Capa SIGA A cidade do norte da Itália foi, por quase 20 anos, moradia de Leonardo da Vinci – presença que influenciou muitos pintores milaneses. Veneza os mestres Ferrara Próxima a outros centros relevantes, como Emilia, ali surgiu a Escola de Ferrara, que teve seu auge no séc. 15. Com obras vindas de 24 museus italianos, os principais artistas do Renascimento chegam amanhã (13) à cidade, em exposição no CCBB Nesta importante cidade renascentista, nomes como Bellini e Ticiano se destacaram por fazer uma pintura que valorizava mais as cores. Urbino Leonardo da Vinci, Rafael, Ticiano, Donatello, Tintoretto, Michelangelo, Botticelli. Poucos movimentos artísticos têm um lista tão grande de representantes conhecidos em todo o mundo, mesmo por leigos – o que é só uma das provas da importância histórica do Renascimento. A partir de amanhã (13), estes e outros artistas podem ser vistos na exposição Mestres do Renascimento: Obras-primas Italianas, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). São 57 obras dos séculos 15 e 16, em sua maioria pinturas, vindas de importantes museus e instituições da Itália, como a Galleria Borghese, de Roma, e a Gallerie dell’Accademia, de Veneza. “O Renascimento – com a perspectiva, o uso da luz e o novo papel do artista, que deixou de ser um artesão – mudou radicalmente a história ocidental”, afirma Alessando Delpriori, curador da mostra ao lado de Cristina Acidini. Pelos quatro andares do edifício, se- rão expostos trabalhos que revelam as manifestações renascentistas não apenas em Florença, seu principal centro, mas também nas regiões de Urbino, Roma, Veneza, Milão e Ferrara. Com reforço na segurança e na iluminação da rua, o CCBB ficará aberto a partir das 15h de amanhã (13) até as 21h de domingo (14), sem parar. É a ‘Virada Renascentista’ – iniciativa já testada durante a mostra sobre o Impressionismo, no ano passado. Nas próximas páginas, você conhece mais sobre o Renascimento nas diferentes regiões da Itália, confere detalhes sobre os bastidores para organizar uma exposição desse porte, e descobre curiosidades sobre algumas das principais obras da exposição. Tudo para aguçar (ainda mais) sua vontade de ver tantos mestres juntos. Marina Vaz ONDE: CCBB. R. Álvares Penteado, 112, Sé, 3113-3651. QUANDO: 7h/23h (sáb. e dom., 8h/23h; fecha 3ª). Inauguração: sáb. (13), 15h. Até 23/9. QUANTO: Grátis. O grande mecenas de lá, Federico de Montefeltro, era também governante da cidade – por isso, a arte, na época, era muito usada para representar ideais políticos. Roma Na cidade oficial do Papa, o Renascimento tem o apoio de pontífices como Leão X e Julio II – e ganha força para se espalhar pela Itália e por toda Europa. Florença Considerada o berço do movimento, ali surgiram os primeiros renascentistas, como o arquiteto Brunelleschi e o pintor Masaccio. A ORIGEM DE TUDO ● O Renascimento é marcado pela retomada de conceitos do naturalismo greco-romano, deixados de lado na Idade Média. ● Entre esses conceitos clássicos, está a busca por uma representação fiel da natureza e do corpo humano (comnoções de anatomia). ● Para isso, eles adotaram a perspectiva, dando ideia de tridimensionalidade, e passaram a valorizar a harmoniae a proporção. ● O uso da geometria e da matemática pelos renascentistas estabeleceu uma forte relação entre a arte e a ciência. ● Com isso, os artistas deixam de ser considerados meros técnicos e passam a servistos como intelectuais – algo que se mantém até hoje. ● A própria arte também ganhou mais autonomia – ela deixou de ser apenas um meio de se transmitir conceitos religiosos. Capa Milão