Prefácio É verdadeiramente digno e justo, racional e salutar, que nós sempre e em toda a parte Vos rendamos graças, Senhor Santo, Pai onipotente, Deus eterno, por Cristo nosso Senhor. Em Quem brilhou para nós a esperança da feliz ressurreição, e aqueles, contristados pela certeza da sua condição mortal, sintam-se consolados com a promessa da futura imortalidade. Para os vossos fiéis, Senhor, a vida é transformada, não tirada; e, destruída a morada desta habitação terrestre, está preparada uma habitação eterna nos céus. Por isso, com os Anjos e os Arcanjos, com os Tronos e as Dominações e com toda a milícia do exército celeste, cantamos o hino de vossa glória, dizendo sem fim: Vere dignum et justum est, æquum et salutáre, nos tibi semper et ubíque grátias ágere: Dómine sancte, Pater omnípotens, ætérne Deus: per Christum, Dóminum nostrum. In quo nobis spes beátæ resurrectiónis effúlsit, ut, quos contrístat certa moriéndi condício, eósdem consolétur futúræ immortalitátis promíssio. Tuis enim fidélibus, Dómine, vita mutátur, non tóllitur: et, dissolúta terréstris hujus incolátus domo, ætérna in cœlis habitátio comparátur. Et ídeo cum Angelis et Archángelis, cum Thronis et Dominatiónibus cumque omni milítia cœléstis exércitus hymnum glóriæ tuæ cánimus, sine fine dicéntes: Lux ætérna lúceat eis, Dómine: * Cum Sanctis tuis in ætérnum: quia pius es. ℣. Requiem ætérnam dona eis, Dómine: et lux perpétua lúceat eis. * Cum Sanctis tuis in ætérnum: quia pius es. Pós-Comunhão Às almas de vossos servos e servas, Senhor, Vos pedimos, sejam úteis as nossas orações suplicantes, a fim de que os livreis de todos os pecados e lhes deis parte na vossa redenção. Vós, Deus, que viveis e reinais com Deus Pai na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. ℟. Amém. 1ª classe Intróito (IV Esd II,34-35) Comunhão (IV Esd II,35-34) A luz perpétua os ilumine, Senhor; com vossos Santos na eternidade: porque sois pio. Descanso eterno, dai-lhes, Senhor, e a luz perpétua os ilumine. Com vossos Santos na eternidade: porque sois piedoso. 2 de Novembro Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos Animábus, quǽsumus, Dómine, famulórum famularúmque tuárum orátio profíciat supplicántium: ut eas et a peccátis ómnibus éxuas, et tuæ redemptiónis fácias esse partícipes: Qui vivis et regnas cum Deo Patre in unitáte Spíritus Sancti, Deus, per ómnia sǽcula sæculórum. ℟. Amen. Descanso eterno, dai-lhes, Senhor, e a luz perpétua os ilumine. Sl. A Vós, Deus, convém um hino [de louvor] em Sião; e a Vós cumprir o voto em Jerusalém; ouvi a minha oração: a Vós toda a carne virá. Descanso eterno. Réquiem ætérnam dona eis, Dómine: et lux perpétua lúceat eis. Ps. LXIV,2-3. Te decet hymnus, Deus, in Sion, et tibi reddétur votum in Jerúsalem: exáudi oratiónem meam, ad te omnis caro véniet. Requiem ætérnam. Oração Ó Deus, Criador e Redentor de todos os fieis, concedei às almas de vossos servos e servas a remissão de todos os pecados, a fim de que alcancem a indulgência, que sempre desejaram, por meio destas piedosas súplicas. Vós, Deus, que viveis e reinais com Deus Pai na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. ℟. Amém. Fidélium, Deus, ómnium Cónditor et Redémptor: animábus famulórum famularúmque tuárum remissiónem cunctórum tríbue peccatórum; ut indulgéntiam, quam semper optavérunt, piis supplicatiónibus consequántur: Qui vivis et regnas cum Deo Patre in unitáte Spíritus Sancti, Deus, per ómnia sǽcula sæculórum. ℟. Amen. Epístola (ICor XV,51-27) Leitura da Carta de São Paulo Apóstolo aos Coríntios: Irmãos: eis que vos revelo um mistério: nem todos morreremos, mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta (porque a trombeta soará). Os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. É necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que este corpo mortal se revista da imortalidade. Quando este corpo mortal estiver revestido da imortalidade, então se cumprirá a palavra da Escritura: A morte foi tragada pela vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a Lei. Graças, porém, sejam dadas a Deus, que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo. ℟. Deo grátias. Os malditos condenados À eterna chama votados, Entre os benditos, chamaime. Do meu coração contrito, Senhor, escutai o grito: Tomai conta do meu fim. Gradual (IV Esd II,34-35) Dai-lhes, Senhor, o eterno descanso e a luz perpétua os ilumine. Eterna será a memória do justo; não temerá notícias funestas. Réquiem ætérnam dona eis, Dómine: et lux perpétua lúceat eis. ℣. Ps. CXI,7. In memória ætérna erit justus: ab auditióne mala non timébit. Trato (Sl CXLIV,21) Livrai, Senhor, as almas dos fiéis defuntos dos vínculos de seus pecados e fazei que, socorridos pela vossa misericórdia, possam escapar ao juízo da condenação e gozar a felicidade da luz sempiterna. Absólve, Dómine, ánimas ómnium fidélium defunctórum ab omni vínculo delictórum. ℣. Et grátia tua illis succurrénte, mereántur evádere judícium ultiónis. ℣. Et lucis ætérnæ beatitúdine pérfrui. Seqüência Dia de ira, aquele dia: Tudo será cinza fria; Diz Davi, diz a Sibila. Logo que o Juiz se assente, O oculto será patente, Nada impune ficará. Juiz do justo castigo, Piedoso para comigo, Perdoai-me antes do dia. Quanto tremor há de haver, Quando o Juiz aparecer, Para tudo examinar. Pobre de mim, que farei? Que patrono rogarei, Se o próprio Justo se inquieta? O meu rosto se enrubesce Como o do réu. Minha prece Ouvi, ó Deus, e poupai-me. Rei de horrível majestade, Que salvais só por piedade, Só por graça me salvai. A Maria perdoando, E ao bom ladrão escutando, Esperança Vós me destes. Recordai, ó bom Jesus, Fui causa de vossa Cruz: Não me percais nesse dia. Meu pedido não é digno, Mas Vós, Senhor, sois benigno: Não me queime o fogo eterno. Correrão todos ao trono, Quando em meio ao eterno sono Soar terrível trombeta. A morte e o mundo se espantam; As criaturas se levantam, Para responder ao Juiz. Um livro será trazido, No qual tudo está contido, Onde o mundo está julgado. A buscar-me, Vos cansastes, Pela Cruz me resgatastes, Não seja vã vossa obra. No rebanho, dai-me abrigo. Seqüestrai-me do inimigo. À direita colocai-me. Lacrimoso aquele dia, Quando em meio a cinza fria, Levantar-se o homem, réu. Poupai-me, então, Deus do céu: Bom Senhor, Jesus piedoso, Dai-lhes o eterno repouso. Amém. Evangelho (Jo V,25-29) Seqüência do Santo Evangelho segundo João: Naquele tempo, disse Jesus às turbas dos judeus: Em verdade, em verdade vos digo, vem a hora, e já está aí, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; e os que a ouvirem viverão. Pois, como o Pai tem a vida em si mesmo, assim também deu ao Filho ter a vida em si mesmo, e lhe conferiu o poder de julgar, porque é o Filho do homem. Não vos maravilheis disso, porque virá a hora em que todos os que se acham nos sepulcros ouvirão e sairão deles ao som de sua voz: e os que praticaram o bem irão para a ressurreição da vida, e aqueles que praticaram o mal, ressuscitarão para serem condenados. ℟.Laus tibi, Christe. Ofertório Senhor Jesus Cristo, Rei da glória, livrai as almas de todos os fiéis defuntos das penas do inferno e do lago profundo; livrai-as da boca do leão, não as absorva o tártaro, nem caiam nas trevas; mas vosso portaestandarte são Miguel, leve-as à luz santa: que outrora prometestes a Abraão e à sua posteridade. Vítimas expiatórias e preces de louvor Vos oferecemos, Senhor: recebei-as por essas almas, que hoje fazemos memória: fazei-as, Senhor, passar da morte à vida. Que outrora prometestes a Abraão e à sua posteridade. Dómine Jesu Christe, Rex glóriæ, líbera ánimas ómnium fidélium defunctórum de pœnis inférni et de profúndo lacu: líbera eas de ore leónis, ne absórbeat eas tártarus, ne cadant in obscúrum: sed sígnifer sanctus Míchaël repræséntet eas in lucem sanctam: * Quam olim Abrahæ promisísti et sémini ejus. ℣. Hóstias et preces tibi, Dómine, laudis offérimus: tu súscipe pro animábus illis, quarum hódie memóriam fácimus: fac eas, Dómine, de morte transíre ad vitam. * Quam olim Abrahæ promisísti et sémini ejus. Secreta Dignai-Vos atender, Senhor, a vítima de propiciação que Vos oferecemos pelos vossos servos e servas, e, àqueles a quem conferistes o mérito da fé cristã, concedei também os dons e o prêmio. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, Deus, que conVosco vive e reina na unidade do Espírito Santo. Hóstias, quǽsumus, Dómine, quas tibi pro animábus famulórum famularúmque tuárum offérimus, propitiátus inténde: ut, quibus fídei christiánæ méritum contulísti, dones et prǽmium. Per Dóminum nostrum Iesum Christum Fílium tumm, qui tecum vivit et regnat in unitáte Spíritus Sanctis Deus.