CLÍNICA CIRÚRGICA Gastroenterologia Autoria e colaboração José Américo Bacchi Hora Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Especialista em Cirurgia Geral e em Cirurgia do Aparelho Digestivo pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), onde foi preceptor da disciplina de Coloproctologia. Lúcia Cláudia Barcellos Kunen Graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Especialista em Gastroenterologia e em Endoscopia pelo Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo (HSPE-SP). Título de especialista em Gastroenterologia pela Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG). Título de especialista em Endoscopia pela Sociedade Brasileira de Endoscopia (SOBED). Rafael Izar Domingues da Costa Graduado em Medicina pela Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE). Especialista no Programa Avançado de Cirurgia Geral pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Rodrigo Biscuola Garcia Graduado pela Faculdade de Ciência Médicas de Santos (FCMS). Especialista em Cirurgia Geral e em Cirurgia do Aparelho Digestivo pelo Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo (HSPM-SP). Médico dos Hospitais São José e Sírio-Libanês. Allan Garms Marson Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Especialista em Cirurgia Geral e em Cirurgia do Aparelho Digestivo pelo HC-FMUSP, onde foi preceptor em Cirurgia do Aparelho Digestivo e Coloproctologia. Marcelo Simas de Lima Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Especialista em Cirurgia Geral, em Cirurgia do Aparelho Digestivo e em Endoscopia Digestiva pelo HC-FMUSP. Membro titular do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva e da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva. Rodrigo Ambar Pinto Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro (UNISA). Especialista em Cirurgia Geral e em Cirurgia do Aparelho Digestivo pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), onde foi preceptor em Cirurgia do Aparelho Digestivo e Coloproctologia. Fellow em Coloproctologia e especialista em Fisiologia Anorretal pela Cleveland Clinic, Flórida. Rogério Bagietto Graduado pela Faculdade de Medicina do ABC (FMABC). Especialista em Cirurgia Geral pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e em Cirurgia Oncológica pelo Hospital do Câncer de São Paulo. Eduardo Bertolli Graduado pela Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Especialista em Cirurgia Geral pela PUC-SP. Título de especialista em Cirurgia Geral pelo Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC). Especialista em Cirurgia Oncológica pelo Hospital do Câncer A. C. Camargo, onde atua como médico titular do Serviço de Emergência e do Núcleo de Câncer de Pele. Título de especialista em Cancerologia Cirúrgica pela Sociedade Brasileira de Cancerologia. Membro titular do CBC e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO). Instrutor de ATLS® pelo Núcleo da Santa Casa de São Paulo. Yeda Mayumi Kuboki Graduada pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP). Especialista em Cirurgia Geral pela Universidade de Santo Amaro (UNISA) e em Endoscopia Digestiva pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Médica da Emergência do Hospital do Câncer A. C. Camargo. Fábio Carvalheiro Graduado pela Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Especialista em Cirurgia Oncológica pelo Instituto do Câncer Dr. Arnaldo Vieira de Carvalho (IAVC) e em Cirurgia Geral pela Santa Casa de São Paulo. Assessoria didática Atualização 2016 José Américo Bacchi Hora Lúcia Cláudia Barcellos Kunen Eduardo Bertolli Apresentação O estudante de Medicina, pela área escolhida considerado um apaixonado por desafios, depois de anos submetido a aulas teóricas e plantões em diversos blocos deve enfrentar uma maratona ainda maior: a escolha de uma especialização, sobretudo se esta exige pré-requisito, seguida da conquista do ingresso em um centro e programa de Residência Médica de renome. Mas isso só é possível com o auxílio de um material didático prático, bem estruturado e preparado por quem é especialista no assunto, e a Coleção R3, da qual fazem parte 6 volumes só de Clínica Cirúrgica, foi desenvolvida nesse contexto. Os capítulos baseiam-se em temas recorrentes nas provas dos principais concursos do Brasil, com pré-requisito em Clínica Cirúrgica, ao passo que os casos clínicos e as questões são comentados a fim de oferecer a interpretação mais segura possível de cada resposta. Bons estudos! Índice Capítulo 1 - Anatomia e fisiologia do esôfago................................................................. 19 1. Anatomia...................................................................... 20 2. Fisiologia.......................................................................27 Resumo............................................................................. 30 Capítulo 2 - Doença do refluxo gastroesofágico.................................................. 31 1. Introdução....................................................................32 2. Definição.......................................................................32 3. Fisiopatologia..............................................................32 4. Diagnóstico................................................................. 36 5. Tratamento clínico.................................................... 43 6. Tratamento cirúrgico............................................... 45 7. Complicações ..............................................................47 Resumo.............................................................................. 51 Capítulo 3 - Afecções motoras do esôfago...53 1. Acalasia idiopática e megaesôfago...................... 54 2. Síndrome de Boerhaave ......................................... 61 3. Espasmo difuso do esôfago e esôfago “em quebra-nozes”........................................................... 64 4. Esclerose sistêmica ..................................................67 Resumo............................................................................. 68 Capítulo 4 - Afecções mecânicas do esôfago................................................................ 69 1. Anéis esofágicos........................................................ 70 2. Membranas esofágicas ........................................... 71 3. Divertículos de esôfago ..........................................72 4. Síndrome de Mallory-Weiss...................................77 5. Estenose cáustica......................................................77 6. Esofagite eosinofílica...............................................81 Resumo............................................................................. 83 Capítulo 5 - Câncer de esôfago...................... 85 1. Epidemiologia............................................................. 86 2. Fatores etiológicos................................................... 86 3. Anatomia patológica................................................ 87 4. Quadro clínico e diagnóstico.................................90 5. Estadiamento..............................................................91 6. Tratamento................................................................. 94 Resumo........................................................................... 102 Capítulo 6 - Anatomia e fisiologia do estômago...........................................................103 1. Anatomia....................................................................104 2. Fisiologia......................................................................111 Resumo............................................................................ 116 Capítulo 7 - Dispepsia e Helicobacter pylori...117 1. Definições...................................................................118 2. Epidemiologia...........................................................118 3. Classificação.............................................................. 119 4. Fisiopatologia........................................................... 120 5. Diagnóstico................................................................ 121 6. Tratamento................................................................123 7. Helicobacter pylori...................................................125 Resumo........................................................................... 128 Capítulo 8 - Doença ulcerosa péptica..........129 1. Introdução................................................................. 130 2. Epidemiologia.......................................................... 130 3. Etiologia .................................................................... 130 4. Úlcera gástrica.......................................................... 131 5. Úlcera duodenal.......................................................139 6. Úlceras atípicas....................................................... 142 7. Complicações das úlceras pépticas.....................143 Resumo........................................................................... 146 Capítulo 9 - Tratamento cirúrgico da obesidade mórbida..........................................147 1. Introdução................................................................. 148 2. Definição e classificação ...................................... 148 3. Indicação ................................................................... 149 4. Técnicas operatórias............................................... 151 5. Vias de acesso...........................................................156 6. Complicações pós-operatórias............................157 7. Resultados................................................................. 158 Resumo........................................................................... 158 Capítulo 10 - Síndromes pós-operações gástricas.............................................................159 1. Introdução................................................................. 160 2. Deiscências e fístulas.............................................. 161 3. Úlceras recidivadas................................................. 161 4. Gastroparesia...........................................................162 5. Síndrome de dumping............................................162 6. Gastrite alcalina...................................................... 164 7. Síndrome da alça aferente....................................165 8. Síndrome da alça eferente...................................165 9. Conclusão...................................................................165 Resumo........................................................................... 166 Capítulo 11 - Câncer gástrico.........................167 1. Epidemiologia........................................................... 168 2. Fatores de risco....................................................... 168 3. Quadro clínico ..........................................................173 4. Classificações............................................................174 5. Diagnóstico................................................................176 6. Estadiamento............................................................177 7. Tratamento................................................................ 180 8. Prognóstico.............................................................. 182 9. Acompanhamento pós-tratamento.................. 182 10. Screening e prevenção do câncer gástrico....183 Resumo........................................................................... 184 Capítulo 12 - GIST.............................................185 1. Introdução................................................................. 186 2. Patologia.................................................................... 186 3. Quadro clínico e diagnóstico................................187 4. Tratamento............................................................... 188 Resumo ........................................................................... 191 Capítulo 18 - Afecções benignas dos cólons................................................................. 259 1. Doença diverticular dos cólons...........................260 2. Diverticulite.............................................................. 263 3. Megacólon chagásico............................................. 267 Resumo........................................................................... 273 Capítulo 19 - Doenças orificiais.................... 275 1. Hemorroidas............................................................. 276 2. Fissura anal............................................................... 279 3. Abscesso anorretal/fístula perianal................ 280 Resumo...........................................................................284 Capítulo 20 - Doença polipoide.................... 285 1. Anatomia.................................................................... 194 2. Fisiologia.................................................................... 198 Resumo...........................................................................202 1. Introdução.................................................................286 2. Pólipo hiperplásico ................................................ 287 3. Hamartoma..............................................................288 4. Pólipo serrado.........................................................290 5. Adenoma................................................................... 291 Resumo .......................................................................... 297 Capítulo 14 - Constipação intestinal........... 203 Capítulo 21 - Câncer de cólon e reto........... 299 1. Introdução................................................................ 204 2. Definição................................................................... 204 3. Etiologia e fisiopatologia..................................... 204 4. Diagnóstico...............................................................206 5. Tratamento.............................................................. 208 Resumo........................................................................... 210 1. Considerações gerais............................................ 300 2. Etiopatogenia.......................................................... 300 3. Fatores de risco.......................................................302 4. Rastreamento..........................................................305 5. Diagnóstico...............................................................305 6. Estadiamento...........................................................307 7. Tratamento................................................................ 310 8. Seguimento...............................................................313 9. Prognóstico................................................................313 Resumo........................................................................... 314 Capítulo 13 - Anatomia e fisiologia do intestino delgado.............................................193 Capítulo 15 - Alterações funcionais dos intestinos........................................................... 211 1. Má absorção intestinal...........................................212 2. Diarreia aguda.........................................................224 3. Diarreia crônica.......................................................229 Resumo...........................................................................234 Capítulo 16 - Anatomia e fisiologia do cólon................................................................... 235 1. Anatomia....................................................................236 2. Fisiologia....................................................................242 Resumo...........................................................................244 Capítulo 17 - Doenças inflamatórias intestinais......................................................... 245 1. Introdução.................................................................246 2. Fisiopatologia...........................................................246 3. Doença de Crohn.....................................................246 4. Retocolite ulcerativa.............................................. 252 5. Diferenças entre a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa..............................................256 Resumo...........................................................................258 Capítulo 22 - Câncer de canal anal...............315 1. Introdução..................................................................316 2. Tumores de margem anal......................................316 3. Tumores de canal anal........................................... 318 Resumo........................................................................... 324 Capítulo 23 - Avaliação da função hepática............................................................ 325 1. Introdução................................................................. 326 2. Exames laboratoriais............................................. 326 3. Exames de imagem................................................329 4. Avaliação global e prognóstico..........................330 Resumo........................................................................... 332 Capítulo 24 - Anatomia cirúrgica do fígado................................................................. 333 1. Introdução.................................................................334 2. Anatomia topográfica........................................... 336 3. Suprimento sanguíneo.......................................... 337 4. Drenagem venosa................................................... 339 5. Drenagem linfática................................................ 340 6. Inervação................................................................. 340 7. Segmentação hepática de Couinaud................ 340 8. Ressecções hepáticas............................................342 Resumo...........................................................................345 Capítulo 25 - Cirrose hepática e suas complicações.................................................... 347 1. Introdução.................................................................348 2. Etiologia da cirrose.................................................348 3. Quadro clínico..........................................................350 4. Classificação ............................................................350 5. Diagnóstico............................................................... 352 6. Complicações .......................................................... 352 7. Outras complicações.............................................. 359 8. Tratamento ..............................................................360 Resumo...........................................................................360 Capítulo 26 - Hipertensão portal.................361 1. Introdução.................................................................362 2. Etiologia..................................................................... 363 3. Fisiopatologia...........................................................364 4. Quadro clínico..........................................................364 5. Diagnóstico............................................................... 367 6. Tratamento...............................................................368 Resumo........................................................................... 373 Capítulo 27 - Tumores e abscessos hepáticos........................................................... 375 1. Abscessos hepáticos.............................................. 376 2. Tumores benignos de fígado.............................. 380 3. Neoplasias malignas de fígado...........................386 Resumo .......................................................................... 393 Capítulo 28 - Transplante hepático............. 395 1. Introdução.................................................................396 2. Seleção de pacientes.............................................396 3. Indicações..................................................................396 4. Contraindicações.................................................... 397 5. Avaliação pré-transplante...................................398 6. Seleção do doador..................................................398 7. Técnica cirúrgica......................................................398 8. Imunossupressão..................................................400 9. Complicações...........................................................400 10. Seguimento pós-transplante........................... 402 Resumo.......................................................................... 404 Capítulo 29 - Icterícia obstrutiva................405 1. Introdução................................................................ 406 2. Metabolismo da bilirrubina................................ 406 3. Causas .......................................................................407 4. Aspectos clínicos .................................................. 408 5. Diagnóstico.............................................................. 409 Resumo............................................................................412 Capítulo 30 - Litíase biliar e suas complicações.....................................................413 1. Introdução e anatomia das vias biliares........... 414 2. Etiologia e tipos de cálculos..................................415 3. Diagnóstico............................................................... 416 4. Colelitíase assintomática.......................................417 5. Litíase biliar sintomática...................................... 418 6. Coledocolitíase......................................................... 421 7. Colangite....................................................................424 Resumo...........................................................................426 Capítulo 31 - Anatomia e fisiologia do pâncreas............................................................ 427 1. Anatomia....................................................................428 2. Anatomia microscópica.........................................431 3. Anomalias pancreáticas........................................432 4. Fisiologia exócrina..................................................434 5. Fisiologia endócrina............................................... 435 Resumo...........................................................................436 Capítulo 32 - Pancreatite aguda.................. 437 1. Introdução.................................................................438 2. Etiologia.....................................................................438 3. Quadro clínico e diagnóstico.............................. 440 4. Complicações...........................................................443 5. Fatores de prognóstico........................................ 444 6. Tratamento...............................................................445 Resumo.......................................................................... 448 Capítulo 33 - Pancreatite crônica................449 1. Definições..................................................................450 2. Etiologia.....................................................................450 3. Patogenia..................................................................450 4. Diagnóstico................................................................451 5. Complicações........................................................... 453 6. Tratamento............................................................... 455 7. Pancreatite autoimune.......................................... 457 8. Pancreatite hereditária........................................458 Resumo.......................................................................... 460 Capítulo 34 - Tumores pancreáticos e neuroendócrinos..............................................461 1. Introdução.................................................................462 2. Adenocarcinoma de pâncreas............................462 3. Tumores de papila duodenal.............................. 468 4. Lesões císticas.........................................................470 5. Tumores neuroendócrinos................................... 475 Resumo.......................................................................... 480 Casos clínicos.................................... 483 Questões Comentários Cap. 1. Anatomia e fisiologia do esôfago................519 Cap. 1. Anatomia e fisiologia do esôfago...............609 Cap. 2. Doença do refluxo gastroesofágico..........520 Cap. 2. Doença do refluxo gastroesofágico...........610 Cap. 3. Afecções motoras do esôfago.................... 523 Cap. 3. Afecções motoras do esôfago.....................615 Cap. 4. Afecções mecânicas do esôfago................ 525 Cap. 4. Afecções mecânicas do esôfago.................618 Cap. 5. Câncer de esôfago.......................................... 526 Cap. 5. Câncer de esôfago...........................................619 Cap. 6. Anatomia e fisiologia do estômago.......... 529 Cap. 6. Anatomia e fisiologia do estômago.......... 625 Cap. 7. Dispepsia e Helicobacter pylori....................531 Cap. 7. Dispepsia e Helicobacter pylori...................626 Cap. 8. Doença ulcerosa péptica.............................. 533 Cap. 8. Doença ulcerosa péptica..............................629 Cap. 9. Tratamento cirúrgico da obesidade mórbida............................................................ 536 Cap. 9. Tratamento cirúrgico da obesidade mórbida............................................................ 633 Cap. 10. Síndromes pós-operações gástricas...... 539 Cap. 10. Síndromes pós-operações gástricas......638 Cap. 11. Câncer gástrico...............................................542 Cap. 11. Câncer gástrico...............................................642 Cap. 12. GIST................................................................... 545 Cap. 12. GIST...................................................................646 Cap. 13. Anatomia e fisiologia do intestino delgado.............................................................548 Cap. 13. Anatomia e fisiologia do intestino delgado.............................................................649 Cap. 14. Constipação intestinal.................................550 Cap. 14. Constipação intestinal..................................651 Cap. 15. Alterações funcionais dos intestinos......551 Cap. 15. Alterações funcionais dos intestinos..... 652 Cap. 16. Anatomia e fisiologia do cólon................. 553 Cap. 16. Anatomia e fisiologia do cólon................. 655 Cap. 17. Doenças inflamatórias intestinais............554 Cap. 17. Doenças inflamatórias intestinais............ 656 Cap. 18. Afecções benignas dos cólons.................. 557 Cap. 18. Afecções benignas dos cólons..................660 Cap. 19. Doenças orificiais.......................................... 562 Cap. 19. Doenças orificiais..........................................665 Cap. 20. Doença polipoide.........................................566 Cap. 20. Doença polipoide..........................................671 Cap. 21. Câncer de cólon e reto.................................568 Cap. 21. Câncer de cólon e reto................................. 674 Cap. 22. Câncer de canal anal.................................... 572 Cap. 22. Câncer de canal anal.................................... 679 Cap. 23. Avaliação da função hepática.................. 574 Cap. 23. Avaliação da função hepática.................. 681 Cap. 24. Anatomia cirúrgica do fígado................... 575 Cap. 24. Anatomia cirúrgica do fígado...................682 Cap. 25. Cirrose hepática e suas complicações... 577 Cap. 25. Cirrose hepática e suas complicações...683 Cap. 26. Hipertensão portal...................................... 579 Cap. 26. Hipertensão portal......................................687 Cap. 27. Tumores e abscessos hepáticos................581 Cap. 27. Tumores e abscessos hepáticos...............690 Cap. 28. Transplante hepático..................................584 Cap. 28. Transplante hepático..................................694 Cap. 29. Icterícia obstrutiva...................................... 587 Cap. 29. Icterícia obstrutiva...................................... 697 Cap. 30. Litíase biliar e suas complicações...........590 Cap. 30. Litíase biliar e suas complicações...........700 Cap. 31. Anatomia e fisiologia do pâncreas.......... 595 Cap. 31. Anatomia e fisiologia do pâncreas.......... 707 Cap. 32. Pancreatite aguda........................................ 596 Cap. 32. Pancreatite aguda........................................708 Cap. 33. Pancreatite crônica..................................... 600 Cap. 33. Pancreatite crônica.......................................713 Cap. 34. Tumores pancreáticos e neuroendócrinos...........................................602 Outros temas............................................................... 606 Cap. 34. Tumores pancreáticos e neuroendócrinos............................................716 Outros temas................................................................ 722 Referências bibliográficas........................................ 725 Fábio Carvalheiro / Eduardo Bertolli Yeda Mayumi Kuboki / Rodrigo Biscuola Garcia Lúcia C. Barcellos Kunen Neste capítulo, será abordada a doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), doença extremamente comum na prática clínica diária que decorre de fluxo retrógrado de conteúdo gastroduodenal para o esôfago e/ ou órgão adjacentes. Os principais mecanismos fisiopatológicos relacionados são relaxamento transitório do Esfíncter Esofágico Inferior (EEI), que aumenta com a distensão gástrica e a posição ortostática, hipotonia do EEI (pressão <10mmHg), ruptura anatômica da junção esofagogástrica (presença de hérnias hiatais por deslizamento, paraesofágicas ou mistas), obesidade (aumento da pressão intragástrica, predisposição a hérnias hiatais e aumento na frequência de relaxamentos transitórios do EEI) e outras causas (intervenções cirúrgicas como cardiomiotomias, vagotomias e gastrectomias, exercícios físicos intensos, gravidez, tosse), além de diminuição do tempo de esvaziamento esofágico e falha nos mecanismos de defesa contra a injúria esofágica. Para a investigação a história e manifestações clínicas, devem ser somadas a endoscopia digestiva alta para o diagnóstico de esofagite e pHmetria para o diagnóstico de refluxo ácido, sendo a manometria padrão-ouro para a visualização de disfunções esofágicas. Questões, em geral, cobram as classificações endoscópicas: de Savary-Miller modificada e de Los Angeles, esta mais difundida. O tratamento clínico abarca mudança comportamental, e o farmacológico preconiza o uso de inibidor da bomba de prótons em dose plena, pelo período de 4 a 8 semanas. O tratamento cirúrgico está indicado para impossibilitados de darem continuidade ao tratamento clínico, pacientes com necessidade de tratamento contínuo, aqueles com menos de 40 anos que optam pela cirurgia e refratários ao inibidor, com confirmação pelo exame de pHmetria de 24 horas e que têm condições cirúrgicas. O procedimento utiliza a fundoplicatura total tipo Nissen ou parcial tipo Toupet-Lind. Nas provas, o assunto é bastante abordado, principalmente em seus aspectos de diagnóstico e indicação de tratamento clínico ou cirúrgico. 2 Doença do refluxo gastroesofágico DoenÇa Do reFlUXo gastroesoFÁgico podem ser tratados com piloroplastia, toxina botulínica no piloro ou dilatação pneumática. Pergunta Figura 13 - Aspecto intraoperatório da hiatoplastia: (A) com pontos separados de algodão 2-0 em cirurgia convencional e (B) esôfago abdominal isolado D - Tratamento clínico da DRGE versus tratamento cirúrgico Existem evidências de benefício estimado do tratamento cirúrgico por um período de 7 anos e equivalência entre o tratamento clínico e o cirúrgico de Nissen (92% versus 85%, respectivamente, com diferença não estatisticamente significativa), com os pacientes permanecendo 5 anos ou mais em remissão dos sintomas. Portanto, seriam desejáveis períodos de observação mais prolongados antes de uma conclusão definitiva. 2015 - INCA - CLÍNICA CIRÚRGICA 3. O tratamento cirúrgico mais indicado em esofagite de refluxo, no adulto, refratária a tratamento clínico é: a) operação de Pinotti b) operação de Nissen c) operação de Lind d) operação de Brandalise Resposta no final do capítulo 7. Complicações A - Úlceras e sangramento esofágico Incidem em 5% dos pacientes com esofagite consequente à DRGE; habitualmente, estão localizadas na transição esofagogástrica. Raramente manifestam-se com sangramento agudo, sendo geralmente crônico e insidioso, com quadro de anemia crônica. O tratamento clínico é a melhor terapêutica, indicando-se IBP em dose dobrada por, pelo menos, 8 semanas e repetição do exame endoscópico. Após cicatrização, avaliar continuidade do IBP em dose plena ou indicação de correção cirúrgica. Figura 14 - Úlcera esofágica de aspecto péptico no esôfago distal Fonte: GASTROLAB. Tratamento Em úlceras e sangramento esofágico em pacientes com DRGE, a melhor terapêutica é o tratamento clínico com inibidor da bomba de prótons em dose dobrada por 8 semanas e repetição da EDA posteriormente. Com a cicatrização, devese avaliar a continuidade do inibidor em dose plena ou a indicação de correção cirúrgica. 47 José Américo Bacchi Hora Neste capítulo, serão abordadas a cirrose hepática e suas complicações, como ascite, peritonite bacteriana espontânea, encefalopatia hepática etc. Ainda que o etilismo continue a ser a principal etiologia em nosso meio, outras etiologias devem ser conhecidas e são cobradas nos concursos médicos. A cirrose hepática é o estágio terminal de todas as doenças hepatocelulares, presente em 3,5 a 5% dos indivíduos, sendo que 15% dos alcoolistas desenvolvem a doença e é a 8ª causa de morte nos Estados Unidos. Quanto à etiologia, pode ser metabólica (tirosinemia, galactosemia, glicogenoses, doença de Wilson, hemocromatose idiopática primária, deficiência de alfa-1-antitripsina, esteato-hepatite não alcoólica), viral, alcoólica, induzida por toxinas e fármacos, autoimune, biliar, por obstrução do fluxo venoso hepático e criptogênica. Pode manifestar-se de várias maneiras, de sintomas inespecíficos, como fadiga crônica, a quadros emergenciais, como as hemorragias digestivas, dependendo da etiologia, da presença de complicações e da gravidade. Em assintomáticos, alterações nas provas de função hepática ou citopenias em exames de rotina podem ser as manifestações iniciais. As manifestações das complicações ou cirroses mais graves podem cursar com hipertensão portal com hemorragia digestiva, retenção de líquidos com edema, ascite ou insuficiência renal e encefalopatia hepática. A cirrose hepática pode ser classificada morfológica (micronodular, macronodular, mista ou septal incompleta) ou funcionalmente aplicando-se as classificações de Child-Pugh ou MELD. A classificação Child-Pugh é a mais conhecida, com pontuação que varia de 3 a 15, considerando bilirrubina total, encefalopatia, ascite, TP (INR) e albumina. A nova classificação MELD considera níveis de bilirrubina e creatinina, o INR e a etiologia da doença hepática. O diagnóstico deve basear-se nos 3 aspectos utilizados para classificar a doença: aspectos clínicos, como sintomas, sinais e alterações laboratoriais; etiologia; e padrão histológico, determinado por exame anatomopatológico de fragmento de biópsia hepática. Dentre as complicações, destacam-se ascite (30%, sinal de mau prognóstico) e peritonite bacteriana espontânea. Clinicamente, deve-se suspeitar desta última em todo paciente ascítico com dor abdominal e febre. Sua pesquisa deve ser feita em todos os casos de piora clínica de cirróticos e caracteriza-se, atualmente, apenas por contagem de polimorfonucleares (PMN) >250 células/mL. Também podem ocorrer a encefalopatia hepática (com classificação em 5 estágios pelos critérios de West Haven) e a síndrome hepatorrenal (mau prognóstico). O tratamento baseia-se na correção do fator etiológico, quando possível, como abstenção de álcool, tratamento adequado das hepatites virais e suspensão de drogas que agridam o órgão. A dieta deve ser hipercalórica, normoproteica e rica em vitaminas, como o ácido fólico. Cirróticos devem ser monitorizados quanto às evoluções mais graves (hepatocarcinoma, hipertensão portal, disfunção renal) e evitar qualquer tipo de agressão hepática e situação de estresse. 25 Cirrose hepática e suas complicações 362 R3 CLÍNICA CIRÚRGICA - GASTROENTEROLOGIA 1. Introdução O sistema porta inicia-se nos sinusoides do pâncreas, do baço, dos intestinos e da vesícula biliar e percorre um sistema sem válvulas formado pela veia porta e suas tributárias, mesentéricas superior e inferior e esplênica, chegando aos sinusoides hepáticos, sendo o único sistema do nosso corpo contido entre sinusoides. Anatomicamente, a veia porta tem entre 6 e 6,5cm de extensão e até 0,8cm de diâmetro, formada pela junção das veias mesentérica superior e esplênica, sendo que esta recebe a veia mesentérica inferior. Em sua fisiologia, o fígado recebe cerca de 1.500mL de sangue a cada minuto, sendo a veia porta responsável por 75% desse fluxo e a artéria hepática, apenas 25%, porém fornecendo 60% do oxigênio consumido pelo órgão. Figura 1 - Sistema porta A pressão portal normalmente é baixa, em torno de 10 a 15cm de água, pela baixa resistência dos sinusoides hepáticos, sofrendo influência de respiração, postura e pressão intra-abdominal e elevando-se anormalmente quando há resistência ao fluxo sanguíneo no sistema, podendo chegar a níveis superiores a 25 a 30cm de água, que definem Hipertensão Portal (HP). CLÍNICA CIRÚRGICA Gastroenterologia CASOS CLÍNICOS, QUESTÕES E COMENTÁRIOS Ú DO M ED Caro leitor, Este espaço é reservado para os Casos Clínicos das instituições que optam por esse formato de prova em seus concursos, além de questões dissertativas sobre condutas diagnósticas e terapêuticas elaboradas pelo corpo docente Medcel. Isso significa que o seu conteúdo é exclusivo, servindo como complementação às questões comentadas ao final do livro. Para tanto, foi extraído material de importantes provas, além de novos casos, com base nos temas mais abordados em processos seletivos para Residência Médica, o que permite estudar resolvendo testes semelhantes aos aplicados nos principais concursos do país. Temos certeza de que, com mais forma de revisar o conteúdo dos capítulos, você se sentirá mais preparado para garantir a sua vaga na especialidade e na instituição desejadas. 2015 - SUS-BA - CLÍNICA CIRÚRGICA 1. Uma mulher de 55 anos, com dor abdominal em cólica e tenesmo, relata que, somente apresenta dejeções com uso de óleo mineral e Lactulona®, apresentando fezes líquidas com rajas de sangue. Traz colonoscopia que descreve tumoração em reto a 5cm da margem anal, que não permite a progressão do aparelho. Ainda sem resultado do exame histopatológico das biópsias realizadas pela colonoscopia. Tomografias computadorizadas de tórax e de abdome descrevem tumor de reto extraperitoneal que invade a gordura do mesorreto, 3 linfonodos mesorretais suspeitos de serem metastáticos e ausência de metástases hematogênicas. Ao exame físico, pulso = 80bpm, FR = 17irpm, abdome globoso e hipertimpânico, sem sinais clínicos de irritação peritoneal. Ao toque retal, identifica-se tumor fixo, que se inicia a 4cm da margem anal, impermeável a uma polpa digital, com sangramento após o toque. Frente ao caso exposto, indique: b) O tratamento inicial a ser adotado. c) O tratamento específico não cirúrgico complementar, considerando o estadiamento clínico dessa paciente. a) O tipo histopatológico esperado, considerando a epidemiologia desses tumores. 2015 - SUS-BA - CLÍNICA CIRÚRGICA 2. Em um ambulatório de Cirurgia Geral foram atendidas 3 pacientes: A 1ª paciente, de 60 anos, assintomática, realizou ultrassonografia de abdome total, como exame periódico, sendo identificada a presença de colelitíase com múltiplos cálculos de 1 e 2mm, ducto cístico de 2mm, colédoco de 6mm; R3 Casos Clínicos CE TE Gastroenterologia C ON L L C ON Ú DO M ED CE Casos Clínicos TE 508 sic R3 gastroenterologia RESPOSTAS Caso 1 a) Adenocarcinoma. b) Confecção de colostomia em alça. c) Radioterapia e quimioterapia. Caso 2 a) A 1ª paciente. b) A 2ª paciente. c) Ressonância nuclear magnética ou colangiorressonância nuclear magnética. Caso 3 a) IMC = 43,5. Obesidade mórbida. b) Acima de 70% de possibilidade. c) Obesidade mórbida (grau III) (IMC ≥40) e obesidade grau II com comorbidades decorrentes da obesidade. Caso 4 a) A síndrome de Lynch ou câncer colorretal não polipoide hereditário (HNPCC) é uma desordem autossômica dominante causada por mutação germinativa em um de vários genes de reparo do DNA (MMR). É caracterizada por aumento significativo do risco de cânceres de cólon e endométrio, assim como por maior risco para vários outros cânceres. O câncer de cólon ocorre em uma idade mais precoce do que os esporádicos e predomina no cólon direito. A idade média do aparecimento do câncer é 48 anos, mas alguns se apresentam tão cedo quanto aos 20 anos de idade. b) Colectomia total ou subtotal com seguimento contínuo do reto remanescente é recomendada aos pacientes em que é encontrado câncer colorretal ou adenoma avançado (grande, viloso ou displasia de alto grau). Aqueles que são submetidos a colectomia segmentar parecem ter risco aumentado de adenoma ou câncer subsequente quando comparados com aqueles submetidos a colectomia abdominal total com anastomose ileorretal. R3 Casos Clínicos c) O intervalo ótimo para colonoscopia de screening em indivíduos com a síndrome de Lynch ainda não está estabelecido, mas trials randomizados sugerem um seguimento anual. Colonoscopia é recomendada a partir dos 20 a 25 anos ou 10 anos antes da idade do câncer de cólon com diagnóstico mais cedo na família. Nas famílias com mutação no gene MSH6, recomenda-se o início da colonoscopia aos 30 anos, pois o câncer de cólon é mais tardio nelas. Caso 5 a) Na endoscopia digestiva alta, observa-se que o pinçamento diafragmático não coincide com a transição esofagogástrica, distando desta por, pelo menos, 2cm, configurando-se hérnia hiatal por deslizamento. Além disso, observam-se erosões lineares >5mm não confluentes, configurando esofagite erosiva grau B pela classificação de Los Angeles. O estudo radiológico contrastado do esôfago, estômago e duodeno configura a presença de herniação gástrica em direção ao tórax, caracterizando a hérnia hiatal por deslizamento. b) Atualmente, a manometria é o padrão-ouro para avaliar a função motora do corpo esofágico e do esfíncter esofágico inferior. As indicações na doença do refluxo gastroesofágico são restritas: - Investigar a eficiência da peristalse esofágica em pacientes com indicação de tratamento cirúrgico; - Determinar a localização precisa do esfíncter esofágico inferior para permitir a correta instalação do eletrodo de pHmetria; - Investigar apropriadamente a presença de distúrbio motor esofágico associado, tais como as doenças do colágeno (como esclerodermia) e o espasmo esofágico difuso. c) Primeiramente, as alterações anatômicas da transição esofagogástrica, como a hérnia de hiato, podem comprometer os mecanismos antirrefluxo. Nos pacientes com doença do refluxo, observam-se 2 mecanismos que diminuem o esvaziamento esofágico: - Disfunção peristáltica resultando em falha ou hipotensão das contrações peristálticas (<30mmHg – por exemplo, aperistalse do corpo esofágico associada a esclerodermia); - “Re-refluxo” associado a hérnia hiatal (conteúdo refluído presente no saco herniário), o qual impede o esvaziamento esofágico. A esclerodermia é uma doença do tecido conjuntivo caracterizada por um processo autoimune de etiologia desconhecida e por alterações inflamatórias, vasculares e fibróticas da pele e de múltiplos sistemas orgânicos. Acomete difusamente fibras musculares lisas (inclusive no esôfago), determinando alterações da motilidade esofágica. Na manometria esofágica, são verificadas a alteração da peristalse nos 2 terços distais do esôfago (aperistalse em 100% das deglutições úmidas) e hipotonia do esfíncter esofágico inferior. d) As medidas comportamentais na doença do refluxo incluem: - Elevação da cabeceira da cama (15cm); - Moderar a ingestão dos seguintes alimentos, na dependência da correlação com os sintomas: gordurosos, cítricos, café, álcool, bebidas gaseificadas, menta, hortelã, produtos de tomate e chocolate; - Cuidados com medicamentos de risco: anticolinérgicos, teofilina, antidepressivos tricíclicos, bloqueadores dos canais de cálcio, agonistas beta-adrenérgicos e alendronato; - Evitar deitar-se nas 2 horas seguintes às refeições; - Evitar refeições copiosas; - Redução ou cessação do fumo; - Reduzir o peso corporal. No caso de acometimento esofágico na esclerodermia, não há tratamento específico para a esclerose e nenhum medicamento consagrado pela literatura. Nesses casos, trata-se apenas o refluxo decorrente da lesão do órgão, sendo indicado inibidor da bomba de prótons em doses adequadas. Os pró-cinéticos podem ajudar no sentido de melhora do esvaziamento gástrico, e não na melhora real da motilidade esofágica. Bloqueadores dos canais de cálcio usados para tratar a doença de base podem piorar o refluxo. O refluxo gastroesofágico na esclerose sistêmica é de difícil tratamento cirúrgico, devido à aperistalse do esôfago distal. Tal quadro leva a disfagia importante após o procedimento cirúrgico. Caso 6 a) Sim. Define-se como câncer gástrico precoce aquele que não ultrapassa a submucosa, não importando o acometimento linfonodal. Gastroenterologia Anatomia e fisiologia do esôfago 2015 - UFS - CLÍNICA CIRÚRGICA 1. O Esfíncter Esofágico Inferior (EEI) é mais precisamente referido como o mecanismo EEI ou a Zona de Alta Pressão esofágica distal (ZAP). São fatores que diminuem o tônus da ZAP: a) gastrina e colecistocinina b) histamina e meperidina c) atropina e hérnia de hiato d) metoclopramida e etanol Tenho domínio do assunto Reler o comentário Refazer essa questão Encontrei dificuldade para responder 2013 - UFPR - CLÍNICA CIRÚRGICA 2. Sobre o esfíncter esofágico superior, assinale a alternativa incorreta: a) mantém-se entreaberto em repouso, entre as deglutições, eructações e vômitos b) possui fibras de musculatura estriada c) sua pressão de repouso pode atingir aproximadamente 100mmHg d) seu relaxamento associa-se com tração laríngea anterior e) tem comprimento reduzido, variando de 2 a 4,5cm Tenho domínio do assunto Reler o comentário Refazer essa questão Encontrei dificuldade para responder 2013 - UFPR - CLÍNICA CIRÚRGICA 3. São características do espasmo difuso do esôfago, exceto: a) presença de contrações aperistálticas em até 20% das deglutições como critério manométrico para definição diagnóstica b) permanência de algum grau de atividade peristáltica adequada, o que a difere da acalasia c) as ondas de pressão podem ter 3 ou mais picos e duração aumentada e ser repetitivas d) em geral, o esfíncter esofágico inferior tem padrão normal de pressão basal após deglutição de líquidos e) o quadro clínico é de dor e disfagia intermitentes, e a imagem radiológica é de esôfago “em saca-rolha” Tenho domínio do assunto Reler o comentário Refazer essa questão Encontrei dificuldade para responder 2013 - AMP - CLÍNICA CIRÚRGICA 4. Estruturas fi nas que parcial ou completamente comprometem a luz esofágica em geral envolvem apenas a mucosa e parte da submucosa e são compostas de epitélio de células escamosas acima e abaixo, diferente de outra estrutura esofágica, a qual é composta de epitélio esofágico acima e epitélio gástrico abaixo. Essa estrutura ainda tem como característica o não envolvimento com qualquer distúrbio da motilidade esofágica: a) anel de Schatzki b) divertículo de Zenker c) divertículo epifrênico d) membrana esofágica e) estenose de Barrett Tenho domínio do assunto Reler o comentário Refazer essa questão Encontrei dificuldade para responder 2012 - UFF - CLÍNICA CIRÚRGICA 5. Assinale o hormônio gastrintestinal cuja principal função é a regulação da liberação de insulina em resposta a uma refeição: a) peptídio YY b) motilina c) polipeptídio inibitório gástrico d) neurotensina e) somatostatina Tenho domínio do assunto Reler o comentário Refazer essa questão Encontrei dificuldade para responder 2012 - UFPR - CLÍNICA CIRÚRGICA 6. A compressão extrínseca do tronco celíaco se dá por: a) ligamento arqueado mediano do diafragma b) ligamento suspensor do diafragma c) ligamento redondo d) ligamento gastro-hepático e) ligamento lateral do diafragma Tenho domínio do assunto Reler o comentário Refazer essa questão Encontrei dificuldade para responder 2011 - UFPE - CLÍNICA CIRÚRGICA 7. O tratamento medicamentoso para o controle dos sintomas do refluxo gastroesofágico é, geralmente, efetivo. Entretanto, fatores anatomofisiológicos podem atuar prevenindo o refluxo da secreção gástrica para o esôfago. Nesse caso, assinale a alternativa correta: Gastroenterologia - R3 Questões Questões Gastroenterologia Anatomia e fisiologia do esôfago Questão 1. São fatores que podem reduzir a pressão do EEI: distensão gástrica, colecistocinina, alimentos (gordura, cafeína, chocolate, álcool), hérnia hiatal, tabagismo e drogas. Aumentam o tônus do EEI: gastrina, motilina, substância P, agonistas alfa-adrenérgicos, beta-antagonistas adrenérgicos, agonistas colinérgicos, metoclopramida, domperidona, prostaglandina F2 alfa, cisaprida e proteínas alimentares. Diminuem o tônus: secretina, colecistocinina, glucagon, peptídio inibidor gástrico, peptídio intestinal vasoativo, óxido nítrico, progesterona, antagonistas alfa-adrenérgicos, agonistas beta-adrenérgicos, antagonistas colinérgicos (atropina), serotonina, nitratos, bloqueadores dos canais do cálcio, teofilina, morfina, meperidina, diazepam, barbitúricos, chocolate, etanol e hortelã-pimenta. Gabarito = C Questão 2. O esfíncter esofágico superior é formado por musculatura estriada e durante a deglutição ocorre elevação do esfíncter, seguida de relaxamento e contração pós-relaxamento. A contração da faringe é peristáltica e coordenada ao relaxamento. Sua amplitude de contração varia de 29 a 100mmHg no sentido anteroposterior. Essa pressão aumenta durante a inspiração, Valsalva, engasgos e presença de ácido no esôfago proximal. A inserção muscular bilateral do músculo cricofaríngeo à borda inferolateral da cartilagem cricoide confere a este esfíncter marcada assimetria anteroposterior. Tal inserção determina que o esfíncter esofágico superior acompanhe os movimentos da laringe. Seu tamanho varia de 1 a 5cm. Gabarito = A Questão 3. O espasmo esofágico difuso é uma síndrome clínica caracterizada por dor torácica e/ou disfagia e achados manométricos e radiológicos característicos. É uma doença rara que acomete 4 a 5% dos pacientes com disfagia e/ou dor torácica. Caracteriza-se manometricamente pela presença de mais de 20% de aperistalse intermitente nas deglutições úmidas, alternadas com peristalse normal. Há também contrações repetitivas (3 picos), duração prolongada (maior que 15 segundos), aumento de amplitude, contrações espontâneas e anormalidades no esfíncter esofágico inferior (hipertonia ou acalasia). Ao esofagograma, o achado de esôfago “em saca-rolha” é típico. Gabarito = A Questão 4. Analisando as alternativas: a) O anel de Schatzki é uma estrutura mucosa anelar no esôfago na junção esofagogástrica que é lisa, fina (<4mm) e coberta por mucosa escamosa acima e epitélio colunar abaixo. O calibre do anel mucoso não se modifica coma peristalse, enquanto o muscular se modifica. b) O divertículo de Zenker é definido como divertículo posterior que tem um septo proximal ao músculo cricofaríngeo. É uma evaginação da mucosa através do triângulo de Killian em uma área de fraqueza muscular entre as fibras transversas do cricofaríngeo e as oblíquas do constritor inferior. c) Os divertículos epifrênicos são divertículos que se formam imediatamente acima do esfíncter esofágico inferior e considerados divertículos de pulsão. d) A membrana esofágica é uma fina prega mucosa que se protrai para o lúmen e é coberta por epitélio escamoso. É mais comum anteriormente no esôfago cervical. e) Na verdade, ocorre estenose péptica pela doença do refluxo gastroesofágico, mas alguns estudos sugerem que pacientes com estenose péptica têm alta prevalência de esôfago de Barrett em relação àqueles sem estenose. Gabarito = D Questão 5. Analisando as alternativas: a) Incorreta. Peptídio YY inibe a estimulação da secreção gástrica de ácido e outras funções motoras e secretoras. b) Incorreta. A motilina se liga aos receptores das células musculares lisas do esôfago, estômago, intestino delgado e grosso para exercer sua atividade propulsiva. c) Correta. O polipeptídio inibitório gástrico (denominado atualmente de polipeptídio insulinotrópico dependente de glicose) é produzido pelas células K da mucosa do intestino delgado e é liberado no sangue em resposta à ingestão de glicose ou gordura. Na presença de elevação de glicose, ocorre liberação da secreção de insulina. Importante: o polipeptídio inibitório gástrico não estimula a secreção de insulina em condições de normoglicemia. d) Incorreta. A neurotensina é um inibidor fisiológico do apetite, que age aumentando a atividade simpática ou diminuindo o apetite estimulado pelo jejum, norepinefrina ou dinorfina. e) Incorreta. Somatostatina regula a secreção da gastrina. Gabarito = C Gastroenterologia - R3 Comentários Comentários