RELAÇÕES RELEVO-SOLO-VEGETAÇÃO DA ILHA DE MARAJÓ-PA Ana Maria Medeiros Furtado [email protected] Carmena Ferreira de França UFPa- [email protected] Márcia Aparecida da Silva Pimentel [email protected] Os estudos integrados dos recursos naturais, de grande importância para detectar as relações entre os mesmos, possibilitam uma visão mais clara para explicar a heterogeneidade existente dos solos e da vegetação em suas relações com o relevo. Como exemplo, podemos tomar os estudos levados a efeito pelo Projeto Radam e a sua produção cartográfica. O mapa pedológico inclui os grandes grupos de solo, cuja distribuição geográfica se superpõe com a compartimentação do relevo e da vegetação, em mapas temáticos de mesma escala. Faz-se alusão a possíveis fatores limitantes ao uso, como referencias às áreas de ocorrência, e percentual dos solos mais freqüentes. A área de estudo trata da ilha de Marajó na foz do Amazonas, cujas características fluvio-marinhas, a subdivide em dois ecossistemas: de mata e de campos naturais, estes ocupando 1/3 da ilha incluindo a savana parque nos níveis mais altos. A presença do mangue na contra-costa, mostra sua distribuição em planícies de maré, cujos solos e vegetação contrastam com os de várzeas, e das áreas marinhas. As formas de relevo assentam sobre os sedimentos do Quaternário antigo, e recente e em restos do Terciário Barreiras. São representados pelo Planalto Rebaixado da Amazônia (do Baixo Amazonas), correspondente ao Pediplano Pleistocênico no centro-sul da ilha com cobertura de floresta e enclave de savana parque.A outra unidade é a Planície Amazônica onde a quantidade de canais, paleocanais, furos, igarapés, meandros, lagos, etc, apresenta grande complexidade no sistema terra-água. Nestas áreas estão distribuídas os plintossolos, associados aos arenoquartizosos, alunviais e gleys pouco húmico. A presença de solos hidromorficos, halomórficos (solonchachs) indiscriminados de mangue mostram a diversidade dos solos e vegetação.As associações entre os solos se devem ao mapeamento em escala pequena (1:1.000.000).O trabalho inclui campo e utilização de fotografias aéreas e imagens de satélite.Nesta análise, ratifica-se a interrelação entre os elementos relevo-solo-vegetação, presentes em vários tipos de formas de acumulação e erosão na ilha. Palavras chaves: estudos integrados, relevo, vegetação, solos RELIEF – SOIL – VEGETATION RELATIONSHIPS OF MARAJÓ ISLAND – PA Ana Maria Medeiros Furtado [email protected] Carmena Ferreira de França [email protected] Márcia Aparecida da Silva Pimentel [email protected] The integrated studies of the natural resources of great importance for the detection of the relationships among themselves have enabled a clearer vision in order to explain the heterogeneity found in soils and vegetation in their relationships with the relief. As a major example, it may be considered the studies carried out by RADAM project. The pedologic map that was presented includes the great groups of soil which geographic distribution is superposed to the compartimentation of relief and vegetation, in maps with the same scale. Possible limitation factors to its use are referred as references to the areas of occurrence and percentage of most frequent soils. The study area is the island of Marajó at the mouth of the Amazon River which riverine-marine characteristics sub-divides it into two ecosystems: Forest and Natural Fields, occupying one-third of the island, including the savannah park at the highest levels. The presence of mangrove swamp at the counter-coast shows its distribution in tide plains which soil and vegetation contrast with the ones of meadows and the marine areas. The forms of relief lay over the sediments of the ancient and recent Quaternary and remains of the Tertiary “Barreiras”. They are represented by the Lowered Plateau of the Amazon (Low Amazon), corresponding to the Pleistocene Pediplan of the island center-south with a coverage of forest and portions of savannah park. The other unit is the Amazon Plains where the quantity of canals, paleo-canals, connections, igarapés, meanders, lakes, etc. presents a large complexity in the land-water system. In these areas, the Plintosoils are distributed associated to sandy-quartzous, alluvial and little humic gleys. The presence of hydromorphic, halomorphic (solonchachs) soils indiscriminately in the mangrove swamp shows the diversity of soil and vegetation. The associations amongst the soils are due to mapping at low scale (1:1,000,000). Work includes field and usage of aerial photographs and satellite images. In this analysis, it is ratified the inter-relation amongst the relief-soilvegetation elements present in several types of forms of accumulation and erosion in the island. Keys words: integrated studies, relief , vegetation, soils Introdução A ilha de Marajó, considerada a maior ilha flúvio-marinha do mundo, sempre esteve descrita em trabalhos de viajantes e naturalistas, que estiveram na Amazônia, sobretudo no Estado do Pará. Sua extensão aproximada de 49.000 km² a colocou em lugar de destaque no Arquipélago Marajoara ao qual pertence como sua maior ilha das dezenas existentes. Dos dezesseis municípios paraenses que fazem parte do arquipélago, doze integram a ilha de Marajó, que comporta duas microrregiões segundo o IBGE: a dos Furos de Breves, localizada na parte ocidental, e a dos Campos de Marajó, na parte oriental ( Figura 1) Figura 1 – Localização da Ilha de Marajó, Estado do Pará. Dentre algumas citações que merecem ser feitas estão os trabalhos de Huber, Le Cointe, Sioli, Santos, Soares, Ab`Saber, Sternberg, Vieira, Lima, Marbut realizados entre as décadas de 1940 a 1960. Alguns desses estudos inserem-se na coleção de Geografia do Brasil do IBGE, que em três décadas publicou os volumes sobre as macrorregiões brasileiras, no caso específico a Grande região Norte. Embora de grande alcance por sua divulgação regional o tratamento dado as temáticas: geologia, relevo, clima, hidrografia e vegetação foi totalmente setorizado com capítulos estanques referentes a cada assunto. No final da década de 1960 o Instituto do Desenvolvimento Econômico e Social do Pará (IDESP) foi o primeiro órgão a realizar estudos exclusivos sobre a Ilha do Marajó em convênio com a OEA através do acervo aerofotogramétrico até então inexistente. Estudos hidrogeológicos, pedológicos e inventários florestais passaram a ser feitos com o propósito dos primeiros estudos integrados. Em 1971 o Projeto RADAM ao efetuar o levantamento integrado dos recursos naturais da Amazônia o fez de modo a permitir por meio da restituição radargramétrica a comparação entre os elementos fisiográficos em caráter exploratório na escala de 1:1.000.000. A área em estudo está situada entre as coordenadas 0°28’ a 0°56”Lat Sul e 48°36’ a 50°45’ Long WGr. A Ilha constituída por terrenos de origem sedimentar recente em sua geologia superficial com restos do Terciário Barreiras, possui dominância do Quaternário Antigo e Recente e apresenta uma topografia que pouco ultrapassa os 15 metros de altitude. A compartimentação topográfica regional é assim representativa de duas unidades morfoestruturais do relevo amazônico: o Planalto Rebaixado da Amazônia (do Baixo Amazonas) e a Planície Amazônica (Figura 2). A primeira é representada em parte da ilha que corresponde à superfície do Pediplano Pleistocênico, o qual ocorre no centro-sul da área de estudo. Por sua vez a Planície Amazônica apresenta suas características peculiares, em decorrência da quantidade de elementos da geomorfologia fluvial e que condicionam o encharcamento de grande parte da ilha. Inclui a fácil penetrabilidade das marés, aliada a sua elevada pluviosidade, e seu caótico sistema hidrográfico.Este comporta rios que vertem ora para o canal sul e para o Oceano Atlântico( norte), para baia do Marajó (leste), rio Pará (sul) e Furo do Vieira Grande (oeste). O clima tropical úmido com temperatura média de 27°C tem por época mais chuvosa os meses de janeiro a junho, dominando o clima Af na classificação de Köppen. A variedade dos solos e da vegetação da ilha reflete seus dois ecossistemas: campos naturais na porção oriental abarcando 1/3 da área, e na porção ocidental o ecossistema de mata, distribuídos em 2/3 da ilha. A interrelação relevo-solo-vegetação se manifesta em função das suas condicionantes fisiográficas responsáveis pela presença dos seguintes solos: a) Solos bem drenados e bem desenvolvidos (Latossolo Amarelo), b) Solos hidromórficos indiscriminados e c) Solos em formação ou pouco desenvolvidos os quais retratam a baixa topografia e presença do hidromofismo. A vegetação por sua vez também vai refletir as características da topografia onde a cobertura vegetal apresenta espécies da terra firme e da várzea. Figura 2 – Mapa de unidades morfoestruturais da Ilha de Marajó (adaptado de DNPM 1974): 1 – Planalto Rebaixado da Amazônia; 2 – Planície Amazônica A área de estudo insere-se no domínio morfoclimático das planícies inundáveis recobertas por campos e dos planaltos amazônicos rebaixados e planícies revestidas por florestas densas. Considerando a importância desses estudos busca-se ratificar neste trabalho que na distribuição espacial das formas de relevo, solo e vegetação há uma grande interdependência entre os mesmos consoante as pesquisas que ora vem sendo realizadas no curso de geografia da Ufpa. Material e Métodos No sentido de se estabelecer a relação entre as formas de relevo, solo e vegetação da ilha do Marajó tornou-se necessária a confecção do mapa pedológico com as grandes grupos de solo que apresentam em associações uns com outros por questões de escala. Seguiram-se as observações de campo mediante análise de amostragem em fotos aéreas antigas de 1:20.000, mapas geomorfológicos e vegetação(1:1.000.000) da Folha SA-22 Belém, bem como a comparação entre os referidos mapas. Foram então conferidas as unidades pedológicas com os demais elementos da paisagem com os quais se relacionam. As observações na porção oriental ( área de campos), constaram de três visitas à área nos municípios de Soure, Salvaterra e Cacnhoeira do Arari e apenas uma na cidade de Breves na porção ocidental. A bibliografia consultada compreendeu trabalhos gerais sobre a ilha e especificamente os relatórios do IDESP, Projeto RADAM. A observação de perfis em trabalho de campo consubstanciou a presença dos tipos principais dos solos na área sendo assim possível correlacionar a distribuição geográfica destes com o relevo e a vegetação. O levantamento exploratório com base no Projeto Radam, embora com visões de maior detalhe pela consulta as fotografias aéreas específicas, expuseram as unidades de mapeamento, concernentes às associações de fases de grandes grupos, considerando as dificuldades de acesso a área. Resultado e Discussão De acordo com as unidades de relevo representadas: o Planalto Rebaixado do Baixo Amazonas (Pediplano Pleistocênico) e da Planície Amazônica, os terrenos da ilha se classificam dentro dos baixos níveis da terra firme (altos terraços) e das várzeas em suas generalidades. Pelas unidades fisiográficas descritas por Buringh (1960) a classificação de solos, que se vincula ao conhecimento geomorfológico da área, considerou as unidades com as associações de solos. Tais unidades são: terraços fluviais com Latossolos, e as planícies de inundação apresentando solos de várzea e igapós. Na Planície aluvial foram identificadas Solos Aluviais e Solos Hidromórficos indiscriminados e gleyzados como também a influência marinha que inclui os solos halomórficos indiscriminados de mangues e os solos quartzarenicos ou Neossolos. Nas áreas de terraços identificaram-se os Latossolos amarelos notadamente nas áreas do Pediplano Pleistocênico. Em geral, a maioria dos solos está presente nas formas de acumulação representadas por planícies fluviais, colmatadas, por sedimentos holocênicos, sujeitas à inundações pluviais. Entre as planícies fluviais e baixos terraços há ocorrência de lagos de barragens sujeitos à inundações periódicas, como também depressões arenosas inundáveis.Na porção oriental a planície aluvial está em fase de colmatagem e os Latossolos amarelos distróficos assentes nos terraços, são em geral de textura média, encontrando-se associados eventualmente a Neossolos distróficos, relevo plano e suave ondulado. Constituí a principal unidade de solos das áreas mais elevadas e também podem ocorrer associados a outros solos Hidromórficos ou não. Os Latossolos são solos não hidromórficos profundos bastante envelhecidos ácidos, e de boa drenagem. Pela observação deste tipo de solo em Salvaterra, em área de capoeira sua formação condiz com a litologia do Plioceno Barreiras, relevo plano, bem drenado etc. Considerando os condicionantes topográficos, há dominância dos solos Hidromórficos em ambos os ecossistemas: o de campos a leste da ilha, e o de mata a oeste da mesma. Há grande ocorrência dos Plintossolos (laterita hidromórfica) que nos anos 1970 foram estudados por Vieira. Tratam-se de solos altamente intemperizados, muito ácidos, de drenagem, ora moderada, ora imperfeita, tanto em função do material de origem e do relevo, de profundidade variável em função do lençol freático. São ricos em sesquióxido de ferro, pobres em húmus com mosqueado vermelho acinzentado, podendo apresentar concreções sob condições de umidecimento e ressecamento. Apresentam horizontes A1 e A2 e o horizonte B é considerado horizonte plintico. Os Plintossolos de várzeas são os mais comuns na ilha. Os solos halomorfos se caracterizam pelas áreas com influencia salina: os Solonchacs próximos ao litoral (alta saturação de sódio). Quanto aos solos indiscriminados de mangues, estes ocorrem sozinhos, ou associados à Gleys pouco húmicos eutróficos e distróficos e aos Neossolos. As caracterísitcas da natureza ambiental das classes de solos das áreas de estudo estão relacionadas na Tabela 1 e as associações de solo na Tabela 2. TABELA 1- Caracterização de natureza ambiental das classes de solos ocorrentes na Ilha de Marajó Classes de solos Relevo Drenagem Local Vegetação Latossolo Amarelo Plano suave Bem drenado Soure Savana parque ondulado Neossolos Plano Mal drenado Chaves e Soure Restinga Plintossolos Plano Mal drenado Ponta de Pedras Floresta Secundária Glay pouco úmico Plano Mal drenado Salvaterra Campos Solos de Mangue Plano Mal drenado Salvaterra Manguezais Hidromórficos Plano Mal drenao Breves Floresta Densa de indiscriminados Planície Aluvial Aluviais Plano Bem drenado Soure Floresta Ciliar Salinos Plano Mal drenado Soure Indiscriminado (solonchacks) LA3 Latossolos Latossolo amarelo distrófico. Textura média e areia, quartzozo. Relevo suave ondulado AQ 3 Areno-Quartzozo Neossolos areno-quartzozo ( areias quartzozas distróficos com plintossolos. Textura mais amarelada e neossolos marinhos. Relevo de planície. H4 Plintossolos Plintossolos hidromórficos distróficos. Textura indiscriminada e neossolos distróficos. Relevo plano –vegetação. Hl2 Plintossolos com Solonchacks. Textura indiscriminada. Relevo plano HL3 Plintossolo com gleys pouco Húmico, eutrófico e distrófico. Textura indiscriminada e solos aluviais eutróficos e distróficos, textura indiscriminada. Relevo plano. HG1 Hidromórficos Glayzados Solos Gley eutróficos. Textura argilosa e solos aluviais eutróficos e distróficos. Relevo Plano. HG2 Idem textura indiscriminada. Solos aluviais eutróficos e plintossolos HG3 Solos gley eutróficos. Textura argilosa e solos aluviais eutróficos e distróficos. Relevo Plano. Hidromórficos indiscriminados H11 Hidromorficos indiscriminados eutrófiocs. Textura argilosa e solos aluviais eutróficos e distróficos. Textura média. Relevo plano. H12 Solos Gley eutróficos e distróficos. Textura indiscriminada. Textura aluvial eutrofizada e distrófica. Textura indiscriminada. Relevo Plano e Plintossolos.(Laterita Hidromórfica) H13 Hidromórficos indiscriminados eutróficos e distróficos. Textura indiscriminada e Solonchackas, textura indiscriminada. Relevo Plano H14 Solos hidromórficos indiscriminados eutróficos e distróficos. Textura indiscriminada. Latossolo amarelo distrófica; Textura média e areias e Neossolos distróficos. SK Hidromórficos Solonchacks. Textura individualizado. Relevo Plano SMi Solos indiscriminados de mangue. Textura indiscriminada. Relevo plano. SM2 Solos indiscriminados de mangue. Textura indiscriminado Gley pouco húmico eutrófico e distrófico, textura indiscriminada e Neossolos (areias quartzozas marinhas distróficas). TABELA 2- Associações de Solo da Ilha de Marajó. A heterogeneidade da vegetação da Ilha de Marajó, em suas relações com o relevo e o solo apresenta uma extensa área aluvial campestre na porção oriental da ilha. São campos naturais que permanecem inundados a metade do ano, sobretudo entre os meses de janeiro a junho. Esta área tem em seu interior o Lago Arari, que igualmente enche, ou diminui sua vazão respectivamente nos períodos chuvoso e seco. Em torno do lago estão presentes áreas de acumulação flúvio-lacustre, periodicamente inundáveis, drenagem com canais anastomosados, algumas lagoas e áreas de igapó. Este lago como o rio do mesmo nome, constituem as principais unidades hidrográficas da região dos campos. A sudeste da ilha manchas de savana-parque ocupam área de tesos com solos pobres ainda no ecossistema de campos, mapeados pelo Projeto RADAM, Dias e Furtado et al .Algumas dessas manchas mais esparsas, estão também presentes ao norte e leste da ilha, as quais justificam condições climáticas pretéritas como também de influência antrópica. Ainda na porção oriental, outras formações pioneiras são freqüentes como os manguezais, a vegetação densa de planície aluvial e a vegetação do litoral considerando-se que os tipos de vegetação pioneira ocupam solos em processos de formação, e que incluem os modelados de acumulação sob influência marinha, flúvio-marinha ou fluvial. Dentre essas, nas áreas de praia estão presentes a vegetação de restinga, sobre solo arenoso, a qual representa o papel de manutenção das dunas. Em linhas gerais e segundo o Projeto RADAM, existem na Ilha três regiões ecológicas, tais como: a Região do cerrado que inclui a sub-região dos tesos de Marajó, cujo ecossistema é a savana parque. A segunda região ecológica é a das Formações pioneiras da sub-região do Baixo Amazonas e do Litoral, apresentando, respectivamente, a formação aluvial campestre e arbustiva e no litoral os manguezais que constituem a vegetação flúviomarinnha. A terceira região ecológica é a de floresta densa na região dos Furos de Breves, representadas pela floresta densa de planície aluvial, e floresta densa dos baixos platôs. Conclusões No contexto geral, ao qual se procurou, dar um caráter integrativo a este estudo, infere-se que o relevo apresenta uma relação da maior importância, na distribuição dos solos da ilha, considerando as baixas topografias existentes, e a influência destas na drenagem quase sempre anastomosada. A estes aspectos se aliam, a grande pluviosidade regional, responsável pelos períodos de cheias, agravados pelo difícil escoamento das águas pluviais e fluviais e que acarretam não só o hidromorfismo dos solos, como a variedade de espécies vegetais de natureza aquática e terrestre. Na unidade geomorfológica da Planície Amazônica, destacam-se os campos pouco e muito alagáveis (mondongos),os quais detém os vários tipos de cobertura de natureza campestre. Em linhas gerais, a vegetação apresenta não só relações com relevo e solo, como também com os demais elementos fisiográficos, paleogeográficos e antrópicos. Referências Bibliográficas AB´SABER, A.N. – Problemas geomorfológicos da Amazônia brasileira. In Amazônia do Discurso à Práxis. São Paulo. Edusp, 2004 BURINGH, P The applications of aereal photographs in soil surveys. In: American Society of Photogrammetry. Manual of phtotographic interpretation. Washington.1960 p. 633-666. DIAS, S.F. et al Mapa Fitogeomorfologico do estado do Pará- IDESP 1981 FURTADO, A. M. M et al. Distribuição espacial das manchas de savana parque no município de Salvaterra, Ilha de Marajó, Pará. In: VI Simpósio Nacional de Geomorfogia, Goiânia, 2006. HUBER, J. Contribuição à geografia física dos furos de Breves e da parte ocidental do Marajó. Rio de Janeiro. Ver. Brasileira de Geogarfia, vol5. n° 3, PP 449-474. INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL DO PARÁ(IDESP). Estudo integrados da Ilha de Marajó. 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