• Diâmetro equatorial: 12.750 km • Massa: 5,97 1024 Kg

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Terra
• Diâmetro equatorial: 12.750 km
• Massa: 5,97 1024 Kg
• Temperatura: -70 / +50 (°C)
Evolução da Terra
• A idade da Terra é calculada em cerca de 4,5 a 5 bilhões de anos. No
decorrer desse longo período ela foi palco de inúmeras transformações
físicas e biológicas em boa parte ainda não esclarecidas.
• William Smith foi o primeiro a fazer a observação científica da relação
entre os fósseis e as camadas geológicas em que se encontravam.
Eras
Geológicas
Períodos
PréCambriana ou
Primitiva
Arqueozóico
Proterozóico
Duração
Ocorrências
Cerca de 4 Formação dos escudos cristalinos e das
bilhões de rochas magmáticas. Primeira glaciação.
anos atrás Surgimento da vida unicelular.
Paleozóica ou Cambriano
Ordoviciano
Primária
Siluriano
Devoniano
Carbonífero
Permiano
320 milhões Formação das rochas sedimentares e
de anos
metamórficas. Formação de grandes
florestas: origem de bacias carboníferas.
Glaciações. Surgimento da Pangeia ha 200
milhões de anos, bem como de peixes e
vegetais. Primeiros insetos e répteis.
Mesozóica ou Triássico
Secundária Jurássico
Cretáceo
Cerca de 170 Fragmentação da Pangeia em Laurásia e
milhões de Gondwana (130 milhões de anos).
anos
Derrames basálticos no sul do Brasil, na
Índia e Etiópia. Surgimento dos grandes
répteis. Início da formação dos
dobramentos modernos
69 milhões a Dobramentos modernos(conclusão).
1 milhão de Surgimento dos mamíferos e do homem.
anos
Última glaciação. Atuais continentes.
Cenozóica
Terciário
Quaternário
Deriva dos Continentes
• Processo de deslocamento da crosta terrestre que provoca mudanças na
posição dos continentes e modifica o relevo da Terra.
• A primeira Teoria da Deriva Continental foi elaborada pelo geofísico e
meteorologista alemão Alfred Wegener (1880-1930). No livro A
Origem dos Continentes e dos Oceanos (1915), Wegener afirma que as
terras do planeta se encontram inicialmente agrupadas em um único
supercontinente, o Pangeia, que se fragmentou há cerca de 200 milhões
de anos.
• No entanto a hipótese Wegener de não foi confirmada pelos cientistas
da época porque não explicava qual a força que teria provocado os
deslocamentos. Mas logo após a II Guerra Mundial, em 1947 um grupo
de cientistas do Observatório Geológico de Lamont, nos EUA,
comprova a teoria de Wegener, que é aceita até hoje.
• De acordo com esta teoria, no final do Período Carbonífero existia
apenas uma única e gigantesca massa continental: Pangeia (pan = todo;
gea = terra). A partir do Período Jurássico, a Pangeia começou a sofrer
um processo de divisão.
• A crosta terrestre ou litosfera é formada por placas com cerca de 250
km de espessura, que se assentam sobre o manto inferior ou astenosfera.
O magma que forma o manto inferior se mantém em movimento devido
às correntes convectivas resultantes dos diferentes padrões de
temperatura entre as camadas interiores da Terra e força as placas da
crosta a se deslocarem.
• Desde a desagregação do Pangeia, a superfície terrestre encontra-se em
movimento contínuo, até chegar à configuração mais recente dos
continentes, que se estabelece há 60 milhões de anos. Atualmente, a
deriva continua: a América do Sul, por exemplo, afasta-se da África
cerca de 5 cm por ano.
Estrutura Interna da Terra
• A Terra é formada por camadas sucessivas, de densidades diferentes,
que aumentam da superfície para o centro.
• O estudo do interior do nosso planeta é realizado por meio de registros
feitos por sismógrafos, aparelhos que detectam as ondas que se irradiam
a partir dos tremores de terra ou abalos sísmicos. Essas ondas se
propagam com diferentes velocidades em meios de densidade também
diferenciadas.
• As camadas da Terra são separadas umas das outras por áreas
denominadas descontinuidade - locais onde há mudanças rápidas na
velocidade de propagação das ondas sísmicas ao se deslocarem pelo
interior da Terra. É através das descontinuidades que se provocam as
modificações na composição mineralógica do planeta.
Litosfera
• Litosfera ou Crosta terrestre é a camada menos densa da Terra e a mais
consistente. É constituída de duas camadas: uma externa, Sial (15 a 25
km de profundidade) e outra interna, Sima (25 até 60 km de
profundidade). Tem uma variação de temperatura de 15ºC até 1.200ºC.
• No Sial encontramos os elementos químicos que concentram 90% dos
minerais formadores das rochas do subsolo da crosta, como o silício,
alumínio, oxigênio e ferro. O Sial é mais espesso em áreas montanhosas
com profundidade de no máximo 60 km. É também chamado de camada
granítica.
• Abaixo do Sial vem o Sima, ou camada basáltica, onde predomina a
rocha vulcânica chamada de basalto; seus elementos químicos
dominantes são o silício e o magnésio.
• A litosfera nos oceanos tem cerca de 5 km e só apresenta o Sima, daí as
ilhas oceânicas serem de natureza basáltica.
• Geologicamente a crosta terrestre é a camada mais importante para nós,
pois nela estão as rochas que são formadas por minerais que
representam o ponto de partida para a indústria extrativa mineral. Além
disso, do contato, reações, combinações e desequilíbrios da litosfera
(crosta sólida), da atmosfera (camada gasosa que envolve e protege a
Terra) e hidrosfera (águas) surge a biosfera, área de domínio do homem,
onde ocorrem condições de florescimento da vida vegetal e animal.
• A crosta não é uma camada única, ela é constituída de várias placas
tectônicas, divididas em três seções: continentes, plataformas
continentais (extensões das planícies costeiras que declinam
suavemente abaixo do nível do mar) e os assoalhos oceânicos (nas
profundidades abissais dos oceanos).
Manto
• O Manto constitui 83% do volume e 65% da massa interna de nosso
planeta.
• Situa-se abaixo da crosta entre 60 e 3.000 km de profundidade e
apresenta-se em estado pastoso (material magmático). Sua temperatura
varia entre 1.200ºC a 3.700ºC. Nesta camada são encontrados
compostos de silício, ferro e magnésio (SiMa). Também pode ser
encontrado silicatos e óxidos de ferro e magnésio.
• Este material magmático está sempre em movimentação - são as
correntes convectivas, que podem ser ascendentes (do manto para a
crosta) e descendentes (da crosta para o manto), que resultam das
diferenças de temperatura entre as camadas internas da Terra e por sua
vez influem nos deslocamentos das placas tectônicas e nos agentes
internos do relevo (tectonismo, vulcanismo e abalos sísmicos).
• O manto divide-se em duas partes: o superior e o inferior (em contato
com o núcleo externo). O seu material é o magma. Um dos metais
encontrados no manto superior é a olivina, que se transforma em
espinélio nas profundezas do manto inferior, ao descer por correntes
convectivas descendentes e gerando terremotos profundos.
Núcleo
• É a parte interna mais densa e quente (4 a 5000oC) da Terra com
pressões altíssimas (cerca de 3 milhões de vezes maior que ao nível do
mar).
• Apresenta duas divisões: núcleo externo, em estado fluido, e núcleo
interno, em estado sólido. Ambos são formados por níquel e ferro, além
de oxigênio junto com enxofre.
• O núcleo interno é a camada mais interna da Terra portanto, a mais
profunda e mais quente. Pode variar de 5.500 a 6.371 Km e sua
temperatura ultrapassa a casa dos 4.000ºC. Nesta camada é encontrado
compostos líquidos de ferro e níquel (NiFe). O núcleo interno está
crescendo pois o núcleo externo está perdendo calor para o manto.
• Núcleo Externo: sua profundidade está em torno de 2.900 a 5.500 Km e
a temperatura variável entre esses pontos podem ser de 3.700ºC a
4.000ºC. Nesta camada podemos encontrar compostos líquidos de ferro,
níquel e silício. Do núcleo externo partem as ondas eletromagnéticas
que envolvem a Terra, do Pólo Norte ao Pólo Sul, devido ao atrito dele
com o manto superior, já que seu movimento de rotação é mais rápido,
formando remoinhos de cargas elétricas.
Atmosfera
• A atmosfera terrestre é uma camada de ar que
possui cerca de 700 km de espessura.
• Até uma altura de 25 km, os componentes
dessa camada podem ser classificados em
dois grupos: o primeiro chamado ar seco,
constituído de nitrogênio, oxigênio e uma
minúscula quantidade de hidrogênio e gases
nobres; o segundo grupo de componentes do
ar é composto por variados gases: vapor
d'água, dióxido de carbono e outros gases de
procedência industrial.
• Ela age como uma barreira contra a radiação
iônica e como receptor do calor solar;
também nos protege dos meteoros: a maioria
se queima antes de poder atingir a superfície.
O esquema ao lado mostra as camadas da
atmosfera.
Buraco na Camada de Ozônio
• A camada de ozônio localiza-se na estratosfera terrestre e impede que
95-99% da radiação ultravioleta solar (UV) atinja a superfície do
planeta.
• A diminuição da quantidade de ozônio na estratosfera, que resulta em
uma maior incidência de radiação UV na superfície, está diretamente
relacionada
com
a
presença
de
compostos
chamados
Clorofluorcarbonos (CFC).
• Vários países já diminuíram o uso de CFC’s, mas por causa da pequena
taxa de mistura de ar entre a baixa e a alta atmosfera, teoriza-se que os
CFC’s que já estão na alta atmosfera continuarão lá por mais alguns
anos.O aumento dos níveis de radiação UV traz várias conseqüências:
dano genético, dano ocular, dano à vida marinha, câncer de pele etc.
• Sabe-se que, na região da camada de ozônio localizada sobre a
Antártida, a quantidade de ozônio já é bem reduzida: é o chamado
buraco na camada de ozônio antártico.
Evolução temporal da concentração de poluentes (CO):
Como se vê nestas imagens, a grande quantidade de poluentes, que
inicialmente se concentrava sobre os Eua, se espalhou, em poucos meses, para
boa parte do globo terrestre. (vermelho=maior concentração)
Magnetosfera
• Magnetosfera é o volume espacial ao redor de um objeto astronômico
que é controlado pelo campo magnético do objeto. A magnetosfera
terrestre é a cavidade formada pelo campo magnético terrestre na
corrente de plasma vinda do Sol conhecida por vento solar.
• A interação com o vento solar deforma o campo magnético da Terra
(basicamente um campo de dipolo), comprimindo as linhas de campo
no lado iluminado e esticando-as no lado escuro, formando uma cauda
como a de um cometa (magnetocauda).
• No lado iluminado, a magnetosfera se estende por uma distância de
aproximadamente 10 diâmetros terrestres, enquanto a magnetocauda se
estende por várias centenas de diâmetros terrestres.
• A magnetosfera contém várias regiões de grande escala, que variam em
termos de composição, energias e densidade dos plasmas que as
ocupam.
Ao
lado,
esquema
mostrando
magnetosfera
terrestre
como
é
na
realidade, e caso seria, se
não houvesse vento solar.
Abaixo,
temos
um
detalhamento das estruturas
da magnetosfera.
Ionosfera
o A ionosfera é o componente ionizado da alta atmosfera terrestre.
o Dois processos diferentes de ionização estão envolvidos na sua criação:
o fotoionização, principalmente por fótons de raio-X e extremo
ultravioleta solar;
o ionização de impacto por partículas carregadas (incluindo raios
solares e cósmicos).
o Durante o dia e nas latitudes subauroreais, a fotoionização é o processo
dominante, enquanto que nas altas latitudes e durante a noite a
ionização de impacto por precipitação de elétrons auroreais é o mais
importante na produção de plasma ionosférico.
o Diferentes regiões da ionosfera possibilitam a comunicação a longa
distância através da reflexão das ondas de rádio de volta para a Terra.
Também é nesta camada que ocorrem as auroras e as correntes de
Mega-Ampère que aquecem a atmosfera nas altas latitudes durante
períodos geomagneticamente ativos.
o A ionosfera de baixa altitude ocupa aproximadamente a mesma
distância que a mesosfera neutra e termosfera e, entre 60 e 800 km, é
estruturada verticalmente em três regiões que diferem uma da outra na
composição, densidade, fontes de ionização, grau de variabilidade,
química e dinâmica:
o região D: 60-90 km (predominância de NO+ e O2+ );
o região E: 90-150 km (predominância de NO+ e O2+ );
o região F: 150-800 km (predominância de O+ ).
o Acima da região F está uma área de decaimento exponencial da
densidade conhecida como “topo da ionosfera”. Essa região se estende
até uma altitude de milhares de km e, nas latitudes médias, alimenta a
plasmosfera, a região gelada, plasma ionosférico denso na magnetosfera
interna que é controlada pelo campo elétrico da Terra.
Auroras
o
o
o
o
o
o
o Auroras
são
emissões
eletromagnéticas excitadas pela
interação
de
partículas
carregadas com os gases da
atmosfera externa de um
planeta. Na Terra, emissões
auroreais
ocorrem
principalmente em duas bandas
ovais
localizadas
entre
aproximadamente 65 e 75
graus de latitude magnética e
centradas no pólo norte
magnético (Aurora Boreal) e
no pólo sul magnético (Aurora
Austral).
o As partículas ionizadas trazidas
do sol na forma de vento solar
são aprisionadas pelo campo magnético terrestre, sendo que nos pólos
elas ‘escapam’ do campo adentrando a atmosfera.
A altitude na qual as emissões auroreais são excitadas depende da
energia das partículas carregadas e da densidade da atmosfera.
As principais emissões visíveis são aquelas provenientes do oxigênio
atômico em 630nm (vermelho sangue) e 557,7nm (verde amarelado), e
do nitrogênio molecular separadamente ionizado em 427,8nm (azul).
As linhas de emissão vermelhas, que são excitadas por partículas menos
energéticas, predominam em altitudes maiores que 200 km, enquanto as
linhas de emissão verdes predominam entre 100 e 200 km. Abaixo de
100 km, a aurora ocasionalmente adquire coloração magenta por causa
da mistura das emissões azuladas do N2+ e das emissões avermelhadas
do N2 e do O2+ .
As emissões auroreais também ocorrem em comprimentos de onda
ultravioleta, raios-x, e infravermelho.
A Aurora muda em brilho, forma, cor, dinâmica e local em resposta ao
estado da magnetosfera.
As emissões eletromagnéticas auroreais registram a resposta dinâmica
da magnetosfera à transferência de energia, massa e momento do vento
solar.
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