Aglomerados estelares EIXO PRINCIPAL Chamamos de aglomerado estelar um sistema contendo centenas, milhares ou mesmo centenas de milhares de estrelas unidas por um campo gravitacional comum. Na nossa Galáxia, a Via­Láctea, há milhares de aglomerados. ngc6752.jpg: O aglomerado globular NGC 6752, visível no hemisfério sul celeste e situado a uma distância de 20.000 anos­luz. São centenas de milhares de estrelas unidas por um campo gravitacional comum. Elas nasceram ao mesmo tempo e de uma mesma nuvem de gás do meio interestelar. Fonte: http://www.spiegelteam.de/CCD­Aufnahmen/ngc6752.jpg Existem dois tipos básicos de aglomerados estelares na nossa Galáxia: os abertos e os globulares. Os aglomerados abertos têm algumas centenas de estrelas no máximo, forma irregular, situam­se próximos ao plano da Via­Láctea e são, em geral, jovens, com idades menores do que 500 milhões de anos. Aglomerados globulares têm dezenas ou centenas de milhares de estrelas, forma esférica, têm idades da ordem de 10 bilhões de anos, e ocupam o halo estelar da Galáxia. pleiades.jpg: Imagem do aglomerado aberto Plêiades, obtida no Observatório Anglo­Australiano, na Austrália. As Plêiades são visíveis até mesmo a olho nu, na direção da constelação de Touro. Notem a presença não apenas de estrelas muito brilhantes e azuis, mas também de gás residual do processo de formação estelar neste jovem sistema. Fonte: http://www.aao.gov.au/images/captions/ EIXO SECUNDÁRIO No interior dos aglomerados, as estrelas interagem gravitacionalmente, constantemente perturbando a órbita umas das outras. No centro de alguns globulares, a densidade estelar é tão alta que algumas estrelas chegam a colidir ou mesmo a se fundir, formando estrelas maiores. 47Tuc.jpg: O aglomerado globular 47 Tuc é um dos mais próximos de nós. Vê­se claramente a forma esférica, à qual se deve a classificação, e a alta densidade de estrelas, especialmente na região central. Por ser um sistema velho, com mais de 10 bilhões de anos, as estrelas de alta massa que se formaram em 47 Tuc já evoluíram há muito tempo. Portanto, predominam nele atualmente estrelas de massa comparável ao Sol ou menor. Fonte: http://www.science.psu.edu/alert/Images/SALT_PR47tuc.jpg 47Tuc­Chandra.jpg: Imagens em raio­X da região central do aglomerado 47 Tuc, obtida com o telescópio espacial Chandra. A da direita mostra uma ampliação da parte mais densa da imagem à esquerda. Apenas estrelas em forte interação com outras emitem raios­X. EIXO SECUNDÁRIO Aglomerados de estrelas também existem em outras galáxias. Com o avanço da tecnologia de telescópios e detetores, atualmente eles podem ser estudados em muito detalhe nas galáxias vizinhas à Via­Láctea. ngc290_hst_big.jpg: Imagem do aglomerado estelar NGC 290 obtida com o telescópio espacial Hubble. NGC 290 pertence à Pequena Nuvem de Magalhães, uma galáxia satélite da nossa, que é visível a olho nu daqui do Brasil na primavera. Fonte: http://www.sflorg.com/spacenews/images/imsn041806_01_08.jpg Em galáxias mais distantes, vemos os aglomerados apenas como pontos de luz, sendo então impossível estudá­los em detalhe individualmente. Neste caso é possível estudar o sistema de aglomerados como um todo. m87.png: A galáxia elíptica gigante M87 abriga um sistema de mais de 15000 aglomerados globulares. Neste imagem eles são vistos como pequenos pontos de coloração azulada distribuídos em torno da galáxia. Fonte hi­res: http://www.astro.princeton.edu/~rhl/PrettyPictures/M87.png EIXO PRINCIPAL Os aglomerados de estrelas nascem nas galáxias, em regiões densas em gás e poeira, no interior das nuvens moleculares do meio interestelar. É desse gás e poeira que formam­se suas estrelas. O material da região se fragmenta e cada fragmento colapsa gravitacionalmente. Christmas_Tree_Cluster.jpg: O aglomerado NGC 2264, cuja idade é de apenas uns 100 mil anos. Essas estrelas, extremamente jovens, ainda estão incrustradas na nuvem que as originou. Como as nuvens absorvem a luz visível, as estrelas só podem ser vistas numa imagem infra­vermelha como essa, obtida com o telescópio espacial Spitzer. westerlund1­2MASS.jpg: Imagem obtida no infra­vermelho do aglomerado Westerlund 1. Westerlund 1 é muito jovem e extremamente massivo. É um dos aglomerados cuja luz está mais fortemente absorvida pelo meio interestelar. Apenas uma parte em 100 mil da luz visível emitida por ele chega até nós. O resto é absorvido no caminho. EIXO SECUNDÁRIO A forte radiação proveniente das estrelas recém formadas aquece o material da nuvem à sua volta, o que gera uma nebulosa. Após alguns milhões de anos, esse material interestelar é removido pelas estrelas, criando uma cavidade no interior da nuvem. O jovem aglomerado então se torna mais facilmente visível pois a luz de suas estrelas, em especial a luz óptica, não é mais fortemente absorvida pelo meio interestelar em seu entorno. NGC_3603_ACS.jpg: O rico e jovem aglomerado NGC3603, contendo estrelas muito quentes cuja radiação aquece e evacua o gás à sua volta, formando uma nebulosa. Por já ter removido a maior parte do meio, esse aglomerado é visível no óptico. Está situado a uns 20000 anos­luz, na direção da constelação de Carena.