Trabalho de Laboratório de Electromagnetismo e Óptica ~ produzido por um Campo magnético B enrolamento percorrido por uma corrente eléctrica; Lei de Faraday Fernando Barão, Manuela Mendes, Filipe Mendes Profs do Departamento de Física do IST Departamento de Física, IST Guia de Laboratório Campo Magnético Objectivos • Estudo do campo magnético produzido por um enrolamento de N espiras percorrido por uma corrente eléctrica. • Utilização da lei de indução de Faraday para medição do campo magnético. Material • Enrolamentos de espiras para produção de um campo magnético e para indução de uma força electromotriz • Gerador de sinais • Osciloscópio de 2 canais • Resistências de 10 kΩ • Cabos para ligações eléctricas F.Barao, M.Mendes, F.Mendes Electrom. e Óptica (MEEC-IST) 2 Guia de Laboratório 1 1.1 Campo Magnético Introdução teórica Lei de Biot-Savart Um condutor percorrido por uma corrente eléctrica produz um campo ~ Dividindo o condutor em elementos infinitesimais de magnético B. corrente Id~ ℓ, o campo magnético produzido por cada um destes elementos num dado ponto a uma distância r é de acordo com a lei de Biot-Savart, ~ = dB µ 0 d~ ℓ×u ~r I 2 4π r onde µ0 corresponde à permeabilidade magnética do vazio, que no Sistema Internacional de Unidades (SI) onde o campo magnético se ~ exprime em Tesla (T), assume o valor 4π · 10−7 T.m/A. O campo B é perpendicular quer ao elemento de corrente, quer ao vector posição ~ r que liga o elemento de corrente ao ponto P ; no caso da figura em que o elemento de corrente e o vector ~ r se encontram no plano do papel, ~ é perpendicular ao plano do papel e aponta na direcção o campo B oposta à do leitor. O campo magnético total no ponto P obtém-se, integrando o campo magnético ao longo de todo o condutor, ~ = B 1.2 µ0 4π I Z d~ ℓ×u ~r C (1) r2 Campo magnético no eixo de uma espira de corrente O campo magnético produzido por uma espira de corrente de raio R e percorrida por uma corrente eléctrica I pode ser obtida usando coordenadas cilíndricas (R, θ, z). Assim, nestas coordenadas, o campo magnético produzido por um elemento de corrente infinitesimal Id~ ℓ = I R dθ~ uθ num ponto P ao longo do eixo da espira e √ a uma distância r = R2 + z 2 do elemento é: ~ = dB µ0 I R dθ 4π R2 + z 2 (~ uθ × ~ ur ) A simetria existente na distribuição da corrente eléctrica tem como consequência a existência de campo magnético somente segundo OZ, uma vez que as componentes perpendiculares ao eixo da espira produzidas por elementos de correntes opostos, se anulam. Tem-se assim: ~ cos α dBz = |dB| ~ onde α é o ângulo entre o eixo da espira e o campo B. F.Barao, M.Mendes, F.Mendes Electrom. e Óptica (MEEC-IST) 3 Guia de Laboratório Campo Magnético √ Assim, tendo em conta que cos α = R/ R2 + z 2 e que os vectores u ~θ e ~ ur são perpendiculares (portanto o módulo do produto externo é 1!), pode-se calcular o campo magnético segundo o eixo da espira como: Z 2π µ0 R2 Bz = dθ I 4π 0 (R2 + z 2 )3/2 µ0 IR2 = [θ]2π 0 3/2 2 2 4π (R + z ) IR2 µ0 ~ uz ~ (2) B(z) = 2 (R2 + z 2 )3/2 Para se entender melhor o comportamento do campo magnético para pontos do eixo a grandes distâncias z da espira, pode-se reescrever a expressão (2) da seguinte forma: ~ B(z) = = IR2 µ0 2 R3 µ0 I i3/2 z 2 R h 1+ u ~z u ~z h 2 R 1+ i3/2 z 2 R (3) O campo magnético no centro da espira (z = 0), vem: ~ B(z = 0) = 1.3 µ0 I 2 R (4) u ~z Campo magnético produzido por um enrolamento de N espiras O campo magnético produzido por um enrolamento de N espiras num ponto P ao longo do seu eixo pode em primeira aproximação ser calculado somando os campos produzidos por cada uma das espiras, ~ = B N X ~ espira B i=1 Esta aproximação é razoável se a espessura do enrolamento for pequena quando comparada com o seu raio. Tendo em conta a expressão do campo magnético derivada para a espira (2), tem-se então para um ponto a uma distância z ao longo do eixo da espira: F.Barao, M.Mendes, F.Mendes Electrom. e Óptica (MEEC-IST) 4 Guia de Laboratório ~ B(z) = µ0 2 Campo Magnético N I h R 1+ u ~z i3/2 z 2 R (5) No centro do enrolamento (z = 0) o campo magnético vem dado por: ~ B(z = 0) = µ0 I N u ~z 2 R (6) A expressão do campo magnético no eixo pode então ser reescrita em termos do campo magnético existente no centro do enrolamento como: B(z=0) B(z) = h i3/2 z 2 1+ R 1.4 (7) Força electromotriz num enrolamento: lei de indução magnética Pensemos num enrolamento T composto por NT espiras circulares ~ produzido de raio RT , exposto a um campo magnético uniforme B, por um enrolamento externo (E). O fluxo do campo magnético que atravessa o enrolamento T , devido ao campo externo, é dado por: Z ~ ·~ B n dS (8) ΦT E = N T S onde ~ n é um vector unitário e normal à área (S) da espira. Sendo Θ ~ tem-se: o ângulo entre ~ n e B, ΦT E = NT B πR2T cos Θ (9) Pela lei da indução de Faraday, a força electromotriz existente aos terminais do enrolamento T depende da variação no tempo do fluxo do campo magnético que o atravessa. Este fluxo de campo magnético pode-se escrever como a soma do fluxo devido ao campo externo e do fluxo auto-indutivo, ΦT T = LT IT : ΦT = ΦT T + ΦT E = LT IT + NT πR2T cos Θ B onde LT é o coeficiente de auto-indução do enrolamento. Vem então para a força electromotriz: F.Barao, M.Mendes, F.Mendes Electrom. e Óptica (MEEC-IST) 5 Guia de Laboratório ε=− Campo Magnético dΦT dt dIT dB = −LT − NT πR2T cos Θ dt dt (10) O sinal negativo indica-nos que a polaridade da força electromotriz induzida é definida de forma a opôr-se a variação de fluxo. 1.4.1 Variação do campo magnético ~ é produzido por um enrolaConsideremos que o campo magnético B mento de N espiras circulares de raio R que é atravessado por uma corrente eléctrica variável I(t). Assim, a variação no tempo do campo magnético deve-se à variação da corrente eléctrica. Por exemplo, no centro do enrolamento (z = 0), a variação do campo magnético (6) expressa-se como: dB d µ0 I N dI = N = µ0 (11) dt dt 2 R 2R dt 1.4.2 Corrente eléctrica triangular ~ é percorrido por Admitamos que o enrolamento produtor do campo B uma corrente de forma triangular no tempo de amplitude I0 , tal como se mostra na figura ao lado. A derivada da corrente é uma constante, ora positiva (troço ascendente) ora negativa (troço descendente), de valor dI ∆I I0 − (−I0 ) 2I0 I0 +I 0 Ipp −I 0 (12) +ε 0 onde T = 1/f é o período da corrente. Para este tipo de corrente eléctrica, obtém-se então a variação do campo magnético no centro do enrolamento como: −ε 0 dt dB dt = = ∆t = µ0 N 2 R T /2 4 I0 T = = 2 µ0 F.Barao, M.Mendes, F.Mendes T /2 =4 T N I0 1 R T Electrom. e Óptica (MEEC-IST) T/2 (13) 6 Guia de Laboratório 1.4.3 Campo Magnético Corrente eléctrica sinusoidal Consideremos agora que o enrolamento produtor de campo é percorrido por uma corrente eléctrica I sinusoidal e amplitude I0 , I = I0 sin(ωt). Tendo em conta que a derivada da corrente é dada por: dI = I0 ω cos(ωt) dt (14) a variação do campo magnético no centro do enrolamento vem dada por: N dB = µ0 I0 ω cos(ωt) dt 2R F.Barao, M.Mendes, F.Mendes Electrom. e Óptica (MEEC-IST) (15) 7 Guia de Laboratório 2 Campo Magnético Trabalho experimental 2.1 Objectivos Neste trabalho abordam-se os seguintes tópicos: • produção de um campo magnético por um enrolamento de campo de N espiras. • comparação do campo magnético produzido experimentalmente com o valor teórico calculado a partir da lei de Biot-Savart. • medição do campo magnético com um enrolamento-sonda, usando a lei de Faraday. • estudo da variação do valor do campo magnético produzido com a frequência da corrente eléctrica e com a distância ao enrolamento. 2.2 Montagem Na montagem experimental a realizar em laboratório, existe um circuito primário composto por uma resistência eléctrica R1 = 10 kΩ e por um enrolamento de N espiras circulares de raio R e resistência eléctrica interna Ric = 830 Ω. Este é o circuito responsável pela produção do ~ que se pretende medir. Ao enrolamento existente neste circuito chamaremos campo magnético B o enrolamento de campo. Existe ainda um circuito secundário composto por um enrolamento de NT espiras circulares de raio RT e resistência eléctrica interna RiS = 220 Ω em série com uma resistência eléctrica R2 = 10 kΩ. Ao enrolamento existente neste circuito chamaremos o enrolamento sonda ou sonda de campo. As resistências eléctricas R1 e R2 colocadas em ambos os circuitos servem para limitar as correntes eléctricas existentes quer no enrolamento de campo, I, quer no enrolamento sonda, IT . No canal 1 do osciloscópio observa-se o sinal de tensão aplicado pelo gerador Vg (t) e no canal 2 observa-se a queda de tensão V2 existente aos terminais da resistência R2 . Aplicando a lei de F.Barao, M.Mendes, F.Mendes Electrom. e Óptica (MEEC-IST) 8 Guia de Laboratório Campo Magnético Faraday à malha constituída pelo enrolamento sonda e pelas resistências eléctricas R2 e Ris , tem-se: V 2 + R i s IT = − dΦT V 2 + R i s IT − ε T = 0 ⇒ dt Note que para baixas frequências, os efeitos auto-indutivos no enrolamento sonda podem ser desprezados. Isto é, a variação do fluxo do campo magnético no enrolamento sonda e portanto a força electromotriz εT é essencialmente devido ao campo magnético criado pelo enrolamento de campo. A corrente eléctrica que percorre o circuito do enrolamento sonda é dado por: IT = εT R2 + Ri s onde εT é a força electromotriz medida aos terminais do enrolamento sonda. A queda de tensão aos terminais da resistência R2 é dada por: V 2 = εT 2.3 R2 R2 + Ri s Campo magnético produzido pelo enrolamento de campo De acordo com o exposto na introdução teórica (expressão 5), o campo magnético produzido pelo enrolamento de campo de N espiras circulares de raio R e percorrido por uma corrente I, para pontos situados ao longo do seu eixo, é dado aproximadamente por: ~ B(z) = 2.4 µ0 N I 2 R 1 h 1+ i3/2 z 2 R (16) ~ ez Força electromotriz induzida no enrolamento de teste (sonda) O enrolamento sonda composto por NT espiras circulares de raio RT é colocado no eixo do enrolamento de campo, a uma distância variável z. A variação no tempo do campo magnético ~ produzido pelo enrolamento de campo nessa região, provoca o aparecimento de uma força B electromotriz induzida, de acordo com a expressão (10). Em primeira aproximação, podemos considerar o campo magnético produzido pelo enrolamento de campo e que atravessa o enrolamento de teste, como uniforme e igual ao existente no eixo do enrolamento de campo. Tendo em conta o valor do campo magnético produzido pelo enrolamento de campo no seu eixo dado pela expressão (16), pode-se calcular a força electromotriz induzida (desprezando a auto-indução) como sendo: εT = − cos Θ µ0 2 N NT πR2T R 1 h 1+ dI i3/2 dt z 2 (17) R onde Θ é o ângulo que as normais aos dois enrolamentos fazem. caso A: corrente I(t) triangular de amplitude I0 : F.Barao, M.Mendes, F.Mendes Electrom. e Óptica (MEEC-IST) 9 Guia de Laboratório Campo Magnético Como neste caso se tem dI/dt = 4I0 /T , vem: εT = − cos Θ 2µ0 N NT I0 πR2T 1 R 1 h T 1+ (18) i3/2 z 2 R caso B: corrente I(t) sinusoidal de amplitude I0 : Como neste caso se tem dI/dt = I0 ω cos(ωt), vem: µ0 εT = − cos Θ 2.5 2 N N T I0 πR2T R ω cos(ωt) h 1+ 1 i3/2 z 2 R (19) Determinação do campo magnético a partir da medição da força electromotriz Da expressão (10) que relaciona a força electromotriz com a variação no tempo do campo magnético, podemos retirar a lei de variação do campo magnético: dB dt ≃ ε (20) cos Θ πR2T NT Assim, para extrairmos o valor máximo do campo magnético variável, integra-se a expressão anterior, entre um tempo t0 onde a corrente seja nula (e portanto o campo magnético é nulo) e um tempo t = t0 + T /4 em que a corrente é máxima (e portanto o campo!): B0 = 1 cos Θ πR2T NT Z t0 +T /4 (21) ε dt t0 caso A: corrente triangular: Da expressão (18) verifica-se que a força electromotriz induzida é constante ε0 e inverte o seu valor em cada meio período ficando a expressão (21): B0 = ε0 cos Θ πR2T NT Z T /4 dt = 0 T ε 4 NT πR2T cos Θ (22) caso B: corrente sinusoidal: Da expressão (19) verifica-se que a força electromotriz induzida é neste caso variável no tempo e dada por ε = ε0 ω cos(ωt). Assim a expressão (21) fica: B0 = ε0 ω cos Θ πR2T NT F.Barao, M.Mendes, F.Mendes Z 0 T /4 cos(ωt)dt = ε0 cos Θ πR2T NT Electrom. e Óptica (MEEC-IST) (23) 10 Guia de Laboratório Campo Magnético Electromagnetismo e Óptica - MEEC Relatório do trabalho de Campo Magnético de Indução Identificação do Grupo N: Nome: N: Nome: N: Nome: Data de realização do trabalho: / / 2011, Horas: - Atenção: • Os quadros 2 e 6 podem e devem ser preenchidos antes da sessão de laboratório! • Pesquise antecipadamente o valor do campo magnético terrestre existente na zona de Lisboa • Nos cálculos a efectuar considere as seguintes características para os enrolamentos: enrolamento de campo - número de espiras, N = 2000 - raio, R = 7, 00 cm enrolamento sonda - número de espiras, NT = 2000 - raio, RT = 1, 75 cm F.Barao, M.Mendes, F.Mendes Electrom. e Óptica (MEEC-IST) 11 Guia de Laboratório 3 Campo Magnético Procedimento experimental 3.1 Montagens e ambientação à aparelhagem Montagem do circuito primário • Proceda às ligações do circuito primário. Ligue o gerador de sinais ao enrolamento de campo em série com a resistência de 10 kΩ. Ligue o canal 1 do osciloscópio ao gerador de sinais. • Produza uma onda triangular de amplitude 10 V e frequência 100 Hz e observe-a no osciloscópio. Verifique que a frequência do sinal gerado apresentada no mostrador do gerador de sinais corresponde ao sinal que observa no osciloscópio. Nota: um sinal de amplitude V0 = 10 V corresponde a um valor medido no ecrâ do osciloscópio pico-a-pico de Vpp = 2V0 = 20 V. • Repita o procedimento para uma onda sinusoidal de características idênticas. Montagem do circuito secundário • Proceda agora às ligações do circuito secundário (ou de teste). Ligue o enrolamento sonda em série com a resistência de 10 kΩ. Ligue a extremidade de um cabo ao canal 2 do osciloscópio e as pontas da outra extremidade à resistência eléctrica de 10 kΩ, observando assim a queda de tensão na resistência. Circuito Primário F.Barao, M.Mendes, F.Mendes Electrom. e Óptica (MEEC-IST) Circuito Secundário 12 Guia de Laboratório 3.2 Campo Magnético Medição do campo magnético • Registe no quadro 1 as características dos enrolamentos de campo e sonda com que vai trabalhar bem como das resistências totais dos circuitos primário, R1 + Ric e secundário, R2 + Ri s . • Aplique uma tensão Vg (t) de forma triangular de frequência f = 100 Hz no enrolamento de campo, com uma amplitude de sucessivamente 4, 6, 8 e 10 V. • Preencha o quadro 2. Calcule a amplitude da corrente eléctrica I que percorre o circuito primário bem como o campo magnético esperado, produzido pela bobine de campo. • Coloque o enrolamento sonda no centro do enrolamento de campo. Faça a medição no osciloscópio, da amplitude da queda de tensão na resistência R2 e calcule de seguida a força electromotriz εT induzida no enrolamento sonda. • Usando a expressão (22), determine o campo magnético no centro do enrolamento de campo (quadro 3). • Represente graficamente os valores de campo magnético esperado e medido em função da tensão aplicada. • Comente os resultados obtidos e compare os valores de campo obtido com o campo magnético à superfície da Terra, em Lisboa. F.Barao, M.Mendes, F.Mendes Electrom. e Óptica (MEEC-IST) 13 Guia de Laboratório 3.2.1 Campo Magnético Medidas Características dos enrolamentos de espiras Quadro 1 Enrolamento de campo Enrolamento de teste N = R= NT = R1 + Ri c = RT = R2 + Ri s = Determinação do campo magnético produzido pelo enrolamento de campo no seu centro Utilizando a expressão (6), determine a corrente eléctrica e o campo magnético que espera observar (Besp ) no centro do enrolamento de campo, para cada tensão aplicada Vg . Registe os valores medidos de amplitude da tensão aplicada (Vg ), da tensão medida V2 , da amplitude da força electromotriz induzida calculada (εT ) e o campo magnético máximo calculado a partir da expressão (22). Quadro 2: a preencher antecipadamente Vg I [A] Besp [T] Quadro 3: valores medidos Vg [V] V2 [mV] εT [mV] B [T] 4V 6V 8V 10 V Cálculos detalhados do campo magnético esperado Besp e campo magnético medido B, para o valor de tensão aplicada de 4 Volts: F.Barao, M.Mendes, F.Mendes Electrom. e Óptica (MEEC-IST) 14 Guia de Laboratório Campo Magnético Representação gráfica dos valores de: 1) Besp = f (Vg ) e 2) B = f (Vg ) Comentários: Comente os resultados obtidos e compare os valores de campo obtido com o campo magnético à superfície da Terra, em Lisboa. F.Barao, M.Mendes, F.Mendes Electrom. e Óptica (MEEC-IST) 15 Guia de Laboratório 3.3 Campo Magnético Medição da força electromotriz induzida • Seleccione un sinal sinusoidal de tensão no gerador de sinais com uma amplitude de Vg = 5 V e uma frequência de 50, 100, 500, 1000, 1500, 3000 e 5000 Hz. • Registe a amplitude da queda de tensão V2 e calcule a força electromotriz induzida no enrolamento sonda, εT . • Represente graficamente a variação da força electromotriz com a frequência. Comente os resultados. Quadro 4: valores medidos f [Hz] 50 100 V2 [mV] 500 1000 1500 3000 5000 ε [mV] Representação gráfica: ε(f ) Comentários: F.Barao, M.Mendes, F.Mendes Electrom. e Óptica (MEEC-IST) 16 Guia de Laboratório 3.4 Campo Magnético Variação da força electromotriz com os ângulos dos enrolamentos • Seleccione un sinal sinusoidal de frequência 100 Hz e amplitude 5 Volts, no circuito primário. • Coloque o enrolamento de teste no centro do enrolamento de campo, sendo Θ o ângulo entre os eixos dos enrolamentos. • Registe a amplitude da queda de tensão aos terminais da resistência V2 e calcule a força electromotriz induzida no enrolamento sonda, εT , para os ângulos Θ = 0◦ , 45◦ e 90◦ . • Faça a razão entre as forças electromotrizes obtidas e comente os resultados. Quadro 5: valores medidos Θ 0◦ 45◦ 90◦ ε [mV] Comentários: ε(Θ = 45) ε(Θ = 0) = F.Barao, M.Mendes, F.Mendes Electrom. e Óptica (MEEC-IST) 17 Guia de Laboratório 3.5 Campo Magnético Variação da força electromotriz com a distância ao enrolamento • Seleccione um sinal sinusoidal de frequência 100 Hz e 10 Volts de amplitude no circuito primário. • Coloque o enrolamento de teste ao longo do eixo do enrolamento de campo, nas posições z = 0, 1, 2, 3, 4, 5, 8, 10, 15 cm. • Registe para cada posição a amplitude da queda de tensão aos terminais da resistência V2 e calcule a força electromotriz induzida no enrolamento sonda, εT . • Faça a razão entre as forças electromotrizes obtidas nas diferentes distâncias z e o ponto central z = 0. Compare os resultados com os valores previstos dados pela expressões derivadas atrás. Quadro 6: valores a calcular antecipadamente N = 2000 z [cm] ε(z) [mV] ε(z)/ε(z = 0) 0 1 2 3 4 5 8 10 15 Cálculos detalhados para z = 0 e 10 cm F.Barao, M.Mendes, F.Mendes Electrom. e Óptica (MEEC-IST) 18 Guia de Laboratório Campo Magnético Quadro 7: valores medidos z [cm] V2 [mV] ε(z) [mV] 0 ε(z)/ε(z = 0) 1 2 3 4 5 8 10 15 Representação gráfica dos valores medidos e calculados: ε(z)/ε(z = 0) em função de z Comentários: F.Barao, M.Mendes, F.Mendes Electrom. e Óptica (MEEC-IST) 19