Paz nas Estrelas - Adão Carlos - 1ª Ed

Propaganda
PA Z N A S
ESTRELAS
R E L AC I O N A M E N T O S S AUDÁVEIS E NTRE
PASTORES E PRESBÍTEROS
R E L A C I O N A M E N T O S S AU D Á V E I S E N T R E
P ASTORES
E
P RESBÍTEROS
autor
Adão Carlos Nascimento
editor responsável
Alberto José Bellan
revisão
Rachel Negrão Fernandes Rocha
capa, produção e diagramação
foto capa
iStockphoto
impressão e acabamento
Associação Religiosa
Imprensa da Fé - SP
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Nascimento, Adão Carlos
Paz nas estrelas : relacionamentos saudáveis entre pastores e presbíteros / Adão Carlos Nascimento – Santa Bárbara d’Oeste, SP : Z3 Editora
e Livrarias, 2013.
1. Conflito interpessoal 2. Igreja Presbiteriana do Brasil 3. Pastores – Brasil
4. Presbiterianismo 5. Presbíteros – Brasil 6. Relações interpessoais
I. Título.
13-02354
CDD -285
Índice para catálogo sistemático:
1. Relacionamentos saudáveis entre pastores e
presbíteros : Presbiterianismo : Cristianismo 285
R E L A C I O N A M E N T O S S AU D Á V E I S E N T R E
P ASTORES
E
P RESBÍTEROS
1ª Edição
Março de 2013
copyright © 2013
por Z3 Editora
Todos os direitos reservados e
protegidos pela Lei 9.610 de
19/02/98. Nenhuma parte deste
livro, sem autorização prévia por
escrito da editora, poderá ser
reproduzida ou transmitida sejam
quais forem os meios empregados:
eletrônicos, mecânicos, fotográficos,
gravação ou quaisquer outros.
Todos os direitos reservados,
na língua portuguesa, por
Z3 Editora Ltda.
Rua Floriano Peixoto, 103
Centro - CEP 13450-022
Santa Bárbara d’Oeste - SP - Brasil
Tel/Fax: 19 - 3464.9000
[email protected]
www.z3ideias.com.br
Sumário
CAPÍTULO 1
Paz Nas Estrelas.............................................................................. 15
CAPÍTULO 2
A Origem do Presbiterato..............................................................21
CAPÍTULO 3
Os Presbíteros: Da Igreja de Jerusalém à Ipb...........................37
CAPÍTULO 4
As Qualificações Espirituais e Morais do Presbítero...............47
CAPÍTULO 5
As Qualificações Funcionais do Presbítero...............................57
CAPÍTULO 6
A Vocação do Presbítero................................................................71
CAPÍTULO 7
O Presbítero e o Pastoreio da Igreja............................................79
CAPÍTULO 8
A Formação do Presbítero.............................................................87
0
1
3
ADÃO CARLOS NASCIMENTO
CAPÍTULO 9
Causas dos Conflitos Entre Pastores e Presbíteros...................97
CAPÍTULO 10
Consequências dos Conflitos
Entre Pastores e Presbíteros........................................................111
CAPÍTULO 11
Gestão e Prevenção de Conflitos
Entre Pastores e Presbíteros........................................................121
CAPÍTULO 12
Construindo Relacionamentos Saudáveis
Entre Pastores e Presbíteros........................................................135
0
1
4
Capítulo 01
Paz Nas Estrelas
O
apóstolo João, exilado na Ilha de Patmos, teve uma
série de visões, que estão descritas no livro do Apocalipse. Entre elas, o apóstolo viu Jesus exaltado, na plenitude
da sua glória, no meio de sete candeeiros de ouro, tendo na
mão direita sete estrelas. A seguir, a visão lhe foi explicada assim: “Quanto ao mistério das sete estrelas que viste na minha
mão direita e aos sete candeeiros de ouro, as sete estrelas são
os anjos das sete igrejas, e os sete candeeiros são as sete igrejas
(Apocalipse 1.20).
As sete estrelas ou os anjos das sete igrejas tem sido identificados como os pastores dessas igrejas. João Leonel, coordenador do Departamento de Teologia Exegética do Seminário
Presbiteriano de Campinas, se posiciona sobre este assunto da
seguinte forma:
A palavra “anjo” significa literalmente “mensageiro”,
podendo ser um mensageiro celeste, ou seja, um anjo,
ou um mensageiro humano. Neste último caso o mensageiro pode ser uma pessoa comum (Lc 9.52) ou um profeta (Ag 1.13). Portanto, penso que os “anjos” das igrejas,
0
1
5
ADÃO CARLOS NASCIMENTO
diferentemente daquele que traz a revelação a João, seriam profetas líderes nas comunidades (Ap 22.6) que receberiam de Deus a mensagem e que deveriam transmiti-la
às suas igrejas.1
Wayne A. Grudem, professor titular do Departamento
de Teologia Bíblica e Sistemática na Trinity Evangelical Divinity School, nos Estados Unidos, afirma:
Embora se argumente que havia diferentes formas de governo eclesiástico no Novo Testamento, um panorama dos
textos pertinentes mostra que o oposto é verdadeiro: há
um padrão bastante coerente de vários presbíteros como
o principal grupo de liderança das igrejas neotestamentárias.2
Dentre esses presbíteros havia um que liderava o grupo.
Teólogos, historiadores da Igreja e especialistas em Teologia
Exegética têm afirmado que o anjo da igreja era o presbítero
líder.
As Estrelas da Igreja
Cada igreja do Apocalipse tinha uma estrela – que era o
presbítero que exercia a liderança entre os seus companheiros.
Cada Igreja Presbiteriana tem uma constelação. No sistema
presbiteriano, a liderança da igreja é exercida pelo Conselho,
constituído do pastor e dos presbíteros. A Constituição da
Igreja Presbiteriana do Brasil é bem clara quanto a isto, quando
estatue:
Art. 8 - O governo e a administração de uma Igreja local
competem ao Conselho, que se compõe de pastor ou pastores e dos presbíteros.
Art. 50 - O Presbítero regente é o representante imediato
1
LEONEL, João. Aquele Que Ouve Diga: Vem – Uma Leitura do Apocalipse. São
Paulo: Editora Academia Cristã, 2012, p. 45.
2
GRUDEM, Wayne. Teologia Sistemática, 2ª edição. São Paulo: Edições Vida Nova,
2010, p. 764
0
1
6
Capítulo 01 – PAZ NAS ESTRELAS
do povo, por este eleito e ordenado pelo Conselho, para,
juntamente com o pastor, exercer o governo e a disciplina e zelar pelos interesses da Igreja a que pertencer, bem
como pelos de toda a comunidade, quando para isso eleito ou designado.
O artigo 52 desta Constituição estabelece que o “presbítero tem nos Concílios da Igreja autoridade igual à dos ministros”. Isto significa que o presbítero pode participar, discutir,
propor e votar em todas as reuniões conciliares, desde que regularmente eleito para isto. Pode exercer todos os cargos, por
eleição, nomeação ou designação, em todos os concílios – até o
cargo maior que é o de Presidente do Supremo Concílio – excetuando apenas a presidência do Conselho. Pastor e presbíteros são, portanto, as estrelas da igreja.
Paz nas Estrelas
As estrelas das igrejas do Apocalipse tinham os seus
problemas peculiares. As constelações da Igreja Presbiteriana
também têm as suas querelas, onde se destacam os conflitos
interpessoais. Júlio Zabatiero, pastor da Igreja Presbiteriana Independente, assevera que há, nas Igrejas Presbiterianas, “tensão entre pastores e presbíteros, que se manifesta distintamente
nos Conselhos das igrejas locais e nos Concílios denominacionais. Nos primeiros, tende a predominar o poder de presbíteros
enquanto nos segundos, o de pastores”.3 Embora muitas vezes
oculta e raramente assumida, esta é a realidade.
Augustus Nicodemus Lopes afirma que “uma igreja ou
denominação que aparentemente se mantém unida pode estar internamente dividida, cheia de grupos e facções, que se
3
ZABATIERO, Júlio Paulo Tavares. O Desafio de Legitimidade. Revista Teologia
Hoje vol 1, núm 2 (2003) artigo 1. Disponível em: http://www.ftsa.edu.br/revista/
artigos/TH1_2_1.htm. Acesso em: 11/10/2007.
0
1
7
ADÃO CARLOS NASCIMENTO
engalfinham em contendas, discórdias e ciúmes”.4 Isto é uma
realidade nos bastidores de muitas Igrejas Presbiterianas, onde
pastor e presbíteros não conseguem conviver em harmonia. As
trocas de pastor, na maioria das vezes, ocorrem porque o pastor
não suportou mais a dor dos contínuos enfrentamentos, deixou aquele pastorado e foi servir a outra igreja. Os presbíteros
que renunciam ao presbiterato ou que não aceitam concorrer à
reeleição, muitas vezes procedem assim por causa dos desgastes nos confrontos com o pastor.
Infelizmente, este problema não tem sido enfrentado de
frente. Após o afastamento do pastor ou do presbítero, os remanescentes agem como se nada tivesse acontecido – como
diz o adágio popular, varrem o lixo para debaixo do tapete –
e tudo continua como antes. Mudam-se as pessoas, mas permanece a cultura de desavença e disputa entre os membros do
Conselho. Novos conflitos surgem, novas lutas são travadas, e
o procedimento é sempre o mesmo. Os prejuízos são cada vez
maiores. Os concílios superiores nada fazem, porque também
não sabem o que fazer. Esta situação precisa ser mudada. Estes
procedimentos precisam ser redirecionados. Este quadro precisa ser modificado. Já é tempo da igreja criar mecanismos para
gerir os seus conflitos internos. Não é justo o povo de Deus
continuar sofrendo as consequências de um mal que pode ser
prevenido e administrado.
Sei que a maioria dos nossos presbíteros e pastores é
constituída de homens piedosos, tementes a Deus, competentes, dedicados e operosos. Estes homens servem a Deus e à
igreja com abnegação e devotamento. Mas às vezes são envolvidos em conflitos que eles não buscaram e para os quais não se
prepararam. Escrevi este livro pensando nesses homens.
4
LOPES, Augustus Nicodemus. Uma Igreja Complicada. São Paulo: Editora Cultura
Cristã, 2011, p. 23.
0
1
8
Capítulo 01 – PAZ NAS ESTRELAS
Este livro pretende ajudar aqueles que foram comissionados pelo Senhor para liderar os crentes “com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para
a edificação do corpo de Cristo” (Efésios 4.12). O objetivo do
Senhor, ao comissioná-los, é estabelecer na igreja as condições
para que haja crescimento “em tudo naquele que é a cabeça,
Cristo, de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado
pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada
parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor” (Efésios 4.15,16).
Este livro foi escrito para aqueles que lutam para ser
obreiros fiéis a serviço do Supremo Pastor. Leia-o com a mente
aberta, sem preconceitos, e com a disposição de perdoar até
setenta vezes sete, andar quantas milhas forem necessárias e,
se preciso for, sofrer o dano para que pecadores, vendo o amor
manifesto na igreja, creiam que Jesus é o Filho de Deus, e crendo tenham a vida eterna.
0
1
9
Download