uma máquina não
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Web Design
Competência 01
abria em outra. Não existia uma forma comum, padronizada, para acessar os
diferentes documentos.
Assista à excelente
palestra de Tim no
TED. A palestra está
em inglês, mas
possui legendas em
português. Vale
muito a pena.
www.ted.com/talks
/tim_berners_lee_o
n_the_next_web
Figura 2 - Tim Berners Lee no Campus Party Brasil.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Tim_Berners-Lee_CP.jpg
Para resolver esse problema, nas horas vagas, ele começou a escrever um
projeto que usava a internet como base. Então, concluímos que internet e
web não são as mesmas coisas. A web é um formato de documento HTML,
com uma forma de endereçamento URL, e uma forma de entrega desse
documento, através de protocolos. Ex.: HTTP, HTTPS, entre outros. A internet
é por onde isso tudo é utilizado.
Descubra mais
sobre a web.
Acesse
http://pt.wikipedia.
org/wiki/WWW;./
1.1.3 Padrões Web
Perceba que o maior problema eram documentos de formatos diferentes
vindos de computadores diferentes, e que a web padronizou tudo. Mas
quando a web ficou popular no mundo, as pessoas começaram a modificá-la
para adaptá-la às respectivas necessidades. Seria uma bagunça se não fosse
uma instituição que cuida da uniformidade na web, garantindo, assim, que o
documento que foi produzido do outro lado do mundo seja exibido da mesma
forma em qualquer parte dele.
O W3C (World Wide Web Consortium) é a principal organização de
padronização da web. Ela não é uma empresa, é um consórcio internacional
com quase 400 membros, agrega empresas, órgãos governamentais e
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Técnico em Informática
Competência 01
organizações independentes com o objetivo de estabelecer padrões para a
criação e a interpretação de conteúdos para a Web. Hoje, a W3C cuida da
reformulação do HTML em um projeto divulgado como HTML 5.
Figura 3 – Site da W3C.
Fonte: www.w3c.br/Home/WebHome
1.1.4 Design
A maioria das pessoas entende de maneira errada a profissão de designer.
Design não se traduz como desenho e sim como projeto. A palavra para
desenho é draw. O designer projeta não só a parte visual, mas,
principalmente, a organização e sua estrutura para a melhor experiência com
o artefato. No caso, o web designer é especialista no planejamento e na
produção de artefatos conhecidos como sites web.
O trabalho maior do web designer está antes de escrever o HTML ou de
desenhar a identidade visual, que são tarefas do final do processo. Fazer um
site sem planejar antes é como construir uma casa sem uma planta, sem
planejar o encanamento, esgoto, parte elétrica, etc. Dá para perceber que o
resultado é bem frustrante.
Então, tenha paciência e faça a parte inicial bem feita. Assim, aumentaremos
Veja uma animação
divertida que
explica o papel do
design gráfico.
www.youtube.com/
watch?v=EjMYdfdn
y3M
9
Web Design
Competência 01
as chances do site ser um sucesso.
1.1.5 Front-End e Back-End
A internet possui dois lados: o início e a chegada. Quando abrimos um
navegador, aquele programa que visualiza páginas de internet, e solicitamos
ver uma página, como a do Google, por exemplo, fazemos um pedido para
outro computador, que guarda a página e nos envia.
Os computadores na internet que são especializados em servir as páginas que
queremos ler são chamados de servidores. Na verdade, o servidor é um
programa que funciona no computador, mas vamos simplificar.
Existem páginas que, não importa quantas vezes as solicitemos, sempre virá o
mesmo conteúdo. Classificamos essas páginas como estáticas. A Figura 4
mostra uma página comum a muitos sites que normalmente é estática, a
página “Sobre”.
Figura 4 – Exemplo de página estática no site da W3C.
Fonte: www.w3c.br/Sobre
Mas, às vezes, a página solicitada modifica dependendo do que estamos
fazendo. O carrinho de compra em um site de vendas online é uma página em
que o conteúdo dela modifica dependendo de nossa interação no site de
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Técnico em Informática
Competência 01
comércio online. São chamadas de páginas dinâmicas.
Figura 5 – Exemplo de página dinâmica, um carrinho de compras.
Fonte: http://dicadeouro.com/conteudos/arquivos_posts/carrinho_002.gif
A diferença é que nas páginas estáticas fazemos uma vez seu conteúdo e ele
será copiado toda vez que for requisitado. Nas páginas dinâmicas o conteúdo
vai ser determinado por um software que produz a página a cada requisição.
Esta disciplina é focada na criação de páginas de conteúdo estático, e a isso
classificamos como desenvolvimento front-end. Quando temos que
desenvolver uma aplicação que irá construir as páginas de forma dinâmica,
temos então o desenvolvimento back-end. Este tipo de desenvolvimento é
mais difícil e para fazê-lo é muito recomendável que você conheça bem o
desenvolvimento front-end primeiro.
1.2 Elaborar um Escopo de Projeto para Programação Visual para Web
Como já dissemos, diferente do que muita gente pensa, o trabalho do web
design é maior antes dele colocar a mão na massa e produzir o site. O
planejamento é essencial para um produto de sucesso e, para se planejar
bem, você deve conhecer bem a situação. Dificilmente você vai dominar o
contexto de seu cliente tão bem quanto ele. É necessário utilizar algumas
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Web Design
Competência 01
técnicas consagradas na área para conseguir entender da melhor forma
possível e resolver no menor tempo. Isto significa que você deve utilizar uma
metodologia para alcançar os objetivos.
Clement Mok é um designer gráfico canadense, fundador do Studio Archetype
ex-diretor de criação da Apple. Ele foi o desenvolvedor da metodologia DADI
para projetos de websites. DADI é o acrônimo para Definição, Arquitetura,
Design e Implantação.
Na etapa de Definição, o web design mergulha no universo do problema que
será solucionado pelo site. Ele deve investigar o máximo de aspectos ligados
ao domínio do problema e coletar o máximo de informações relevantes que o
ajudem a desenvolver o site que será a solução do problema do cliente.
A etapa de Arquitetura é uma fase complementar à Definição. Nessa fase, o
web design procura organizar todos os dados coletados e também distribuir
por completo o conteúdo do site, para que o usuário não receba toda a
informação de uma vez, e ainda hierarquizá-la, para que o usuário receba
primeiro uma informação e daí se desejar aprofundar-se mais terá essa opção.
Na etapa de Design o profissional deixa a informação mais atrativa e
confortável de ser visualizada. É quando planejamos quais cores são melhores
para o público alvo definido na fase de Definição, além das fontes, formas,
imagens, vídeos, etc. Ainda não codificamos nada, apenas teremos alguma
coisa para mostrar ao cliente, como uma imagem do site.
Na última etapa, a Implantação, o web design terá o produto pronto. Mas o
trabalho não acaba por aí. A solução criada deve ser testada para se averiguar
que realmente ela resolve o problema que levou o cliente a desejar um site.
Nesta competência, abordamos a etapa de Definição. O que você como
profissional deve fazer é um documento que possua as informações
adquiridas através de entrevistas e questionários, além de uma pesquisa na
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Técnico em Informática
Competência 01
frente do computador. Mas vamos com calma e fazer uma coisa de cada vez.
Alertamos para que você tenha zelo ao produzir o documento. Faça algo bem
profissional, com uma qualidade que mostre a seriedade com que você está
trabalhando.
1.2.1 Objetivos
Pode parecer óbvia esta parte. Basta perguntar ao cliente, você pode se dizer,
mas nem sempre o cliente sabe os verdadeiros motivos que o levaram a
procurar um web design. Muitas vezes, ele só deseja alimentar seu ego.
Porque o concorrente tem, ele também quer. Neste ponto o único usuário
relevante do site é ele próprio, e se ele quer dessa forma, que assim seja. Mas
se o cliente desejar algo mais relacionado ao seu negócio, aí você terá mais
trabalho.
O melhor jeito de conseguir essas valiosas informações é através de entrevista
e muita atenção nas respostas. Converse bem com seu cliente ou seu
representante. Só tenha cuidado com empresas que possuem muitos
“donos”. Você só deve se dirigir a apenas um deles. Um corpo não anda se
tiver muitas cabeças pensando diferente.
Mas o que perguntar? Realmente, é um bom questionamento. Não existe
uma receita fixa. Depende muito da experiência do profissional e do tipo do
cliente. Não há uma quantidade certa nem quais são as melhores perguntas a
serem feitas. De nada adianta se você não entender a resposta, por exemplo.
Consiga o máximo de informações que você julgar que irá ajudar na produção.
Peça os textos e imagens, caso não seja você quem também irá produzir.
Descubra se é o cliente quem dará a palavra final ou vai passar para um
representante. Anote tudo e deixe bem definido para depois ele não pedir
algo que não foi acordado antes. Com o tempo, você vai ganhando
experiência e vai descobrindo o que precisa perguntar.
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Web Design
Competência 01
Abaixo, temos algumas sugestões para a fase de definição dos objetivos.
1.
2.
3.
4.
5.
6.
Por que deseja um site?
Quais sites que lhe chamaram mais atenção?
Qual o público alvo de seu negócio?
O que lhe chama mais atenção nos sites que lhe agradam?
O que você gostaria que o site tivesse?
O conteúdo (texto, imagens, etc.) já está pronto?
Com essas poucas perguntas, você já vai ter uma ideia do que ele quer,
quanto tempo vai durar a produção e quem será seu usuário, se ele ou os
clientes dele.
Outro ponto é a multiplicidade de objetivos. Na verdade, o site possui um
objetivo geral, mas pode ter vários específicos. Os objetivos específicos são
metas menores que somadas alcançam o objetivo geral.
Exemplo:
Nosso cliente é um empresário de um músico que está lançando seu primeiro
álbum. O empresário responde dessa forma as perguntas.
1. Quero que o site seja um local para que os fãs de meu cantor possam
conhecer um pouco mais sobre ele, seu trabalho e sua agenda. Quero
alimentar a simpatia que os fãs nutrem por ele.
2. Os sites dos Luan Santana, Gustavo Lima e Daniel têm o mesmo estilo de
música do meu artista.
3. Na maioria são garotas de mais ou menos 18 anos.
4. Uma bela foto do artista e, geralmente, tem um vídeo clipe dele.
5. Não sei muito bem, mas poderia ter além de fotos, uma biografia e a
agenda do cantor.
6. Não. Enviaremos assim que tivermos. Mas você pode começar a fazer
logo.
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Técnico em Informática
Competência 01
Analisando as respostas percebemos que o cliente sabe bem o que quer:
promover o cantor. Os exemplos de site que ele deu mostram que, mesmo
que o artista não seja bem conhecido, ele deseja a grandiosidade que outros
já conseguiram. Isso seria para atrair seu público alvo que, segundo o
empresário, são garotas entre 13 e 23 anos. Nesse caso, como teremos um
público menor de idade, devemos ter cuidado com o conteúdo e a forma
como é mostrado. Também teremos que planejar o site para receber um
conteúdo de vídeo em alguma parte. No entanto, o empresário não transmite
muita segurança na entrega do conteúdo do site. Devemos, então, ter uma
alternativa na manga para caso o vídeo nunca chegue. Outro detalhe que
chama atenção é a agenda do cantor. Como não estamos fazendo um sistema
de gerenciamento de conteúdo, back-end ou site dinâmico, devemos imaginar
em fazer um contrato com ele para atualizar mensalmente ou
quinzenalmente o site.
Agora é a sua vez. Procure algum conhecido que tenha um negócio que você
acredite que ele gostaria de ter um site estático. Esta pessoa não pode ser você,
nem você deve inventar. Procure uma pessoa real para fazer a entrevista. Diga-lhe
que ela está lhe ajudando em uma atividade de seu curso. Você não precisa fazer o
serviço realmente. Ele só vai estar lhe ajudando, mas deixe isso bem claro. Você
pode utilizar as perguntas usadas acima e acrescentar outras que achar pertinente.
1.2.2 Questionário
Às vezes, o cliente não sabe responder as perguntas da entrevista. Os motivos
podem ser vários. Ele pode não ser um dos usuários do futuro site, nem ter
intimidade com a internet. Nesse caso, as informações podem vir de pessoas
que seriam os empregados ou clientes do negócio. Fazer uma entrevista com
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Web Design
Competência 01
cada um seria demorado e, como diz o ditado, tempo é dinheiro.
Resolvemos essa situação com um questionário. Pense bem nas perguntas e,
se possível, coloque alternativas, mas deixe um espaço para uma resposta que
não esteja entre as alternativas. Não faça muitas perguntas e não as
complique. Seja claro e simples. Ao final, você pode oferecer um brinde
barato pela ajuda que as pessoas deram.
Faça o questionário e peça a alguém para ler e dar uma opinião. Ao final
reproduza uma quantidade e distribua. Recolha dando o brinde para quem
respondeu. Depois, analise as respostas e mantenha o foco, você está
procurando os objetivos do site.
As perguntas possuem as mesmas regras da entrevista. Na verdade, o
questionário pode ser uma opção quando o cliente não sabe responder.
Exemplo:
1. Você acessa a internet?
2. Quantas vezes por semana?
3. Se a empresa tivesse um site, qual a primeira coisa que você procuraria?
4. Procuraria por mais alguma coisa?
5. Se você tivesse que entrar em contato, utilizaria o e-mail ou o formulário
de contato do site?
Vamos supor que a maioria das respostas foi:
1. Sim.
2. De 3 a 5 vezes na semana.
3. A listagem de médicos credenciados e o telefone para marcar consultas.
4. O endereço dos locais onde posso autorizar o atendimento. De
preferência que tivesse um mapa explicativo. Também se eles oferecem
outros serviços que eu possa ter direito pelo meu plano.
16
Técnico em Informática
Competência 01
5. O e-mail, mas se estivesse no site usaria o formulário de contato.
Observamos que os clientes desse negócio acessam a internet com
regularidade, então conhecem bem o meio. Que existe uma demanda para
consultar uma determinada informação que pode aparecer a qualquer
momento na vida do cliente e mais de uma vez. O cliente também gostaria de
ter informações específicas sobre o serviço que comprou. O site pode
oferecer um formulário, que exige programação back-end, mas podemos
apenas oferecer um endereço de e-mail para contato.
Vamos ver se vocês entenderam. Faça o seu questionário, com as perguntas que
você achar pertinente e distribua os papéis para algumas pessoas. Você pode até
enviar por e-mail. O mais ideal é que elas sejam as clientes do negócio do amigo que
lhe ajudou antes. Depois de recebê-los preenchidos, compare os objetivos que o
cliente deu na entrevista com as respostas do questionário. Será que são os
mesmos?
1.2.3 Análise
Junte todas as informações que conseguiu adquirir, seja pelo cliente,
funcionários e/ou clientes de seu cliente. Leia com calma e tente entender as
relações entre elas. Compare. Será que o cliente entende mesmo os clientes
dele?
Desse material extraia o objetivo geral e os específicos. Faça um parágrafo
simples e escreva um documento bem estruturado com títulos e subtítulos.
Seja zeloso em seu trabalho. Um bom profissional sempre é organizado com
suas responsabilidades.
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Web Design
Competência 01
Neste exemplo, o tamanho da fonte foi aumentado para facilitar a leitura,
mas não há necessidade do texto ser tão grande.
Figura 6 – Página de capa e página um do projeto de exemplo. O seu não precisa ser igual. Este é apenas um
exemplo de cuidado com o projeto.
Fonte: Próprio autor.
1.2.4 Público Alvo
O público alvo reúne as características comuns dos clientes. Normalmente,
quando perguntamos: quem são seus clientes? A resposta é “todo mundo”,
ou algo parecido. Isto significa que ele não sabe quem é seu cliente, ou ele
deseja que realmente todo mundo seja seu cliente. Mas não é.
O público alvo define as características comuns à maioria dos clientes. Tudo
bem que seu cliente pode vender para qualquer um, mas como é a maioria
das pessoas? Alta, baixa, gorda, magra, homem, mulher, não vive sem
internet, ou não gosta de tecnologia? Uma vez que você conhece as
características comuns pode fazer um site que agrade mais a maioria das
pessoas e dessa forma aumentar a possibilidade de sucesso.
Lembre-se de que se você atirar para todo lado pode não atingir ninguém, e
18
Técnico em Informática
Competência 01
vai “precisar de muitas balas”, o que é caro. Mas se você escolher um alvo,
neste caso o mais fácil, aumenta as chances de acertar em cheio.
A forma de descobrir o público alvo de seu cliente pode vir por ele mesmo,
durante a entrevista, ou conversando com os funcionários que convivem com
os clientes, ou observando o fluxo no negócio. Talvez até você já conheça por
experiência própria. O mais importante é que tenha a certeza dele. Caso você
erre em determinar as características principais pode levar por água abaixo
todo o projeto, e fazer algo que nem de longe as pessoas gostem.
Vamos analisar os clientes de chupetas. Isto mesmo. As chupetas possuem um
usuário que é o bebê, mas outro cliente, o pai ou a mãe. Para complicar
podemos ter alguém que indica, como uma tia ou a avó. Além disso, se o pai
compra, ele vai procurar algo mais prático, se for a mãe irá dedicar um tempo
maior para observar as vantagens extras, independente do preço. Viu como
pode complicar?
Exemplo:
No caso de nosso empresário do cantor sertanejo, ele conhece bem quem é o
público alvo e nos diz isso na entrevista. Garotas com mais ou mesmo 18
anos. Entendemos que este público busca novidade e é altamente conectado.
Já na pesquisa com os clientes de uma empresa, podemos deduzir que são
pessoas que passam dos 50 anos por precisar, à medida que envelhecem, de
médicos e exames. Outra característica que podemos perceber é a de que
provavelmente a pessoa que necessite do serviço deve se encontrar
fragilizada pelo problema que está passando. É claro que estamos
adivinhando, o que poderia ser ruim em caso de erro. Quanto mais você
pesquisa, mais diminui o risco.
19
Web Design
Competência 01
Quais são as características comuns do público alvo do negócio que você está
analisando? Defina as características mais marcantes e as que você pode deduzir
sobre elas. Não se esqueça de buscar alguém com estas características para
comprovar se você deduziu certo. Lembre-se do perigo que é deduzir errado.
Acrescente ao seu projeto com o título PÚBLICO ALVO.
1.2.5 Personas
Apesar de você fazer todo esse trabalho para conhecer o público alvo de seu
site, podemos chegar a situações que as características são tão abrangentes
que é difícil imaginar uma pessoa alta e magra ao mesmo tempo, que ama e
odeia a internet, que é jovem e velha, tudo ao mesmo tempo.
Quando ocorre algo assim, por conta da abrangência, temos que enxergar
melhor os estereótipos, até caso você tenha uma equipe que faça essa
pesquisa e você não tennha o contato com as pessoas reais que geraram os
dados.
Assim, selecione as características mais próximas e invente uma personagem
com uma história fictícia que passe a ideia do público alvo. Você pode colocar
uma foto fictícia para ilustrar, ou utilizar um desenho para dar um pouco mais
de intimidade com aquele estereótipo.
Exemplo:
Baseado nos dados que o empresário nos passou e em deduções pessoais
temos a persona abaixo. Lembre-se de que é uma história inventada com as
características observadas e deduzidas.
20
Técnico em Informática
Competência 01
Maria tem 16 anos é estudante e não larga do celular com
internet. Ela e as amigas adoram música e principalmente
os cantores tal e tal. Também faz parte de um fã clube
organizado em uma rede social virtual que compartilha
informações sobre um determinado cantor.
Fonte da imagem: www.
freeimages.com/photo/
1270130
Agora, proponho um desafio. Não sei o público alvo que você descobriu, mas faça
no mínimo duas personas bem distintas, ou seja, com características bem
diferentes. Siga o exemplo e escreva um parágrafo para cada uma com quatro linhas
no mínimo. Escreva o título PERSONAS com elas logo abaixo no documento.
1.2.6 Pesquisa de Campo
Os concorrentes são uma importante fonte de conhecimento, mas não a
única. Provavelmente eles já fizeram todo o trabalho duro e apresentam os
resultados no produto. Mas copiar nunca é o bastante. Afinal, seu site não
pode ser apenas mais um. Ele deve atrair pelo diferencial. Ou seja, o que seu
site tem que os outros não têm?
Visite os sites dos concorrentes de seu cliente. Descubra o que eles têm de
igual e diferente. Procure pensar em como o site que você produzirá irá se
destacar quando estiver lado a lado com os outros.
Para isso, utilizamos uma tabela com características dos sites e marcamos
nossas impressões sobre eles. Sensibilidade é o fator mais importante aqui.
Você tem que perceber os fatores positivos e negativos, fazendo um
21
Web Design
Competência 01
julgamento imparcial.
A tabela abaixo é o do diferencial semântico. Para preenchê-lo você deve
visitar um site do concorrente e, após usá-lo por algum tempo, responder a
tabela com um x para cada intensidade de impressão.
Exemplo: Ao utilizar o site, senti que o entendimento dele foi “um tanto ruim”
e sua visibilidade era “muito clara”.
O entendimento do site foi...
Muito
Boa
Clara
Um tanto
Nenhum
Um tanto
x
Muito
Um tanto
Muito
Ruim
Escura
x
As imagens que foram exibidas pareciam...
Muito
Um tanto
Nenhum
Granuladas
Realistas
Inacreditáveis
Distorcidas
Nítidas
Irreais
Críveis
Precisas
O movimento do site foi...
Muito
Um tanto
Nenhum
Um tanto
Muito
Suave
Quebrado
Lento
Consistente
Irregular
Contínuo
Rápido
Inconsistente
Você sentiu que o ambiente era...
Muito
Pequeno
Vazio
Claro
Fechado
Permanente
Monocromático
Distante
Intocável
Um tanto
Nenhum
Um tanto
Muito
Grande
Cheio
Escuro
Aberto
Temporário
Colorido
Próximo
Tocável
Faça esta tabela com alguns sites concorrentes. Capture a tela inicial do site
que você verificou e anexe acima da tabela preenchida. Ao final, verifique as
22
Técnico em Informática
Competência 01
impressões para a maioria dos sites e cada característica.
Sabendo por exemplo que a maioria dos sites dos concorrentes transmite
sensações, como grande, cheio e escuro; podemos ou seguir a tendência por
ser uma característica que agrada ao público alvo, ou inovar fazendo o
contrário. Passando uma ideia de pequeno, vazio e claro. Use o bom senso.
Visite o site de ao menos três concorrentes. Capture a tela com a página inicial com
printscreen e cole em seu documento, abaixo do título CONCORRENTES. Preencha a
tabela para cada um deles. Depois, escreva um resumo mencionando cada
característica observada no site dos concorrentes.
Com isso, possuiremos uma boa quantidade de informação sobre o domínio do
problema e podemos buscar uma solução para ele. Lembre-se de que nesta etapa
de Definição, quanto mais informação melhor. Na próxima competência, veremos a
segunda etapa de nosso projeto, a fase Arquitetural.
23
Web Design
Competência 02
2.COMPETÊNCIA 02 | PLANEJAR UM WEBSITE
Com vimos no começo, a fase Arquitetural do DADI complementa a fase
anterior, Definição. Ela tem o objetivo de organizar os dados coletados,
selecionar os de maior importância e distribuir o conteúdo entregue pelo
cliente nas várias páginas que vão compor o site.
Imagine como seria constrangedor visitar um site onde o conteúdo está todo
misturado e em páginas gigantes que cansam só de olhar. Não queremos que
os usuários de nosso site fujam. Por isso, dedicamos um bom tempo nesta
parte.
Lembre-se de que não basta ler ou assistir as videoaulas. Nosso aprendizado é
mais eficiente quando fazemos exercícios para praticar. Aproveite as
oportunidades que aparecerem e dê o seu melhor.
No início desta fase você vai precisar do conteúdo do site. Assim, poderá
projetar um site eficiente para o conteúdo devido. No entanto, no design
participativo, onde aquilo que o usuário pensa é mais importante do que
aquilo que nós pensamos, devemos identificar como ele acha mais natural a
estrutura da informação. Além disso, para nós pode ser que uma palavra seja
mais comum para aquele conceito, mas os usuários do site não a conheçam
ou achem mais interessante outra palavra ou até mesmo uma gíria.
A arquitetura de
informação é a
atividade de
estruturar a
informação de uma
forma organizada.
Leia mais a respeito
em
http://pt.wikipedia.
org/wiki/Arquitetur
a_de_informa%C3%
A7%C3%A3o
Então, o web design irá pegar todos os dados coletados, ler todo o conteúdo
que o cliente entregou e começar a separar em grupos. Associe cada pedaço
de informação ao que aquele grupo tem mais haver. Não se preocupe com os
assuntos, eles vão aparecendo à medida que você for agrupando. Se um
grupo estiver com muito conteúdo, subdivida. A ideia é fugir da entropia, da
confusão.
Por incrível que pareça, a quantidade de dados pode não determinar a
quantidade de grupos. Podemos ter muitos dados sobre um determinado
24
Técnico em Informática
Competência 02
assunto e não podermos mais fragmentar. Assim como podemos ter poucos
dados, mas eles se relacionarem pouco, aumentando a quantidade de grupos.
Em todo caso, faça o máximo de grupos que puder.
Ao final, entenda do que se trata aquele grupo e sintetize em uma palavra.
Tenha o cuidado de deixar claro. Se for necessário utilize mais de uma. Faça
uma lista com essas palavras.
Exemplo:
Existe um conceito
que diz que todo
sistema que não é
submetido a uma
força que a
organiza, tende a
ser uma desordem,
ou seja, uma
entropia.
Nosso empresário tem pressa em ver algo pronto e não entende que não
podemos fazer um layout sem saber qual o conteúdo que terá. Com muita
conversa e jeitinho, ele aceita e solicita para sua assistente passar toda a
informação pública do artista para você. Descobrimos que o site possui pouco
conteúdo, mas existem muitas fotos e a agenda de shows. Agrupe todo o
conteúdo em agregados menores. Neste caso, temos informações pessoais
sobre o artista, sua discografia, muitas fotos e uma agenda relativamente
grande, sem esquecer de que ainda teremos que colocar um vídeo e um meio
de contato.
Biografia
Fotos Show
Agenda
Discografia
Fotos Backstage
Locais de Show
Fotos Artista
Promoção
Contato
Videoclipe
Twitter
Facebook
Instagram
Concurso
Recados dos Fãs
Fotos dos Fãs
Cartas dos Fãs
Contratar Show
25
Web Design
Competência 02
Vamos exercitar para melhorar o entendimento. Junte todo o material que você
pesquisou e procure algum conteúdo do negócio que você escolheu anteriormente.
Se seu amigo puder lhe fornecer o conteúdo, melhor. Mas, caso contrário, procure
algum conteúdo similar pelos sites na internet. Junte uma boa quantidade de
informação sobre o assunto. Pode ser em vários sites. Quando terminar, comece a
agrupar a informação. Fragmente o máximo possível. Depois, verifique em cada
grupo a palavra chave que sintetiza aquelas informações.
2.1 Card Sorting
Existem várias metodologias para classificação de informação. Uma das mais
conhecidas é o Card Sorting. Utilizaremos essa técnica para classificar as
palavras chaves. Seria o mesmo que reunir grupos.
Você pode se perguntar, mas não já fizemos isso? Pois é. Fizemos do nosso
ponto de vista, mas nosso design é participativo, lembra? O que achamos
melhor para nós pode não ser para nossos usuários. Nosso público alvo pode
não ter tanta intimidade com a palavra “e-mail” e simplesmente ignorar uma
parte vital de nosso projeto. Para eles algo como “Mande-nos uma
mensagem” seria muito mais compreensível. Além disso, podemos descobrir
pelo card sorting que o que achamos conveniente separar seja um empecilho
para o usuário.
O card sorting pode ser aberto ou fechado. Card sorting aberto é quando a
nossa amostra tem que achar o tema de relacionamento dos cartões. Amostra
é um grupo de pessoas que representa nosso público alvo, e por isso deve
pertencer a esse público. O número de pessoas da amostra varia: quanto
mais, melhor. O card sorting fechado é quando já temos uma boa ideia dos
temas e apresentamos a amostra. Nesse caso, ela classifica de acordo com
26
Técnico em Informática
Competência 02
nossos critérios. E qual usar?
Quando não entendemos o domínio do problema, ou não temos certeza,
podemos buscar os temas através da amostra utilizando card sorting aberto.
Isso nos dará uma pista de como o público alvo entende aquele conteúdo.
Mas se conhecemos bem o domínio, até somos parte desse público alvo,
podemos nos arriscar em definir os temas. O card sorting pode confirmar ou
negar o que imaginamos.
E como se faz?
Vamos utilizar o card sorting fechado por ser mais simples para os usuários.
Começamos fazendo cartões, e em cada um deles escrevemos uma palavra da
nossa lista e os temas. Afinal, as pessoas podem associar um tema a outro.
Também devemos ter folhas de papel, cada folha escrita com o nome de um
tema. Procuramos, então, as pessoas que farão parte de nossa amostra. Em
separado, a cada uma entregamos os cartões e pedimos para colocar em um
tema que ache adequado. Diga-lhe que pode sugerir novos temas ou criticar a
existência de uma palavra ou tema. Qualquer coisa que a amostra diga pode
ser importante para o sucesso do site. Registre o resultado de cada pessoa.
Figura 7 – Web desing realizando o card sorting fechado.
Fonte: www.rogeriopa.com/wp-content/uploads/2010/02/cardsorting_3.jpg
27
Web Design
Competência 02
Faça os cartões baseados em sua lista e os papeis com os temas. Procure dez ou
mais pessoas. Peça-lhes para classificar e dar sugestões. Anote a classificação dos
usuários.
2.1.1 Análise de Dados
Agora, vamos terminar esta parte verificando como a amostra percebe o
conteúdo. Contabilize a quantidade de cada palavra em cada tema. As que
tiverem maior quantidade serão as subpáginas de nosso site. Os temas serão
as páginas principais que dão acesso ao grupo de informação.
Exemplo:
Nossa amostra de fãs de música sertaneja não foi difícil de encontrar.
Poderíamos fazer com muitas pessoas e diminuir o risco de erro ou confusão,
mas nos limitamos ao tempo que tivemos para isso. Conseguimos alguns
brindes de divulgação com o empresário e distribuímos para quem participou
do card sorting fechado. O resultado da análise é mostrado na tabela abaixo.
Cantor
Biografia
Discografia
Música
Fotos
Vídeo
Agenda
Contato
Contratar
Twitter
Instagram
Facebook
Música
Discografia
Youtube
Fotos
Fotos Artista
F. Backstage
Fotos Show
Fotos Fãs
Vídeo
Videoclipe
Youtube
Agenda
Agenda
Locais Show
Contratar S.
Contato
Contato
Facebook
Twitter
Tabela 1 – Resultado da análise do card sorting.
Fonte: Próprio autor.
28
Técnico em Informática
Competência 02
A análise mostra que uma página sobre o cantor seria a página inicial. Durante
o card sorting algumas pessoas perceberam a falta de um canal no YouTube e
sugeriram o acréscimo. Outra ideia foi relativa ao conteúdo dos fãs. Eles
procuraram um tema Fã que não havíamos percebido antes e, por isso, os
rótulos sobre ele não aparecem. Como a área do fã é difícil de controlar,
deixamos de fora do conteúdo oficial.
Agora, é hora de experimentar a metodologia. Faça a análise em cima do card
sorting que você fez anteriormente. Escreva uma descrição com todas as
observações relevantes que a amostra forneceu. Tanto do que você percebeu na
classificação que fizeram, quanto nas ideias sugeridas de novos temas, cartões e
críticas.
Ok! Pegamos um todo informacional, classificamos da melhor forma,
verificamos se foi bem classificado, fizemos ajustes e hierarquizamos tudo. No
entanto, quando temos uma grande quantidade de conteúdo, pode ser difícil
para o usuário achar aquilo que quer rapidamente. Existe um risco de ele se
cansar e abandonar o site sem voltar. Na próxima sessão vamos conhecer
algumas formas de melhorar o acesso à informação.
2.2 Sistema de Navegação
Vimos no início de nossa jornada que um site é um conjunto de páginas sobre
um tema. No entanto, podemos ter um número necessário, porém, exagerado
de páginas e, por mais fragmentada e hierarquizada que a informação esteja,
pode-se levar um tempo relativamente alto para achar aquilo que se deseja.
Ou, pior, não achar e supor que a informação não exista.
Um sistema de navegação em um site ajuda a encontrar aquilo que queremos
no menor tempo possível. E o melhor sistema de navegação é aquele que não
29
Web Design
Competência 02
se percebe ao usá-lo. Assim, não precisamos nos preocupar como funciona a
navegação a cada site que acessamos.
Com os games funciona de modo oposto. Para quem já jogou em um vídeo
game, a primeira coisa a fazer é aprender como navegar por ele. A cada jogo
uma nova forma de navegação. No entanto, alguns são parecidos e com isso o
aprendizado pode ficar mais fácil. É justamente neste ponto que queríamos
chegar.
Existe uma coleção de elementos de navegação que já são conhecidos dos
usuários da web. Podemos utilizá-los em nosso site para tornar a navegação
mais eficiente. Como eles existem em diversos sites, o usuário só tem que
aprendê-los uma vez e se concentrar na informação e não na navegação.
Mas não vamos apenas copiar algo que já existe. Você deve usar o bom senso
para saber o que usar e quando usar. Com a experiência, a tarefa ficará cada
vez mais fácil. Abaixo, temos uma lista de princípios que podem lhe ajudar.







Apreensível: fácil de aprender;
Consistente: não apresentar erros ou falhas;
Reagente: responder apropriadamente aos comandos do usuário;
Propositivo: indicar alternativas claras de navegação;
Econômico: chegar ao que quer com menos cliques;
Claro: ser de fácil entendimento;
Adequado: o usuário deve sentir que aquele site foi feito para ele.
Vamos agora conhecer, afinal, quais são estes elementos.





Marca;
Barra de navegação;
Menu drop-down;
Bread crumb;
Conteúdo cruzado;
30
Técnico em Informática
Competência 02






Erro 404;
Passos;
Paginação;
Abas;
Camadas;
Nuvens de tags.
Estas são as mais comuns, mas esta lista pode ser modificada com novas
formas de navegação. Enquanto isso não acontece, vamos ver uma a uma,
assim você pode começar a imaginar quais usará em seu projeto. Utilizaremos
um site de comércio eletrônico, que normalmente possui uma grande
quantidade de informações fragmentadas e utiliza vários elementos de
navegação.
2.2.1 Logotipo
Você também pode encontrar como marca e logomarca. O uso mais comum
do logotipo é como uma imagem no canto superior esquerdo. Ajuda a
identificar o site e serve de link para retornar a primeira página do site.
Chamamos esta página de “home”.
Figura 8 – Observe o retângulo vermelho no canto superior esquerdo destacando a marca do Walmart.
Fonte: www.walmart.com.br/
31
Web Design
Competência 02
2.2.2 Barra de Navegação
A barra de navegação pode ser global ou local. Na barra global temos os
temas mais abrangentes, mais superiores na hierarquia. A partir dele temos a
barra local que classifica os subtemas daquele tema. As duas barras
normalmente funcionam em conjunto quando temos uma subclassificação.
Figura 9 – O retângulo vermelho horizontal é a barra de navegação global. Ao entrar na sessão
‘Eletrônicos’ vemos no lado esquerdo a barra de navegação local.
Fonte: www.walmart.com.br/departamento/eletronicos/317
2.2.3 Menu Drop-Down
Ao posicionarmos o ponteiro do mouse em cima de uma sessão, é
apresentado um menu perto do ponteiro com opções contextualizadas.
32
Técnico em Informática
Competência 02
Figura 10 – Neste caso, vemos que além de um menu, a caixa oferece um produto de maior aceitação.
Fonte: www.walmart.com.br/
2.2.4. Bread Crumb
A tradução literal é ‘migalhas de pão’, mas não significa que vamos comer em
cima do teclado. Este termo foi utilizado porque na história de João e Maria,
coletada pelos irmãos Grimm, uma trilha de migalhas de pão foi deixada para
que eles pudessem achar o caminho de volta. A ideia é mostrar ao usuário
onde ele está e quais caminhos seguiu através de links.
Figura 11 – Observe que o bread crumb começa com um ícone de uma casa, que leva a home, temos
então a sessão ‘Eletrônicos’ e estamos na sessão “TV 3D”.
Fonte: www.walmart.com.br/categoria/eletronicos/tv-3d/?fq=C:317/1722/&PS=20
2.2.5 Conteúdo Cruzado
Quando o usuário está em uma página, uma série de links é oferecida como
opções para continuar a leitura. Normalmente, um sistema programado
verifica o comportamento do usuário para realizar uma sugestão. Mas nada
33
Web Design
Competência 02
impede da sugestão ser feita com links estáticos.
Figura 12 – Observe que estamos vendo um produto e na mesma página, logo abaixo, são sugeridos os
links para outros produtos relacionados.
Fonte: www.walmart.com.br/produto/Eletronicos/TV-3D-LG/LG/380832-TV-LED-32LA613B---Preta--LG
2.2.6 Erro 404
Quando um servidor não encontra a página solicitada pelo usuário é gerado
um erro de código 404. Os servidores permitem configurar uma página para
dar essa informação ao usuário. Tratando a página com a identidade visual do
site mostramos seriedade ao serviço.
Figura 13 – Esta página de Erro 404 transmite a mensagem de uma forma mais simpática.
Fonte: www.walmart.com.br/produto/Eletronicos/TV-3D-LG/LG/380832
34
Técnico em Informática
Competência 02
A página com o erro deve ser nomeada de uma forma aceita pelo servidor.
Normalmente a página é a 404.html. Faça esta página e a deixe na raiz de seu site.
Caso ela não exista, a página padrão do servidor para este erro é mostrada.
2.2.7. Passos
Quando a informação que o usuário quer deve ser obtida seguindo uma
sequência de páginas, devemos informar a ele quais são os passos, em que
passo está e quanto falta para conseguir finalizar. Isto é o que acontece
quando vamos encerrar uma compra em um site de comércio eletrônico.
Figura 14 – Para finalizarmos uma compra é necessário primeiro nos identificarmos, informarmos o
endereço de entrega e a forma de pagamento.
Fonte: www2.walmart.com.br/checkout/content/#chooseAddress
2.2.8 Paginação
Quando a informação solicitada pelo usuário é muito grande, podemos dividir
em páginas e oferecer controles para avançar, retroceder e selecionar uma
35
Web Design
Competência 02
determinada página.
Figura 15 – O retângulo de contorno preto destaca os controles de paginação.
Fonte: http://busca.americanas.com.br/busca.php?q=tablet
2.2.9 Abas
As abas oferecem um acesso rápido a uma sessão, além de informar quais
existem e onde o usuário está. É uma solução de navegação bem elegante
quando não temos muitas sessões.
Figura 16 – Na exibição do produto as abas são exibidas para mostrar detalhes informacionais sobre ele.
Fonte: www.walmart.com.br/produto/Tablets/Tablets-KIDS/Oregon/403042-Tablet-Meep-Oregon
2.2.10 Camadas
Em alguns momentos uma determinada informação é necessária, ou se
destaca perante as outras. Quando queremos sobrepor àquela informação às
36
Técnico em Informática
Competência 02
outras, podemos utilizar a navegação em camadas. Dessa forma, temos duas
camadas uma em cima da outro. Na camada superior a informação é mais
visível que na camada inferior. Observe o efeito na Figura 17.
Figura 17 – Neste exemplo, para prosseguir com o processo de compra é exigida a identificação do
usuário.
Fonte: www2.walmart.com.br/checkout/content/#chooseAddress
2.2.11. Nuvem de Tags
Normalmente utilizado em blogs que categorizam o conteúdo através de
palavras chaves, a nuvem de tags exibe um conjunto de palavras mais
acessadas variando seu tamanho pela quantidade de acesso. Para sua
produção é necessário que ela seja programada.
Figura 18 – Nuvem de tags. Cada palavra é um link para uma pesquisa sobre aquela palavra no blog.
Fonte: http://markun.com.br/memoriacoletiva/wp-content/uploads/2011/02/tags2702.png
37
Web Design
Competência 02
2.3 Sistema de Busca
A busca é uma alternativa ao sistema de navegação que vimos anteriormente.
O usuário digita uma palavra-chave, é feita uma busca em um banco de dados
e retornado os links relacionados a ela. Este tipo de sistema deve ser
programado e não está no escopo deste curso. Mas existem empresas que
oferecem o serviço, tanto gratuito quanto pago. Cada empresa tem sua forma
de instalação do sistema em seu site e não seria possível descrevê-las aqui. A
escolha de um serviço também não é conveniente pela velocidade com que
serviços nascem e morrem na internet. Mas se for tão importante para seu
cliente, faça uma pesquisa e estude na página do desenvolvedor o modo
como deve ser instalado o serviço.
Figura 20 – Campo para busca no site. O resultado é uma listagem de links relacionados.
Fonte: www.walmart.com.br/
Com isto finalizamos esta competência. Estude as formas de navegação e
decida adequadamente qual delas utilizará. Não é necessário usar todas e
quanto menos conteúdo, menos necessárias elas serão. Lembre-se de que em
design menos é mais. Mas não deixe seu site carente de formas de navegação.
38
Técnico em Informática
Competência 03
3.COMPETÊNCIA 03 | CONHECER OS
REPRESENTAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DE WEBSITE
MODELOS
DE
Em nossa quarta competência, vamos definir a estrutura do site utilizando
conceitos de arquitetura. Mas não é a arquitetura de construções e sim a
arquitetura da informação.
Arquitetura da informação é a ciência que estuda a disposição dos elementos
na página, a estrutura de navegação e o conteúdo delas. Existem vários livros
com técnicas e metodologias sobre o assunto. Mas como nosso tempo para
esta competência é limitado, ficaremos com as que considero mais
importantes: Mapa do site e Fluxo de Navegação.
3.1 Mapa do Site
O mapa do site ajuda a reconhecer a estrutura geral do site webs e aplicações.
Quanto mais conteúdo tem um site, navegar por ele pode ser extremamente
complicado e o mapa do site ajuda na identificação de sua hierarquia e
conexões.
Quer aprender mais
e ser um
profissional
melhor? Acesse o
link abaixo para ler
mais sobre
Arquitetura de
Informação.
http://pt.wikipedia.
org/wiki/Arquitetur
a_de_informa%C3%
A7%C3%A3o
Podemos utilizá-lo para explicar à equipe que irá desenvolver o site, como é
sua estrutura, mas também podemos mostrar ao cliente para ele
compreender a complexidade do projeto, e não para por aí. Ainda podemos
usar no próprio site para ajudar a localização do conteúdo procurado.
O mapa do site é uma maneira visual e simples de exibir as partes de um
website como um todo, fornecendo um panorama da navegação dele e, em
alguns casos, mostrando todas as conexões de cada página.
39
Web Design
Competência 03
Figura 21 – Mapa do site de um estúdio de design no formato hierárquico.
Fonte: Próprio autor.
Figura 22 – Mesmo mapa do site da Figura 21, em formato tópicos.
Fonte: Próprio autor.
40
Técnico em Informática
Competência 03
Repare pelos exemplos que através de uma representação gráfica
entendemos rapidamente a estrutura do site. Os elementos ou as páginas
podem ser dispostos de maneira hierárquica ou ainda mostrados em uma
estrutura de tópicos.
Exemplo:
Baseado na tabela resultante de nossa análise no card sorting, fizemos um
mapa do site e apresentamos para nosso cliente empresário. Assim, ele
reconheceu as novas ideias e até se surpreendeu, pois achava que era mais
simples, e ajudou no reconhecimento do valor.
Existem alguns
aplicativos online
gratuitos que você
pode utilizar para
fazer seu mapa de
site. O Write Maps
é um deles. Acesse
o link abaixo para
experimentá-lo. As
imagens ilustrativas
desta sessão foram
produzidas nele.
http://writemaps.c
om/
Figura 23 – Exemplo de mapa do site.
Fonte: Próprio autor.
Sua vez! Pegue sua análise e faça seu diagrama. Utilize a aplicação que você se
sentir mais confortável.
Uma vez que sabemos a quantidade de páginas e como elas estão dispostas
temos que entender o fluxo de navegação.
41
Web Design
Competência 03
3.2 Fluxo de Navegação
Também conhecido como Fluxo de Tarefa é uma técnica que identifica
caminhos ou processos que o usuário fará enquanto avança na utilização do
website ou sistema.
Figura 24 – Exemplo de Fluxo de Tarefa
Fonte: http://iainstitute.org/pt/translations/garrett_visvocab-fig07.gif
Em 2000, Jesse James Garrett, iniciou o desenvolvimento de uma biblioteca
de vocábulos visuais. Seu objetivo era ter uma formalização de diagramação
para fluxos de navegação.
Esta biblioteca de vocábulos visuais é simplesmente um conjunto de símbolos
que compõem um diagrama, baseado em um modelo conceitual para prover:



Caminhos para o usuário do website;
A movimentação do usuário ao longo desses caminhos através de ações;
Ações que geram resultados na navegação.
Agora, vamos ver cada um destes símbolos para gerarmos nossos diagramas.
3.2.1 Páginas, Arquivos e Conjuntos
A página é a unidade básica de experiência do usuário na Web. No diagrama é
representada como um retângulo simples. Ela corresponde ao que o usuário
recebe em seu navegador e pode ser feita das seguintes maneiras:
42
Técnico em Informática
Competência 03
 Através de vários arquivos HTML (como no caso de uma página que
contém um iframe - veremos em outra competência o que são iframes)
 Ou quando temos um sistema programado (tomando como exemplo o
PHP, vários arquivos PHP podem produzir apenas uma página). Então, este
retângulo seria a representação da página que o usuário vê.
Mas, às vezes, o usuário pode solicitar o download de um arquivo que será
visto fora do navegador. Os anexos de e-mail são um bom exemplo desse tipo
de documento. Chamamos esse tipo de documento de 'Arquivo' e para
representá-los é utilizado o ícone de documento com uma orelha dobrada.
Para representar um grupo de páginas com a mesma funcionalidade,
utilizamos o símbolo de pilha de páginas. Da mesma forma com vários
arquivos.
Para distinguir as páginas e os arquivos no diagrama, utilizamos rótulos com
uma identificação para cada um. Apenas escreva o nome do identificador no
meio.
Observe os exemplos na Figura 24 e um exemplo com rótulos na Figura 23.
Figura 25 – Da esquerda para direita: página, arquivo, conjunto de páginas e conjunto de arquivos.
Fonte: http://iainstitute.org/pt/translations/garrett_visvocab-fig01.gif
3.2.2. Conectores e Setas
Os hiperlinks que levam de uma página a outra são simbolizados no diagrama
por linhas que conectam os elementos. A forma hierárquica é mais organizada
e pode demonstrar que o usuário pode ir da página de cima para as opções
43
Web Design
Competência 03
abaixo.
Figura 26 – Da esquerda para a direita: a forma hierárquica, também chamada de árvore; e a forma
aleatória.
Fonte: http://iainstitute.org/pt/translations/garrett_visvocab-fig02.gif
Quando temos uma relação direcionada, como no exemplo da competência
anterior, no item 3.3.7 PASSOS, onde o usuário segue em uma direção,
utilizamos uma seta para demonstrar isso.
Quando o direcionamento é forçado, ou seja, é obrigatório seguir em um
sentido apenas, utilizasse uma barra cortando a seta no ponto sem retorno.
Se o conector termina em outro conector, colocamos a seta no meio inicial do
conector. Observe o exemplo na Figura 26.
Figura 27 – À esquerda, acima: conector com seta indicando o provável caminho do usuário. À
esquerda, abaixo: caminho com impossibilidade de retorno. À direita: conector com seta que termina
em outro conector.
http://iainstitute.org/pt/translations/garrett_visvocab-fig03.gif
Podemos também rotular os conectores para tornar mais clara a relação. No
entanto, deve-se utilizar de forma moderada.
44
Técnico em Informática
Competência 03
Figura 28 – Exemplos de rótulos em conectores.
Fonte: http://iainstitute.org/pt/translations/garrett_visvocab-fig04.gif
3.2.3. Conjunto Corrente
Você já clicou em um link em que apareceu não só a página, mas também um
pop-up, ou até mesmo outra página? Acredito que para a maioria dos
usuários da web isso aconteceu. Quando temos a situação descrita, a
representação se dá através de um semicírculo em cima do conector. Veja o
exemplo na Figura 28.
Figura 29 - Diagrama que mostra uma página com instruções sendo aberta e
um arquivo sendo baixado, tudo isso aconteceu com apenas um clique em
um link na página acima.
Fonte: http://iainstitute.org/pt/translations/garrett_visvocab-fig05.gif
3.2.4 Separações
Às vezes, o diagrama pode ficar gigante e não caber no papel. Podemos
interromper um diagrama por falta de espaço e seguir em outra folha através
45
Web Design
Competência 03
de pontos de continuação. Os pontos são representados por colchetes com
um rótulo que identifica a continuidade. Temos um exemplo simples na Figura
29.
Figura 30 – À esquerda, temos um diagrama com um ponto de continuação indicando a sequência na
página D, em outro diagrama. À direita, temos a continuação do diagrama e outro ponto de continuação
indicando a volta.
Fonte: http://iainstitute.org/pt/translations/garrett_visvocab-fig06.gif
3.2.5 Áreas e Áreas Iterativas
Para representar um grupo de páginas que possui um ou mais atributos
comuns, como um determinado tratamento estético ou o aparecimento de
uma mensagem, contornamos as páginas com um retângulo de cantos
arredondados e um rótulo.
Figura 31 – Exemplo de uma área com uma janela pop-up em comum.
Fonte: http://iainstitute.org/pt/translations/garrett_visvocab-fig07.gif
Você pode ter um catálogo de produtos em que cada produto tem várias
páginas associadas a ele. Você pode desenhar uma estrutura para cada
produto, mas por que perder tempo? Em vez disso, use o elemento de área
iterativa, que é um conjunto de retângulos de bordas arredondadas.
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Técnico em Informática
Competência 03
Figura 32 - Um exemplo de uso de área iterativa para representar uma estrutura que se repete
num catálogo de produtos.
Fonte: http://iainstitute.org/pt/translations/garrett_visvocab-fig08.gif
3.2.6 Sistemas Programados
Este curso se limita ao projeto de páginas estáticas, como vimos na
introdução. No entanto, o web design pode participar de um projeto onde
programadores desenvolvem um sistema que gera as páginas para o usuário.
Nesse caso, conhecer conceitos de programação, como estruturas
condicionais, se torna necessário. Como não faz parte do escopo desta
disciplina, não abordamos os vocábulos referentes ao assunto.
3.2.7 Exemplo de Diagrama
Dando continuidade a nossa sequência de exemplos, abaixo temos o
diagrama feito para o site de nosso cantor. Talvez você tenha até percebido
que não colocamos um vocábulo referente ao arquivo de vídeo do cantor, que
o nosso empresário quer tanto mostrar. Isto acontece porque não vamos
dispor o arquivo para download por conta dos diretos autorais. Planejamos
mostrá-lo na página inicial e, por isso, tanto a página principal quanto o vídeo
estão representados como o conteúdo recebido no vocábulo ‘principal’.
Você pode ampliar
seus
conhecimentos,
lendo o artigo
original em
português e
descobrindo os
vocábulos para
sistemas web neste
link:
http://iainstitute.or
g/pt/translations/0
00332.html
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Web Design
Competência 03
Existem diversas
ferramentas que
podem ser
utilizadas para gerar
um diagrama como
o que está acima.
Uma boa
ferramenta online e
gratuita, a qual foi
utilizada para gerar
este exemplo, pode
ser acessada em
www.gliffy.com
Figura 33 – Diagrama de nosso site de exemplo.
Fonte: Próprio autor.
Agora é com você. Dê continuidade ao que você já fez anteriormente. Caso não
tenha feito, terá que realizá-los antes que possa continuar. Lembre-se de que
fazendo os exercícios é que se aprende de verdade.
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Técnico em Informática
CONCLUSÃO
Encerramos a primeira parte desta competência, o planejamento.
Mergulhamos no universo do problema, conhecendo sobre o cliente, usuários
e até os funcionários. Fizemos uma análise do conteúdo utilizando técnicas
consagradas do mercado e definimos a complexidade do site. Agora, temos
um esqueleto do site, sabemos quanto trabalho teremos e até podemos
explicar para o cliente por meio de diagramas, o que torna mais fácil a
compreensão.
No próximo caderno iremos nos concentrar na parte estética e na produção.
Conheceremos um pouquinho sobre formas e cores. Depois, aprenderemos os
padrões web para produção de sites.
Até lá.
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REFERÊNCIAS
ROBBINS, Jeninifer Niederst. Aprendendo Web Design: Guia para iniciantes,
3ª edição – Porto Alegre: Bookman, 2010.
KALBACH, James. Design de Navegação Web: Otimizando a experiência do
usuário, Porto Alegre: Bookman, 2009.
ZEMEL, Tácio. Web design responsivo: páginas adaptáveis para todos os
dispositivos, São
Paulo: Casa do Código, 2012.
SILVA, Mauricio Samy. HTML 5: A linguagem de
revolucionou a WEB, São Paulo: Novatec Editora, 2011.
marcação
que
SILVA, Mauricio Samy. CSS3: Desenvolva aplicações web profissionais com o
uso dos poderosos recursos de estilização das CSS3, São Paulo: Novatec
Editora, 2012.
SILVA, Mauricio Samy. Construindo sites com CSS e (X)HTML: Sites
controlados por folhas de estilo em cascata, São Paulo: Novatec Editora, 2008.
SILVA, Mauricio Samy. Criando sites com HTML: Sites de alta qualidade com
HTML e CSS, São Paulo: Novatec Editora, 2008.
SILVA, Mauricio Samy. JQuery - A Biblioteca do Programador Javascript, 2ª
Edição – São
Paulo: Novatec Editora, 2010.
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Técnico em Informática
MINICURRÍCULO DO PROFESSOR
Ewerton Mendonça é formado em Sistemas de Informação pela UPE e Design
pela UFPE, com mestrado em Ciência da Computação pela UFPE. Atualmente,
é professor da Faculdade de Ciências e Letras de Caruaru – FAFICA e professor
substituto no IFPE em Belo Jardim. Possui experiência na área de
desenvolvimento WEB e design gráfico desde 1998.
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