Nome da Vila Pompéia remete à cidade antiga engolida por vulcão Qui, 08 de Agosto de 2013 13:23 Estreamos neste mês uma nova coluna em homenagem à nossa região. Observando que muitas ruas e vilas possuem nomes curiosos, decidimos fazer um resgate histórico destes nomes, que hoje denominam locais onde residem diversos moradores e leitores do Jornal Caderno do Bairro. Você sabe de onde veio o nome da sua vila ou rua? Através deste resgate, esperamos trazer informações, curiosidades e entretenimento para todos nós que amamos esta região. Começaremos a pesquisa falando sobre o nome de uma vila localizada no bairro Tatuquara e que é no mínimo curioso, a vila Pompéia. Primeiro, a terra tremeu forte, depois o dia se tornou noite e o céu desabou impondo toneladas de cinzas e rochas; por fim, o "magma" selou a existência de uma das mais prósperas cidades do Império Romano – Pompeia desapareceu horas após a erupção do vulcão Vesúvio. Construída onde hoje se chama Baía de Nápoles, na Itália, Pompeia era uma cidade romana afortunada. Com terras férteis, clima adorável e banhada pelo Mar Mediterrâneo, a cidade foi um dos destinos favoritos da nobreza do império. Abrigava cerca de 20 mil pessoas aos pés do "Monte" Vesúvio. Em 24 de agosto de 79 d.c. a cidade ainda se recuperava de um terremoto ocorrido em 63 d.c., quando algo desconhecido aconteceu: o Monte Vesúvio cuspiu fumaça. Na época, nem termo para se referir à atividade vulcânica existia e o acontecimento foi – ao menos inicialmente – encarado com certa tranquilidade. Para o azar dos que viviam no entorno do vulcão, a erupção foi uma das mais violentas já registradas. Além da fumaça, toneladas de rochas foram expelidas para atmosfera criando uma terrível 1/2 Nome da Vila Pompéia remete à cidade antiga engolida por vulcão Qui, 08 de Agosto de 2013 13:23 "chuva" de pedregulhos e cinzas. Tal chuva literalmente enterrou a cidade de Pompeia (e outras) com pelo menos 6 metros de rochas vulcânicas. Concluindo a catástrofe e "viajando a uma velocidade superior a 120 quilômetros por hora, uma avalanche de cinzas e rochas superquentes, com temperaturas que ultrapassavam os 500º C desceu sobre a cidade". Rochas, desabamentos, intoxicações, etc. ceifaram a vida de milhares que acreditaram estar seguros na cidade. O número de mortos em Pompeia é estimado em cerca de 5 mil. Entretanto, quando somado com os de outras cidades, como Herculano e Estábias que também sucumbiram, o número pode alcançar 17 mil. Em Miceno, cidade a 30 km de Pompeia, Plínio, o Moço, registrou o fenômeno que teria durado dois dias através de cartas enviadas ao historiador Tácito. Durante muito tempo o escrito foi posto em dúvida pelas "descrições apocalípticas": "...O Vesúvio brilhava com enormes labaredas em muitos pontos e grandes colunas de fogo saíam dele, cuja intensidade fazia mais ostensivas as trevas noturnas. O dia já nascia em outras regiões, mas aqui continuava noite, uma noite fechada, mais tenebrosa que todas as outras; a única exceção era a luz dos relâmpagos e outros fenômenos semelhantes". Pompeia foi redescoberta mais de 1.500 anos depois, sendo sistematicamente escavada a partir do século XIX. Incrivelmente, as cinzas e rochas haviam criado uma vedação em torno da cidade, preservando da lava que a arrasaria. As escavações revelaram que grande parte das casas, templos e edifícios públicos mantiveram-se assombrosamente intactos como no dia da catástrofe. Também foram descobertos centenas de moldes das vítimas soterradas em cinzas preservando a hora da morte. O descoberto permitiu seguir a evolução arquitetônica da cidade desde a época em que foi criada até o momento de sua destruição. As fachadas da cidade reproduziam cenas do cotidiano, ao lado dos mosaicos, móveis e objetos de arte. Foi um dos depoimentos mais completos e emocionantes a respeito da vida na Antiguidade. Este texto foi escrito por Eudes Bezerra e está no facebook Imagens Históricas: Link: https://www.facebook.com/HistoricasImagens 2/2