A RTI GO OUTUBRO | 2015 CÂNCER DE MAMA: É PRECISO FALAR DISSO Dra. Andréa F. Vale O intensa, passando de doenças infecto-parasitárias a crônico-degenerativas, como o câncer, tendo como principais causas as mudanças nos mama representa a principal causa de morte por câncer em mulheres brasileiras, e em nível mundial cede o lugar apenas para o câncer de pulmão, representando um grande problema de saúde pública em todo o mundo. O Brasil tem acompanhado as altas taxas de incidência e mortalidade de câncer de mama dos países desenvolvidos, porém as medidas necessárias à prevenção, ao diagnóstico e ao controle da doença não têm sofrido o mesmo crescimento. O câncer de mama é raro antes dos 35 anos, crescendo rápida e progressivamente com a idade, sendo descoberto, principalmente, entre 40 e 60 anos. Há referência de que a doença vem atingindo um maior núme ro de mulheres jovens. É um dos tipos de câncer mais temidos pelas mulheres, devido à sua alta frequência e efeitos psicológicos, tais como: alterações da sexualidade e da imagem corporal, medo de recidivas, ansiedade, dor e baixa autoestima. O sintoma mais comum de câncer de mama é o aparecimento de nódulo, geralmente indolor, duro e irregular, mas há tumores que são de mama são edema cutâneo semelhante à casca de laranja; retração cutânea; dor, inversão do mamilo, hiperemia, descamação ou ulceração do mamilo; e secreção papilar, especialmente quando é unilateral e espontânea. A secreção associada ao câncer geralmente é transparente, podendo ser rosada ou avermelhada devido à presença de glóbulos vermelhos. Podem também surgir linfonodos palpáveis na axila. Não há uma causa única para o câncer de mama. Diversos fatores estão relacionados ao câncer de mama. Ser mulher e envelhecer são os principais fatores que aumentam o risco. Continua (31) 2104-5700 | www.humbertoabrao.com.br Whatsapp: (31) 9707-9945 A RTI GO Câncer de Mama OUTUBRO | 2015 Fatores ambientais Fatores hormonais Fatores genéticos • • • História familiar de câncer de mama e ovário, principalmente em parentes de primeiro grau antes dos 50 anos; • Alteração genética; • A mulher que possui um desses fatores genéticos tem risco elevado para câncer de mama. Obesidade, principalmente após a menopausa; • Sedentarismo (não fazer exercícios); • Sobrepeso; • Consumo de bebida alcoólica; • Exposição frequente a radiações ionizantes (Raios-X). Primeira menstruação (menarca) antes de 12 anos; • • Primeira gravidez após os 30 anos; • Não ter amamentado; • Parar de menstruar (menopausa) após os 55 anos; • Ter feito reposição hormonal pósmenopausa, principalmente por mais de cinco anos. Programas de prevenção primária evitam o aparecimento de doenças, mas não são utilizados em relação ao câncer de mama devido às suas características biológicas e recursos tecnológicos disponíveis. O controle dessa doença se dá através da detecção precoce, na qual a lesão se restringe ao parênquima mamário, com um tamanho de no máximo três centímetros, permitindo o uso de recursos terapêuticos menos mutiladores e maior possibilidade de cura. Os Tecido Adiposo Cisto Abcesso Glândula Mamária Duto câncer de mama são o exame clínico de mamas que são usados como marcadores tumorais para tais doenças, pois o autoexame de mamas (AEM) detecta a doença geralmente em estágio avançado, sendo responsável por cerca de 80% das descobertas de cânceres de mama. O AEM não tem efeito adverso e possibilita a participação da mulher no controle de sua saúde, devendo ser realizado mensalmente, entre o sétimo e o décimo dia após a menstruação, nos quais as mamas encontram-se indolores, menores e menos consistentes. Nos casos de climatério, histerectomia e amamentação, quando não há menstruação, deve-se realizar o exame mensalmente, sempre no mesmo dia, escolhido arbitrariamente. O ECM faz parte do atendimento integral à mulher, devendo ser inserido no exame físico e ginecológico de todas as mulheres, Mamilo Aréola Tumor Cancerígeno Fibroadenoma (tumor benigno) (31) 2104-5700 | www.humbertoabrao.com.br Continua Continua Whatsapp: (31) 9707-9945 A RTI GO OUTUBRO | 2015 Câncer de Mama independente da faixa etária, servindo de subsídio para exade alto custo, dos tecidos moles das mamas, mais usado em alterações não perceptíveis ao ECM, não substituindo o mesmo. menos de 35 anos de idade, sendo também utilizado para ma- Os exames laboratoriais mais utilizados no rastreio da doença são os marcadores tumorais, CA 15.3 e o Antígeno Carcinoembrionário (CEA). Elevados níveis sanguíneos do marcador tumoral CA15.3 são encontrados principalmente em pacientes com câncer de mama, sendo 10% dos pacientes com doença inicial e em cerca de 70% dos casos com doença avançada. A sensibilidade varia de acordo com a massa tumoral e estadiamento clínico, sendo de 88% a 96% na doença disseminada. Os valores normais do CEA variam de laboratório para laboratório, e os fumantes costumam ter níveis mais altos. Mas, mesmo em tabagistas, valores maiores do que 5,5 ng/mL não são normais. Quanto maior o valor de CEA no momento do diagnóstico, maior a probabilidade de doença avançada. Níveis elevados de CEA também são encontrados em outras neoplasias malignas, como por exemplo, pulmão, pâncreas, trato gastrointestinal, trato biliar, tireóide e mama (30% a 50%). A ocorrência de recidiva é indicada por um nível crescente de CEA, sendo a doença clinicamente detectável quase sempre precedida de um aumento do marcador tumoral. Os níveis séricos do CEA também são úteis para monitorizar o tratamento de câncer de mama metastático. Os marcadores tumorais CA15.3 e o CEA são realizados diariamente na rotina do Laboratório Humberto Abrão. Em virtude disso, nossos clientes podem ter seus resultados prontos no mesmo dia. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) preconiza a realização do ECM anualmente, a partir dos 40 anos de idade; da mamo- REFERÊNCIAS Cantinelli FS, Camacho RS, Smaletz O, Gonsales BK, Braguittoni E, Rennó JR. A oncopsiquiatria no câncer de mama: considerações a respeito de questões do feminino. Rev Psiquiatr Clín 2006; 33(3): 124-33. Cibeira GH, Guaragna RM. Lipídio: fator de risco e prevenção do câncer de mama. Rev Nutr 2006; 19(1): 65-75. Haddad N, Silva MB. Mortalidade por neoplasmas em mulheres em idade reprodutiva - 15 a 49 anos - no estado de São Paulo, Brasil, de 1991 a 1995. Rev Assoc Med Bras 2001; 47(3): 221-30. INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER (Brasil). Estimativa 2014. Incidência do Câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2014. Ministério da Saúde (BR). Instituto Nacional do Câncer. Ações de enfermagem para o controle do câncer. 3ª ed. Rio de Janeiro: INCA; 2008. Ministério da Saúde (BR). 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As opções terapêuticas mais utilizadas para o tratamento do câncer de mama são a cirurgia e a radioterapia, enquanto que para o sistêmico são a quimioterapia, a hormonioterapia e a imunoterapia. Drª. Andréa F. Vale Biomédica Departamento de Hematologia (31) 2104-5700 | www.humbertoabrao.com.br Previna-se Whatsapp: (31) 9707-9945