DECIFRANDO O ARquEômEtRO

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Orlando Souza dos Santos Junior
DECIFRANDO O Arqueômetro
ASTROLOGIA E ALQUIMIA
AS CHAVES DOS povos da antiguidade
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© by Orlando Junior – 2009
Ficha Técnica
Revisão
O Autor e Cristiane França
Diagramação
Cláudia Gomes
Arte da capa
Thiago Sarandy
Supervisão
Tagore Alegria
Impressão
Thesaurus Editora
ISBN: 978-85-7062-904-3
S237d
Santos Junior, Orlando Souza dos
Decifrando o arqueômetro – astrologia e alquimia; as
chaves dos povos da antiguidade / Orlando Souza dos Santos
Junior. – Brasília : Thesaurus, 2009.
222 p. ; il.
CDU 133.5
CDD 130
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parte deste livro pode ser reproduzida ou transmitida de qualquer forma ou por qualquer meio,
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Composto e impresso no Brasil
Printed in Brazil
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Dedico este livro às pessoas que trazem dentro de seus
corações a esperança de construir um mundo melhor, liberto
das mazelas que aprisionam as mentes, possibilitando o despertar de caminhos que irão se constituir em novas opções
para as gerações vindouras.
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SUMÁRIO
Prefácio – O conhecimento - O sagrado...............................
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Capítulo I
Visão do mundo e da vida. Os pilares da vida: Filosofia,
Arte,Ciência e Religião......................................................... 17
Capítulo II
A vida das antigas sociedades. A vivência dos povos da antiguidade. As sociedades patriarcais............................................. 39
Capítulo III
O planisfério arqueométrico. O Arqueômetro de Saint Yves
d’Alveydre............................................................................ 45
Capítulo IV
Os símbolos como instrumento das antigas sociedades.
A guarda da sabedoria.......................................................... 61
Capítulo V
O entendimento do uno. Pensamentos e origens dos fatos.... 71
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Capítulo VI
A hermenêutica, mistérios das mandalas. Crenças e hábitos das
sociedades dos cultos solares. O ser integral, a Astrologia para
os antigos sacerdotes............................................................ 93
Capítulo VII
A construção gradativa da mandala. Fundamentos hermético.
Planisfério Arqueométrico de Rama...................................... 105
Capítulo VIII
A formação do alfabeto. Ideografia e geometria. Constituição
morfológica harmônica......................................................... 125
Capítulo IX
As transformações dos símbolos. Formas, imagens e as vivências
nas significações................................................................... 141
Capítulo X
A montanha dos adeptos. Alquimia, Astrologia e Magia.......... 169
Capítulo XI
Os mistérios dos números. Uma visão qualitativa. A constituição
dos números na mandala ..................................................... 185
Capítulo XII
A chave do templo. Um conto............................................... 209
Bibliografia........................................................................... 221
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Prefácio
O conhecimento - O sagrado
“É o veemente desejo oriundo do amor à posse; é este o
maior inimigo do homem, vítima da ignorância, que o leva
a perdição.
Assim como a chama é envolta em fumo; como espelho se
cobre de pó; como o embrião é circundado pela membrana
no seio materno – assim é o Eu do homem envolto pelos
desejos do mundo objetivo.
Até o sábio, ó Arjuna, é tentado pelo fogo do desejo, seu
contínuo inimigo, que, com disfarces vários, a alicia.
Os sentidos, o intelecto e as emoções são o habitáculo
desses desejos objetivos; são eles que anuviam a razão e
roubam ao homem que a eles sucumbe à luz do conhecimento.
Pelo que, nobre herói dos lutadores, controla teus sentidos
e governa seu coração! Supera esse mundo objetivo, que
instiga ao mal e destrói a sabedoria”.
Krishna
(Bhagavad-Gitá)
A
história da humanidade está cercada de mistérios, muitos
enigmas que fomentam a sede do saber. Estudar e expor
o assunto não são tarefas fáceis, pois mensurar a ordem dos
conteúdos e dispor tais saberes de forma harmônica, ordenada e criar canais, que permitam um bom entendimento e
compreensão dos fatos requer uma aproximação gradativa da
capacidade de assimilação destes conhecimentos, atingindo a
exposição dos diversos graus que identificam as descrições
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Orlando Junior
dos saberes na forma superlativa, relativa e objetiva, como
afirmava o próprio Saint Yves d’Alveydre nos capítulos do
livro “O Arqueômetro”.
Estes fatores exigem uma perspicácia na forma de elucidar os fatos, visando clarificar as idéias expostas para que
os leitores possam vislumbrar algumas faces diferenciadas
dessa imensa variedade de situações que os antigos mistérios
nos oferecem, mas o desafio acaba por impulsionar a disseminação do conhecimento, percorrendo os primeiros passos,
adentrando os portais que possibilitarão o acesso aos conteúdos esotéricos, que permitirão as montagens das chaves
primárias que, devidamente ordenadas, funcionarão como
estruturas básicas para os entendimentos que levantarão os
véus que encobrem estes saberes.
Neste processo de apreensão do conhecimento posso
sentir dentro de minh’alma os sonhos dos neófitos ávidos
por adquirir novos ensinamentos , a busca de profundas percepções que ainda nutrem uma eterna certeza indescritível,
cerimonial e divina. Há muitos anos os estudos dos antigos
mistérios fascinam os que se encontram preparados para
a iniciação, conduzem a adentrar os contextos dos saberes
profundos, vivenciá-los e possibilitá-los à visualização da
convergência de muitos destes fundamentos.
As leituras e exercícios de algumas teorias, vivenciadas
nos planos metafísicos, nas esferas intocáveis, possibilitam
adentrar e confirmar as concepções de grandes filósofos, teorias dos ícones da psicologia, tratados de geometria, música,
física, teorias das escolas de mistérios, enfim, um sem número de conhecimentos, legados dos nobres ancestrais do nosso
mundo, onde certamente encontraremos pontos em comum
e conexões entre os pilares que sustentam esta sabedoria,
podendo comprovar que todo esse entendimento situa-se na
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base dos quatro pilares do conhecimento: a ciência, a filosofia, a religião e a arte. O desafio é contextualizar em uma raiz
de entendimento, que contenha uma ordenação linear com
início, meio e fim, pois a maioria das teorias encontra-se,
aparentemente, desconectadas ou fragmentadas, dificultando a assimilação do conhecimento.
A busca do conhecimento norteia a vida de algumas
pessoas, conduzindo-as às profundezas do inconsciente, pois
a alma do mundo, egrégoras dos antigos ancestrais já vivenciaram estas passagens, a relação mestre e discípulo, as escrituras sagradas, rituais e iniciações são provas incontestes
destas vivências. O fascínio pelos mistérios é guia ao compromisso de desvendar e revelar os segredos, uma espécie de
pacto firmado de geração após geração.
Neste livro encontram-se muitas passagens interessantes, um ensaio da relação para uma iniciação efetiva, um
discípulo imbuído da continuidade da aquisição do conhecimento, empenho firmado consigo, para despertar esta busca
e descobrir muitas histórias.
A verdade é que seria muito bom se todos pudessem
vivenciar experiências fascinantes como a de Krishna e Arjuna, Marpa e Milarepa, e outros mestres e discípulos, mas
certamente a realidade não é essa, por isso é muito importante frisar que tais relações ocorrem em diversos níveis, a
todo instante, até mesmo sem um mestre visível. Todos têm
um ponto em comum: a perpetuidade dos sagrados conhecimentos através dos tempos, cada qual com seu objetivo,
proporcionando o crescimento individual que culminará no
crescimento coletivo.
Evidenciar a importância dos estudos, as mais variadas teorias e as vivências de nossos ancestrais, este é o
grande objetivo deste livro, pois não traz fantasias ou fórmu-
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las mirabolantes, pelo contrário, serve como aviso aos que
desejam “fazer chover”, principalmente para os que tratam
os conhecimentos dos mistérios como propriedade privada
e esquecem-se dos princípios e regras contidas nos estudos
e práticas destes assuntos, muitas vezes desconhecendo os
reflexos de sua Lei.
Dentro desta Lei é preciso a compreensão dos fatos,
também é necessário saber o que deve ser velado, pois precisamos transpor gradativamente as barreiras do silêncio,
possibilitando a neutralização da ignomia, desenvolvendo e
aperfeiçoando os métodos, para alcançar a vivência destes
conhecimentos de forma ética, colocar em prática as ideologias e não escondê-las.
Não se pode brincar com assuntos sérios e muito menos ignorar suas consequências, precisa-se ter em mente o
que é necessário mensurar e o que se pode ou não ser revelado ao mundo profano, sabendo dosar as elucidações dos
conhecimentos místicos para que se dissolva a ignorância e
se promova o despertar de uma nova consciência, iniciando
quem se encontra no mundo dos passos perdidos. Estes fatos trazidos à consciência certamente possibilitarão a revisão
das posturas do ser humano para com o ser humano, e mais,
para com o planeta, pois somos parte de um todo.
Existe por detrás deste trabalho um imenso prazer em
disponibilizar informações para os sinceros amantes dos antigos mistérios, pois poucas obras tratam destes assuntos com
sinceridade e profundidade, possibilitando aos ocultistas o
acesso às informações valiosas, cabendo à seleção natural a
outorga que cada indivíduo traz consigo para avaliar e decifrar seus enigmas, fazendo uso desta sabedoria de forma madura e profunda, se responsabilizando pelos efeitos de suas
consequências.
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Aos investigadores que desejam fervorosamente desvendar os arcanos pode-se afirmar que, nessa busca existe uma imensa variedade de elementos profícuos, pois esta
obra não se destina a movimentos religiosos ou ocultistas,
que se julgam privilegiados, mas visa proporcionar o acesso
a pesquisadores sérios, permitindo a análise profunda dos
fundamentos do Arqueômetro, que possibilitam o resgate
e a reconstrução dos fragmentos de muitos conhecimentos
da antiguidade, propiciando a construção de saberes sólidos
que reforçam as convicções, unem as ciências, promovem o
entendimento filosofal, rediscutem as artes e consolidam o
sagrado na vida dos que tiverem o mérito de compreender
e praticar estas teorias, evidenciado a conquista do conhecimento que possibilita alcançar e receber, por mérito, a chavemestra destes saberes, abrindo as portas para um universo
que remete o ser humano a repensar as sociedades e seus
conhecimentos.
As vozes ressonantes dos grandes hierofantes ainda
ecoam pelo mundo através de seu verbo eterno, geração após
geração, as chamas sagradas dos preceitos herméticos iluminam os corações dos desejosos, ávidos por conquistar estes
saberes à sombra do carvalho, nas brumas da nossa ancestralidade.
Neste altar da vida, diante do grande templo da humanidade, ainda se pode ouvir os trovões que vêm de todos os
montes sagrados do mundo, o Verbo Divino que sustenta a
permanência da chama do saber, mantida século após século
pela misericórdia e benevolência de seres luminares, são joias
da sabedoria, que emanam seus brilhos perpétuos possibilitando acessos aos ensinamentos que funcionam como chaves, que abrirão as portas da morada divina, onde encontrase o legado destes Mestres Ancestrais que através dos ciclos
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angelicais, periodicamente, sensibilizam as almas que estão
prontas para receber as revelações.
Finalizando estas primeiras considerações, tomo emprestadas as palavras de Saint Yves d’Alveydre ao destacar o
dia da revelação do selo sagrado, arqueométrico, afirmando:
“Quando os primeiros Mestres da Humanidade, os patriarcas, na flor da virgindade psíquica, chegaram à confirmação
do Verbo pelo seu caráter exotérico, sentiram no coração o
choque do Deus vivo. Até na mais profunda solidão, sentiram
que essa emoção não vinha só deles, mas que era dupla, compartilhada e, ao mesmo tempo, recíproca, com uma doçura
de atenção e de energia, ao mesmo tempo humana e sobrehumana”.
Estas sábias palavras falam por si, emocionam e expressam o que é verdadeiramente superior, para que não caiamos
na retórica que mal diz e despreza os místicos, confundindoos com pessoas de “mente aterrorizadas, feiticeiros, sábios
falsários e sacerdotes em delírios”.
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