A realizacão de computadores quânticos vem sendo investigada do ponto de vista teórico e experimental por diferentes abordagens tais como: spins eletrônicos; trapped íons; ressonância magnética nuclear, etc. Uma abordagem alternativa vem sendo discutida no campo da computacão quântica biológica: a nanomáquina quântica de Penrose e Hameroff conhecida como modelo Orch OR (Orchestrated Objective Reduction). A nanomáquina quântica é baseada no comportamento dos microtúbulos cerebrais. Microtúbulos são estruturas biológicas existentes no interior das células e são formadas por dímeros de proteínas polarizadas, chamadas tubulinas, com formato globular, que se comportam como qubits. O comportamento dos microtúbulos deu origem a um aspecto interessante do modelo Orch Or chamado Reducão Objetiva. Essencialmente, a Reducão Objetiva é a idéia que sistemas quânticos mesmo isolados do ambiente externo irão reduzir (ou colapsar) devido a suas características geométricas intrínsecas. A compreensão do comportamento dos microtúbulos pode nos proporcionar uma visão mais apurada de como é manipulada a informacão enviada ao cérebro por impulsos elétricos pelos órgãos sensoriais e como é criada físicamente a consciência. Neste trabalho, apresenta-se uma modelagem e simulacão computacional para a nanomáquina quântica biológica de Penrose e Hameroff. Mais especificamente, discute-se um modelo computacional para a nanomáquina utilizandose autômatos celulares. A simulacão deste modelo é implementada graficamente na linguagem de programacão funcional Haskell. Haskell é uma linguagem funcional (de alto nível) pura e já vem sendo estudada em diversos trabalhos como uma linguagem interessante para modelagem e simulacão de estruturas quânticas. Através da utilizacão do simulador computacional pode-se verificar propriedades interessantes do comportamento das tubulinas, tais como mudanças conformacionais em série (ondas planares e estacionárias) e mudanças conformacionais quânticas (indeterminacão de estado). A modelagem para um entendimento do ponto de vista computacional do microtúbulo dará base para trabalhos futuros que poderão suportar algoritmos para o simulador de microtúbulos em Haskell. O presente trabalho pretende dar subsídios para simular atividades neurais mais complexas futuramente.