diretrizes básicas de prevenção de câncer de mama

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DIRETRIZES BÁSICAS DE PREVENÇÃO DE CÂNCER DE MAMA NA REDE DE
ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE DE CAMPINAS
A prevenção do câncer de mama está embasada em três componentes:
1. Auto-exame. Deve ser realizado por mulheres de qualquer faixa etária, mensal,
pós-menstrual. Toda a equipe de saúde deve estar atenta para as oportunidades de
orientação quanto a realização periódica do auto-exame pelas usuárias.
2. Exame clínico das mamas. Deve ser realizado pelo menos uma vez por ano
pelo profissional de saúde (ginecologista, generalista ou enfermeira), principalmente
em mulheres com mais de 35 anos de idade, quando em consulta ou em outras
oportunidades (ex.: coleta de CO) independente da queixa.
3. Mamografia para rastreamento ou para diagnóstico de lesões suspeitas,
conforme os critérios abaixo.
Os componentes acima citados deverão ser incluídos como parte integrante do
atendimento de mulheres, independente da queixa que apresente ou do programa
em que esteja matriculada. As mulheres sendo atendidas em outros programas
deverão ser estimuladas a passarem por ações de prevenção e educação em saúde.
Rastreamento de mulheres com baixo risco:1
Rastreamento por meio do exame clínico da mama, para as todas as mulheres a
partir de 40 anos de idade, realizado anualmente, devendo ser realizado em todas
as consultas clínicas, independente da faixa etária;
Rastreamento por mamografia, para as mulheres com idade entre 50 a 692 anos,
com o máximo de dois anos entre os exames;
Rastreamento de mulheres com risco elevado
Mamografia com intervalo anual acima de 40 anos de idade para as mulheres com
risco elevado para câncer de mama.
1
Em Novembro de 2003, foi realizada a "Oficina de Trabalho para Elaboração de Recomendações ao Programa Nacional de Controle do Câncer de
Mama", organizada pelo Ministério da Saúde, através do Instituto Nacional de Câncer e da Área Técnica da Saúde da Mulher, com o apoios das
Sociedades Científicas afins e participação de gestores estaduais, ONG's e OG's. A partir dessa Oficina foi desenvolvido um Documento de
Consenso para Controle do Câncer de Mama, publicado em 2004, que contém as principais recomendações técnicas referentes à detecção precoce, ao
tratamento e aos cuidados paliativos em câncer de mama, no Brasil.
2
A idade precisa para interromper o rastreamento com mamografia é incerta. Mulheres mais idosas tem maior probabilidade de desenvolver e morrer de
cancer de mama, mas também têm maior chace de morrer por outras causas. Mulheres com co-morbidades que limitam sua expectative de vida são
menos propensas a se beneficiar com o rastreamento.
São consideradas mulheres com risco elevado aquelas com:
! história familiar de pelo menos um parente de primeiro grau (mãe, irmã ou filha)
com diagnóstico de câncer de mama abaixo dos 50 anos de idade.
! história familiar de pelo menos uma parente de primeiro grau (mãe, irmã ou filha)
com diagnóstico de câncer de mama bilateral ou de câncer ovário em qualquer
faixa etária.
! diagnóstico histopatológico de lesão mamária proliferativa (hiperplasias ductal ou
lobular) com atipia ou carcinoma in situ.
! história familiar de câncer de mama masculino em parente de primeiro grau.
Rastreamento de mulheres em uso de Terapia Hormonal (TH) no climatério:
Mamografia antes de iniciar terapia de reposição hormonal e bianual durante o seu
uso.
Mamografia em mulheres sintomáticas
A mamografia poderá ser realizada a partir dos 30 anos de idade, em mulheres com
exame clínico alterado, entretanto, entre 30 e 40 anos deve-se dar preferência à
ultra-sonografia como primeiro exame complementar.
São consideradas mulheres sintomáticas aquelas com:
! Nódulos palpáveis
! Descarga papilar
! Alterações do mamilo
! Alterações cutâneas suspeitas (espessamentos, retrações).
! Adenomegalia axilar
! Mastalgia acíclica
Critérios para solicitação de ultra-sonografia mamária:
! Deverá ser o primeiro exame complementar para mulheres sintomáticas (critérios
acima) abaixo dos 40 anos em especial abaixo dos 30 anos de idade.
! Quando necessária a complementação em casos de mamografia com
diagnóstico de BIRADS 0 e 3 (este último em situações específicas).
! Pacientes com nódulos palpáveis e mamografia negativa com mamas densas.
Nos casos onde houver dúvidas quanto ao diagnóstico ou conduta, suspeita de
malignidade ou lesões benignas passíveis de tratamento cirúrgico, as mulheres
deverão ser encaminhadas aos Ambulatórios de Patologia Mamária.
Observações:
! Os pedidos de mamografia devem ser legíveis e conter os achados clínicos,
devendo-se especificar: especificação de qual a mama alterada (direita ou
esquerda), características das lesões (localização, tamanho, consistência,
mobilidade) e outras alterações (descarga papilar, alterações cutâneas ou do
mamilo, adenomegalia axilar, etc.).
! As solicitações de mamografias para rastreamento poderão ser feitas pelo(a)
enfermeiro(a).
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