23º Congresso Brasileiro do Aço

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Carta do
23º Congresso Brasileiro do Aço
O aço é imprescindível para a sociedade. O mundo não se desenvolve sem ele.
De 26 a 28 de junho, o Instituto Aço Brasil realizou, em São Paulo, o 23º Congresso Brasileiro do Aço, com a participação do
Ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel e da Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira,
com a presença cerca de 3 mil participantes, dentre os quais representantes da indústria do aço, governo, cadeia metal-mecânica,
fornecedores, empresas de consultoria, distribuidores e jornalistas. Em paralelo ao Congresso, ocorreram a ExpoAço e a Vila do Aço
que tiveram como tema central a sustentabilidade do uso do aço e dos coprodutos em diversas aplicações. As exposições foram
visitadas por estudantes e público em geral que puderam conhecer importantes instituições e empresas associadas à indústria do
aço.
Durante o Congresso, foram discutidos assuntos de grande relevância e atualidade, entre os quais: a situação da economia
mundial, com apresentação do Professor Raghuran Rajan, ex-economista chefe do FMI e especialista em finanças internacionais;
perspectivas da indústria do aço; fatores limitativos da competitividade da indústria nacional e o processo de desindustrialização no
País. Foram abordados também as perspectivas do mercado de minério de ferro e os desafios e oportunidades da transição para
uma economia verde. Foi lançado ainda durante o congresso, o 7º Relatório de Sustentabilidade da Indústria do Aço, realizado pelo
Instituto Aço Brasil.
Entre as mensagens veiculadas no Congresso, destacam-se:
A economia mundial vive momento de incertezas e volatilidade. O declínio do preço do petróleo, de maneira continuada,
deverá fomentar o reaquecimento da economia global. No curto prazo, a melhoria do desempenho econômico dependerá de
uma firme recuperação dos Estados Unidos, da rápida e segura solução da crise na zona do Euro e do continuado crescimento
da China, ainda que em nível menos acelerado. No longo prazo, será preciso buscar novas alternativas que promovam o
crescimento econômico, tanto para as economias desenvolvidas quanto para as emergentes. Não há mais espaço para o
crescimento impulsionado seja pelo endividamento excessivo, no caso das economias avançadas, por investimentos, como na
China, ou por estímulos ao consumo, a exemplo do que é feito no Brasil e na Índia.
Com consumo mundial da ordem de 1,5 bilhões de toneladas, em 2011, o mercado de aço continuará crescendo nos
próximos anos, embora haja uma sobrecapacidade de 500 milhões de toneladas/ano. Esse excesso de oferta de aço, associado
à retração econômica de importantes mercados consumidores, vem provocando competição predatória e práticas desleais de
comércio impulsionados por subsídios e mecanismos artificiais de câmbio existentes em alguns países.
No Brasil, foi evidenciada a dificuldade que as usinas produtoras de aço vem enfrentando com o baixo consumo percapita de
aço, perda de competitividade pela elevação dos seus custos de produção, queda de margem e competição desigual com os
produtos importados.
Observa-se forte pressão dos custos de matérias primas, especialmente do minério de ferro. A China, maior consumidora
deste insumo, continuará crescendo, ainda que a um ritmo menor, e expandindo sua capacidade de produção de aço e, por
consequência, determinando os preços no mercado. As usinas siderúrgicas vêm buscando integração em ativos minerários,
objetivando a verticalização e recuperação de sua competitividade.
A situação da indústria no País é preocupante. A indústria de transformação no Brasil, que já representou 27% do PIB
nacional, hoje corresponde a apenas 13%, mas carrega uma carga tributária da ordem de 32% do PIB, o que levou como
consequência a não geração de novos empregos. Diversos fatores estruturais e conjunturais limitam a competitividade
nacional como taxa de juros elevada, incentivos às importações, sistema logístico deficiente, alto custo de energia, sendo esta
a segunda mais cara do mundo, folha de pagamento dispendiosa, sendo que, atualmente, gasta-se mais em encargos do que
em salários (160%). Ademais, existem inúmeros Projetos de Lei tramitando no Congresso que criam novos custos ou entraves
à indústria.
A perda de competitividade da indústria nacional levou o País à “reprimarização” de sua pauta exportadora, com uma
inversão de US$ 100 bilhões na balança comercial de manufaturados nos últimos seis anos. A desindustrialização no Brasil é
uma realidade e, a adoção de medidas para revertê-la uma prioridade. A pronta adoção de mecanismos eficientes de defesa
comercial para evitar importações predatórias, a correção das assimetrias competitivas e substanciais investimentos em
infraestrutura são essenciais para reverter esse processo e permitir o crescimento do País e do setor industrial.
A sustentabilidade implica na total integração dos pilares econômico, social e ambiental, ou seja, não haverá proteção ao meio
ambiente se não houver crescimento econômico e avanços sociais. O consenso é de que o Brasil precisa crescer e que há
correlação entre PIB e consumo de carbono. Assim, quaisquer acordos internacionais devem seguir o princípio das
responsabilidades comuns, mas diferenciadas entre países desenvolvidos e em desenvolvimento.
www.acobrasil.org.br
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