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Ultraortodoxos admitem centenas de conversões de
judeus ao messias Jesus
Da pequena Petach Tikva à capital Jerusalém, ocorre um avivamento silencioso.
Matéria publicada em 30 de Junho de 2016
Algumas semanas atrás a imprensa divulgou que os líderes haredi (ultraortodoxos) da
cidade de Petach Tikva, estavam denunciavam a “atividade missionária” na cidade. A
pequena cidade na região central de Israel é governada pelo partido Shas, de linhadura. A preocupação deles é que os moradores estivessem aceitando o material
distribuído por grupos de judeus messiânicos (que acreditam em Jesus como messias).
Na verdade, a campanha contra os missionários é uma prática antiga de organizações
como Yad L’Achim e a Judeus para o Judaísmo. O argumento mais usado é que o
objetivo dos cristãos é “destruir o povo judeu” ao fazê-los abandonar sua fé milenar em
um único Deus.
Para o site messiânico Kehila News, “parece que a comunidade haredi está enfrentando
uma crise espiritual de proporções históricas”. Os seguidores do ramo ultraortodoxo
passam a maior parte do seu tempo estudando a Torá, mas agora mostram-se
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dispostos a buscar respostas em outras fontes além de suas tradições.
Esse seria o motivo pelo qual o material dos messiânicos está proibido nas cidades
governadas por esse ramo estrito do judaísmo, com as autoridades pedindo que as
pessoas não o leiam e entreguem na prefeitura para que “não causam mais dano”.
Os missionários que divulgam Jesus como Messias apresentam-se como uma corrente
judaica que também usa o Novo Testamento, um livro judaico que complementa a
Tanach (Antigo Testamento).
Muitas vezes eles não podem falar abertamente, por isso distribuem literatura sobre o
assunto. Pelo fato de correrem risco de perseguição, seu trabalho seguidamente é feito
sem chamar atenção. Para muitos especialistas, o que ocorre em Israel é um “um
avivamento silencioso”.
Curiosamente, ao fazer o apelo para que os cidadãos de Petach Tikva parem de ler o
material, o prefeito admitiu que já eram “centenas” de pessoas que estavam sendo
enganadas. Ao fazer isso, admitiu involuntariamente que muitos ultraortodoxos estão, de
fato, reconhecendo Jesus como o Messias.
Para quem conhece a realidade de Israel, a afirmação é chocante, uma vez que o
principal argumento dos rabinos é que só se “deixava enganar” pelos missionários
aqueles que são ignorantes da Torá. Contudo, a admissão de que o grupo mais religioso
dentro do país está perdendo membros para os messiânicos é o mesmo que soar um
alarme de incêndio.
O “avanço” do número de seguidores de Cristo tem incomodado tanto os líderes
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religiosos judeus, que foram criadas leis visando suprimir a liberdade religiosa. Por
exemplo, desde junho de 2015, a Prefeitura de Jerusalém é obrigada a consultar os
rabinos da cidade antes de permitir que os cristãos realizem eventos na cidade,
temendo que eles convençam os judeus a seguir Jesus.
Esta semana, cerca de uma dúzia de ultraortodoxos invadiu um encontro de cristãos no
local tradicional do Cenáculo, onde foi realizada a última ceia e se encontra o suposto
túmulo do rei Davi. Alguns gritavam “O povo judeu vive para sempre!”, enquanto outro
os amaldiçoavam: “Que o nome do seu falso deus se apague para sempre”.
Mais intrigante ainda foram as declarações recentes do rabino Chaim Kanievsky, uma
das maiores autoridades na sociedade judaica Haredi. Suas mensagens recentes têm
sido claras e inequívocas: todos os judeus devem voltar para Israel o mais rapidamente
possível.
Para ele, essa é uma ação espiritual que marca a vinda do Messias judeu. Durante um
encontro público no início de junto, ele afirmou: “O Messias já está aqui. Ele irá revelarse muito em breve”.
Fonte: gospel prime
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