TCC Paulo Afonso Silveira Maia-Final

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMIÁRIDO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS AMBIENTAIS E TECNOLÓGICAS
CURSO DE BACHARELADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA
PAULO AFONSO SILVEIRA MAIA
EXPLORAÇÃO DOS RECURSOS MINERAIS E SUAS APLICAÇÕES NA
CONSTRUÇÃO CIVIL NA REGIÃO DO BAIXO JAGUARIBE-CE
MOSSORÓ – RN
2013
PAULO AFONSO SILVEIRA MAIA
EXPLORAÇÃO DOS RECURSOS MINERAIS E SUAS APLICAÇÕES NA
CONSTRUÇÃO CIVIL NA REGIÃO DO BAIXO JAGUARIBE- CE
Monografia apresentada a Universidade
Federal
Rural
do
Semi-Árido
–
UFERSA, Departamento de Ciências
Ambientais
e Tecnológicas
para a
obtenção do título de Bacharel em
Ciência e Tecnologia.
Orientador: Prof. D.Sc. Marcelo Tavares
Gurgel – UFERSA.
MOSSORÓ - RN
2013
Ficha catalográfica preparada pelo setor de classificação e
catalogação da Biblioteca “Orlando Teixeira” da UFERSA
M217e Maia, Paulo Afonso Silveira.
Bibliotecári
a:
Vanes0073a
de Oliveira
Pessoa
Exploração dos recursos minerais e suas aplicações na
construção civil na região do Baixo Jaguaribe-CE. / Paulo
Afonso Silveira Maia. -- Mossoró, 2013.
49 f.: il.
CRB15/453
Monografia (Graduação em Ciência e tecnologia) –
Universidade Federal Rural do Semi-Árido.
Orientador: Marcelo Tavares Gurgel.
1. Materiais. 2. Extração. 3. Utilização. 4. Construção Civil . I.Título.
CDD: 620.11
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradecer a Deus por ter me dado a oportunidade de viver essa vida, por ele ter
me mostrado o melhor caminho da vida, por ter me dado inteligência, paciência e força para
conseguir vencer as dificuldades encontradas durante toda essa caminhada, não deixando
desistir de realizar esse meu sonho. Que o senhor Deus não deixe de iluminar o meu caminho
por toda minha vida.
A minha mãe, Irani Silveira Cunha que não está aqui presente, mas sei que me deu e me dar
muita força para baralha e persevera e nunca ter desistido com todos os obstáculos que
encontrei. Ao meu pai, Afonso Nunes Maia que sempre esteve ao meu lado me apoiando, me
dando força coragem para sempre batalha não importando o tamanho do obstáculo. Tenho
certeza que sem o seu apoio eu não conseguiria.
A todos os colegas da que me ajudaram e me apoiaram nos momentos de dificuldade.
Agradeço muito a UFERSA pela essa grande oportunidade que me fez crescer, que sem ela
não estaria aqui escrevendo essa tese de conclusão de curso.
E um agradecimento especial ao meu professor e orientador Marcelo Tavares Gurgel, pela
ajuda, e por toda a dedicação para que esse trabalho saísse da melhor maneira possível.
“Escolhe um trabalho de que gostes, e não
terás que trabalhar nem um dia na tua vida.”
Confúcio.
RESUMO
A grande quantidade e diversidade e por consequência a facilidade de extração dos
recursos minerais que são utilizados na construção civil oriundos da região do Baixo
Jaguaribe Cearense, fez com que as construções na região se desenvolvessem com uma
velocidade acelerada. Nesse contexto o presente estudo objetivou fazer um levantamento dos
recursos minerais e das formas de explorações utilizados na construção civil na Região do
Baixo Jaguaribe do estado do Ceará. Para isso, foram levantadas informações na literatura e
aplicados questionários com os mineradores do referido local no período de de 04/02/2013 a
25/03/2013. De tal modo, o trabalho consiste em estudar a exploração dos recursos minerais
utilizados na construção civil que são explorados na Região do Baixo do Jaguaribe,
descrevendo todo o processo de exploração destes minerais e sua utilização na construção.
Palavras-chave: Materiais. Extração. Utilização na Construção Civil
ABSTRACT
The large amount and diversity for convenience and ease of extraction of mineral
resources that are used in construction from the region of Lower Jaguaribe Cearense, caused
the buildings in the area were developed with an accelerated speed. In this context, the present
study aimed to survey the mineral resources and forms of farms used in construction in the
Lower Region Jaguaribe the state of Ceará. For this information have been raised in the
literature and applied questionnaires with the miners of that place in the period from
04/02/2013 to 25/03/2013. In this way, the work is to study the mineral resources used in
construction that are explored in the Region of Lower Jaguaribe, describing the whole process
of exploitation of these minerals and their use in construction.
Keywords: Materials. Extraction. Use in Construction
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Mapa de localização dos distritos mineiros do Estado do Ceará. ......................................... 17
Figura 2 - Localização Doda Região do Baixo Jaguaribe - CE ............................................................ 27
Figura 3 - Pá manual ............................................................................................................................. 29
Figura 4 - Pá carregadeira ..................................................................................................................... 29
Figura 5 - Compressor Pneumática ....................................................................................................... 30
Figura 6 - Jazida de Arisco.................................................................................................................... 31
Figura 7 - Jazida de areia grossa do rio ................................................................................................. 32
Figura 8 - Extração Mecanizada............................................................................................................ 32
Figura 9 - Extração Manual................................................................................................................... 33
Figura 10 - Jazida de rocha granítica .................................................................................................... 34
Figura 11 - Paralelepípedo de Rocha Granítica..................................................................................... 34
Figura 12 - Meio fio feito de rocha Granítica ....................................................................................... 35
Figura 13 - Separação da rocha que esta na superfície.......................................................................... 35
Figura 14 - Jazida de rocha calcaria de pequena escala ........................................................................ 37
Figura 15 - Caminhão de grande porte (Caminhão no truck)................................................................ 38
Figura 16 - Caminhão de pequeno porte (Caminhão no toco) .............................................................. 39
Figura 17 - Carregamento manual de rocha calcária ............................................................................. 40
Figura 18 - Estoque de areia e arisco .................................................................................................... 41
Figura 19 - Estoque de arisco ................................................................................................................ 42
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Produção de Bens Minerais.................................................................................................. 18
Tabela 2 - Principais Utilizações dos Agregados .................................................................................. 24
Tabela 3 - Produção de areia no Brasil.................................................................................................. 26
Tabela 4 - Produçaõ de brita no Brasil .................................................................................................. 26
LISTA DE ABREVEATUAS E SIGLAS
DNPM: Departamento Nacional de Produção Mineral
RBJ: Região do Baixo do Jaguaribe
PMB: Produção Mineral Brasileira
CPRM: Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais
NBR: Norma Brasileira de Regulamentação
ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas
IBAMA: Instituto Brasileiro de Meio Ambiente
SEMACE: Superintendência Estadual do Meio Ambiente do Ceará
PIB: Produto Interno Bruto
ASTM: American Society for Testing and Materials
SISNAMA: Sistema Nacional de Meio Ambiente
CONAMA: Conselho Nacional do Meio Ambiente
SUMÁRIO
1
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 13
2
REVISÃO DE LITERATURA .................................................................................................. 15
2.1
RECURSOS MINERAIS DO BRASIL .................................................................... 15
2.2
RECURSOS MINERAIS DO CEARÁ ..................................................................... 16
2.3
MINERAIS PARA CONSTRUÇÃO CIVIL ............................................................ 19
2.4
METODOS DE EXTRAÇÃO OU LAVRA ............................................................. 20
2.4.1
Rochas................................................................................................................. 20
2.4.2
Areias .................................................................................................................. 21
2.4.3
Arisco (Areia Branca ou da Caatinga) ............................................................ 22
2.4.4
Licenciamento Ambiental ................................................................................. 22
2.5
UTILIZAÇÃO DOS MINERAIS NA CONSTRUÇÃO CIVIL ............................... 23
2.6
IMPORTÂNCIA DOS MINERAIS PARA CONSTRUÇÃO CIVIL ....................... 25
3 METODOLOGIA ....................................................................................................................... 27
4
RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................................ 29
4.1
PROCESSO DE EXTRAÇÃO OU LAVRA ............................................................ 29
4.1.1
Extração do arisco ............................................................................................. 30
4.1.2
Extração da areia............................................................................................... 31
4.1.3
Extração da rocha granítica ............................................................................. 33
4.1.4
Extração da rocha calcária ............................................................................... 36
4.2
PROCESSO DE TRANSPORTE.............................................................................. 38
4.3
PROCESSO DE ESTOCAGEM ............................................................................... 40
4.3.1
Areia e arisco ..................................................................................................... 41
4.3.2
Rochas graníticas e calcárias ............................................................................ 42
4.4
UTILIZAÇÃO DOS MINERAIS NA CONSTRUÇÃO CIVIL PROVENIENTES
DA REGIÃO DO BAIXO JAGUARIBE (RBJ) ................................................................................... 43
4.5
IMPORTÂNCIAS DESSES MINERAIS PARA A REGIÃO DO BAIXO
JAGUARIBE (RBJ) .............................................................................................................................. 43
4.6
DIFICULDADES EMFRENTADAS PELOS MINERADORES ............................ 44
4.7
QUESTÃO AMBIENTAL ........................................................................................ 44
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................................... 46
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 47
ANEXO A ............................................................................................................................................. 49
13
1
INTRODUÇÃO
Os minerais são substância no estado sólido que existem na natureza e que são
utilizados para satisfazer as necessidades dos seres humanos, esses minerais estão dispostos
ao longo da superfície terrestre, mas não distribuídos uniformemente na superfície da terra. Os
minerais foram distribuídos naturalmente de modo não uniforme na superfície terrestre,
podendo ter ou não possibilidade de encontrar uma região com uma maior quantidade de
minerais.
A exploração dos recursos minerais começou a milhares de anos, mas em pequena
quantidade e poucos minerais descobertos. Assim com o passar dos anos e os avanços da
sociedade, o desenvolvimento tecnológico e com o crescimento populacional foram
aumentando as necessidades de mais recursos minerais fazendo com que se descobrissem
novas jazidas, e assim, fazendo com que tivesse um crescimento na exploração desses
recursos da natureza. O crescimento populacional é o principal fator que fez aumentar a
necessidade por recursos minerais, assim teve um grande crescimento da extração dos
mesmos para satisfazer as necessidades do homem, pois os recursos minerais estão em toda
parte e em tudo que os seres humanos precisam para satisfazer suas necessidades.
A construção civil foi crescendo proporcionalmente com o crescimento da população,
fazendo com que os minerais ligados as atividades da construção passassem a ser um dos
recursos minerais mas consumidos no mundo. Os minerais utilizados na construção civil são
chamados de agregados, onde são materiais granulares, sem forma e volume definidos, de
dimensões e propriedades adequadas para o uso em obras de engenharia civil
(PARAGUASSU, 1996), onde esses minerais podem ser utilizados na construção na forma
natural ou artificial.
Segundo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) a exploração dos
minerais é classificadas em metálicas, não metálicas, gemas, diamante e energéticos, onde em
2007 cerca de 90% das minas do país se dedicavam a exploração de minerais não metálicos e
80% do total dessas minas exploram minerais usados na construção civil.
A Região do Baixo Jaguaribe (RBJ) esta localizada no Estado do Ceará e são
compostas por sete cidades, que são Limoeiro do Norte, Russas, Quixeré, Jaguaruana,
Aracati, Morada Nova e São João do Jaguaribe, onde cada uma dessas cidades tem o seu
potencial diferenciado na exploração e utilização dos recursos minerais não metálicos.
14
Na cidade de Limoeiro do Norte está localizada a Carbomil Quimica SA que é a maior
indústria de exploração de rocha calcária e fabricação de cal para a construção civil de toda a
região. Nesta cidade encontram-se ainda jazidas de areia para o uso na construção e de rocha
ígnea que são usadas na fabricação de paralelepípedos e meio fio para serem utilizadas no
calçamento de ruas e essa mesma rocha também pode ser usado na fabricação da brita de
rocha granítica.
Vale salientar que as cidades de Russas e Jaguaruana também são polos industriais
cerâmicos, pois tem grandes jazidas de argilas
em Russas existe a produção de pedra
portuguesa. A cidade de Morada Nova tem grandes jazidas de rocha ígnea granítica, tendo
extração para fabricação de paralelepípedo e meio fio para a construção de calçamentos. Já as
cidades de Aracati, Quixeré e São João do Jaguaribe não se destacam em extração de minerais
para construção civil.
A RBJ é uma região rica em recursos minerais, mas em sua história não contem
nenhum trabalho científico que retrate esses minerais encontrados na região e como os
mesmos são explorados. Portanto, o trabalho irá consistir em fazer um levantamento dos
minerais encontrados na RBJ e seus modos de exploração, transporte e estocagem,
considerando a utilização na construção civil e as dificuldades enfrentadas pelos miradores.
O trabalha irá contribuir para a região na economia, pois nele estarão contidas
informações sobre a diversidade dos recursos minerais encontrados na região, sua utilização
na construção civil, os meios de extração utilizados pelos minerados e as dificuldades
encontradas na região.
Neste estudo objetivou-se fazer um levantamento dos recursos minerais e das formas
de exploração utilizados para a construção civil na RBJ do estado do Ceará.
15
2
REVISÃO DE LITERATURA
2.1 RECURSOS MINERAIS DO BRASIL
O Brasil é o quinto maior país do mundo em extensão territorial e tem a sexta maior
produção de mineração do mundo. O setor brasileiro de mineração tem enorme potencial
geológico, sendo que a maioria do país ainda não foi explorada, segundo Miguel Antônio
Cedraz Nery, diretor geral do Departamento Nacional e Produção Mineral (DNPM).
A produção mineral Brasileira teve uma grade evolução a partir do ano 2000, devido a
uma maior demanda de minérios provocado pelo elevado crescimento mundial que
impulsionou o valor de PMB (Produção Mineral Brasileira). No período de 2001 a 2011 a
PMB teve um crescimento de 550%. Com o processo de urbanização mundial e o crescimento
das economias emergentes, estima-se que a PMB continuará crescendo entre 10% e 15% nos
próximos três anos. (JONES, 2012)
No Brasil os recursos minerais são significativos e abrangem uma produção de 72
substâncias minerais, das quais 23 são metálicas, 45 não metálicas e 4 energéticas, onde os
nãos metálicos são os minerais utilizados na construção civil. Que tem como origem a
estimativa de 3354 minas, das quais 159 minas são de grande porte, 837 são de médio porte e
2358 minas são de pequeno porte, onde destas minas cerca de 3146 minas exporão minerais
não metálicos. As minas que tem uma maior extração mineral são as de areia, brita e cascalho,
argila, calcário, rochas ornamentais. Segundo o DNPM (Departamento Nacional de Produção
Mineira) o Brasil tem a sexta maior produção de mineração do mundo e ate agora apenas 30%
do seu território foi sistematicamente explorado através de mapeamento geológico.
(PINHEIRO, 2011)
O país destaca-se na produção de amianto, bauxita, cobre, cromo, estanho, ferro,
grafita, manganês, níquel, ouro, potássio, rocha fosfática, zinco. A produção de minério de
ferro, de grande importância econômica, alcança 187,9 milhões de t, com um crescimento de
7,8% em relação ao ano anterior, resultando em maior volume exportado (8,2%). Sete grandes
empresas respondem por 94% da produção nacional de ferro: Cia. Vale do Rio Doce;
Minerações Brasileiras Reunidas S.A.; Mineração da Trindade; Ferteco Mineração S.A.;
Samarco Mineração S.A.; Cia Siderúrgica Nacional; e Itaminas Comércio de Minérios S.A.
16
Existem no Brasil cerca de 1,4 mil empresas mineradoras ativas que extraem
aproximadamente 80 substâncias minerais, sendo que 65,5% se concentram na Região
Sudeste. No estado de São Paulo está o maior número de minas, seguido de Minas Gerais e do
Rio de Janeiro. Atualmente, a maior parte das indústrias minerais do país é parcial ou
inteiramente de propriedade de investidores privados. (Grupo Escolar, 2008)
2.2 RECURSOS MINERAIS DO CEARÁ
A mineração no Estado do Ceará começou como em outras regiões do Brasil, nos
primórdios da nossa colonização. O volume retirado era sempre muito pequeno, sendo os
métodos de extração bastante rudimentares. Na época, a principal demanda voltava-se para
argilas, areias e cascalhos utilizados na construção civil. Até o século XIX, a mineração do
Estado do Ceará exibia um quadro de desenvolvimento e de emprego de novas tecnologias
bastante tímido. Os diversos materiais de construção eram principalmente retirados de
aluviões e, quando de afloramentos rochosos, eram separados por cunhas, acompanhando
fraturas e amarroados com ponteiras e marretas e, quando necessário, perfurados e detonados
com pólvoras caseiras.
Atualmente, essa atividade de mineração utiliza métodos mais modernos e recebe a
denominação de lavra, com tecnologias avançadas, como é o caso das rochas ornamentais.
Onde desde o início do século XIX, destaca-se a exploração dos calcários das regiões do
Apodi e de Sobral/Coreaú, além da magnesita de Iguatu e a gipsita da Chapada do Araripe.
Nas décadas de 30 e 40, foram estudados diversos depósitos de diatomita nas proximidades de
Fortaleza e viabilizados como jazidas. Neste período foi implantada a Diatomita Industrial
Ltda., com a finalidade de exportar esses depósitos.
A atividade de mineração nos pegmatitos do Ceará foi intensificada, no período de
1942 a 1945, em razão da segunda guerra mundial, como também a exploração do mineral
rutílo, principalmente nos municípios de Independência, Crateús, Quixeramobim, Itapiúna,
Quixadá e outros nos arredores. (HOLLANDA VIDAL, CASTELO BRANCO SALES, et al.,
2005)
Na Figura 1 tem-se impresso a representação das caracterizações dos 10 distritos
mineiros do Estado do Ceará de acordo do o Departamento Nacional de Produção Mineral.
17
DISTRITOS MINEIROS DO ESTADO DO CEARÁ: (1) Grande Fortaleza, (2) Baixo
Jaguaribe – Apodi, (3) Chapada do Araripe, (4) Iguatu – Aurora, (5) Novo Oriente – Tauá, (6)
Quixadá – Pedra Branca, (7) Sobral – Camocim, (8) Itapipoca – Santa Quitéria, (9) Canindé –
Tamboril e (10) Campos Sales – Antonina do Norte.
Figura 1 - Mapa de localização dos distritos mineiros do
Estado do Ceará.
Fonte: DNPM (2000)
CONFORME VASCONCELOS (2009) o coordenador da Companhia de Pesquisa de
Recursos Minerais (CPRM), o Ceara é um estado com grande potencial na exploração de
minerais não metálicos, que são os minerais de uso industrial, como calcário, areia, argila,
granito e rochas. No caso específico de rochas ornamentais, o Estado fica em segundo lugar
entre os produtores do Nordeste, com aproximadamente, 2% de toda a produção brasileira.
Perdendo apenas para a Bahia, na região de Santa Quitéria, há uma boa quantidade de
empregos gerados por empresas como Granistone, que explora granito ornamental. Os
minerais explorados no Ceará são os de uso na construção civil como argilas, diatomito,
areias e cascalhos, além de calcários, magnesita, gipsita, rochas ornamentais, fosfato e urânio,
18
gemas e minerais de pegmatitos e minérios de ferro, cromo e minerais do grupo da platina.
Dados disponíveis sobre o setor estão defasados: em 2006, a mineração rendeu, em
exportação, US$ 12,5 bilhões ao Estado. A estimativa era de que o setor empregava 3.816
pessoas.
Na Tabela a seguir encontra-se a produção de minerais por ano no Estado do Ceara.
Tabela 1 - Produção de Bens Minerais
Produção de Bens Minerais
Água Mineral
205.061.000 L
Areia
7.964.105 T
Areia Industrial
141.088 T
Argilas Comuns
1.362.900 T
Rochas
2.832.694 T
Magnesita
98.214 T
Mica
1.188 T
Minério de Ferro
62.098 T
Rochas
Britadas/ 5.634.554 T
Cascalho
Rochas Ornamentais
92.391 T
Fonte: Anuário Mineral Brasileiro-AMB 2010 (ano
Base 2009)
O Estado do Ceará merece destaque, a Jazida de fosfato e urânio localizada no
município de Santa Quitéria, as imensas jazidas de calcário, várias em produção na Chapada
do Apódi, no Cariri e a oeste de Sobral, produzindo-se cimento e de alta pureza para indústria
química em geral. No Sertão cearense existem grandes e valiosas jazidas de rochas graníticas,
19
areias, gnáissica e outras que vêm sendo lavradas para produção de rochas ornamentais,
comercializadas nos mercados interno e externo. Outros bens minerais estão sendo produzidos
oferecendo oportunidade de trabalho para muitos cearenses e proporcionando a produção e
comercialização de produtos indispensáveis para a construção civil, a indústria em geral e a
agropecuária.
2.3 MINERAIS PARA CONSTRUÇÃO CIVIL
Os minerais são substâncias formadas pela decomposição das rochas, solos e
sedimentos, onde essa decomposição acorre pela ação do intemperismo que operam na crosta
terrestre. O mineral é um sólido homogêneo e natural que tem uma composição química
definida e um arranjo atômico altamente ordenado (HURLBUT, 1999).
Os recursos minerais são expressivos e abrangem uma produção de 72 substâncias
minerais, das quais 23 são metálicas, 45 não metálicas e 4 energéticas (PINHEIRO, 2011).
Segundo o DNPM no ano de 2010 no Brasil existiam 3354 minas nas quais 3146 minas entre
pequenas e média operam em extração de matérias não metálicos.
Os minerais utilizados na construção civil recebem o nome de agregados, onde esses
agregados são fundamentais para a construção. Esses agregados são materiais granulares, sem
forma e volume definidos, de dimensões e propriedades estabelecidas para uso em obras de
engenharia civil, tais como, a pedra britada, cascalho e as areias naturais ou obtidas por
moagem de rocha, além das argilas e dos substitutivos como resíduos inertes reciclados,
escórias de aciaria, produtos industriais, entre outros. Os agregados são abundantes no Brasil
e no mundo (SERNA, 2009).
Os minerais podem ser classificados em metálicos e não metálicos, onde os não
metálicos são os que a construção civil utiliza em suas obras, podendo usa-los diretamente na
construção na sua forma natural ou artificial, como matéria prima para algum outro produto
que é empregado na mesma. Onde os minerais não metálicos são minerais que não apresenta
em sua composição propriedades metálica (FREITAS, 2010). Os materiais não metálicos que
são empregados na construção civil são as areias, rochas que podem ser calcaria ou granítica,
argila, cascalhos, seixo rolado onde cada uma desses materiais tem sua aplicação na
construção.
20
Os minerais naturais são os que se encontram de forma particulada na natureza (areia,
cascalho ou pedregulho) e os artificiais são aqueles produzidos por algum processo industrial,
como as pedras britadas, areias artificiais, escórias de alto-forno e argilas expandidas, entre
outros (SERNA, 2009).
A norma NBR 7211 (ABNT, 2005) dividem os agregados em duas classes, sendo o
miúdo e o graúdo. Os agregados miúdos ou areias sendo areias naturais ou artificiais cujo seus
grãos segundo a ABNT passam na peneira ABNT 4,8mm e fica retido na peneira ABNT
0,075mm. E já os agregados graúdo que são os pedregulhos ou britas cujo seus grãos passam
por uma peneira ABNT de 152 mm e ficam retidos na peneira ABNT 4,8mm
(ALBUQUERQUE, 1994).
2.4 METODOS DE EXTRAÇÃO OU LAVRA
2.4.1 Rochas
As rochas, mas utilizadas na construção civil são a sedimentar calcária ou rocha ígnea
granítica que sua exploração ocorre a céu aberto. Para a rocha granítica primeiramente é feito
uma limpeza do maciço rochoso (retirada de vegetação e solo) para que se inicie a execução
do plano de fogo para o desmonte primário (perfuração e detonação por explosivos), seguido
do desmonte secundário (fogacho e/ou rompedores hidráulicos), que pode ou não ser
necessário, do carregamento e do transporte dos fragmentos de rocha para locais junto às
instalações de britagem, denominadas praças de alimentação, para armazenagem temporária e
alimentação dos britadores em horários específicos ou diretamente para os britadores
primários. Nas áreas em que não há unidades de britagem, o material oriundo do desmonte é
processado de forma manual e nas dimensões de pedra de mão, é carregado e transportado
diretamente para venda, ou ainda são trabalhadas manualmente para fabricação de
paralelepípedos e meio - fio para pavimentação Os principais equipamentos e insumos
utilizados nas operações de lavra são: tratores; escavadeiras; pás-carregadeiras; perfuratrizes
pneumáticas ou marteletes manuais, caminhões (fora-de-estrada ou urbanos adaptados);
explosivos e acessórios de detonação (CAVALCANTI, 2012).
A extração de um maciço rochoso pode ser na forma bancada ou em paredão, mas
apenas o de bancada é utilizado na RBJ. A extração rochas graníticas em bancadas necessita
21
de uma área maior para construção de vias de acesso aos diferentes níveis de avanço do
desmonte. Possibilita o uso de equipamentos pneumáticos para perfuração e a utilização de
uma pequena quantidade de explosivos para fazer o desprendimento do bloco de rocha e todo
processo de desmonte é manual, sendo utilizados marrão, pixotes e alavancas.
Para a extração de rochas calcárias na RBJ não são utilizados tecnologias em seu
processo. Todas as etapas da exploração acontecem manualmente, sendo utilizado apenas
marrão, alavancas, picaretas e pá, onde a pá é utilizada para fazer a retirado do solo que esta
cobrindo a rocha e após essa limpeza a rocha é quebrada.
2.4.2 Areias
Areias são sedimentos clásticos formados por fragmentos de rochas preexistentes, com
grãos com dimensões que variam entre 0,06 e 2,00mm segundo (ABNT, 2005). Os grãos
frequentemente são de quartzo, mas também podem conter outros minerais. Os processos de
fragmentação e transporte do sedimento podem estar relacionados a meio aquoso ou eólico,
sendo as características físicas dos grãos, como tamanho, arredondamento e esfericidade
relacionados ao meio no qual as partículas foram transportadas e a distância percorrida.
Segundo a NBR 6502 as areias são classificadas de acordo com o diâmetro em: areia fina
(0,06 a 0,2 mm), areia média (0,2 a 0,6 mm) e areia grossa (0,6 a 2,0 mm). Na escala
granulométrica da ASTM, as areia apresentam dimensões variando de 0,075 a 4,75 mm,
sendo classificadas pelo diâmetro em: areia fina (0,075 a 0,42 mm), areia média (0,42 a 2,0
mm) e areia grossa (2,0 a 4,75 mm) (SOARES ET AL, 2006).
As areias podem apresentar variadas especificações e usos tais como: na indústria da
construção civil como agregado miúdo; moldes de fundição; matéria prima na indústria de
transformação (vidros, siderúrgica, abrasivos, cerâmica, química, refratários, cimento e
outros); no tratamento de águas e esgotos.
O método de extração de areia desenvolvido na RBJ é apenas desmonte mecânico,
onde método é utilizado quando os rios secam nos períodos de estiagem.
O desmonte mecânico é realizado nos leitos secos ou parcialmente secos dos rios
durante os períodos de estiagem e nas planícies aluviais terciárias, em que são formadas cavas
22
para extração de areia fina. Este método de lavra é recomendado para depósitos não coesos
em locais secos (não inundados) e com boa sustentação para os equipamentos pesados. Onde
um dos processos do desmonte é a escavação direta do material com escavadeiras ou pá
carregadeiras. O carregamento tanto pode ser direto nos caminhões quanto pode ser forma de
pilhas de estocagem para o carregamento posterior em caminhões e transporte do material
para venda (CAVALCANTI, 2012).
2.4.3 Arisco (Areia Branca ou da Caatinga)
O arisco é um argilomineral fino que este localizado no sertão, que na RBJ recebe o
nome de areia da caatinga, que ganho esse nome por está na região da caatinga onde esse
material é muito utilizado na construção civil, principalmente na fase acabamento reboco e de
alvenaria.
Para extração dessa material da natureza são utilizados equipamentos pesados como
retro-esvadeiras e pá-carregadeiras, onde essas máquinas fazem o desmatamento e a
escavação, ou seja, afrouxamento e o carregamento dos caminhos. O arisco está na natureza
na forma de camadas na região da caatinga onde esta coberta pela mata da caatinga em
algumas jazidas, nestas é necessário que haja uma liberação para o desmatamento da área,
após o desmatamento o processo de extração é o mesmo tendo ou não a mata cobrindo a
região onde está localizada a areia, que consiste em escavar o material e fazer os
carregamentos.
2.4.4 Licenciamento Ambiental
O licenciamento ambiental é uma obrigação legal prévia à instalação de qualquer
empreendimento ou atividade potencialmente poluidora ou degradadora do meio ambiente e
possui como uma de suas mais expressivas características a participação social na tomada de
decisão, por meio da realização de Audiências Públicas como parte do processo.
23
Essa obrigação é compartilhada pelos Órgãos Estaduais de Meio Ambiente e pelo
Ibama, como partes integrantes do SISNAMA (Sistema Nacional de Meio Ambiente). O
Ibama atua, principalmente, no licenciamento de grandes projetos de infra-estrutura que
envolvam impactos em mais de um estado e nas atividades do setor de petróleo e gás na
plataforma continental.
As principais diretrizes para a execução do licenciamento ambiental estão expressas na
Lei 6.938/81 e nas Resoluções CONAMA nº 001/86 e nº 237/97. Além dessas, recentemente
foi publicado a Lei Complementar nº 140/2011, que discorre sobre a competência estadual e
federal para o licenciamento, tendo como fundamento a localização do empreendimento.
A Diretoria de Licenciamento Ambiental é o órgão do Ibama responsável pela
execução do licenciamento em nível federal. A Diretoria vem realizando esforços na
qualificação, organização e automação dos procedimentos de licenciamento ambiental, e para
tanto, disponibiliza aos empreendedores módulos eletrônicos de trabalho e ao público em
geral, inúmeras informações sobre as características dos empreendimentos, bem como a
situação do andamento do processo.
Pretende-se que o sistema informatizado agilize os trabalhos e as comunicações
inerentes ao processo de licenciamento e permita maior visibilidade e transparência para os
processos de licenciamento em tramitação no Ibama (IBAMA, 2013).
2.5 UTILIZAÇÃO DOS MINERAIS NA CONSTRUÇÃO CIVIL
Os minerais são muitos utilizados na construção civil, onde na (Tabela 2) consta as
várias utilizações dos minerais na construção civil.
24
Tabela 2 - Principais Utilizações dos Agregados
Principais Utilizações dos Agregados
Areia Artificial e
Areia Natural
Pedrisco
Assentamento de bloquetes, tubulações em geral,
tanques, emboço, podendo entrar na composição de
concreto e asfalto.
Confecção
de
pavimentação
asfáltica,
lajotas,
bloquetes, Inter travados, lajes, jateamento de túneis
e acabamentos em geral.
Brita 1
Intensivamente na fabricação de concreto, com
inúmeras aplicações, como na construção de pontes,
edificações e grandes lajes.
Brita 2
Fabricação de concreto que exija maior resistência,
principalmente em formas pesadas.
Brita 3
Também denominada pedra de lastro utilizada nas
ferrovias.
Brita 4
Produto destinado a obras de drenagem, como por
exemplo, drenos sépticos e fossas.
Rachão, pedra
Fabricação de muros de contenção e bases.
de mão ou pedra
marroada
Brita graduada
Em base e sub-base, pisos, pátios, galpões e estradas.
Fonte: Agregados para Construção Civil, DNPM
25
2.6 IMPORTÂNCIA DOS MINERAIS PARA CONSTRUÇÃO CIVIL
Com o crescimento da construção civil também teve um crescimento da extração de
minerais que são utilizados na construção fazendo com que o Produto Interno Bruto (PIB) tive
um crescimento sucessivo no decorrer dos últimos anos.
Os bens tem uma grande importância para sociedade, pois esta em todas as fases da
evolução da humanidade, onde esses minerais são utilizados para dar melhor qualidade de
vida nos seres humanos. Assim a construção civil é um dos quais se utiliza a maior
diversidade de minerais e maiores quantidades de materiais não metálicos que na engenharia
civil são chamados de agregados
Esse setor da mineração estabelece um forte relacionamento com os centros urbano,
porque são eles os maiores consumidores de minerais e por esse motivo as operações de lavra
ocorrem próximas às cidades. Na região do baixo Jaguaribe existem em torno de 30 jazidas de
materiais, englobando todos os tipos de minerais. Fazendo com que a região seja beneficiada
por ter uma grande diversidade de minerais.
Na região do Baixo Jaguaribe há uma exploração muito grande de areias, argilas,
rochas, cascalhos, que tem uma grande importância para o crescimento da sociedade. Pois
todo o processo de exploração, ou seja, suas operações de lavras, utilização e aplicação que
pode ser de forma direta na construção ou na produção de outro material que seja utilizado na
construção, ou seja, esse material pode ser utilização como matéria prima para outro material
da construção civil geram empregos e rendas para toda a região.
O setor da exploração de minerais para construção civil é o setor que comporta os
maiores números de empresas e trabalhadores e o único a existir em todos os estados
Brasileiros. E as reservas nacionais de minerais para construção civil podem ser consideradas
abundantes, mas que seu acesso pode ser interferido pela legislação ambiental. Segundo
(DNPM, 2010) toda a produção de minerais para construção civil tiveram crescimento
significativos da produção areia e brita, demonstrado nas tabelas 3 e4.
26
Tabela 3 - Produção de areia no Brasil
Produção de Areia (e)
2007
Brasil
2008
2009
106T
106R$
106T
106R$
106T
229,4
1.774,8
272,4
2.791,7 266,9
2010
106R$
106T
106R$
3.023,7 286,8
3921,1
Fonte: DNPM-Anuário Mineral Brasileiro. (e) Estimativa através do consumo de cimento e
cimento Asfáltico de Petróleo
Tabela 4 - Produçaõ de brita no Brasil
Produção de brita (e)
2007
Brasil
2008
2009
106T
106R$
106T
106R$
106T
185,2
3.157,8
227,9
4.459,8 231,2
2010
106R$
106T
5.294,6 254,8
106R$
6.518,0
Fonte: DNPM-Anuário Mineral Brasileiro. (e) Estimativa através do consumo de cimento e
cimento Asfáltico de Petróleo.
27
3
METODOLOGIA
A Região do Baixo Jaguaribe (RBJ) está localizada em uma pequena área do semiárido do Ceará compreendendo os municípios de Limoeiro do Norte, Morada Nova, Russas,
Jaguaruana, Aracati, São João do Jaguaribe e Quexeré. A RBJ tem uma área de 9.950,989
km2 que corresponde aproximadamente a 6,8% do território do estado do Ceará.
(WIKIPEDIA, 2006). Na (Figura 2) verifica-se a localização da RBJ no mapa do estado do
Ceara.
Figura 2 - Localização Doda Região do Baixo Jaguaribe - CE
Fonte: Wikimedia (2006)
28
Nesta pesquisa foi utilizado o método descritivo e exploratório. Onde se consistiu
como descritivo pelo motivo de o objetivo primordial ser a descrição e interpretação de
informações obtidas na literatura e na coleta de dados em campo. Para isso, foram coletadas
informações sobre os recursos minerais explorados, análise dos métodos de extração,
utilização e transporte dos minerais, a importância desses recursos minerais para a região e as
dificuldades
enfrentadas
pelos
mineradores.
Exploratório
por
proporcionar
maior
familiaridade entre os problemas enfrentados pelos mineradores e utilização de entrevistas
para levantamento de informaçoes e coleta de dados.
No período de 04/02/2013 a 25/03/2013 foram realizadas visitas técnicas, e à
aplicação de um questionário (ver anexo) junto aos mineradores. Na RBJ a quantidade de
mineradores se aproxima de 30, sendo que foram entrevistados 10 mineradores, estando estes
envolvidos na mineração de areia grossa e fina, arisco, rocha granítica e rocha calcária de
pequeno, médio porte e um de grande porte. O questionário foi composto por 14 perguntas do
tipo subjetiva aplicados aos minerados. Também se tirou fotos nos locais de aplicação do
questionário, visando compreensão do processo de exploração.
Os resultados foram analisados com base nas respostas obtidas com a aplicação do
questionário, na análise da bibliografia consultada e nas observações das imagens fotográficas
retiradas nos locais de visitas.
29
4
RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 PROCESSO DE EXTRAÇÃO OU LAVRA
No geral, verificou-se que o processo de extração ou lavra de areia, arisco e rochas é a
de lavra a céu aberto. Podendo a extração ser realizado em pequena ou em grande escala. Em
pequena escala é utilizado pás manual (Figura 3) observando-se processo rudimentar e em
grande escala a utilização de maquinários pesados como retroescavadeira ou pá carregadeira
(Figura 4) e compressores pneumáticos para perfuração (Figura 5).
Figura 3 - Pá manual
Fonte: Solostocks (2013)
Figura 4 - Pá carregadeira
Fonte: Avareterra (2013)
30
Figura 5 - Compressor Pneumática
Fonte: Rollinmaq (2013)
4.1.1 Extração do arisco
A jazida de arisco (Figura 6) está localizada na zona rural da cidade de Limoeiro do
Norte no Ceará a uma distância de dez quilômetros do centro da cidade e vem sendo
explorada há cinco anos. Nessa jazida, o minerador de médio porte do arisco divulgou que a
atividade inicia-se com a busca da área desejada, onde se deve encontrar grande disposição do
material. É feita uma análise no arisco, que consiste em determinar com ensaios feitos em
laboratórios o teor de sais existentes. Como esse material é utilizado na construção na fase
alvenaria e reboco, não deve constatar teor de sais elevado, porque aumenta a possibilidade de
se forma salitro nas construções. Os consumidores avaliam o produto de acordo a sua cor e a
sua granulometria, ocorrendo que cada consumidor tem uma avaliação para o produto. Após
ser selecionada a jazida, é feito o desmatamento, também com retroescavadeira ou pá
carregadeira para em seguida o material ser escavado e retirado.
31
Figura 6 - Jazida de Arisco
Fonte: MAIA (2013)
Os mineradores do arisco de pequeno porte informarão que não são proprietários da
jazida. Eles comprar o material de um proprietário para fazer a extração. Sendo que a extração
é feita sem maquinários pesados, sendo utilizada apenas pá e pessoas para fazer a escavação.
4.1.2 Extração da areia
A jazida de areia do rio (Figura 7), como é conhecida na RBJ está localizada na
cidade de Limoeiro do Norte no leito do rio BANABUIÚ na zona rural. Os mineradores de
médio porte informaram que não se faz nenhum teste para saber a qualidade da areia. Apenas
realiza-se a extração da areia mais limpa possível, ou seja, areia sem torrões de argila. Os
consumidores avaliam a areia de acordo com a quantidade de torrões de argila presente na
areia, chegando ao ponto da areia rejeitada pelo consumidor. Essa areia está depositada sobre
a superfície do solo nos leitos dos rios.
32
Figura 7 - Jazida de areia grossa do rio
Fonte: MAIA (2013)
Na maioria das empresas da Região do Baixo Jaguaribe (RBJ) a extração e o
carregamento são mecanizados (Figura 8), mas alguns trabalhadores autônomos de pequeno
porte ainda faz todo o processo manual (Figura 9).
Figura 8 - Extração Mecanizada
Fonte: MAIA (2013)
33
Figura 9 - Extração Manual
Fonte: MAIA (2013)
A areia é extraída de leito de rios, várzeas, depósitos lacustres, mantos de
decomposição de rochas, pegmatitos e arenitos decompostos. Vale salientar que no Brasil,
90% da areia são produzidos em leito de rios. (VALVERDE, 2001).
4.1.3 Extração da rocha granítica
A jazida de rocha granítica esta localizada em uma comunidade chamada de Bixopá,
na cidade de Limoeiro do Norte, onde a extração dessa rocha e comercializada em toda a RBJ.
A extração da rocha granítica na região é realizada por apenas mineradores de pequeno porte.
Os entrevistados, explicaram que a jazida desse mineral também é a céu aberto
(Figura 10), e que quase todo o processo de extração é manual. São utilizados apenas
compressores pneumáticos para fazer perfurações nas rochas as quais não se consegue ser
feitas manualmente. A rocha é extraída para fabricação de paralelepípedo (Figura 11) e meio fio (Figura 12), sendo empregados na construção de pavimentação de ruas. O que sobra desse
processo pode ser utilizada para a fabricação de brita.
34
Figura 10 - Jazida de rocha granítica
Fonte: MAIA (2013)
Figura 11 - Paralelepípedo de Rocha Granítica
Fonte: MAIA (2013)
35
Figura 12 - Meio fio feito de rocha Granítica
Fonte: MAIA (2013)
Observou-se que várias perfurações horizontais são feitas na rocha natural, para
serem colocados os materiais explosivos. Esse processo é conhecido como fogo de alevante e
o papel de descolar a o bloco de rocha, separando a rocha que esta na superfície com a que
está no interior do solo (Figura 13).
Figura 13 - Separação da rocha que esta na superfície.
Fonte: MAIA (2013)
36
O processo a segue quando os homens começam a fazer pequenas perfurações na
rocha com a utilização de pinos, marrões e as técnicas conhecidas pelos mineradores. Assim
vão quebrando os grandes blocos de rocha em blocos menores ate chegar ao produto final,
que são os paralelepípedos com dimensões de 20 cm de comprimento, 15 cm de altura e 15
cm de largura e ao meio fio que normalmente tem 500 cm de comprimento, 40 cm de altura e
15 cm de largura. Os consumidores informaram que esse tipo de rocha é avaliado como o
melhor tipo de rocha encontrada na região, pois tem uma grande resistência.
4.1.4 Extração da rocha calcária
A exploração de rocha calcária na região é feita em várias jazidas, localizadas na
chapada do Apodi, abrangendo principalmente as cidades de Russas, Limoeiro do norte e
Tabuleiro do Norte. A partir da localização da jazida é feito a limpeza do local onde será feita
a extração, pois as camadas de rocha são coberta por camadas de solo, que são retiradas para
iniciar a exploração. Após a limpeza começa-se a fazer a quebra da rocha em dimensões
menores, com marrões. As rochas são separadas pela sua espessura.
No geral, o processo de extração da rocha calcária é feito em grande e pequena
escala. Na jazida de pequeno porte (Figura 14) todo o processo é manual, sem nenhuma
utilização de tecnologias na extração, onde essa rocha esta disponível naturalmente na forma
de camadas, já que é rocha sedimentar. A extração se inicia com a localização da jazida, onde
não é feita nenhuma análise, pois a extração é apenas superficial, chegando a uma
profundidade máxima de um metro.
37
Figura 14 - Jazida de rocha calcaria de pequena escala
Fonte: MAIA (2013)
A extração da rocha calcária realizada por empresa de grande porte na região
acontece também na chapada do Apodi, na comunidade de Carbomil. A empresa Carbomil
Química S/A é a maior exploradora de rocha calcaria da região, visando à fabricação da cal e
outros produtos. Nessa empresa a exploração inicia-se com análise da área que consiste em
verificar a quantidade de rocha existente no solo. Com a quantidade de rocha existente
determina se a jazida será viável ou não. Assim é feito perfurações nas rochas onde serão
aplicados explosivos, para que a rocha passe a ter dimensões menores.
Para os consumidores este tipo de rocha não é de melhor qualidade em comparação a
rocha granítica, mas é mais utilizada por apresentar maior rendimento e ter um valor menor
no mercado.
38
4.2 PROCESSO DE TRANSPORTE
O transporte dos minerais na RBJ é diferenciado em relação ao porte dos caminhões
utilizados para transporte dos minerais e as necessidades, sendo essas necessidades,
vinculadas a quantidade do material a ser transportado e o tipo de entrega.
No geral, o transporte dos minerais para construção civil é feitos através de caminhões
normalmente caçamba podendo ser de grande (Figura 15) e pequeno porte (Figura 16).Onde
os caminhões de pequeno porte são conhecidos como caminhões toco, que só tem um eixo na
parte de traz e os caminhões de grande porte são caminhões truk que tem dois eixos.
Figura 15 - Caminhão de grande porte (Caminhão truk - com dois eixos)
Fonte: MAIA (2013)
39
Figura 16 - Caminhão de pequeno porte (Caminhão toco – com um eixo )
Fonte: MAIA (2013)
O transporte da areia e do arisco que estão dispostos na natureza e não precisa de
nenhum processo industrial para ser extraídos, são transportados por caminhões de grande
porte até o local de estocagem de um distribuidor. Esses caminhões transportam uma maior
quantidade de material com menores custos. Os caminhões de pequeno porte são utilizados
para fazer a distribuição dos materiais nas obras, ou seja, fazer as entregas nos centros
urbanos, pois têm uma menor dimensão que facilita a locomoção e a chegada ao local
desejado pelo consumidor. Foi citado pelo minerador que o maior custo envolvido nos
minerais é o transporte, fazendo com que as areias tenham um alto valor no mercado.
As rochas graníticas na forma de paralelepípedo e de meio fio também são
transportadas por caminhões de pequeno e médio porte, mas os de pequeno porte são mais
utilizados. Como o carregamento é manual, os caminhões de grande porte tem maior
dificuldade para fazer o carregamento por serem mais altos. O transporte desse mineral na
maioria das vezes é feito em caminhões de pequeno porte, mas sendo utilizado caminhões de
grande porte quando a encomenda é em grande quantidade e o destino a ser transportado o
matérial é distante.
Para as rochas calcárias, o seu transporte também é feito por caminhões. Onde os
mineradores de pequeno porte utilizam os caminhões pequenos, pelo motivo do carregamento
ser manual (Figura 17). O processo de carregamento em grandes caminhões é complicado
40
pelo fato das pedras serem pesadas e por esses caminhões serem mais altos, como comentado
anteriormente.
Assim, empresas de grande porte como a citada anteriormente, fazem o transporte
utilizando caminhões grandes, pelo fato desses possibilitarem maior eficiência no transporte.
Figura 17 - Carregamento manual de rocha calcária
Fonte: MAIA (2013)
4.3 PROCESSO DE ESTOCAGEM
A prática de estocagem dos minerais a céu aberto é comum desde a antiguidade, que
chegam ao local de estoque pelos caminhões onde é despejado e feito empilhamento do
maneral com maquinas pá carregadeiras ou retroescavadeiras para ocupar menos espaço. A
estocagem desses materiais para construção normalmente é próximo aos centros urbanos, pois
proporciona maior facilidade para a distribuição dos materiais nas obras localizadas nos
centros urbanos.
41
4.3.1 Areia e arisco
A estocagem dos minerais na RBJ é de forma simples, sem dificuldades explica o
minerador de areia e arisco.
De acordo com os mineradores de médio porte os minerais são extraídos das jazidas
por máquinas pesadas como retroescavadeira. Esses equipamentos também são utilizados
para fazer o carregamento dos caminhões que transportam o material até o local de
estocagem. Tal material é despejado e em seguida com auxílio de outra máquina é levantado,
formando uma pilha, para que o material ocupe menos espaço (Figura 18 e 19).
Já os mineradores de pequeno porte explicaram que eles não estocam o material, pois
como trabalham com o processo de carregamento manual, os custos de carregamento ficam
muito elevados, tornando inviável fazer estocagem do material.
Figura 18 - Estoque de areia e arisco
Fonte: MAIA (2013)
42
Figura 19 - Estoque de arisco
Fonte: MAIA (2013)
4.3.2 Rochas graníticas e calcárias
Os mineradores de rochas graníticas e calcárias de pequeno porte explicaram que
normalmente não fazem estoque do material. Isso se deve ao fato de todo o processo ser
manual e não conseguem extrair quantidade de mineral que seja superior que a demanda da
região. É feito o estoque apenas enquanto o comprador não chega, pois toda quantidade de
mineral extraída em um dia é vendida no dia seguinte. Vale salientar que enquanto o material
não é vendido, o mesmo é estocado, formando montes sem nenhuma ordenação.
Já o minerador de grande porte (Carbomil Quimica S/A) respondeu que a estocagem
da rocha calcária é de grande importância, pois no período de chuva as jazidas são
preenchidas com água provocando sua interdição. A estocagem é feita em um local de fácil
acesso e que não se obstrua nesse período. Assim, uma grande quantidade do mineral é
depositada no local determinado formando pilhas, com emprego de máquinas pesadas. Não
foi permitido ser retiradas fotos do estoque de rocha calcária da Carbomil Quimica S/A.
43
4.4 UTILIZAÇÃO DOS MINERAIS NA CONSTRUÇÃO CIVIL PROVENIENTES DA
REGIÃO DO BAIXO JAGUARIBE (RBJ)
As areias são de grande importância na construção civil, pois são utilizadas em
inúmeras atividades. A areia do rio como é conhecida na RBJ é extraída principalmente para
serem utilizadas na edificações. São utilizadas nas construções para fabricação de argamassas
e concretos onde são aplicados na fase estrutural das construções, de acabamento e para fazer
o aterro dos cachões das obras (Baldrames), na fabricação de pré-moldados e para aterros de
obras de pavimentação com paralelepípedos e asfáltica.
No caso do arisco ou areia da caatinga como é conhecida na região é empregado em
construções na fase de assentamento de tijolos das alvenarias de vedação, nos acabamento de
rebocos e às vezes em aterros.
As rochas granítas extraídas na região são aplicados principalmente para obras de
calçamentos, onde o retraço da rocha que sobra dos paralelepípedos e meio - fio.
A rocha calcária extraída por exploradores de pequeno porte na RBJ são utilizadas
para construção dos cachões das obras e para pisos de garagens por ter forma de laminas. A
empresa de grande porte utiliza a rocha calcária para fabricação da cal e de brita e outros
produtos, e a cal é utilizada na região para fazer a argamassa de reboco. Os produtos desta
empresa têm inúmeros campos de atuação, sendo o mercado principal em indústrias de
argamassas, elastômeros, sabão, etc.
4.5 IMPORTÂNCIAS
DESSES
MINERAIS
PARA
A
REGIÃO
DO
BAIXO
JAGUARIBE (RBJ)
Os minerais da RBJ tem grande importância na economia da região, pois como são
empregados na construção civil geram grande número de emprego direto e indiretamente
durante todo o ano. Como a maioria dos materiais é extraída manualmente, fornecem emprego
e renda para a região.
Na entrevista a empresa de mineração Carbomil Química AS. O entrevistado
ressaltou que é uma das empresas da região que oferece mais emprego em qualquer que seja a
área de atuação, ficando apenas obras das agroindústrias que existem na região. E não só na
44
economia, mas também para oferecer melhor qualidade de vida em relação à moradia de toda
população para sociedade.
4.6 DIFICULDADES EMFRENTADAS PELOS MINERADORES
No geral, os mineradores de pequeno porte informaram que não tinham muita
dificuldade em relação à extração. Tendo como principal dificuldade o período chuvoso,
quando ficavam sem trabalhar por não ter acesso aos locais das jazidas, e por ser de pequeno
porte não conseguem fazer estoque durante o ano para atender a necessidade nesse período.
Ressaltaram também que às vezes compram o minério para revender a médios empresários
que fazem estoque no decorrer do ano, para nos períodos de falta ter o produto para vender
por um preço mais elevado.
Com relação aos mineradores de médio porte, ressaltaram que a maior dificuldade
enfrentada estava relacionada ao meio ambiente, por terem muitas dificuldades para
conseguirem as liberações de extração dos minérios e para renová-las. Explicaram que tal
burocracia era devido não terem informações suficientes sobre o assunto, e requerer um custo
relativamente grande para obter essas licenças de exploração.
Já o entrevistado da empresa de grande porte informou que a dificuldade estava
relacionada à mão de obra qualificada e a mão de obra bruta. Falou ainda que mesmo tendo
muitas máquinas e equipamentos para extração mineral é preciso pessoas para trabalhar
nesses equipamentos com qualificação profissional.
4.7 QUESTÃO AMBIENTAL
Os mineradores de pequeno e médio porte de areia, rocha calcária e granítica
informaram que até hoje não notaram nenhuma alteração ambiental no período de tempo em
que eles estão fazendo a extração, podendo ser pelo motivo da extração desses minerais serem
em pequena quantidade afirmou um deles.
Já os minerados de rocha granítica ressaltaram que a sua exploração fazia benefícios à
comunidade local, pois a extração da rocha é feita também no leito do açude existente na
comunidade fazendo com que aumentasse as dimensões do leito do açude.
45
Quanto ao minerador de médio porte de arisco utilizado para alvenaria e reboco, este
afirmou que sua extração causava sim danos ao meio ambiente, pois era preciso desmatar para
se poder extrair, mas ressaltou que sua jazida era licenciada pelo Departamento Nacional de
Produção Mineral (DNPM), pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente do Ceará
(SEMACE) e pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (IBAMA). Afirmou ainda que
estava nos padrões especificados por esses órgãos.
O entrevistado da mineradora de rocha calcária de grande porte não quis dar
informações sobre o assunto.
Em relação aos danos ao meio ambiente os mineradores informaram que esta sendo
feito reflorestamento, e reserva de matéria orgânica e matérias não utilizadas nas construções
para a reconstrução da areia explorada.
46
5
CONSIDERAÇÕES FINAIS
No geral a exploração dos minerais para construção civil na Região do Baixo do
Jaguaribe é rudimentar e de pequeno porte, pois são poucas as tecnologias utilizadas.
A maioria dos exploradores utiliza no processo de extração o trabalho manual
tornando a exploração em pequenas proporções.
A região tem um grande potencial de mineral que são aplicados na construção civil,
mas não são totalmente explorados pelo motivo de todo processo de exploração ser manual.
Assim se fosse utilizados tecnologias na fase de extração, todo potencial da região seria
utilizado fazendo com que atendesse as necessidades da própria região e as regiões vizinhas.
Portanto há necessidade de mais investimento para aquisição maquinário e mão-deobra qualificada na região visando resolver os problemas enfrentados pelos mineradores.
Os mineradores de pequeno porte desconsideram a questão ambiental, enquanto os de
médio porte estão preocupados com os impactos ambientais gerados pela mineração.
47
REFERÊNCIAS
ALBUQUERQUE, A. S. materiais de. Rio de Janeiro: [s.n.], 1994.
CAVALCANTI, V. M. M. A INDÚSTRIA DE AGREGADOS PARA CONSTRUÇÃO
CIVIL. [S.l.]: [s.n.], 2012.
FREITAS, E. D. http://www.brasilescola.com/geografia/a-classificacao-dos-minerais.htm.
Brasil Escola, 2010.
GRUPO
Escolar.
grupoescolar,
2008.
Disponivel
em:
<http://www.grupoescolar.com/pesquisa/mineracao-no-brasil.html>. Acesso em: 7 Março
2013.
HOLLANDA VIDAL, F. W. et al. ROCHAS E MINERAIS INDUSTRIAIS DO ESTADO
DO CEARÁ. Funcap. Fortaleza. 2005.
HURLBUT, K. &. Manual de minerais. [S.l.]: [s.n.], 1999.
PARAGUASSU, A.B. 1996. Materiais inconsolidados e rochosos na construção civil;
notas de aula.
PINHEIRO, J. C. D. F. A IMPORTÂNCIA ECONÔMICA DA MINERAÇÃO NO
BRASIL. Departamento Nacional de Produção Mineral. [S.l.]. 2011.
SERNA, H. A. D. L. Agregados para Construção Civil. [S.l.]: [s.n.], 2009.
VALVERDE,
F.
M.
Balanço
Mineral
2001.
DNPM,
2001.
Disponivel
<http://www.dnpm.gov.br/assets/galeriadocumento/balancomineral2001/agregados.pdf>.
Acesso em: 19 Fevereiro 2013.
em:
48
VASCONCELOS, M. Diariodonordeste. Mapeamento mineral no CE, 2009. Disponivel
em:
<http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=673588>.
Acesso
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fevereiro 2013.
WIKIPEDIA.
wikipedia,
2010.
Disponivel
em:
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Cear%C3%A1>. Acesso em: 5 março 2013.
IBAMA. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis,
2013.
49
ANEXO A
QUESTIONÁRIO TÉCNICO
1. Nome da empresa?
2. Localização da jazida?
3. Há quantos anos essa jazida esta sendo utilizada.
4. Como essas jazidas são descobertas?
5. Existe algum estudo para saber a qualidade do material?
6. Como o material esta disponível na natureza?
7. Como se da à extração do material?
8. Como é feito o transporte desse material?
9. Como os consumidores avaliam o material?
10. Qual a maior dificuldade que vocês encontram para realizar esse trabalho?
11. Já foi detectada alguma alteração ambiental consequente do processo?
12. O que é feito para amenizar compensando os danos à natureza?
13. Cite as aplicações conhecidas do material explorado.
14. Existe mais alguma informação relevante não contemplada?
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