INSTITUTO DOCTUM DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA

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INSTITUTO DOCTUM DE EDUCAÇÃO E
TECNOLOGIA
FACULDADES UNIFICADAS DOCTUM DE IÚNA
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE: UMA ANÁLISE SOBRE A
ADEQUAÇÃO DOS CONTADORES EM RELAÇÃO AOS SERVIÇOS
FORNECIDOS ÀS PEQUENAS EMPRESAS
CRISTIANE APARECIDA CARVALHO RIBEIRO
Iúna
2008
9
Cristiane Aparecida Carvalho Ribeiro
EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE: UMA ANÁLISE SOBRE A ADEQUAÇÃO DOS
CONTADORES EM RELAÇÃO AOS SERVIÇOS FORNECIDOS ÀS PEQUENAS
EMPRESAS
Monografia apresentada ao Curso de Ciências
Contábeis do Instituto Doctum de Educação e
Tecnologia como requisito parcial para
obtenção do título de Bacharel em Ciências
Contábeis orientada pela Professora Fernanda
Matos de Moura Almeida.
Iúna
2008
10
Cristiane Aparecida Carvalho Ribeiro
EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE: UMA ANÁLISE SOBRE A ADEQUAÇÃO DOS
CONTADORES EM RELAÇÃO AOS SERVIÇOS FORNECIDOS ÀS PEQUENAS
EMPRESAS
Monografia submetida à Comissão
examinadora designada pelo Curso
de
Bacharelado
em
Ciências
Contábeis do Instituto Doctum de
Educação e Tecnologia como
requisito parcial para obtenção do
título de Bacharel.
Banca Examinadora
_________________________________________________
Professora Orientadora: Fernanda Matos de Moura Almeida
INSTITUTO DOCTUM DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA
_________________________________________________
Professor: Lindomar Batista Ferreira
INSTITUTO DOCTUM DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA
_________________________________________________
Professora: Vera Lúcia Valgas
INSTITUTO DOCTUM DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA
Aprovada em 01 de julho de 2008.
11
Dedico em especial à minha orientadora Profª Fernanda Moura,
pela responsabilidade, competência e apoio incessante durante
todo o trabalho. Aos meus pais que me ensinaram o princípio
da fé e perseverança, meus irmãos e ao meu namorado pelo
incentivo prestado para que eu prosseguisse buscando sempre
o melhor.
12
AGRADECIMENTO
Primeiramente agradeço a Deus pelo dom da vida e a alegria
de poder estar concluindo este curso.
A minha família e aos meus irmãos pelo suporte e amparo, em
todos os momentos torceram por mim e me deram todo o apoio
necessário.
Ao meu namorado e toda sua família que me acolheram e me
deram força total, a ele meu agradecimento pela torcida e
disposição diante das incansáveis noites a esperar onze horas
para me buscar.
Aos professores que dividiram comigo seus conhecimentos, em
especial a Professora Fernanda Moura que com seriedade e
dedicação não mediu esforços para a conclusão deste
trabalho.
Aos meus colegas de curso, pelo incentivo e troca de
experiências, em especial a Farana Mariano por seu imenso
espírito de cooperação e auxílio durante todo este percurso.
Aos meus amigos e colegas de trabalho que entenderam a
minha ansiedade e ausência como amiga.
E a todos que ao longo deste período participaram direta ou
indiretamente da minha formação.
A todos vocês meu agradecimento, carinho e admiração.
Vocês contribuíram para tornar real o meu sonho.
13
Você vê coisas e diz: Por quê? Mas eu sonho coisas que
nunca existiram e digo: por que não?
(George Bernad Shaw)
14
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo analisar como os contadores das pequenas
empresas de Iúna – ES que atuam no mercado há no mínimo 10 anos, têm
acompanhado a evolução da Contabilidade. Visto que os gestores de qualquer
empresa necessitam de informações contábeis precisas, e a contabilidade tem
evoluído para atender a essa demanda, busca-se com essa pesquisa verificar se os
contadores têm se preocupado em acompanhar a evolução da contabilidade na
prestação de serviços contábeis. O referencial teórico desenvolvido conceitua,
classifica e apresenta algumas características da pequena empresa, ressalta a
importância da contabilidade, bem como sua evolução desde a origem até os dias
atuais. Para tanto, utilizou-se como metodologia, a pesquisa descritiva, bibliográfica
e de levantamento, e como instrumento de coleta de dados um formulário foi
aplicado a 67 pequenas empresas de Iúna-ES e aos contadores atuantes em IúnaES a fim de comparar os dados obtidos na pesquisa com os empresários e com os
contadores. Depois de tabulados, todos os dados coletados foram analisados e
discutidos pela pesquisadora. Os resultados foram surpreendentes no que diz
respeito ao atendimento dos contadores às exigências da contabilidade, observa-se
que os contadores de Iúna-ES estão acompanhando a evolução da contabilidade,
ainda que de forma embrionária.
Palavras-chave: Evolução da contabilidade. Pequena Empresa. Contador.
15
SUMÁRIO
1
INTRODUÇÃO...................................................................................
08
2
PEQUENAS EMPRESAS..................................................................
10
2.1
DEFINIÇÕES E CONCEITOS ........................................................... 10
2.2
IMPORTÂNCIA DAS PEQUENAS EMPRESAS................................
2.3
DIFICULDADES ENFRENTADAS PELAS PEQUENAS
11
EMPRESAS ......................................................................................
12
2.3.1
Mortalidade das Micro e Pequenas Empresas..................................
13
3
A CONTABILIDADE..........................................................................
14
3.1
ORIGEM ............................................................................................ 14
3.2
INFORMAÇÕES CONTÁBEIS........................................................... 15
3.2.2
Usuários das Informações Contábeis................................................
18
3.3
EVOLUÇAO DA CONTABILIDADE...................................................
20
3.3.1
Contabilidade Financeira...................................................................
20
3.3.2
Contabilidade de Custos ...................................................................
22
3.3.3
Contabilidade Gerencial.....................................................................
24
3.3.4
Da contabilidade financeira à gerencial.............................................
25
3.4
3.4.1
A
CONTABILIDADE
GERENCIAL
NO
PROCESSO 27
DECISÓRIO.......................................................................................
Importância da contabilidade gerencial para as empresas................ 28
4
METODOLOGIA................................................................................
29
5
ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS...........................................
31
6
CONCLUSÃO....................................................................................
38
REFERÊNCIAS.................................................................................. 39
APÊNDICES......................................................................................
42
8
1 INTRODUÇÃO
O desenvolvimento tecnológico provocou nas empresas, a necessidade de
buscar maior eficácia, implicando no aperfeiçoamento de métodos e processos
administrativos acarretando em especializações (BRAGA, 2003).
Atkinson et al., (2000) afirmam que o mercado varejista vem se tornando em
uma indústria cada vez mais competitiva. Entretanto, gerentes e funcionários exigem
mais informações a fim de melhorar a qualidade, pontualidade e eficiência nas
atividades por eles executadas, bem como ter suporte para tomar as decisões
necessárias.
O ambiente competitivo entre as empresas durante o século XX tornou-se
mais desafiador e exigente. Conseqüentemente as empresas atuais demandam por
informações gerenciais diferentes e eficazes (ATKINSON, et al., 2000).
A Contabilidade é considerada objetivamente um sistema de informação,
destinada a evidenciar as informações de que seus usuários necessitam,
apresentando as demonstrações e análises de natureza econômica, financeira, e
física com relação à entidade objeto de contabilização (CREPALDI, 2007).
A interpretação das demonstrações contábeis é interessante não só para
análise de fim de exercício como também para atividade administrativa normal. Os
administradores e os acionistas podem encontrar nas demonstrações contábeis uma
fonte em relação à situação corrente da empresa (BRAGA, 2003).
Padoveze (2002) afirma que o sistema de informação contábil é de
responsabilidade do contador gerencial ou controller.
Um bom contador gerencial se difere dos outros profissionais por refinar e
apresentar de maneira clara, operacional e resumida as informações contidas nos
registros da contabilidade financeira (IUDÍCIBUS, 1998a).
Entretanto, os contadores gerenciais não podem esperar que um único
conjunto padronizado de informações ou relatórios possa atender às necessidades
de todas as empresas (ATKINSON, et al., 2000).
Considerando que os administradores necessitam de informações contábeis
precisas e que a Contabilidade está evoluindo, questiona-se: Como os contadores
9
das pequenas empresas de Iúna – ES que atuam no mercado há no mínimo 10
anos, têm acompanhado a evolução da Contabilidade?
A presente pesquisa tem como objetivo geral analisar como os contadores
das pequenas empresas de Iúna – ES que atuam no mercado há no mínimo 10
anos, têm acompanhado a evolução da Contabilidade.
E para tanto, tem-se como objetivos específicos:
•
Apresentar com base na literatura as fases evolutivas da Contabilidade;
•
Fazer um levantamento com os proprietários das empresas de
pequeno porte de Iúna – ES sobre os serviços fornecidos pelos contadores nos
últimos dez anos;
•
Verificar junto aos contadores de Iúna – ES, como têm acompanhado
a evolução da Contabilidade no que diz respeito à prática de informes contábeis;
•
Confrontar os dados fornecidos pelos empresários pesquisados e
aqueles fornecidos pelos contadores a fim de identificar a evolução das práticas
contábeis oferecidas pelos escritórios de Contabilidade de Iúna-ES.
De acordo com Padoveze (2002) a Contabilidade mudou de foco a partir da
contabilidade gerencial, passando de simples registros e análises de transações
financeiras para geração de informações e conhecimento para decisões que afetam
o futuro.
Visto que houve mudança de foco na contabilidade, torna-se importante
observar se os contadores de Iúna - ES, também mudaram o foco de seu serviço.
Esse ponto demonstra a relevância dessa pesquisa.
Os resultados desta pesquisa poderão contribuir com os profissionais
contadores de Iúna – ES na valorização dos serviços prestados, a partir de uma
breve análise da situação atual. E os proprietários das empresas pesquisadas,
poderão assumir uma postura questionadora a partir dessa pesquisa, em relação às
informações que recebem dos contadores.
Muito se tem ouvido falar sobre a transformação dos antigos “guarda-livros”,
como cita Marion (2005), para contadores gerenciais. Esse foi o fator que motivou a
realização da presente pesquisa e que representa sua atualidade e viabilidade.
Quanto aos métodos utilizados essa pesquisa se caracteriza como: descritiva,
bibliográfica e de levantamento. Um formulário foi aplicado aos proprietários das
empresas pesquisadas e aos contadores de Iúna – ES constituindo-se como sendo
o instrumento de coleta de dados.
10
2 PEQUENAS EMPRESAS
2.1 DEFINIÇÕES E CONCEITOS
Segundo Chiavenato (2005) uma empresa é constituída de um montante de
pessoas trabalhando com intuito de alcançar objetivos por meio da gestão dos
recursos humanos, materiais e financeiros, que isoladamente teriam maiores
dificuldade de serem atingidos.
As definições de pequenas empresas são arbitrárias e diferem de acordo com
a finalidade. Geralmente, considera-se uma pequena empresa quando o negócio
tem apenas um ou um pequeno grupo de investidores (LONGENECKER; MOORE;
PETTY, 2004).
Para Chiavenato (2005) vários são os critérios utilizados para definição das
empresas. Quanto ao porte podem ser classificadas como pequenas, médias e
grandes empresas. Há definições que se baseiam em número de empregados,
volume de vendas, volume de depósito, valor do ativo, entre outros.
Para realização desta pesquisa foi adotado o critério de classificação que, de
acordo com Chiavenato (2005), é o critério mais utilizado pelo SEBRAE – Serviço
Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - para definir o tamanho das
empresas:
Classificação por
porte
PE - Pequena Empresa
MDE – Média Empresa
GE – Grande Empresa
Fonte: Chiavenato (2005)
Indústria
Comércio e Serviços
20 a 99 funcionários
100 a 499 Funcionários
500 ou mais funcionários
10 a 49 funcionários
50 a 99 funcionários
100 ou mais funcionários
Longenecker (2004) diz que uma empresa pode ser definida como “pequena”
quando comparada com empresas maiores e, definida como “grande” quando
comparada com empresas menores.
11
2.2 IMPORTÂNCIA DAS PEQUENAS EMPRESAS
Segundo Longenecker, Moore e Petty (2004) a pequena empresa é
componente essencial da economia e, completam dizendo, que as empresas
pequenas e agressivas ainda podem competir eficazmente com grandes
corporações. Além do mais, a pequena empresa fornece muitas oportunidades de
emprego à população e uma economia em desenvolvimento demanda emprego em
grande volume.
As pequenas empresas são consideradas o núcleo da economia dos países,
impulsionadoras do mercado, geradoras de oportunidades, aquela que proporciona
emprego mesmo em ocasião de recessão (CHIAVENATO, 2005).
Chiavenato (2005) diz ainda que a pequena e a média empresa conseguem
com maior facilidade satisfazer a necessidade de especialização em busca de
integrar adequadamente a tecnologia, qualidade e competitividade.
Para Dolabela (1999) a partir da década de 1980, devido alguns fatores na
economia mundial, que se refletem na economia brasileira, as grandes empresas
começaram a produzir mais com menos empregados, delineando assim uma nova
organização econômica. A partir daí, as importantes criadoras de empregos
passaram a ser as pequenas e médias empresas - PME’s.
Longenecker, Moore e Petty (2004) afirmam que além das pequenas
empresas produzirem bens e serviços diferenciados com mais eficiência em
algumas áreas, prestam contribuições significativas para a economia, fornecendo
desde novos empregos, inovações e avanços científicos, até atuações como
concorrentes econômicos. A pequena empresa contribui inquestionavelmente para o
bem estar econômico da nação, sendo sua contribuição econômica geral similar às
grandes empresas, pois à medida que crescem fornecem novos empregos,
estimulando assim a competitividade.
As pequenas empresas apresentam agilidade e flexibilidade para mudanças
rápidas e inesperadas, isto se deve por três pontos fundamentais: pequeno volume
de negócio, atendimento diferenciado e individualizado, apresentando produtos
personalizados para cada tipo de cliente e, por último, oportunidades passageiras de
12
mercado que envolvem agilidade e rapidez nas decisões para alterações de
produtos/serviços (CHIAVENATO, 2005).
2.3 DIFICULDADES ENFRENTADAS PELAS PEQUENAS EMPRESAS
Segundo Drucker (2002) é típico em fase de crescimento de uma pequena
empresa o contador guarda-livros se tornar um controlador financeiro. O
departamento de Contabilidade foi crescendo e o empurrou para cima, isto se deve
ao fato de uma pequena empresa não possuir recursos suficientes para manter um
contador em seu quadro funcional.
No entanto, as pequenas empresas devem ter seus registros contábeis feitos
por um profissional contador devidamente registrado ou por empresas que prestem
serviços de Contabilidade a pequenas empresas, em vez de ter seus lançamentos
efetuados
por
um
funcionário
ou
membro
da
família
do
proprietário
(LONGENECKER; MOORE; PETTY, 2004).
De acordo com Marion (2005), em alguns segmentos da economia, mais
especificamente na pequena empresa, a função do contador foi distorcida voltada
somente para atender as exigências fiscais.
A qualidade do gerenciamento desempenha papel importante nas dificuldades
enfrentadas pelas pequenas empresas, na concepção de Longenecker, Moore e
Petty (2004). Falta de conhecimento sobre o negócio, falta de experiência no ramo e
falta de experiência gerencial estão diretamente ligados com as dificuldades e até
fracasso enfrentado pelas pequenas empresas.
Para Drucker (2002) o que as empresas necessitam é de ferramentas que
possibilitem o processo de tomada de decisão sem que seja necessário adivinhar
em que estágio da economia a empresa se encontra.
Considerando o parágrafo anterior, a presente pesquisa procura demonstrar
se os proprietários das pequenas empresas de Iúna-ES estão sendo orientados
pelos seus contadores, quanto às informações que são importantes para gerir seu
negócio.
13
2.3.1 Mortalidade das Micro e Pequenas Empresas
Lacerda (2006) afirma que esforços existem no sentido de manter e
desenvolver as Micro e Pequenas Empresas – MPE`s, mas que ainda é baixa a taxa
de sobrevivência destas.
Segundo dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas - SEBRAE – (2004) a principal causa de encerramento das pequenas
empresas é motivada por falhas gerenciais (falta de capital e custos elevados) e
causas econômicas (falta de clientes) demonstrando assim as dificuldades
enfrentadas pelos empresários e gerentes na administração de entradas e saídas de
receitas.
O comportamento dos empresários de MPE`s no Brasil pode ser definido a
partir de alguns pontos: baixo interesse em cooperar com os concorrentes, não
sabem comercializar, desconhecem a clientela, são passivos em relação à conquista
de vantagens competitivas e não compreendem a importância dos intangíveis.
Essas são características culturais dos empresários (LACERDA, 2006).
Recentemente indicadores foram divulgados por meio de pesquisas nacionais
realizadas pelo Sistema Sebrae, demonstrando claramente que as micro e
pequenas empresas brasileiras – MPE`s – operam atualmente em condições mais
favoráveis, devido a melhorias do ambiente macroeconômico e medidas de gestão
adotadas pelos empresários, tais como: planejamento, controle de custos,
treinamento, qualidade, processos (SEBRAE, 2008).
A partir desses dados apresentados pelo SEBRAE, percebe-se que a cultura
dos empresários, apresentada anteriormente por Lacerda (2006), já está mudando.
Pesquisa realizada recentemente pelo SEBRAE em todos os grupos de
empresas indica que: 22% das empresas sobrevivem até 02 anos, 31,3% até 03
anos e 35,9% até 04 anos. Esses dados apresentam certo desenvolvimento na
sobrevivência das empresas se comparados com os resultados da pesquisa
realizada pelo SEBRAE em 2004: 49% sobreviviam até 02 anos, 59,4% até 03 anos
e 59,9% até 04 anos (SEBRAE, 2008).
Percebe-se, portanto, que houve uma redução na taxa de mortalidade das
MPE`s por tempo de atividade no período compreendido entre 2004 e 2007.
14
3 A CONTABILIDADE
Iudícibus e Marion (2002, p. 9) afirmam que “a Contabilidade é tão antiga
quanto o homem que pensa”. Entretanto, desde a antiguidade já se via necessidade
de acompanhar, controlar e medir o patrimônio.
Marion (2005) menciona que no livro de Jó - o mais antigo da Bíblia - já se
apurava riqueza e crescimento, nessa época Jó era considerado o homem mais rico
e já tinha a necessidade de controle e acompanhamento quantitativo dos bens.
Não se sabe quem inventou a Contabilidade, mas, segundo Sá (2002) o
homem primitivo começou a evidenciar sua riqueza patrimonial, efetuando registros
em grutas, osso e outros materiais, demonstrando manifestações da inteligência
humana na percepção dos meios patrimoniais, quantitativa e qualitativa, formando
assim a chamada conta primitiva.
Diante das palavras de Sá verifica-se que o homem primitivo já demonstrava
preocupação em obter meios de mensurar e controlar seu patrimônio.
O método de escrituração por Partidas Dobradas - débito e crédito - citado por
Iudícibus e Marion (2002) como a primeira literatura importante na Contabilidade, foi
consolidado pelo Frei Luca Pacioli no século XV. Os autores dizem ainda que a obra
de Pacioli pode ser vista como sendo o início do pensamento científico contábil.
Até o século XVI, o principal objetivo da Contabilidade era produzir
informações para o proprietário da empresa que, geralmente, tinha um único dono.
Não existiam padrões uniformes para as demonstrações das contas, que eram
mantidas em sigilo pelo proprietário, não sendo comum haver uma distinção entre
suas contas e as da empresa. Não existia o conceito de exercício contábil, tendo em
vista que a maioria das empresas tinha uma duração curta. Assim seu resultado era
verificado apenas no término do empreendimento (HENDRIKSEN; BREDA, 1999).
Marion (2005) reafirma tal pensamento, citando que por volta do século XVI o
objetivo principal da Contabilidade era basicamente produzir informações para o
proprietário da empresa, que era visto como sendo a figura central interessada
nessas informações.
15
Crepaldi (2007) concorda com a idéia exposta nos parágrafos anteriores por
outros autores, dizendo que antigamente a Contabilidade tinha como objetivo,
transmitir informações sobre o lucro obtido na empresa, somente aos seus donos.
Ao longo do tempo, a Contabilidade foi se desenvolvendo e adaptando-se às
necessidades da sociedade. No final do século XIX e início do XX a Contabilidade
sofreu um impacto muito grande com a expansão da indústria, especialmente na
Inglaterra e nos Estados Unidos, tendo em vista o advento da Revolução Industrial.
Com o surgimento das fábricas, os ativos passaram a perfazer um valor considerável
do custo de produção, tornando necessário e importante o cálculo da depreciação.
Este fato gerou a necessidade cada vez maior de informações sobre custos e
avaliação de estoques, surgindo a Contabilidade de Custos (HENDRIKSEN;
BREDA, 1999).
Segundo afirmação de Crepaldi (2007) na Contabilidade moderna além de
transmitir informação aos proprietários da empresa, o papel da Contabilidade tornase ainda mais complexo diante das características do mercado econômico. Trata-se
de produção de relatórios e informações que atendam plenamente a todos os
usuários nos níveis empresariais, administrativos e financeiros.
Atualmente, a função contábil está sendo reconhecida dentro das entidades,
isto se deve ao vasto campo de aperfeiçoamento introduzido pela legislação
contábil, e aos vários esforços realizados através de pesquisas contábeis, no sentido
de treinar, manter e atualizar os profissionais desta área (IUDÍCIBUS, 1998b).
3.2 INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
Assim como toda informação, a informação contábil parte de dados coletados
dentro de uma empresa obedecendo a critérios, formato e características
metodológicas fundamentadas na ciência contábil (PADOVEZE, 2002).
As informações contábeis são instrumentos de apoio que devem atender aos
diversos tipos de usuários, possibilitando um controle aperfeiçoado e eficaz dos
elementos patrimoniais, a fim de fornecer à administração informações úteis, sejam
essas de natureza econômica, financeira ou social (BRAGA, 2003).
16
A Contabilidade deve ser vista como um instrumento essencial para a gestão
das organizações e não somente para atender as exigências legais. Iudícibus
(1998b, p. 27) afirma que: “a contabilidade não é e nem deve ser entendida como
um fim em si mesma.” As informações fornecidas pela Contabilidade só terão
utilidade para a empresa, se satisfizerem as necessidades da administração ou de
outros interessados no processo, e não apenas para atender exigências legais e
fiscais.
A Contabilidade por meio de seus informes pode e deve se tornar um
instrumento para gestão que auxilie efetivamente a administração e gerenciamento
do negócio, com objetivo inclusive de assessorar no longo prazo (COELHO, 2004).
Os responsáveis pela administração estão frequentemente tomando decisões
na maioria das vezes vitais para o sucesso do negócio, devido a isso há
necessidade de dados e informações corretas, que dêem suporte e contribua para
uma boa tomada de decisão (MARION, 2005).
Segundo Padoveze (2002) a informação contábil tem como ponto
fundamental possibilitar que uma entidade alcance seus objetivos utilizando
recursos, sejam eles: humanos, materiais, financeiros. A informação é considerada
um recurso eficiente, no que se refere à tomada de decisões e à redução de
incertezas.
Tais decisões visam o futuro, mas para se preparar o futuro é necessário o
conhecimento detalhado sob o que aconteceu no passado e o que acontece no
momento. Esse conhecimento se dá pela obtenção de informações claras, objetivas
e fidedignas (IUDÍCIBUS, 1998b).
Com o acúmulo de todos os registros operacionais de uma empresa, através
das informações geradas pela Contabilidade pode-se pesquisar ações passadas da
organização e capturar inclusive aquelas que deram origem ao empreendimento
(COELHO, 2004).
A precisão e a eficiência do sistema de informações contábeis de uma
empresa são fundamentais para análise das demonstrações contábeis, portanto
quanto mais eficiente, maior o grau de confiabilidade nas informações contidas nas
demonstrações apresentada, afirma Braga (2003).
Magalhães (2000) complementa essa afirmação, dizendo que essas
informações devem ser elaboradas de maneira que produzam, com maior grau de
certeza possível a realidade da empresa, ou seja, estejam isentas de manipulações
17
e evidenciem os resultados dos fatos contábeis que ocorreram, bem como a
relevância de tais fatos.
A informação contábil deve ser, em geral e antes de tudo, veraz e eqüitativa,
de forma a satisfazer às necessidades comuns de um grande número de usuários,
não podendo privilegiar nenhum deles. Levando-se em conta que nem sempre os
interesses dos usuários são coincidentes, deve se divulgar com clareza aquelas
informações sobre a empresa que atendam aos propósitos de cada usuário
(OLIVEIRA; PEREZ JÚNIOR; SILVA, 2005).
Contudo a informação deve ser gerada para atender às necessidades dos
usuários internos e externos, e não somente aos contadores. Quem determina o
nível de relevância da informação são esses usuários finais. Um bom contador deve
saber que as informações são geradas para atender às necessidades de outras
pessoas (MAGALHÃES, 2000).
As características das informações contábeis podem ser relacionadas aos
usuários e às tomadas de decisões. Um usuário bem preparado e informado
demanda informações mais complexas e completas do que usuários menos
informados. Desta forma, a informação está relacionada de maneira direta aos
usuários que a utilizaram (LOPES; MARTINS, 2005).
Segundo Magalhães (2000) no que se refere ao custo da informação contábil,
este não pode custar mais do que o valor econômico da informação. Uma
informação mesmo que útil só é desejável se conseguida a um custo menor que os
benefícios propiciados à empresa.
Coelho (2004) demonstra que inicialmente, era única e exclusiva finalidade da
contabilidade controlar o patrimônio da empresa. Não desvalorizando o controle do
patrimônio, as duas principais finalidades da informação contábil são: controle para
verificação do estágio em que a empresa está, se as ações praticadas estão em
conformidade com os planos traçados pela administração e outra finalidade é o
planejamento para definir caminhos a serem percorridos pela empresa.
Entretanto para que as informações contábeis sejam utilizadas no processo
administrativo é necessário que seja importante para os responsáveis pela
administração da empresa (MAGALHÃES, 2000).
Vale lembrar, que para uma informação contábil ter qualidade e servir
efetivamente de base para cálculos e análise financeira, deve garantir algumas
18
características, tais como: clareza, objetividade, relevância, confiabilidade e eficácia
(COELHO, 2004).
3.2.2 Usuários das Informações Contábeis
Os usuários das informações contábeis são pessoas físicas ou jurídicas com
interesse na entidade, que utilizam as mesmas para seus próprios fins, de forma
permanente ou transitória (OLIVEIRA, PEREZ JÚNIOR; SILVA, 2005).
Devido à exigência de grandes volumes de capital, iniciou-se a distinção entre
investidor e administrador. Isso fez com que as informações contábeis além de
serem direcionadas ao proprietário, fossem direcionadas também aos usuários
externos, ou seja, passou-se a elaborar relatórios para proprietários ausentes
(HENDRIKSEN; BREDA, 1999).
No que diz respeito à mudança de foco dos usuários das informações
contábeis Hendriksen e Breda (1999, p. 47) afirmam que “as informações
financeiras, que tinham sido geradas principalmente para fins de gestão, passaram a
ser demandas cada vez mais por acionistas, investidores, credores e pelo governo”.
As informações contábeis são decorrentes de operações realizadas pelos
contadores e estão direcionadas ao atendimento de seus usuários. Os usuários
destas informações podem ser tanto externos em cumprimento às normas legais
quanto internos atendendo aos interesses peculiares de cada organização
(MAGALHÃES, 2000).
Iudícibus e Marion (2002) reforçam tal fato dizendo que as informações
contábeis devem atender as necessidades de dois grupos de usuários: externos
(como bancos, governos, fornecedores, concorrentes, eventuais investidores) e
internos (administradores, proprietários, sócios, diretores, funcionários).
Pessoas que se mantêm na maioria das vezes afastadas da direção, tais
como sócios, acionistas e proprietários de cotas societárias, estão interessadas
primeiramente na rentabilidade e segurança de seus investimentos, mas necessitam
de informações que dêem respostas claras e concisas a suas perguntas
(IUDÍCIBUS, 1998a).
19
Ainda segundo Iudícibus (1998a) o interesse nas informações contábeis por
parte dos administradores, diretores e executivos se deve ao fato de serem agentes
responsáveis pelas tomadas de decisões dentro da entidade que pertencem.
Gerentes, funcionários e administradores das empresas necessitam de
informações importantes que dêem suporte no processo decisório e possam reduzir
as incertezas no desempenho diário das atividades (CREPALDI, 2007).
Marion (2004) assim descreve os interesses dos usuários externos nas
informações geradas pela Contabilidade:
- o governo utiliza das informações contábeis a fim de verificar quanto de
impostos foram gerados aos cofres públicos;
- os bancos financiam investimentos desde que a empresa tenha capacidade
para quitação de uma dívida futuramente;
- os fornecedores querem saber se a empresa apresenta condições para
pagamento das compras efetuadas.
Aguiar, Frezatti e Guerreiro, (2007) apresentam uma maneira de se
diferenciar os usuários, basta olhar para a porta da organização: aqueles que se
encontram da porta para dentro são considerados usuários internos e os que se
encontram da porta para fora são os usuários externos. Esses usuários têm olhares
diferentes, e os usuários internos necessitam de informações mais detalhadas que
os usuários externos.
O contador não deve impor sua visão e opinião da informação que está
fornecendo. Sua obrigação é fornecer o que pedem, do jeito que pedem dentro dos
padrões e diretrizes da empresa, não desrespeitando os princípios e normas
contábeis. O contador deve respeitar a posição do usuário e sua forma de enxergar
e utilizar a informação (PADOVEZE, 2002).
20
3.3 EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE
3.3.1 Contabilidade Financeira
Com a Revolução Industrial, nasce a Contabilidade financeira, em
conseqüência dos grandes negócios nos quais passaram a ser financiados. Com
esta fase associa-se o crescimento da relevância dos relatórios contábeis (balanço
patrimonial e demonstrações anual de lucros) para a prestação de contas à
sociedade capitalista, redirecionando os investimentos para os projetos mais
rentáveis (PADOVEZE, 2002).
Segundo Coelho (2004) o principal papel da Contabilidade financeira é
registrar e controlar todas as operações realizadas pela empresa, apurando o
resultado operacional da empresa, ou seja, verificando a existência do lucro ou
prejuízo. A Contabilidade financeira é apresentada através de demonstrações.
A Contabilidade financeira está relacionada basicamente como instrumento
contábil necessário à elaboração dos relatórios contábeis para usuários externos e
para atendimentos legais (PADOVEZE, 2002).
Para Viceconti (2003) a Contabilidade financeira exerce sua função através
da utilização das partidas dobradas, que tem como objetivo a elaboração das
demonstrações contábeis, balanço patrimonial, demonstração do resultado,
demonstração do lucro ou prejuízo acumulado, entre outros. Essas demonstrações
devem ser elaboradas com base nos princípios contábeis.
Os princípios Fundamentais da Contabilidade representam a essência das
doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade. Considerando a evolução da
área Contábil nas últimas décadas, o Conselho Federal de Contabilidade – CFC –
através da resolução n° 750/93 constituiu os Princí pios Fundamentais da
Contabilidade. A observância desses Princípios é obrigatória no exercício da
profissão contábil (IUDÍCIBUS; MARTINS; GELBECKER, 2006).
A Contabilidade financeira zela pelos princípios contábeis, no entanto é vista
como fraca para fins de gerenciamento empresarial, e indutora de erros na gestão
empresarial (PADOVEZE, 2002)
21
Segundo Hendriksen e Breda (1999) para que a Contabilidade proporcione as
diretrizes adequadas visando o desenvolvimento do pensamento contábil e dos
princípios da Contabilidade, justifica-se algumas definições.
- Ativo: segundo Marion (2005) ativos são todos os bens e direitos que
pertencem à empresa, mensuráveis monetariamente e que representem benefícios
presentes ou futuros para a empresa.
Lopes e Martins (2005) afirmam que ativo deve representar benefícios futuros
obtidos ou controlados por uma entidade como resultado de atividades ou eventos
passados. Cabe então ressaltar a importância da consideração de benefícios futuros
e do controle da organização como definição dos ativos.
Iudícibus, Martins e Gelbecker (2006) definem ativos como sendo aqueles
recursos controlados por uma empresa que seja capaz de gerar, em algum
momento fluxos de caixa, ou seja, gerar riqueza.
- Passivo e Patrimônio Líquido: o termo passivo tem significado negativo,
ou seja, no mundo dos negócios representa obrigações e dívidas. Num sentido
amplo são financiamentos, trata-se de todas as contas que se apresentam no lado
direito do balanço patrimonial (MARION, 2005).
Segundo Hendriksen e Breda (1999) passivo pode ser definido como
obrigações ou compromissos de uma empresa no sentido de entregar dinheiro, bens
ou serviços a uma pessoa, empresa ou uma organização externa em data futura.
O patrimônio líquido representa, na equação patrimonial, a diferença entre
bens e direitos do ativo e as obrigações de terceiros do passivo (OLIVEIRA; PEREZ
JÚNIOR, 2007).
Marion (2005) afirma que o patrimônio líquido está incluído no denominador
passivo, considerando que o patrimônio líquido também é uma obrigação para com
seus proprietários.
- Receitas: Iudícibus (1998b) define receita como sendo a entrada de ativos
sob a forma de dinheiro ou direitos a receber, que correspondem, normalmente a
venda de mercadorias, produtos ou prestação de serviços.
A receita é reconhecida no período contábil em que foi gerada. Normalmente
o fato gerador é identificado quando os bens e direitos são transferidos aos
compradores em troca de dinheiro ou a receber (MARION, 2005).
- Despesas: segundo Oliveira e Perez Júnior (2007) as despesas são
consideradas gastos das áreas administrativas, financeiras e comerciais, ou seja,
22
fora da fábrica, mas que têm como objetivo a geração de receitas ou manutenção da
atividade geradora de receitas.
Despesas são saídas ou outras utilizações dos ativos de uma entidade ou
criação de passivo, durante um período, advindos de venda de ativo, prestação de
serviço ou outras atividades que se constituem no objetivo central de atuação da
entidade (LOPES; MARTINS, 2005).
No momento em que se reconhece a receita, associa-se com a despesa
sacrificada para obter essa receita. Entretanto desse confronto (receita x despesas)
é que se obtém o resultado do exercício (MARION, 2005).
3.3.2 Contabilidade de Custos
Diante da Revolução Industrial e a conseqüente proliferação das empresas
industriais, a Contabilidade se viu rodeada de problemas de adaptação dos
procedimentos de apuração de resultado da empresas comerciais (revenda de
mercadorias) para as empresas industriais, que adquiriam matéria-prima e utilizavam
fatores de produção para transformá-las em produtos destinados a venda
(VICECONTI, 2003).
Através da Contabilidade financeira que nasceu a Contabilidade de Custos,
quando houve a necessidade de avaliar estoques na indústria, tarefa essa fácil na
empresa típica do mercantilismo. Seus princípios derivam dessa primeira finalidade,
no entanto, nem sempre conseguem atender a suas outras duas tarefas mais
recentes: controle e decisão (MARTINS, 2003).
A Contabilidade de custos origina-se da necessidade de resolver problemas
de mensuração de resultado. No decorrer do tempo a Contabilidade de custos
tornou-se também em instrumento de auxílio nas decisões gerenciais, devido à
evolução das empresas (OLIVEIRA; PEREZ JÚNIOR, 2007).
Segundo Padoveze (2002) a Contabilidade de custos está voltada para
cálculo, interpretação e controle dos custos dos bens fabricados, comercializados,
ou serviços prestados pela empresa.
23
A Contabilidade de custos e a Contabilidade financeira devem ter uma
compatibilidade quanto aos critérios utilizados para que não haja distorções
principalmente nos relatórios contábeis (MARTINS, 2003).
Os usuários mais importantes de um sistema de custos são, além dos
próprios donos, diretores e executivos, os administradores de empresas, são
responsáveis pelo processo de tomada de decisão. Para tanto, necessitam de
informações contábeis claras, entendíveis e confiáveis (OLIVEIRA; PEREZ JÚNIOR,
2007).
O custo é um gasto, reconhecido como tal, no momento da utilização dos
fatores de produção (bens e serviços), para fabricação de um produto ou execução
de um serviço, conforme afirma Martins (2003). Um exemplo prático é a energia
elétrica que é gasto no momento de sua aquisição, e passa imediatamente para
custos a partir de sua utilização sem transitar pela fase de investimento.
Nas empresas a avaliação correta dos custos implica diretamente na
elaboração correta das demonstrações contábeis (OLIVEIRA; PEREZ JÚNIOR,
2007).
Oliveira e Perez Júnior (2007) assim classificam os custos:
Custos fixos: permanecem constante independente do volume de produção,
ou seja, uma alteração no volume de produção, para mais ou para menos não altera
o valor total do custo fixo.
Custos variáveis: são aqueles que mantêm uma relação direta com o
volume de produção ou serviço e consequentemente podem ser identificados. O
custo total variável aumenta ou diminui à medida que o volume de atividades ou
produção da empresa aumenta ou diminui. Na maioria das vezes o crescimento no
total evolui na mesma proporção do crescimento no volume produzido.
Viceconti (2003) reafirma a fala de Oliveira e Perez Júnior (2007)
assegurando que os custos fixos são aqueles valores que continuam o mesmo
independente da produção da empresa. Em contrapartida os custos variáveis são
valores que alteram em função do volume de produção da empresa.
Martins (2003) define custos como sendo diretos e indiretos:
Custos diretos: aqueles que estão diretamente apropriados aos produtos,
sendo importante que haja uma medida de consumo (quilograma, embalagem, mãode-obra utilizada ou quantidade de força consumida)
24
Custos indiretos: não oferecem condições de uma medida objetiva, e
qualquer tentativa de alocação deve ser feita de maneira estimada, utilizando-se
critérios de rateio (aluguel, supervisão, energia).
Com o intuito de reduzir o aparecimento de impropriedades na apuração dos
custos, é que se recomenda aos profissionais da área o processo de identificação
dos custos com base no rateio (MARTINS, 2003).
Segundo Oliveira e Perez Júnior (2007) são 04 os tipos de custeio utilizados
para distribuição dos custos indiretos aos produtos fabricados:
Custeio por absorção: é o método de custeio adotado pela legislação no
Brasil e deriva do método RKW que será exposto a seguir.
Todos os custos de produção são alocados aos produtos, os custos diretos
são apropriados de maneira direta, e os indiretos, utilizando um critério de rateio
(energia, mão-de-obra, quantidade produzida, entre outros).
Custeio RKW: todos os gastos do período, incluindo despesas e custos são
alocados aos produtos por critérios de rateio já mencionados.
Custeio ABC: analisa os custos em relação às atividades que mais impactam
o consumo de recursos na empresa. Esse critério se aplica aos custos indiretos,
uma vez que aqueles custos primários como matéria-prima, são facilmente
distribuídos.
Custeio Variável: fundamenta-se na separação dos custos fixos e variáveis.
Parte do pressuposto de que somente os custos variáveis são alocados aos
produtos fabricados. E os custos fixos, são considerados como sendo despesas do
período.
3.3.3 Contabilidade Gerencial
A Contabilidade gerencial apresentou um desafio para o desenvolvimento da
Contabilidade, como ferramenta gerencial. Surgiu da necessidade de gerenciamento
contábil interno em função de novas complexidades dos processos, objetivando
informações para a tomada de decisão (PADOVEZE, 2002).
25
Segundo Viceconti (2003) o objetivo da Contabilidade gerencial é fornecer
informações para os administradores da empresa, que lhe permita gerenciar o
desempenho da mesma e avaliar o cumprimento das metas previstas.
Na tentativa de acompanhar as mudanças do ambiente empresarial cada vez
mais complexo, globalizado e competitivo, os métodos utilizados pela Contabilidade
gerencial sofre contínuas evoluções, no entanto essas evoluções dependem das
exigências de informações das empresas (OLIVEIRA; PEREZ JÚNIOR, 2007).
Os clientes esperam que os contadores sejam capazes de orientar o melhor
procedimento em situações conflitantes, esperando assim, que o contador possa
indicar o melhor caminho a seguir. Espera-se também, que o contador auxilie o
administrador, na maximização da lucratividade da empresa, não se limitando
apenas em lembrar de pagamentos de impostos ou preenchimento de formulários
previsto na legislação (COELHO, 2004).
Oliveira e Perez Júnior (2007) afirmam que a Contabilidade gerencial é
considerada um painel de controles geral da administração, pelo fato de a mesma
ser a ferramenta fundamental na geração de informações eficazes sobre o
desempenho financeiro da empresa.
A Contabilidade gerencial não é regida por nenhuma legislação específica,
devido à maior liberdade para elaboração de seus relatórios (OLIVEIRA; PEREZ
JÚNIOR, 2007).
Na maioria das vezes o que ocorre é que boa parte dos contadores limitam-se
quase sempre na execução da Contabilidade financeira, a qual tem como principal
objetivo elaborar a escrituração contábil e fiscal do dia-a-dia. Para vencer o mercado
é preciso que saibam mais do que preencher livros de escrituração, hoje o contador
não deve lidar somente com números (COELHO, 2004).
3.3.4 Da Contabilidade financeira à gerencial
Em virtude de a contabilidade financeira fornecer dados da empresa como um
todo surge então a necessidade de informações mais detalhadas acerca de
determinados aspectos para o acompanhamento, controle e previsão dos resultados
26
e que consequentemente possam subsidiar as tomadas de decisões gerenciais
(OLIVEIRA; PEREZ JÚNIOR, 2007).
Os métodos da Contabilidade financeira e da Contabilidade gerencial foram
desenvolvidos para diferentes propósitos e diferentes usuários das informações
(PADOVEZE, 2002).
Reafirmando a citação de Padoveze é que Aguiar, Frezatti, e Guerreiro (2007)
em um artigo dizem que a separação dos dois grupos da contabilidade decorre do
entendimento de que os usuários são diferentes, e apresentam distinções
significativas quanto a utilização das informações contábeis. Ambos os grupos
pretendem utilizar a contabilidade no processo decisório, mas não da mesma forma.
Ainda segundo Aguiar, Frezatti, e Guerreiro (2007) os usuários externos se
identificam com a Contabilidade financeira e a Contabilidade gerencial atende aos
interesses dos usuários internos, nas atividades por área funcional.
O fornecimento de informações gerenciais está voltado para dentro da
organização - administradores - que são os responsáveis pela direção e controle de
suas operações. A Contabilidade financeira está relacionada com o fornecimento de
informações para acionistas, credores e outros que estão fora da organização
(PADOVEZE, 2002).
A FIG. 01 apresenta uma análise comparativa entre a Contabilidade financeira
e Contabilidade gerencial, conforme apresentam Oliveira e Perez Júnior (2007).
Principais
objetivos
Relatórios
Princípios
Contábeis
Funções
essenciais
Contabilidade Financeira
Fornecer informações para o usuário
externo
Atender a legislação societária e
fiscal.
Demonstrações contábeis definidas
em lei.
Observância obrigatória, sob pena de
autuações fiscais e ressalvas nos
relatório dos auditores.
Escrituração contábil e fiscal com
base em documentação idônea.
Preparação
das
demonstrações
contábeis obrigatórias, em tempo
hábil.
Apuração dos tributos e demais
obrigações legais e societárias.
Apuração das receitas, custos e
despesas de um período.
Contabilidade Gerencial
Gerar e fornecer informações para o
usuário interno, para suas tomadas de
decisões gerenciais.
Atender à administração da empresa como
parte importante do modelo decisório.
Relatórios específicos para cada usuário.
Há maior flexibilidade para a utilização de
procedimentos alternativos, as condizentes
com a realidade da empresa.
Controle e acompanhamento da evolução
de custos e despesas.
Comparação
com
custo-padrão
e
orçamentos.
Análise das variações e geração de
relatórios para as tomadas de medidas
corretivas.
Avaliação
do
desempenho
dos
departamentos e executivos responsáveis,
gerando informações úteis ao processo
decisório.
27
FIGURA 01 – Principais distinções entre a Contabilidade Financeira e a Contabilidade Gerencial
Fonte: OLIVEIRA e PEREZ JÚNIOR, 2007.
Embora a Contabilidade gerencial seja relativamente recente e estratégica na
tarefa de fornecer suporte à administração da empresa, pode se afirmar que a
Contabilidade financeira não deixa de ser difundida e estudada (VICECONTI, 2003).
3.4 A CONTABILIDADE GERENCIAL NO PROCESSO DECISÓRIO
No Brasil e nos países em que o impacto tributário é forte, as empresas e
seus executivos precisam de informações específicas para o processo de tomada de
decisão. Portanto a Contabilidade gerencial veio resgatar a adequação das
informações para os administradores e acionistas (FREZATTI, 1997).
Longenecker, Moore e Petty (2004) afirmam que o sistema contábil deve
fornecer estrutura para o controle administrativo da empresa.
Figueiredo e Caggiano (1997) definem contabilidade como sendo um sistema
de informação e mensuração de eventos e que afeta de maneira direta o momento
da tomada de decisão.
A fim de melhor conhecer e discutir problemas da empresa é que Atkinson, et
al. (2000) afirmam que na busca de informações mais acuradas para tomada de
decisão e controle nas empresas, os sistemas gerenciais contábeis produzem
informações que ajudam a aperfeiçoar os processos e desempenho de suas
empresas.
A Contabilidade gerencial tem como ponto fundamental o uso das
informações contábeis como ferramenta gerencial. É o processo de produzir
informações gerenciais para administradores e gestores. Entretanto o sistema de
informação contábil só poderá ser executado de maneira eficiente, se existir um
sistema integrado de informações contábeis (CREPALDI, 2007).
Braga (2003) complementa afirmando ainda que a atividade gerencial deve
ser desenvolvida atreladas às informações contábeis.
28
Percebe-se diante das falas de Figueiredo (1997) e Braga (2003) que deve
haver uma vinculação entre Contabilidade financeira e Contabilidade gerencial. O
contador que assumir uma função gerencial, não pode esquecer dos princípios
básicos que norteiam a Contabilidade.
Segundo Crepaldi (2007) o principal e fundamental ponto da Contabilidade
gerencial é usar as informações contábeis como ferramenta para administração,
direcionadas pelas necessidades internas da empresa e visando orientar nas
decisões operacionais.
Entretanto, os contadores gerenciais não podem esperar que um conjunto
padronizado de informações ou relatórios possa atender a todas as necessidades
dos funcionários e gerentes de uma empresa, pois cada empresa necessita de
diferentes tipos de relatórios. Sendo assim é necessário adequar as informações
gerenciais para cada empresa, tipo de setor, funcionário ou gerente, em termos de
decisões, controles e aprendizagens (ATKINSON, et al., 2000).
A partir da citação de Atkinson, observa-se que não existe uma única maneira
de auxiliar na administração das empresas, é preciso conhecer as peculiaridades de
cada empresa e respeitá-las.
3.4.1 Importância da Contabilidade Gerencial para as empresas
Embora as informações gerenciais contábeis possam não garantir o sucesso
total das empresas, o seu mau funcionamento pode resultar em severas dificuldades
para as empresas. Entretanto um sistema de Contabilidade gerencial efetivo,
fornecendo informações em tempo hábil e informações precisas podem assegurar o
sucesso das empresas (ATKINSON, et al., 2000).
A Contabilidade gerencial tem sido de suma importância para as empresas,
sua importância origina-se principalmente das relações existentes entre a tomada de
decisão pelos administradores e as informações que sustentam essas decisões
(OLIVEIRA; PEREZ JÚNIOR, 2007).
O papel do contador gerencial hoje está baseado mais em contribuição para
administração geral da empresa do que ao conjunto que relata aspectos puramente
financeiros do controle gerencial (FIGUEIREDO; CAGGIANO, 1997).
29
Através da Contabilidade gerencial é que são produzidas informações úteis
de acordo com a necessidade de cada usuário, entretanto a Contabilidade gerencial
é o processo de mensurar, identificar e analisar as informações econômicas da
empresa (OLIVEIRA; PEREZ JÚNIOR, 2007).
4 METODOLOGIA
Para Lakatos e Marconi (2003, p. 155) “a pesquisa é um procedimento formal
com método de pensamento reflexivo, que requer tratamento científico e se constitui
no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais”.
Para Gil (2002) pesquisa é um procedimento racional que visa proporcionar
respostas aos problemas que são propostos.
Com base nos conceitos apresentados nos parágrafos anteriores, esta
pesquisa buscou conhecer a realidade vivida pelos proprietários das pequenas
empresas de Iúna-ES e contadores, no qual se refere à prestação de serviço.
Segundo Gil (2002) a pesquisa descritiva tem como objetivo primordial
descrever características de determinada população ou fenômeno, envolvendo
técnicas padronizadas de coleta de dados.
Portanto, de acordo com os objetivos, realizou-se uma pesquisa descritiva,
pois descreve a atuação dos contadores das pequenas empresas de Iúna-ES em
relação aos serviços oferecidos no período compreendido entre 1997 e 2007.
A pesquisa bibliográfica, em conformidade com Gil (2002) é aquela
desenvolvida através de materiais já elaborados.
Quanto aos procedimentos de coleta de dados, a pesquisa foi caracterizada
como bibliográfica por se basear em materiais já existentes, principalmente livros e
artigos científicos na área contábil.
30
A pesquisa de levantamento é aquela caracterizada pela interrogação direta
de pessoas buscando conhecer seu comportamento (GIL, 2002).
Portanto, esta pesquisa se caracteriza como sendo de levantamento pelo fato
de buscar junto aos empresários e contadores, dados que, depois de analisados de
forma quantitativa e qualitativa fossem suficientes para responder aos objetivos
propostos.
Para tanto, utilizou-se como instrumento de coleta de dados um questionário
entregue diretamente pela pesquisadora, no mês de junho de 2008, através de visita
nas pequenas empresas de Iúna-ES, e nos escritórios de Contabilidade.
Gil (2002, p.121) define que “amostra é uma parte dos elementos que
compõem o universo.” Lakatos e Marconi (2003 p. 163) definem amostra como
sendo “uma parcela convenientemente selecionada do universo (população), é um
subconjunto do universo”. Assim a amostra é uma forma mais rápida de analisar
características de determinada população.
A amostra pesquisada foi definida por meio de cálculo estatístico, aplicandose a fórmula apresentada a seguir:
Z² x P x Q x N
A = ______________________
(( N – 1) x E² + (Z² x P x Q)
A = Tamanho da amostra
Onde:
Z = Nível de Confiança
P = Taxa de Proporcionalidade
Q = Complemento da Proporcionalidade
E = Margem de Erro
N = População Conhecida ou Estimada
Para seleção da amostra das pequenas empresas a serem pesquisadas,
primeiro procedeu-se à identificação da população. Como não foi encontrada uma
base de dados que assegurasse a população total, foi enviada por escrito a todos os
escritórios de Contabilidade de Iúna-ES solicitação da relação das pequenas
empresas de Iúna-ES, que tivessem no mínimo 10 anos de atuação no mercado.
Dessa relação, foi identificado um total de 87 empresas a serem pesquisadas,
aplicando-se a fórmula estatística já apresentada, considerando-se uma margem de
erro de 5%, a amostra estabelecida foi de 67 empresas a serem pesquisadas, toda a
amostra foi pesquisada.
31
Antes de iniciar a aplicação dos questionários, foi realizado o pré-teste com
um comerciante e um contador a fim de verificar se o instrumento responderia à
questão proposta pela pesquisadora.
Dentre os contadores, foram pesquisados 100% daqueles que têm escritório
de Contabilidade atuantes em Iúna-ES, totalizando assim 06 profissionais.
Os dados coletados junto aos proprietários das pequenas empresas e os
dados coletados junto aos contadores receberam tratamento quantitativo e
qualitativo.
5 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS
Baseado no cálculo estatístico, 67 pequenas empresas foram selecionadas
para aplicação do formulário. A pesquisa foi realizada em junho de 2008. O objetivo
desta pesquisa foi analisar como os contadores das pequenas empresas de Iúna ES atuantes no mercado há no mínimo dez anos, têm acompanhado a evolução da
Contabilidade. O formulário utilizado na pesquisa encontra-se no final do trabalho
(apêndice A e B). Os resultados da pesquisa serão demonstrados a seguir.
A primeira pergunta do formulário de entrevista foi sobre o tempo de atuação
das empresas no mercado. Verificou-se que 53% das empresas pesquisadas atuam
no mercado há um período compreendido entre 10 e 15 anos, 23 % entre 16 e 20
anos e 24% há mais de 20 anos. Comprovando assim que 100% das empresas
pesquisadas têm mais de 10 anos de atuação no mercado de Iúna-ES.
Esses dados apresentados demonstram uma realidade da cidade de Iúna-ES
diferente daquela apresentada pelo SEBRAE nas pesquisas realizadas em 2004 e
2007 sobre a taxa de mortalidade das MPE`s. Essas pesquisas demonstram que
geralmente as MPE`s sobrevivem até 04 anos.
Foi perguntado se houve mudança de contador da empresa durante sua
existência. E 70% das empresas afirmam que já trabalharam com mais de um
contador nesse período, enquanto 30% permanecem com o mesmo contador desde
32
o início de suas atividades. Essa pergunta foi elaborada com intuito de identificar a
satisfação dos empresários em relação ao serviço fornecido pelo seu contador.
Na questão em que se buscou identificar se as empresas possuem um
contador específico, observou-se que 100% das empresas pesquisadas não
possuem um contador exclusivo para sua empresa. O resultado obtido com essa
pergunta, vai de encontro com uma citação de Longenecker (2004) quando diz que
várias são as empresas prestadoras de serviços contábeis a negócios pequenos. Os
escritórios de Contabilidade acabam assumindo a Contabilidade de várias empresas
porque estas necessitam dos serviços contábeis, mas a um custo mais baixo.
A seguir, o GRAF. 01 representa em percentuais os relatórios que eram
fornecidos pelos contadores das empresas pesquisadas em 1997.
Gráfico 01 – Quais os serviços eram fornecidos por seu contador no ano de 1997?
76%
75%
64%
39%
6%
Emissão da folha
de pagamento
Guias de
recolhimento de
impostos
Balanço patrimonial Demonstração de
resultado do
exercício
3%
Levantamento dos Escrituração das
custos dos
movimentações da
serviços e/ou
empresa
produtos
Fonte: Dados coletados pelo formulário de pesquisa
Observa-se nesse gráfico que as informações fornecidas pelos contadores
em 1997 eram informações voltadas para a Contabilidade Financeira. Os relatórios
foram apresentados aos empresários como opções para que marcassem aqueles
que realmente eram fornecidos pelos seus contadores. Uma das opções de resposta
era “outros”, isso com intenção de que os empresários relatassem algum serviço
diferenciado fornecido pelos contadores, no entanto nenhum tipo de relatório foi
citado pelos entrevistados.
Coelho (2004) diz que na maioria das vezes o que ocorre é que boa parte dos
contadores limitam-se quase sempre na execução da Contabilidade Financeira, a
33
qual tem como principal objetivo elaborar a escrituração contábil e fiscal do dia-a-dia.
Percebe-se claramente que esse era o perfil dos contadores de 1997, que forneciam
informações mais direcionadas à área fiscal, departamento pessoal e escrituração
contábil.
Quando se procura saber sobre os contatos que os empresários mantinham
com os contadores ano de 1997, 46% disseram que mantinham contatos somente
quando precisavam de alguma informação, 25% mantinham contatos mensalmente,
19% não mantinham contato algum, 7% só tinham contato com seus contadores
para declarar imposto de renda e 3% diariamente.
No quesito mudança de foco e evolução da Contabilidade, pergunta-se aos
administradores se os mesmos têm percebido alguma modificação na prestação dos
serviços contábeis de 1997 para 2007. Dentre os entrevistados 61% afirmam ter
notado mudança e 39% disseram não ter percebido nenhuma modificação.
O GRAF. 02 apresenta, em percentuais, os relatórios que foram fornecidos às
pequenas empresas pelos seus respectivos contadores em 2007.
Gráfico 02 – Em 2007 que tipos de serviços foram fornecidos pelo contador da sua empresa?
90%
87%
69%
40%
36%
28%
10%
Análise do
ponto de
equilíbrio
Análise da
margem de
lucro - markup
15%
Análise do
balanço e DRE
Análise de
custos
Levantamento
dos custos
dos serviços
e/ou produtos
Demonstração
de resultado
do exercício
Balanço
patrimonial
Guias de
recolhimento
de impostos
Emissão da
folha de
pagamento
16%
Fonte: Dados coletados pelo formulário de pesquisa
Coelho (2004) afirma que para o contador se destacar no mercado é preciso
saber mais do que escrituração de livros contábeis, hoje o contador não deve lidar
somente com números. Padoveze (2002) complementa esse pensamento afirmando
34
que a Contabilidade Gerencial objetiva gerar informações para a tomada de decisão
nas empresas, informações gerenciais.
Embora a evolução não tenha sido percebida por todos os empresários, como
já citado anteriormente, não pode-se negar que houve uma certa evolução na
prestação dos serviços contábeis, destacando-se que, em 2007 além daqueles
relatórios básicos já oferecidos em 1997, alguns entrevistados disseram que
análises como a análise de balanço e demonstração do resultado do exercício são
elaboradas pelos contadores e discutidas entre eles.
Analisando os gráficos 01 e 02, é possível perceber uma evolução por parte
dos contadores no que se refere à prestação de serviços.
O GRAF. 03 apresenta claramente a evolução dos serviços fornecidos pelos
contadores das pequenas empresas de Iúna-ES entre o período de 1997 e 2007.
Gráfico 03 – Comparação dos serviços fornecidos pelos contadores das pequenas empresas
de Iúna-ES nos últimos 10 anos.
1997
90%
76%
2007
87%
75%
69%
39%
40%
36%
28%
16%
15%
0%
Análise do
ponto de
equilíbrio
10%
0%
Análise da
margem de
lucro - markup
0%
Análise do
balanço e DRE
0%
Análise de
custos
3%
Levantamento
dos custos
dos serviços
e/ou produtos
Demonstração
de resultado
do exercício
Balanço
patrimonial
Guias de
recolhimento
de impostos
Emissão da
folha de
pagamento
6%
Fonte: Dados coletados pelo formulário de pesquisa
Comparando as questões em que se busca identificar a evolução da
Contabilidade a partir de 1997, um fato importante a ser observado é a freqüência
com que os contadores visitam seus empresários.
Ao serem questionadas sobre a freqüência que recebeu visita do contador na
sua empresa em 2007, 30% das empresas afirmaram que receberam visitas
mensalmente, 28% disseram não ter recebido nenhuma visita, 22% receberam
visitas apenas semestralmente e 20% quinzenalmente. Observa-se que as visitas
dos contadores nas empresas não é freqüente.
35
Gráfico 04 – Motivos que levam o empresário a procurar seus contadores.
67%
55%
33%
28%
16%
1%
Discutir a vida
financeira da
empresa
Tributação
Declaraçã de IR
Discutir análise de
investimentos
Analisar o ponto de
equilíbrio da empresa
Informação sobre
Lucro Real
Fonte: Dados coletados pelo formulário de pesquisa
A seguir será apresenta a análise dos dados coletados na pesquisa realizada
com os contadores que têm escritório de Contabilidade atuantes em Iúna-ES,
totalizando assim 06 profissionais.
Quanto ao tempo de atuação no mercado, 51% atua há mais de 10 anos e
49% acima de 20 anos.
O GRAF. 05 apresenta em percentuais os relatórios que eram fornecidos
pelos contadores a seus clientes em 1997 e os que foram fornecidos em 2007.
Gráfico 05 – Relatórios fornecidos pelos contadores nos últimos 10 anos.
1997
100% 100% 100% 100%
100%
50%
2007
100%
50%
50%
33%
Fonte: Dados coletados pelo formulário de pesquisa
0%
0%
0% 0%
Análise do
ponto de
equilíbrio
Análise de
custos
Levantamento
dos custos
dos serviços
e/ou produtos
Demonstração
de resultado
do exercício
Balanço
patrimonial
Guias de
recolhimento
de impostos
Emissão da
folha de
pagamento
0%
Análise da
margem de
lucro - markup
17%
Análise do
balanço e DRE
17%
33%
36
O GRAF. 05 demonstra claramente, se comparado com o GRAF. 03 uma
contradição entre as respostas. Alguns serviços que todos os contadores disseram
fornecer aos seus clientes, como exemplo o levantamento dos custos dos serviços
e/ou produtos, na resposta dos empresários, obtém-se 28% afirmando que
receberam esse serviço, mas, dentre os contadores, 50% deles disseram oferecer
esse serviço aos seus clientes.
Em relação aos contatos que eram mantidos com seus clientes em 1997, 67%
dos contadores disseram que mantinham contatos mensalmente, 33% mantinham
contatos quando precisavam de informações e para declarar imposto de renda de
seus clientes, 17% afirmaram que mantinham contato a fim de acompanhar a rotina
da empresa, planejamento tributário e orientação fiscal.
Com relação à freqüência de visitas feitas em 2007, 66% visitaram seus
clientes mensalmente e 17% responderam que visitaram semestralmente e
quinzenalmente.
Percebe-se que há divergência nas informações fornecidas pelos empresários
e naquelas fornecidas pelos contadores quando se trata de visitas à empresa em
2007. Apenas 30% dos empresários disseram ter recebido visita dos contadores
mensalmente, enquanto 66% dos contadores disseram que realizam visitas
mensais; 22% dos empresários manifestaram que receberam visitas semestralmente
e 20% quinzenalmente, enquanto 17% dos contadores afirmam ter visitado seus
clientes nesse mesmo período. E um percentual considerável de empresários, 28%,
afirmaram que não receberam nenhuma visita de seus contadores em 2007.
De acordo com Padoveze (2002) a Contabilidade mudou de foco a partir da
Contabilidade gerencial, passando de simples registros e análises de transações
financeiras para geração de informações e conhecimento para decisões que afetam
o futuro. Com base no exposto, procurou-se saber junto aos contadores se estes
consideram que houve alguma modificação nos serviços oferecidos às pequenas
empresas em decorrência do advento da Contabilidade Gerencial. E 100% dos
contadores dizem ter havido modificação nos serviços contábeis.
Quanto à influência da Contabilidade Gerencial na prestação dos serviços
contábeis, 100% dos contadores responderam que facilitou a relação entre contador
e cliente, 83% disseram que houve uma valorização da profissão contábil e 67%
disseram que aumentaram os serviços dos contadores.
37
Alguns contadores complementaram suas respostas dizendo que precisam
estar sempre atualizados e atentos às mudanças na legislação. E que, de acordo
com a evolução da Contabilidade, o governo passou a exigir maiores informações
dos escritórios de Contabilidade cruzando essas informações com aquelas
fornecidas pelos empresários, então, os contadores se sentem na obrigação de
orientar seus clientes e oferecer informações que os auxilie na tomada de decisões.
38
6 CONCLUSÃO
A fim de responder aos objetivos propostos pela pesquisa, e de acordo com
os dados coletados, é possível perceber que ainda que de maneira embrionária, os
contadores das pequenas empresas de Iúna-ES estão sim acompanhando a
evolução da Contabilidade. Isso se ficou claro, quando foram comparados os
serviços oferecidos pelos contadores em 1997 e aqueles fornecidos em 2007.
Percebeu-se uma evolução quanto às práticas dos serviços prestados pelos
escritórios de contabilidade de Iúna-ES.
De acordo com os dados coletados juntos aos empresários e aos contadores,
observou-se que de 1997 para 2007 houve uma evolução na prestação de serviço
dos contadores. Demonstrando assim que estes profissionais estão de certa forma
acompanhando a evolução da contabilidade.
Em alguns momentos da pesquisa, observou-se contradição entre as
respostas dos empresários e aquelas apresentadas pelos contadores. Entretanto,
isso não influenciou nos resultados da pesquisa.
Quando observado o resultado da pergunta referente aos motivos que levam
o empresário a procurar seu contador, as respostas foram surpreendentes, porque a
maioria dos empresários, só procura seus contadores na época de Declaração de
Imposto de Renda ou para esclarecer dúvidas a respeito de tributação.
Uma limitação dessa pesquisa foi a fonte de dados em relação às empresas
atuantes na cidade.
A partir dos resultados obtidos nessa pesquisa, questiona-se: será que os
contadores estão meio adormecidos porque seus clientes acomodaram? Os
resultados dessa pesquisa abrem um leque para que novas pesquisas sejam
realizadas buscando esclarecimentos sobre o relacionamento entre gestores de
pequenas empresas e seus contadores.
39
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VICECONTI, P. E. V. Contabilidade de Custos: um enfoque direto e objetivo. 7. ed.
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42
APÊNDICE A
Este formulário tem o intuito de responder a um problema de pesquisa de
Trabalho de Conclusão de Curso das Faculdades Doctum realizado pela aluna
Cristiane Aparecida Carvalho Ribeiro.
Problema de pesquisa: Como os contadores das pequenas empresas de IúnaES que atuam no mercado há no mínimo dez anos, têm acompanhado a
evolução da Contabilidade?
QUESTIONÁRIO DE PESQUISA - CONTADORES
1-Há quanto tempo você atua no mercado de Iúna-ES?
( ) 05 anos
( ) 10 anos
( ) 15 anos
( ) outros ____________
2- Quais eram os serviços que você fornecia para seus clientes em 1997?
( ) emissão da folha de pagamento
( ) guias de recolhimento de impostos
( ) balanço patrimonial
( ) demonstração de resultado do exercício
( ) levantamento dos custos dos serviços e/ou produtos
( ) escrituração das movimentações da empresa
( ) outros ________________________________
3- Que contatos você tinha com seus clientes em 1997?
( ) somente quando precisava de informações (alíquota de impostos, direitos
trabalhistas, etc)
( ) mensalmente
( ) somente para declarar IR
( ) não mantinha nenhum contato
( ) outros __________________________
4- Em 2007 que tipos de serviços foram fornecidos para seus clientes?
( ) emissão da folha de pagamento
( ) guias de recolhimento de impostos
( ) balanço patrimonial
( ) demonstração de resultado do exercício
( ) levantamento dos custos dos serviços e/ou produtos
( ) análise de custos
( ) análise do balanço e demonstração do resultado do exercício
( ) análise da margem de lucro (markup)
( ) análise do ponto de equilíbrio
( ) outros ________________________________
43
5- Com que freqüência você visitou seus clientes em 2007?
( ) quinzenalmente
( ) mensalmente
( ) semestralmente
( ) não visita
6- Que motivos levam seus clientes a procurar seu serviço?
( ) discutir a vida financeira da empresa
( ) tributação
( ) declaração de IR
( ) discutir análise de investimentos
( ) analisar o ponto de equilíbrio da empresa
( ) outros ______________________________
7- No período entre 1997 e 2007, você considera que houve modificação nos
serviços fornecidos pelos contadores das pequenas empresas em decorrência da
evolução da Contabilidade?
( ) sim
( ) não
Se sim, indique quais foram essas modificações:________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
8- De que forma você considera que a Contabilidade gerencial influenciou nos
serviços contábeis?
( ) aumentou o serviço dos contadores
( ) facilitou a relação entre contador e cliente
( ) valorizou a profissão contábil
( ) não influenciou no serviço do contador
Obrigada pela atenção!
44
APÊNDICE B
Este formulário tem o intuito de responder a um problema de pesquisa de
Trabalho de Conclusão de Curso das Faculdades Doctum realizado pela aluna
Cristiane Aparecida Carvalho Ribeiro.
Problema de pesquisa: Como os contadores das pequenas empresas de IúnaES que atuam no mercado há no mínimo dez anos, têm acompanhado a
evolução da Contabilidade?
QUESTIONÁRIO DE PESQUISA - EMPRESÁRIOS
1-Há quanto tempo sua empresa atua no mercado de Iúna-ES?
( ) 10 anos
( ) 15 anos
( ) outros ____________
2- Nos últimos 10 anos, o contador da sua empresa permanece o mesmo?
( ) sim
( ) não
3- Você tem um contador específico para atender à sua empresa?
( ) sim
( ) não
4- Quais eram os serviços fornecidos pelo seu contador em 1997?
( ) emissão da folha de pagamento
( ) guias de recolhimento de impostos
( ) balanço patrimonial
( ) demonstração de resultado do exercício
( ) levantamento dos custos dos serviços e/ou produtos
( ) escrituração das movimentações da empresa
( ) outros ________________________________
5- Que contatos você tinha com seu contador em 1997?
(
) somente quando precisava de informações (alíquota de impostos, direitos
trabalhistas, etc)
( ) mensalmente
( ) somente para declarar IR
( ) não mantinha nenhum contato
( ) outros __________________________
6- Nos últimos anos, você tem percebido alguma modificação na prestação dos
serviços contábeis?
( ) sim
( ) não
45
7- Em 2007 que tipos de serviços foram fornecidos pelo contador da sua empresa?
( ) emissão da folha de pagamento
( ) guias de recolhimento de impostos
( ) balanço patrimonial
( ) demonstração de resultado do exercício
( ) levantamento dos custos dos serviços e/ou produtos
( ) análise de custos
( ) análise do balanço e demonstração do resultado do exercício
( ) análise da margem de lucro (markup)
( ) análise do ponto de equilíbrio
( ) outros ________________________________
8- Com que freqüência o contador visitou sua empresa em 2007?
( ) quinzenalmente
( ) mensalmente
( ) semestralmente
( ) não visita
9- Hoje, que motivos levam você a procurar seu contador?
( ) discutir a vida financeira da empresa
( ) tributação
( ) declaração de IR
( ) discutir análise de investimentos
( ) analisar o ponto de equilíbrio da empresa
( ) outros ______________________________
Obrigada pela atenção!
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