Câncer de mama exercício e dieta José de Felippe Junior Câncer não são células malignas e sim células doentes necessitando cuidados, não extermínio JFJ Atividade física: Na atividade física recreacional vários estudos mostraram maior risco para o nível mais baixo de atividade. Leite de vaca: O leite de vaca é rico em estrógenos e IGF-1 e aumenta a proliferação de células MCf-7 do câncer de mama (Nielsen-2012). Foi mostrado que a caseína do leite aumenta os aminoácidos de cadeia ramificada que provocam no pósprandial aumento da insulinemia e da geração hepática de IGF-1, ambos carcinocinéticos, ao lado de ativar o proliferativo mTORC1, como já comentamos (Melnik-2012). Queijo, manteiga, hambúrguer: Em período de 12 anos a análise de 335.000 mulheres observou 10.062 casos de câncer de mama, positivos para receptores de estrógeno e progesterona. As mulheres que consumiam maior quantidade de gorduras saturadas (queijo, manteiga, hambúrguer) tiveram 28% maior risco de apresentar o câncer quando comparadas com aquelas que ingeriam menores quantidades destes alimentos (Sabina-2014). Fibra: Três estudos de meta-análise que analisaram dose-resposta do conteúdo de fibra na dieta (n= 443) mostrou queda de 32% no risco de câncer de mama para cada 10g de fibra ingerido por dia. Estudo que incluiu 90.534 participantes demonstrou que as mulheres que consumiam dieta com maior teor de fibras no início da idade adulta apresentavam um risco 10 a 20% menor de câncer de mama. E muito importante, a redução do risco era dependente da dose: a cada 10 gramas adicionais diários de fibra reduzia a probabilidade do câncer de mama em 13% (cereais integrais, frutas e vegetais). Alta ingestão de fibras na adolescência protege contra o câncer de mama na fase adulta. Soja: Ingestão de 13g ao dia de proteína da soja diminui o risco de câncer de mama. O consumo de soja em populações asiáticas diminuiu 29% o risco de câncer de mama, comparando-se o maior com o menor consumo (WCFR-2010). Gordura total: Na meta-análise de dose resposta (n=178) para cada 10g/dia de gorduras totais na dieta aumenta em 19% no risco de câncer de mama. A gordura saturada aumenta a concentração e IGF-1 no soro, que é proliferativo. Ácidos graxos saturados: Meta-análise de dose resposta (n=178): 66% de aumento do risco de câncer de mama para cada 10 g/dia de ácidos graxos saturados. Óleo vegetal hidrogenado: 237 mulheres com câncer de mama foram comparadas com 673 mulheres sem câncer de mama em relação aos hábitos alimentares e concluiu-se que as mulheres que ingeriam maior quantidade de óleos vegetais de supermercado e, portanto, hidrogenados artificialmente, apresentaram 75% mais risco de contraírem câncer de mama. A ação do excesso de estrógenos e IGF-1, exercem sinergismo na promoção do câncer de mama. Ingestão de excesso de gordura aumenta os níveis plasmáticos de IGF1 e estrógenos (WCRF-2010). Fitoestrógenos: A incidência de câncer de mama é baixa nas mulheres asiáticas, residentes no Japão, China e Filipinas, comparadas com as mulheres americanas. Quando as mulheres asiáticas migram para os EUA a incidência se equivale após 2 ou 3 gerações, quando assimilam os mesmos hábitos alimentares que as americanas. As mulheres asiáticas comem mais de 100 mg diários de fitoestrógenos e as americanas menos de 5 mg. A principal fonte de fito estrógenos nas mulheres asiáticas é o feijão de soja coalhado (tofu), sementes de linhaça e de gergelim. O teor de fito estrógenos nas mulheres asiáticas é mais elevado no sangue e na urina, em relação as americanas. Quando as mulheres asiáticas têm câncer de mama raramente é invasivo e geralmente têm prognóstico melhor. O consumo diário de queijo de soja (tofu) e sementes de linhaça trituradas diminuem o risco de câncer de mama e próstata devendo ser utilizados para a prevenção na população, bem como no tratamento dos portadores dessas doenças (McCann-2005). Referências no site www.medicinabimolecular.com.br