Rochas Ígneas

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO – UNIVASF
CAMPUS SERRA DA CAPIVARA
COLEGIADO DE CIÊNCIAS DA NATUREZA – CCINAT
Rochas Ígneas
Referências
Cap. 16 - Decifrando a Terra
Cap. 4 – Para entender a Terra
Sumário
• Conceitos;
• Estrutura da rocha;
• Textura;
• Minerais constituintes;
• Classificação genética das rochas;
• Como se formam as rochas?
• Como são classificadas?
Rochas: breve introdução
• Conceito

Produtos
consolidados
resultantes da união natural de minerais;
Granito
Sedimentos
• Diferem dos sedimentos (ex: areia de praia
 conjunto de minerais soltos);
• Possuem cristais ou grãos constituintes
muito bem unidos;
Estrutura de uma Rocha
• Aspecto geral externo da rocha que pode ser maciço, orientado (bandamentos),
estratificado, com laminações e etc.;
Estratificações cruzadas em arenito - Zion National
Park (Utah – USA)
Estratificações cruzadas em arenito
(Parque Nacional Serra da Capivara)
Estrutura maciça ou granulosa em granito
Estratificação Tabular
Foliação em Gnaisse  arranjos paralelos/planares entre os
minerais.
Bandamentos (alternância de composição – faixas claras e
escuras) e dobras em gnaisse.
Bandamento em migmatito
Textura da Rocha
• Feição que se caracteriza pela observação detalhada do tamanho, forma e relacionamento
entre os cristais ou grãos constituintes da rocha;
Conglomerado
Brecha
Grãos arredondados em
Conglomerado
Grãos angulosos - Brecha
Fotomicrografia
• Os
cristais
ou
grãos
(fragmentos de rochas ou
minerais) apresentam, na
maioria das rochas, tamanho
milimétrico;
• Os grãos milimétricos são
chamados de grãos grossos 
grande o bastante para serem
individualizados a olho nu;
• Os grãos finos são aqueles em
que só é possível individualizalos através de microscópio;
Sienogranito
Basalto
Folhelho negro – sedimentos argilosos
(grãos finos) e matéria orgânica em
lâminas finas e paralelas
Arenito – textura arenosa
(grossa) com grãos bem
selecionados.
Siltito – textura com grãos de
quartzo muito finos.
Minerais Constituintes das Rochas
• O reconhecimento dos minerais
constituintes de uma rocha e a sua
proporção permite a identificação da
rocha;
• Minerais Essenciais  são os que estão
sempre presentes e os mais
abundantes numa determinada rocha
(determinam o nome da rocha);
• Minerais Acessórios  são minerais
que podem ou não estar presentes,
sem que isto modifique a classificação
da rocha em questão;
Monominerálicas
• Rocha
Monominerálica
–
quando a rocha apresentar
minerais agregados de uma
mesma espécie;
Mármore
Quartzito
• Rocha Pluriminerálica – quando
a rocha apresentar minerais de
diferentes espécies;
Pluriminerálicas
Granito
Conglomerado
Classificação Genética das Rochas
• As rochas são classificadas por critérios que as agrupem segundo
características semelhantes;
• Principal classificação genética se faz de acordo com seu modo de formação
na natureza e textura;
• Dividem-se em 3 grandes grupos:
1. Ígneas ou Magmáticas;
2. Metamórficas;
3. Sedimentares;
• Origem dos tipos de rochas que compõem a crosta terrestre;
Rochas Ígneas ou Magmáticas
• Se formam pelo resfriamento do
material rochoso fundido (magma);
• Todo material sólido possui um
ponto de fusão, que depende de
um dado valor de temperatura e
pressão;
• Por exemplo, o ponto de fusão do
minério de ferro é de ~1000°C,
quando o material se liquefaz e
ocorre a separação do material
silicático (SiO2) do componente
metálico;
Magma - material
rochoso
fundido
alojado no interior
da Terra.
Lava - material
rochoso
fundido
que extravasa na
superfície.
• À medida em que o magma se resfria, alguns minerais começam a se formar, antes mesmo de todo o magma
cristalizar (cristalização fracionada);
• A cristalização fracionada ocorre devido aos diferentes pontos de fusão dos cristais.
• Quando os primeiros se formam, não reagem com o restante do líquido, mais continuam crescendo;
• Quanto maior o tempo de resfriamento, maior será o tamanho dos cristais; Quanto menor o tempo de
resfriamento menor será o tamanho dos cristais;
(resfriamento)
Anortita (Ca)
Olivina
Albita (Na)
Piroxênio
Feldspato
Muscovita
Biotita
Quartzo
Tipos de Rochas Ígneas
• A compreensão dos processos de fusão e
cristalização dos magmas e do derramamento
de lavas permitiu identificar as diferenças
entre as cristalizações de rochas magmáticas
ou ígneas;
• Rocha ígnea plutônica ou intrusiva – originase quando o resfriamento ocorrer no interior
da Terra;
• Rocha ígnea vulcânica ou extrusiva – originase quando o resfriamento ocorrer no exterior
da Terra;
Exemplos de classificação genética das
rochas ígneas:
Diorito
• Rocha ígnea plutônica ou intrusiva –
origina-se quando o resfriamento ocorre
no interior da Terra onde a temperatura
decai lentamente;
Obsidiana
• Rocha ígnea vulcânica ou extrusiva –
origina-se quando o resfriamento ocorre na
superfície da Terra;
Rocha Ígnea Plutônica/Intrusiva
• Formada em regiões profundas da
Terra;
• Maior tempo de cristalização (alta
temperatura e maior tempo de
resfriamento);
• Cristais
mais
desenvolvidos
observáveis a olho nu;
• Exemplo, granito de textura porfirítica
(Figura)
Granito
• O magma não atinge à superfície terrestre, resfriando-se no interior;
• Ao se cristalizar, a rocha formada possuirá minerais encaixados entre si;
Rocha Ígnea Vulcânica/Extrusiva
• Rochas formadas pelo resfriamento
rápido do magma na superfície ou
muito
próxima
em
baixas
profundidades;
• Cristalização rápida devido ao contato
direto com a atmosfera;
• Cristais pouco ou não desenvolvem-se;
Basalto
• Rochas extrusivas apresentam, no geral, textura vítrea (lisa)
ou granulação muito fina (cristais muito pequenos);
• Neste tipo de rocha, a maioria dos cristais não são visíveis a
olho nu;
• Formam-se pelo resfriamento das lavas (magma – material
fluido na superfície terrestre) ou de piroclastos (fragmentos
oriundos dos vulcões em erupções);
Púmice (pedra-pomes)
Basalto vesicular
Obsidiana
Púmice
Cinza vulcânica
Basalto Vesicular
Composição Química das Rochas Ígneas
• Resultam diretamente da composição química do magma e do seu histórico de formação
(profundidade, pressão, temperatura, gases, cristalização de minerais, etc.);
• O teor químico de determinados elementos do magma determinarão se a rocha possuirá
uma maior ou menor razão entre os minerais Silicáticos (ricos em SiO2) e Máficos (ricos em
Fe e Mg);
Rochas Básicas
Rochas Intermediárias
Rochas Ácidas
• Rochas Félsicas ou Ácidas  aquelas que são ricas em minerais silicáticos (SiO2) como
Feldspato, Quartzo, Biotita e Muscovita (Félsicas = Feldspato + Sílica).
• São pobres em minerais ricos em Fe e Mg como olivinas e piroxênios (Máfico = Magnésio
+ Férrico);
Quartzo
Biotita
Feldspato
• Rochas Intermediárias  composição em sílica é menor que as félsicas, o que
indica aumento na quantidade de minerais máficos;
Rocha Ígena Intrusiva
Diorito
Rocha Ígena Extrusiva
Andesito
• Rochas Básicas  são pobres em sílica e ricas em minerais máficos como
olivinas e piroxênios;
• Esses minerais por possuírem muito Fe e Mg em sua composição química
apresentam cores escurar, atribuindo essa aparência à rocha;
Rocha Ígnea Intrusiva
Gabro
Ocorrência das Rochas Ígneas
• O magma pode intrudir uma rocha cortando-a horizontalmente no interior da
Crosta; Neste caso, a rocha é concordante com as camadas horizontais; As
rochas laterais são chamadas de encaixantes;
• A rocha intrusiva é chamada de Sill ou Soleira:
• Diques  Quando o magma corta uma rocha preexistente, geralmente
preenchendo fraturas, de forma vertical em relação às rochas encaixantes;
As rochas encaixantes
foram erodidas por
possuírem
menor
dureza que a rocha
intrusiva (dique).
Dique
Dique
• Veios  depósitos minerais formados em fraturas e com origem diferente
da rocha encaixante;
• Batólito  corpos rochosos intrusivos com área aflorante (ou potencial) de mais de 100
Km²;
• Apresentam-se em formas de folha ou lobados com raízes profundas (até mais que 10 km);
• Na figura observa-se que a paisagem é
composta por um único corpo rochoso
aflorante;
• Essa rocha formou-se em alta
profundidade e os sedimentos/rochas
encaixantes já foram erodidos;
• Stock  são corpos menores que os batólitos (< 100 km²);
• Assim como os batólitos, cortam as rochas encaixantes discordantemente;
• O stock pode ser prolongamento do batólito que aflorou;
Exemplo da formação de uma rocha
plutônica (intrusiva) e sua posterior
exposição devido a exumação por
soerguimento e concomitante erosão das
rochas encaixantes.
Classificação de Rochas Ígneas
Gênese
• Quanto a sua origem (Gênese):
Riolito
• Extrusivas ou Vulcânicas: resultantes da
solidificação de uma lava na superfície. Poucos
ou nenhum mineral visível a olho nu.
• Ex: basalto, riolito.
• Intrusivas ou
Plutônicas: originadas pela
solidificação de um magma no interior da
crosta. Apresentam minerais visíveis a olho nu.
• Ex: gabro, granito.
Granito
Textura
• Relação granulométrica (tamanho dos cristais):
• Grossa (Fanerítica)  ocorre pelo resfriamento lento com cristais bem visíveis a
olho nu; Tamanho dos cristais varia de 1 – 10 mm;
• Média (Fanerítica)  os minerais apresentam tamanhos de 0,2 – 1,0 mm; É
possível identifica-los, porém, com certa dificuldade;
• Fina (Afanítica)  Minerais invisíveis a olho nu ou com uma lupa apresentam
tamanhos < 0,2 mm;
• Vítrea  Minerais não podem ser distinguidos e a rocha apresenta superfície igual
a de um vidro;
• Matriz – componente de uma
rocha que apresenta minerais
de granulação menor que os
pórfiros constituintes da rocha;
• Quando há cristais maiores em
relação a matriz (grãos mais
finos) estes são chamados de
fenocristais e a rocha será
chamada de porfirítica (textura
porfirítica);
• Fenocristais – são aqueles que
representam uma cristalização
anterior aos demais cristais,
por isso, se desenvolvem mais;
Textura Fanerítica
grossa
Afanítica
Textura Porfirítica
numa matriz vítrea
Textura Porfirítica
numa matriz fina
• Textura Fanerítica Grossa em granito (comparar o tamanho dos cristais com a
Granito
moeda); Gabro
• Textura Fanerítica Média em granito (comparar o tamanho dos cristais com a
moeda);
• Textura Fina
basalto;
(Afanítica)
em
• Textura Vítrea superfície igual a
de um vidro;
Obsidiana
• Textura Porfirítica numa matriz Afanítica em Riolito:
• A textura porfirítica ocorre quando há cristais maiores e menores imersos numa matriz;
• No exemplo, vemos cristais grandes (fenocristais) e cristais menores imersos numa matriz
afanítica (uma massa escura sem cristais visíveis);
Riolito
Rochas ígneas extrusivas são em geral afaníticas.
Porém, no caso deste riolito, o resfriamento inicial
do magma foi lento, permitindo o crescimento dos
fenocristais. Em seguida, foi ejetada por erupção e
resfriada rapidamente, parando o crescimento dos
cristais, formando a matriz afanítica.
Fonte: http://www.ux1.eiu.edu/~cfjps/1300/igneous_images.html
Matriz
afanítica
Fenocristal
Índice de Cor
• É a proporção entre minerais máficos (escuros – Fe e Mg) e félsicos (claros
– Si e Al);
• M (máficos) é o número que corresponde a relação (%) de minerais escuros
que compõe a rocha;
• Podem ser:
1.
2.
3.
4.
5.
Hololeucocrática (M < 10%);
 1 e 2 podem ser ditas como félsicas
Leucocrática/Félsica (10 % < M < 30%);
Mesocrática / Intermediária (30% < M < 60%);
Melanocrática / Máfica (60% < M < 90%);
Ultramelanocrática / Ultramáficas (M > 90%);
Folha padrão de análise modal por visada
(comparar a quantidade da % de minerais
escuros com a amostra).
Maciça
Estrutura
• Quanto a estrutura – é o arranjo de
porções distintas de uma rocha. Podem
ser:
Vesicular
1. Maciça (não apresenta vazios ; a grande
maioria das rochas ígneas);
2. Vesicular (apresenta vazios devido ao
escape de gases);
3. Amigdaloidal (vesículas preenchidas por
minerais tardios);
Amigdaloidal
Diagramas de Classificação
Sugestão de Exercício Complementar
• Classificação de Rochas Ígneas (em inglês):
http://www.pitt.edu/~cejones/GeoImages/2IgneousRocks.html
http://facweb.bhc.edu/academics/science/harwoodr/Geol101/Labs/Igneous/index.htm
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