2ª Guerra Mundial

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RECURSOS TEMÁTICOS
2º GUERRA MUNDIAL
A POLÍTICA EXPANSIONISTA DOS REGIMES FASCISTAS E A 2ª GUERRA MUNDIAL
A crise económica de 1929 e a ascensão de regimes ditatoriais marcam os anos 30 do século XX.
Violando as fronteiras internacionais, estes regimes empreendem uma política expansionista que vai
conduzir a um novo conflito mundial:
. Itália – ocupa a Etiópia em 1935
. Japão – Invade a China em 1937 (depois de já ter ocupado a Manchúria).
. Alemanha – Anexa a Áustria em 1938 e também a região dos Sudetas. Em 1939 invadem mesmo a
Checoslováquia, levando as democracias europeias (França e Inglaterra) a saírem da sua ‘passividade’,
reagindo à expansão alemã (espaço vital como dizia Hitler), ou ao rearmamento alemão (sem aviação,
quase sem marinha e limitado a 100 mil homens pelo Tratado de Versalhes).
Finalmente, em finais de Agosto de 1939 foi assinado o Pacto de não-agressão germano-soviético (que
previa a partilha da Polónia entre os 2 países) e permita aos alemães evitar uma frente de guerra no
Leste da Europa.
- Em 1 de Setembro de 1939 a Wehrmacht alemã invade a Polónia e 2 dias depois França e Inglaterra
declaram guerra à Alemanha. Começava a 2ª Guerra mundial.
A OFENSIVA ALEMÃ – 1939-1941
Os alemães aprenderam bastante com a I Guerra Mundial (1914-18). Evitando uma guerra de
trincheiras, puseram em ação um novo conceito de guerra – o Blitzkrieg (termo alemão para "guerrarelâmpago") que consistia em utilizar forças móveis em ataques rápidos e de surpresa, com o intuito de
evitar que as forças inimigas tivessem tempo de organizar a defesa.
O efeito desejado pela guerra-relâmpago era obtido pela utilização coordenada da infantaria,
dos blindados e da aviação que, em conjunto "perfuravam" as linhas inimigas criando um ponto de rutura.
O "atrito" com as forças inimigas era evitado. Existindo um foco de resistência, era imediatamente
cercado, as comunicações interrompidas (o que dificultava a tomada de decisões e a transmissão de
ordens) enquanto o resto das tropas de ataque continuava seu avanço no interior do campo inimigo o
mais rapidamente possível. O foco de resistência era destruído mais tarde, pelas forças de infantaria que
seguiam o ataque surpresa.
Com esta tática ofensiva inovadora, a Wehrmacht conseguiu vencer os exércitos aliados durante a
primeira parte de Segunda Guerra Mundial, principalmente com a invasão da Polónia, da Dinamarca, da
Noruega, da França (envolvendo a Holanda, Bélgica e Luxemburgo) e mais tarde (1941), a
Jugoslávia, Grécia e a União Soviética (Operação Barbarossa), mas também graças ao seu poderio militar
superior.
Quer a campanha da Polónia, quer a da França duraram pouco mais de um mês: em ambos os
casos, colunas maciças de carros de combate romperam através das estáticas linhas inimigas e
avançaram profundamente no coração do território dos oponentes, enquanto a força aérea alemã
(Luftwaffe) destruía as linhas de comunicação, o poderio aéreo inimigo, as suas indústrias-chave e outros
objetivos militares, abrindo caminho para a invasão terrestre. Os resultados foram avassaladores: a
Polónia viu aniquilado o seu exército e perdeu a independência; enquanto para os aliados, no Oeste, foi
a humilhante retirada britânica de Dunquerque (Batalha de Dunquerque) e a ocupação da França. No
final, apenas a Inglaterra resistia. Hitler ordenou o bombardeamento de Londres e outras cidades
inglesas, travando-se no Verão de 1940 a Batalha de Inglaterra, entre a aviação alemã (Lufwaffe) e a
inglesa (R.A.F.)
O Blitz, como táctica, começou a mostrar seus limites a partir de 1942. Na realidade, a guerrarelâmpago só era aplicável com êxito em teatros de operação reduzidos e de curta duração. Na invasão
da URSS terá o seu apogeu e também o seu fim.
A U.R.S.S. e os E.U.A. na 2ª GUERRA MUNDIAL: a frente de guerra estabilizada 1942-1943
Rompendo o pacto com a URSS, os alemães atacaram de surpresa os soviéticos em Junho de 1941.
Quatro milhões de soldados (3,5 milhões de soldados alemães, sendo o corpo militar restante composto
por soldados romenos, húngaros, italianos e de simpatizantes nazis por toda a Europa envolvendo
finlandeses, holandeses, franceses, espanhóis e até portugueses), avançam inicialmente quase sem
resistência. Três grandes grupos de exércitos foram formados: o do Norte, encarregado de ocupar
a Lituânia e Letónia rumo a Leninegrado; o do Centro, que visava um ataque frontal à capital Moscovo,
e o do Sul, destinado a ocupar os vastos campos de trigo da Ucrânia e, por fim, o petróleo do Cáucaso.
Esta divisão acabou por não ser a melhor estratégia, pois acabou por separar o exército invasor. Depois,
a heroica defesa soviética de Moscovo e sobretudo a chegada do Inverno Russo (quando os primeiros
flocos de neve começaram a cair, o avanço alemão parou, uma vez que as tropas alemãs não podiam
avançar no lamaçal entretanto criado, nem os soldados estavam preparadas para o rigoroso inverno
russo) acabaram por estabilizar a frente de combate, sem que os alemães conseguissem os seus objetivos
de conquistar Moscovo e Leninegrado. No Sul, o exército alemão atolou-se em Estalinegrado, onde a
resistência soviética foi encarniçada, (com combates de rua em rua e de casa a casa), acabando as
tropas alemães por ficarem cercadas na cidade que queriam conquistar, depois de uma enorme ofensiva
do exército vermelho, reforçado com tropas vindas da Sibéria.
Quase em simultâneo, o Japão ataca de surpresa a frota naval americana do Pacífico, estacionada em
Pearl Harbour (Hawai), em 7 de dezembro de 1941. Pretendendo alargar o seu domínio na Ásia, viam a
presença dos E.U.A. como uma ameaça aos seus interesses geoestratégicos. Declarada a guerra entre os
2 países, uma das principais consequências deste ataque japonês foi a ‘mundialização do conflito’, pois o
sistema de alianças voltou a imperar estando agora em confronto as potências ALIADAS (Inglaterra,
E.U.A. França e URSSS) e as Potências do EIXO (Alemanha, Itália e Japão).
RAZÕES da CAPITULAÇÃO dos PAÍSES do EIXO: ITÁLIA, ALEMANHA E JAPÃO:1944-45
A partir de meados de 1943 e até ao fim da Guerra (maio de 1945 na Europa/setembro, na Ásia), as
tropas aliadas conseguem desalojar os alemães do Norte de África e desembarcam na Sicília, iniciando a
libertação da Itália. Entretanto, na frente Leste, os alemães começam a sofrer bastante com a pressão
do exército vermelho depois da derrota de Estalinegrado. Uma última ofensiva alemã foi derrotada na
batalho de Kursk, onde estiveram envolvidos mais de quatro mil e quinhentos blindados (a maior batalha
de tanques da II Guerra Mundial).
Na Ásia, por sua vez, os americanos obtiveram uma vitória arrasadora na batalha de Guadalcanal (Agosto
de 1942 a Fevereiro de 1943). A marinha Japonesa, já afetada pela Batalha de Midway (1942), começou a
recuar na zona do Pacífico e a ofensiva militar passa definitivamente para as mãos dos Aliados.
Mas a guerra não era só travada em campos de batalha. Foi também nos laboratórios científicos e nas
fábricas que a vitória se decidiu, especialmente na procura de novos e mais letais armamentos. Nos
últimos meses da guerra, os alemães construíam os primeiros mísseis balísticos (as V1 e V2), para além
de aviões a jacto. Todavia, a bomba atómica que daria a vitória certa a quem a possuísse escapou por
pouco aos alemães. Foram os cientistas americanos quem chegaram primeiro à sua construção.
Finalmente, em 6 de junho de 1944 (dia D), as tropas aliadas desembarcam na Normandia (França) e
iniciam uma nova frente de guerra na Europa. Os alemães têm agora 3 frentes de combate (Itália a Sul,
França a Oeste e URSS a Leste), sendo obrigados a recuar sistematicamente, ao mesmo tempo que
centenas de aviões bombardeavam as cidades alemãs e reduziam a capacidade de produção bélica dos
alemães, cada vez mais com dificuldades em repor soldados, armamento, munições e combustíveis. Se as
limitações em homens e material de guerra são já evidentes em 1944, os serviços secretos dos aliados
conseguem proezas no domínio da descodificação de códigos de guerra alemães que, sem estes
suspeitarem, são conhecidos e partilhados pelos aliados durante as ofensivas alemãs de 1943 e 1944.
Uma série de erros táticos durante a guerra conduzem também à derrota militar alemã.
Assim, na Primavera de 1945 os soviéticos chegaram à frente oriental e rompem as resistências Alemãs
ao longo do rio Óder. Berlim será conquistada durante Abril e Hitler suicida-se. Em 8 de Maio de 1945, as
chefias alemãs rendem-se sem condições aos aliados.
Na Ásia, após a reconquista de vários arquipélagos, os americanos desembarcam nas primeiras Ilhas
japonesas na Primavera de 1945, enfrentando os ataques suicidas dos pilotos Kamikazes que se lançavam
com os seus aviões contra os navios americanos. A utilização da Bomba Atómica acabou de vez com o
conflito e o Japão rendeu-se após os bombardeamentos de Hiroxima e Nagasaki. A 2ª Guerra Mundial
chegara ao Fim.
A EUROPA SOB DOMÍNIO DO TERCEIRO REICH
Os Países ocupados pela Alemanha na Europa serviram a causa alemã e a sua máquina de guerra. Os
recursos naturais (carvão, ferro, volfrâmio…) foram explorados pelo ocupante alemão até à exaustão.
Milhões de pessoas foram também deportadas (desterradas) dos seus países e obrigadas a trabalhar para
a Alemanha, num verdadeiro trabalho de escravos (são célebres as várias superfortalezas construídas
para os alemães, desde bases navais à muralha do Atlântico, passando também por fábricas de aviões no
subsolo para não serem destruídas pela aviação aliada (Inglesa e americana).
Se o terror nazi se abateu nos países ocupados, foi no Leste Europeu, sobretudo nos territórios da União
Soviética, que a ocupação alemã atingiu níveis impensados. Sendo Eslavos, esses povos do Leste europeu
deviam acabar a servir os seus conquistadores, os Arianos. O totalitarismo nazi utilizou ainda técnicas de
extermínio em massa, criando campos de concentração (Auschwitz, Dachau, Birkenau,Treblinka…) para
destruição de minorias étnicas, como os judeus ou ciganos. Neste caso, o racismo hitleriano causou o
Holocausto de judeus, mortos em câmaras de gás, de fome, trabalho forçado ou doenças. Era a ´solução
final´ para a questão judaica, ou seja, o genocídio deles. Lendo o Diário de Anne Frank, encontramos um
testemunho pungente do que aconteceu aos judeus nessa época.
No entanto, os massacres quase diários de vizinhos, amigos e familiares levaram muitos cidadãos comuns
a pegar em armas, iniciando atividades de guerrilha. Destacam-se assim vários movimentos de resistência
nos países ocupados que sabotavam instalações, comboios, estradas, pontes e portos utilizados pelos
alemães, fazendo ainda emboscadas ou colaborando com os Aliados na derrota alemã.
Crimes de guerra e atrocidades
Muitos membros e unidades da Waffen-SS alemãs foram responsáveis por crimes de guerra contra civis e
soldados aliados. Para os membros que não tomaram parte nos crimes, foi estabelecido o equivalente
moral a "culpa por associação" com os perpetradores. Depois da guerra, a Waffen-SS foi classificada como
organização criminosa pela inegável evidência da responsabilidade em inúmeros massacres e
outros crimes de guerra e crimes contra a humanidade. Muitas outras unidades militares estiveram
envolvidas na limpeza étnica e/ou assassinato político de milhares de civis por toda a Europa, existindo
uma sistemática brutalidade com a qual as SS e também a polícia de Hitler, a Gestapo,tratava os civis
nos países conquistados pela Nazi. Estes casos foram também alvo de atenção no famoso Julgamento de
Nuremberga.
Todavia, foram também cometidas atrocidades pelos Aliados que acabaram sem julgamento, como
aconteceu com fuzilamento de prisioneiros alemães, a destruição maciça por bombardeamento de
cidades alemães (destaca-se Dresden, sem utilidade estratégica para os aliados e mesmo assim,
completamente arrasada em Fevereiro de 1945), para além de afundamento de navios com refugiados
alemães pelos submarinos soviéticos. Depois do conflito, a Prússia Oriental alemã foi dividida entre a
Polónia e a URSS, seguida pela expulsão de 9 milhões de alemães dessas províncias, bem como de 3
milhões de alemães dos Sudetas, na Checoslováquia, que se refugiaram na Alemanha do pós-guerra.
PERDAS HUMANAS E MATERIAIS COM A 2ª GUERRA MUNDIAL
No final do conflito, estima-se entre 55 a 60 milhões as perdas de vidas humanas, a grande maioria de
civis, vítimas de bombardeamentos, extermínio, fome, doenças, trabalho forçado e claro dos soldados
envolvidos. No Total: 20 milhões de soldados e 40 milhões de civis.
No fim da guerra, cerca de 70% da infraestrutura económica europeia estava destruída. Os países
membros do Eixo tiveram que indemnizar os países Aliados em mais de 2 biliões de dólares (dados de
1945), seja pelos danos causados durante a ocupação, seja para a sua reconstrução. A Alemanha viu
ainda muitos recursos financeiros e materiais transferidos para os Estados Unidos e para a União
Soviética, além de ter as indústrias bélicas desmanteladas para evitar um novo rearmamento.
O Mundo também seria diferente e depois da divisão do território alemão pelos 4 vencedores principais
da guerra, surge a formação de dois grandes blocos políticos e ideológicos: o bloco Leste comunista,
tutelado pela URSS; o bloco Ocidental capitalista, sob influência dos Estados Unidos. O antagonismo
entre os dois blocos e os modelos de sociedade que defendiam perdurou na Europa e no Mundo até 1989.
Foi o período da Guerra Fria, também cheio de ação e de mudança.
Bibliografia de apoio:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Segunda_Guerra_Mundial
http://www.prof2000.pt/users/afp/ides3.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Waffen-SS
FILMES SOBRE A 2ª GUERRA MUNDIAL: (breve lista)
Campos de concentração:
O rapaz do pijama às riscas
A vida é bela
O Império do Sol.
Perseguição aos Judeus/Ghettos
O Pianista
A Lista de Schindler
O Diário de Anne Frank
A 2ª Guerra mundial – frentes de combate:
Pearl Harbour – o ataque japonês no Hawai, em Dezembro de 1941
A Batalha de Midway – ataque japonês a esta ilha americana - 1942
Estalinegrado – o ataque alemão à União Soviética – Junho de 1942/43
Cartas de Iwo Jima e A bandeira dos nossos pais – sobre o desembarque americano nesta ilha do Pacífico, numa
visão japonesa e americana do mesmo acontecimento (1944).
O resgate do soldado Ryan – aborda o desembarque na Normandia – Junho de 1944
Alemanha - atentado a Hitler
Operação Valquíria (1944).
_________________________________________________________BE 2014 ___________
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