Discriminação de preços Universidade Católica Portuguesa Universidade Católica Portuguesa Economia Aplicada MBA Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais Fernando Branco Ano lectivo 2003-2004 Trimestre de Inverno Sessão 10 Tel.: 351217270250 Fax: 351217270252 [email protected] Tel.: 351217270250 Fax: 351217270252 [email protected] Exemplos de discriminação de preço Universidade Católica Portuguesa Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais Tel.: 351217270250 Fax: 351217270252 [email protected] ♦ Lojas de fotocópias praticam preços mais baixos para estudantes e fazem descontos de quantidades; ♦ Os comboios permitem preços mais baixos a certos tipos de clientes; ♦ As companhias aéreas têm uma variedade de tarifas; ♦ Fornecedores de água, telefone ou electricidade variam o preço ao longo do tempo. Economia Aplicada MBA Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 10 ©Fernando Branco Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais Tel.: 351217270250 Fax: 351217270252 [email protected] Universidade Católica Portuguesa Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais Tel.: 351217270250 Fax: 351217270252 [email protected] Universidade Católica Portuguesa P1 Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais CMg Economia Aplicada Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 10 Economia Aplicada MBA Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 10 ©Fernando Branco ♦A discriminação de preços permite aumentar o lucro da empresa. ♦Ao preço óptimo de um monopolista há uma parte da procura que não é servida. ♦O monopolista poderia ganhar praticando um preço mais baixo para essa procura. ♦Se a empresa pode ganhar praticando dois preços então pode ganhar ainda mais se praticar mais preços. Economia Aplicada MBA Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 10 ©Fernando Branco Melhorando o óptimo do monopolista P Q1 – Praticam discriminação de preços. ♦Exemplos de discriminação de preços. ♦Quais as vantagens destas práticas? ♦Quais as consequências? Discriminação de preços e lucro O óptimo do monopolista Universidade Católica Portuguesa ♦Muitas vezes as empresas não praticam o mesmo preço para todas as unidades: P P1 P2 CMg Q1 Q MBA ©Fernando Branco Tel.: 351217270250 Fax: 351217270252 [email protected] Economia Aplicada Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 10 Q2 Q MBA ©Fernando Branco 1 Aumentando a discriminação: ilustração gráfica Aumentando a discriminação Universidade Católica Portuguesa Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais Tel.: 351217270250 Fax: 351217270252 [email protected] ♦Ao praticar diferentes preços para diferentes clientes e unidades vendidas a empresa pode estar aumentando o lucro. ♦O bem estar (excedente global) está a aumentar. ♦No limite a empresa desejaria praticar preços distintos para todas as unidades e clientes (discriminação perfeita ou de primeiro grau). Economia Aplicada MBA Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 10 ©Fernando Branco Universidade Católica Portuguesa Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais Tel.: 351217270250 Fax: 351217270252 [email protected] Universidade Católica Portuguesa Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais CMg Q* Tel.: 351217270250 Fax: 351217270252 [email protected] Q Economia Aplicada Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 10 MBA ©Fernando Branco Tel.: 351217270250 Fax: 351217270252 [email protected] Discriminação de preço e segmentação da procura Universidade Católica Portuguesa Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais Tel.: 351217270250 Fax: 351217270252 [email protected] – Identificar os consumidores que valorizam os bens de forma distinta; – Separar de forma eficaz os consumidores. ♦Identificação dos segmentos ♦Separação dos segmentos Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 10 Q Q21 Q3 Q Q42 Q5 Q6 Q3 Q7 Q Economia Aplicada Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 10 MBA ©Fernando Branco ♦Com a discriminação perfeita a empresa transacciona tanto como em concorrência perfeita. ♦O excedente global é o mesmo: a afectação dos recursos é eficiente. ♦Além disso, a empresa tem o máximo lucro possível e os consumidores não têm qualquer excedente. Economia Aplicada Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 10 MBA ©Fernando Branco Identificação dos segmentos ♦Para que a discriminação de preço seja possível é necessário: Economia Aplicada CMg Discriminação perfeita P Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais P1 P2 P P31 P P42 P5 P6 P P73 Q1 Discriminação perfeita: ilustração gráfica Universidade Católica Portuguesa P MBA ©Fernando Branco Universidade Católica Portuguesa Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais Tel.: 351217270250 Fax: 351217270252 [email protected] ♦Na identificação dos segmentos devem considerar-se as disponibilidades de pagar e as elasticidade preço da procura. ♦Os segmentos podem ser separados por características sociológicas, demográficas ou profissionais. ♦Outras vezes os segmentos são separados pelo próprio comportamento do comprador. Economia Aplicada Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 10 MBA ©Fernando Branco 2 Comportamentos do comprador e discriminação de preço Descontos para professores Universidade Católica Portuguesa Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais Tel.: 351217270250 Fax: 351217270252 [email protected] Muitas editoras oferecem condições especiais de preço a professores. Os livros ligados aos cursos que leccionam são oferecidos; outros livros em geral são mais baratos. Economia Aplicada Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 10 MBA ©Fernando Branco Universidade Católica Portuguesa Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais Tel.: 351217270250 Fax: 351217270252 [email protected] Serviços de revisão de tradução Universidade Católica Portuguesa Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais Tel.: 351217270250 Fax: 351217270252 [email protected] Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 10 MBA ©Fernando Branco Universidade Católica Portuguesa Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais Tel.: 351217270250 Fax: 351217270252 [email protected] ♦ Para aumentar os seus lucros, as empresas recorrem frequentemente a esquemas de preço mais elaborados do que simplesmente a preços por unidade vendida. ♦ Fala-se de preços não lineares quando o preço total pago por unidade varia com a quantidade consumida: – – – – Descontos de quantidade; Tarifas de duas partes; Pacotes de preços; Preços de cabazes. Economia Aplicada Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 10 ♦ As bases de dados com hábitos de consumo permitem formas muito elaboradas de segmentação. ♦ Exemplo: Serviços de revisão de traduções Economia Aplicada Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 10 MBA ©Fernando Branco ♦É mais fácil no caso dos serviços do que no caso dos produtos. ♦Discriminação em termos geográficos: – Custos de transporte. – Exemplo: Livros universitários. ♦Discriminação segundo as características do produto: – Exemplo: Softwares para estudantes. Tel.: 351217270250 Fax: 351217270252 [email protected] Economia Aplicada Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 10 MBA ©Fernando Branco Aspectos centrais nos preços não lineares Preços não lineares Universidade Católica Portuguesa – regatear – contabilizar a utilização – vales de desconto e promoções Separação dos segmentos Certo dia contactei uma empresa que proporciona o serviço de revisão de traduções. Recebi uma lista de preços, mas não recorri ao serviço. Durante o espaço de um ano, recebi três anúncios de quedas sucessivas dos preços. Provavelmente, a empresa estava só a discriminar o preço, inferindo que eu não desejava pagar muito. Economia Aplicada ♦ A discriminação de preço por via do comportamento do consumidor pode ser feita de múltiplos modos: Universidade Católica Portuguesa Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais ♦A solução do monopolista limita os seus lucros porque: – o cliente retem algum excedente; – não se atinge a solução eficiente. ♦Os preços não lineares podem ajudar ao aumento do lucro, porque: – facilitam a discriminação; – captam o máximo excedente aos clientes. MBA ©Fernando Branco Tel.: 351217270250 Fax: 351217270252 [email protected] Economia Aplicada Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 10 MBA ©Fernando Branco 3 A solução do monopolista: análise gráfica Universidade Católica Portuguesa Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais Descontos de quantidade Universidade Católica Portuguesa P P1 CMg Q1 Tel.: 351217270250 Fax: 351217270252 [email protected] Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais Q Economia Aplicada MBA Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 10 ©Fernando Branco Tel.: 351217270250 Fax: 351217270252 [email protected] Vales de desconto na Toys’R’Us Universidade Católica Portuguesa Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais Tel.: 351217270250 Fax: 351217270252 [email protected] Universidade Católica Portuguesa Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais Economia Aplicada MBA Tel.: 351217270250 Fax: 351217270252 [email protected] ©Fernando Branco Descontos de quantidade e decisão do cliente: análise gráfica CMg Economia Aplicada Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 10 Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais Tel.: 351217270250 Fax: 351217270252 [email protected] Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais P1 P2 Q2 Universidade Católica Portuguesa Universidade Católica Portuguesa P Q1 – preço variável com a quantidade adquirida; – cupões e vales de desconto; – “Leve três, pague dois” ♦ Exemplo: Vales de desconto na Toys’R’Us. ♦ Quais os efeitos dos descontos nas escolhas dos clientes e no lucro da empresa? Economia Aplicada MBA Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 10 ©Fernando Branco Descontos de quantidade e lucro do monopolista Na época de Natal a Toys’R’Us costuma anunciar que concederá vales de desconto pelas compras realizadas durante esse período e que poderão ser utilizados num certo período durante o ano seguinte. Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 10 ♦ Descontos de quantidade podem surgir sob várias formas: ♦ Um monopolista vende a clientes homogéneos. ♦ A partir da solução do monopólio cada cliente está disposto a comprar mais se lhe for concedido um desconto. ♦ O monopolista pode aumentar o seu lucro concedendo um desconto de quantidade. ♦ Qual o desconto óptimo? Economia Aplicada MBA Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 10 Descontos de quantidade e lucro do monopolista: análise gráfica P P1 P2 CMg Q1 Q MBA ©Fernando Branco Tel.: 351217270250 Fax: 351217270252 [email protected] ©Fernando Branco Q2 Economia Aplicada Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 10 Q MBA ©Fernando Branco 4 Desconto óptimo: análise gráfica Universidade Católica Portuguesa Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais Universidade Católica Portuguesa P P1 Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais P1 CMg P2 Q1 Tel.: 351217270250 Fax: 351217270252 [email protected] Desconto óptimo Q1 Q* Q Economia Aplicada Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 10 MBA ©Fernando Branco Tel.: 351217270250 Fax: 351217270252 [email protected] Descontos de quantidade com segmentos separáveis Universidade Católica Portuguesa Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais Tel.: 351217270250 Fax: 351217270252 [email protected] Universidade Católica Portuguesa Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais ♦Se um monopolista enfrentar diversos segmentos e os puder separar, oferece a cada um desconto tal que: – o preço base é elevado; o preço com desconto é igual ao custo marginal; – o desconto aplica-se a partir de uma quantidade inferior à quantidade eficiente (que em geral varia entre segmentos). Economia Aplicada Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 10 MBA ©Fernando Branco Descontos de quantidades óptimos com segmentos não separáveis – um preço base elevado; – um desconto reduzido que se aplica a quantidades intermédias; – um desconto elevado (que tem associado um preço igual a custo marginal) que se aplica a grandes quantidades. Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 10 ♦Com este desconto o monopolista apropria-se do excedente dos clientes e implementa a solução eficiente. Economia Aplicada Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 10 MBA ©Fernando Branco Universidade Católica Portuguesa Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais Tel.: 351217270250 Fax: 351217270252 [email protected] ♦Se os segmentos não são separáveis a solução anterior é impossível: – Todos os clientes quererão comprar com o desconto máximo. ♦Quais os descontos óptimos nestas circunstâncias? Economia Aplicada Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 10 MBA ©Fernando Branco Tarifas de duas partes ♦ A estrutura de descontos óptimos envolve: Economia Aplicada – um preço base elevado; um preço com desconto que iguala o custo marginal; – o desconto aplica-se a partir de uma quantidade que é inferior à eficiente. Descontos de quantidade com segmentos não separáveis Universidade Católica Portuguesa Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais ♦ Os pequenos clientes têm excedente nulo. ♦ Os grandes clientes mantém algum excedente. Tel.: 351217270250 Fax: 351217270252 [email protected] ♦O desconto óptimo para um monopolista que venda a clientes homogéneos tem: MBA ©Fernando Branco Tel.: 351217270250 Fax: 351217270252 [email protected] ♦A tarifa de duas partes consiste num sistema de preço com duas componentes: – uma tarifa fixa, F (normalmente confere o acesso ao bem/serviço); – um preço por unidade consumida, p. ♦Prática corrente em clubes e serviços como telefone ou electricidade. ♦Exemplo: Tarifas da Portugal Telecom. Economia Aplicada Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 10 MBA ©Fernando Branco 5 Racionalidade da tarifa de duas partes Tarifas da Portugal Telecom Universidade Católica Portuguesa Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais Tel.: 351217270250 Fax: 351217270252 [email protected] A alteração do tarifário da Portugal Telecom em Fevereiro de 1998 gerou bastante polémica. Uma das novidades na tarifação de cada chamada foi a da substituição de um sistema baseado apenas em preços por impulso por uma tarifa de duas partes, onde a taxa de activação, corresponde à tarifa fixa. Economia Aplicada MBA Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 10 ©Fernando Branco Universidade Católica Portuguesa Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais Tel.: 351217270250 Fax: 351217270252 [email protected] Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais Tel.: 351217270250 Fax: 351217270252 [email protected] A factura de electricidade envolve uma taxa mensal e um custo associado ao consumo realizado. A primeira pode ser justificada pelos custos de constituição e/ou manutenção de uma rede de distribuição, enquanto a segunda é associada ao custo da electricidade consumida. Economia Aplicada MBA Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 10 ©Fernando Branco Universidade Católica Portuguesa Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais Tel.: 351217270250 Fax: 351217270252 [email protected] Tarifa de duas partes e lucro do monopolista: análise gráfica Universidade Católica Portuguesa Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais Tel.: 351217270250 Fax: 351217270252 [email protected] P1 Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais CMg Economia Aplicada Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 10 MBA Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 10 ©Fernando Branco ♦Um monopolista vende a clientes homogéneos. ♦Cada cliente está disposto a pagar mais do que lhe é exigido quando apenas paga um preço por unidade. ♦O monopolista pode extrair excedente do cliente impondo uma tarifa de duas partes. ♦Qual a tarifa de duas partes óptima? Economia Aplicada MBA Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 10 P F1 P1 F2 P2 F* CMg P* Q Q1 MBA ©Fernando Branco ©Fernando Branco Tarifa de duas partes e lucro do monopolista: análise gráfica Universidade Católica Portuguesa P Q1 Economia Aplicada Tarifa de duas partes e lucro do monopolista Preços da electricidade Universidade Católica Portuguesa ♦A tarifa em duas partes pode ser racionalizada pelo facto de o acesso ao serviço englobar dois tipos de custo. ♦Exemplo: Preços da electricidade. ♦Mais frequentemente, a tarifa em duas partes é utilizada para que a empresa aumente o seu lucro face ao que se pode alcançar apenas com um preço por unidade. Tel.: 351217270250 Fax: 351217270252 [email protected] Q2 Economia Aplicada Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 10 Q* Q MBA ©Fernando Branco 6 Tarifas de duas partes com segmentos separáveis Tarifa de duas partes óptima Universidade Católica Portuguesa Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais Tel.: 351217270250 Fax: 351217270252 [email protected] ♦ A tarifa de duas partes óptima para um monopolista que venda a clientes homogéneos tem: – uma tarifa fixa igual ao excedente de cada cliente na solução eficiente; – um preço por unidade consumida igual ao custo marginal de produção. ♦ Com esta tarifa o monopolista apropria-se do excedente dos clientes e implementa a solução eficiente. Economia Aplicada MBA Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 10 ©Fernando Branco Universidade Católica Portuguesa Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais Tel.: 351217270250 Fax: 351217270252 [email protected] Tarifas de duas partes com segmentos não separáveis Universidade Católica Portuguesa Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais Tel.: 351217270250 Fax: 351217270252 [email protected] – Todos os clientes quererão comprar segundo a tarifa que tem a menor componente fixa. ♦Quais as tarifas de duas partes óptimas nestas circunstâncias? ♦Exemplo: Planos de preços nos telemóveis Economia Aplicada MBA ©Fernando Branco Universidade Católica Portuguesa Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais Tel.: 351217270250 Fax: 351217270252 [email protected] O menú óptimo de tarifas: análise gráfica Universidade Católica Portuguesa Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais Universidade Católica Portuguesa P2 Q1 Tel.: 351217270250 Fax: 351217270252 [email protected] Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais F1 ∆F2 Economia Aplicada Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 10 CMg Q2 Economia Aplicada Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 10 MBA ©Fernando Branco ♦ Suponhamos que os segmentos envolvem grandes e pequenos clientes. ♦ Uma possibilidade exige um menu com duas tarifas de duas partes em que a uma componente fixa mais elevada corresponde um preço unitário mais baixo. ♦ Outra possibilidade envolve praticar apenas a tarifa óptima para grandes clientes. Economia Aplicada Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 10 MBA ©Fernando Branco O menú óptimo de tarifas P P1 – a tarifa fixa é igual ao excedente dos clientes desse segmento na solução eficiente; – o preço por unidade consumida é igual ao custo marginal de produção. Tarifas de duas partes óptimas com segmentos não separáveis ♦Se os segmentos não são separáveis a solução anterior é impossível: Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 10 ♦Se um monopolista enfrentar diversos segmentos e os puder separar, oferece a cada um uma tarifa de duas partes em que: MBA – têm excedente nulo e preço acima de custo marginal. ♦ A tarifa com a componente fixa maior e o preço unitário menor é seleccionada pelos grandes clientes: – têm excedente positivo mas preço igual a custo marginal. Q ©Fernando Branco ♦ A tarifa com a componente fixa menor e o preço unitário maior é seleccionada pelos pequenos clientes: Tel.: 351217270250 Fax: 351217270252 [email protected] Economia Aplicada Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 10 MBA ©Fernando Branco 7 Tarifa de duas partes óptima para grandes clientes: análise gráfica Universidade Católica Portuguesa Universidade Católica Portuguesa P Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais F* CMg P* Q* Tel.: 351217270250 Fax: 351217270252 [email protected] Tarifa de duas partes óptima para grandes clientes Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 10 – proporções relativas; – consumos relativos. Q Economia Aplicada MBA ©Fernando Branco Tel.: 351217270250 Fax: 351217270252 [email protected] Planos de preços nos telemóveis Universidade Católica Portuguesa Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais Tel.: 351217270250 Fax: 351217270252 [email protected] Economia Aplicada MBA ©Fernando Branco Universidade Católica Portuguesa Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais Tel.: 351217270250 Fax: 351217270252 [email protected] Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais Hoje já existem várias alternativas gratuitas para acesso à Internet. Mas ainda em 1998 a Portugal Telecom comercializava o Netline como um pacote, que pelo preço mensal fixo de 3250$00 permitia o acesso até 200 impulsos. Universidade Católica Portuguesa Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais Exemplo adaptado de Mata, 1999 (pág. 146). Tel.: 351217270250 Fax: 351217270252 [email protected] Economia Aplicada Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 10 Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 10 MBA ©Fernando Branco ♦Os pacotes de preços surgem quando se é obrigado a adquirir certa quantidade por um dado preço. ♦Esta prática é muito frequente em grossistas que apenas vendem em grandes quantidades. ♦Exemplo: Acesso à Internet em 1998. ♦Quais os efeitos de pacotes de preços? Economia Aplicada Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 10 MBA ©Fernando Branco Pacotes de preços num monopólio Acesso à Internet em 1998 Universidade Católica Portuguesa Economia Aplicada Pacotes de preços Cada empresa de comunicações móveis oferece aos seus clientes diferentes planos de preços baseados em mensalidades. A estrutura desse tarifário é a de um menú de tarifas de duas partes: à mensalidade mais elevada corresponde a possibilidade de estabelecer comunicações a preços mais baixos. Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 10 ♦É óptimo praticar a tarifa de duas partes apenas para grandes clientes quando estes são muito mais importantes que os pequenos clientes, em termos relativos. ♦Factores a ter em conta: MBA ©Fernando Branco Tel.: 351217270250 Fax: 351217270252 [email protected] ♦O estabelecimento de um pacote e respectivo preço permite aumentar o lucro do monopolista: – pode ser replicada a afectação alcançada com uma tarifa de duas partes; – o pacote óptimo permite o consumo da quantidade eficiente por um preço igual ao excedente total do cliente. Economia Aplicada Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 10 MBA ©Fernando Branco 8 Pacotes de preços: análise gráfica Universidade Católica Portuguesa Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais Universidade Católica Portuguesa P P1 Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais CMg P* Q1 Tel.: 351217270250 Fax: 351217270252 [email protected] Pacotes de preços com segmentos não separáveis Q* Economia Aplicada MBA Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 10 ©Fernando Branco Tel.: 351217270250 Fax: 351217270252 [email protected] P Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais CMg Q1 Tel.: 351217270250 Fax: 351217270252 [email protected] Q2 Economia Aplicada Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 10 Q MBA ©Fernando Branco Tel.: 351217270250 Fax: 351217270252 [email protected] Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais Tel.: 351217270250 Fax: 351217270252 [email protected] Os restaurantes McDonalds colocam à disposição dos clientes refeições, que envolvem o hamburguer, as batatas e a bebida, por preço muito inferior à soma dos preços individuais. É ainda permitido ao cliente substituir alguma das componentes, desde que o preço global não seja inferior. Economia Aplicada Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 10 Economia Aplicada Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 10 MBA ©Fernando Branco ♦Por vezes são apresentados cabazes de produtos distintos e vendidos por um único preço, inferior à soma dos preços dos produtos do cabaz. ♦Esta prática é frequente em agências de viagens ou concessionários automóveis. ♦Exemplo: Menus no McDonalds. ♦Quais os efeitos de preços para cabazes? Economia Aplicada Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 10 MBA ©Fernando Branco Preços para cabazes num monopólio Menus no McDonalds Universidade Católica Portuguesa ♦ A vantagem dos pacotes reside em que o leque de escolhas é limitado, sendo mais fácil levar o cliente a escolher o que se deseja. Preços para cabazes Universidade Católica Portuguesa P2 – ao limitar o consumo pelo preço mais baixo, reduzse a sua atractividade para os grandes clientes; – pode ser melhorada a afectação alcançada com uma tarifa de duas partes. Q Pacotes óptimos com segmentos não separáveis: análise gráfica Universidade Católica Portuguesa ♦ Os pacotes são particularmente úteis quando há segmentos não separáveis: MBA ©Fernando Branco Universidade Católica Portuguesa Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais Tel.: 351217270250 Fax: 351217270252 [email protected] ♦O estabelecimento de cabazes e prática de um preço para o cabaz pode ser conveniente quando existe um certo tipo de heterogeneidade nas valorizações dos clientes pelos produtos. ♦Exemplo algébrico. ♦Quando é conveniente constituir cabazes e praticar preços para o cabaz? Economia Aplicada Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 10 MBA ©Fernando Branco 9 Preços para cabazes: exemplo algébrico Universidade Católica Portuguesa Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais Preços para cabazes: exemplo algébrico (II) ♦Um monopolista produz os bens X e Y a custo nulo. ♦Há três clientes com valorizações de 10 e 2 para A, 3 e 11 para B e 8 e 9 para C. ♦Praticando apenas preços para cada produto, deve escolher-se 8 para X e 9 para Y: Universidade Católica Portuguesa Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais Economia Aplicada MBA Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 10 ©Fernando Branco Tel.: 351217270250 Fax: 351217270252 [email protected] Preços por cada bem Universidade Católica Portuguesa ♦Pode ainda combinar-se oferecendo X a 10, Y a 11 e o cabaz a 17: Economia Aplicada MBA Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 10 Universidade Católica Portuguesa 10 15 10 pY 5 0 0 5 10 15 Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais pY 5 0 0 5 pX Tel.: 351217270250 Fax: 351217270252 [email protected] MBA Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 10 ©Fernando Branco Tel.: 351217270250 Fax: 351217270252 [email protected] Preços por cada bem e pelo cabaz Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais Universidade Católica Portuguesa 10 pY Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais 5 0 5 10 15 Economia Aplicada Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 10 Economia Aplicada Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 10 MBA ©Fernando Branco ♦Podem existir vantagens de estabelecer preços para cabazes quando: – há suficiente heterogeneidade nas valorizações dos clientes; – as valorizações dos produtos estão negativamente correlacionadas. ♦As condições anteriores não bastam: – o que sucede no exemplo algébrico se reduzirmos a valorização de X por A para 9? pX Tel.: 351217270250 Fax: 351217270252 [email protected] 15 O interesse de estabelecer preços para cabazes 15 0 10 pX Economia Aplicada Universidade Católica Portuguesa ©Fernando Branco Preço pelo cabaz 15 Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais – vendem-se 3 cabazes; – tem-se o lucro de 36. – tem-se o lucro de 38. – vendem-se 2 unidades de cada – tem-se o lucro de 34. Tel.: 351217270250 Fax: 351217270252 [email protected] ♦Pode fazer-se melhor oferecendo apenas o cabaz ao preço de 12: MBA ©Fernando Branco Tel.: 351217270250 Fax: 351217270252 [email protected] Economia Aplicada Ano lectivo 2003-2004 • Trimestre de Inverno • Sessão 10 MBA ©Fernando Branco 10