Máquina para gravar sonhos é possível, diz cientista - Adcefet

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Estudioso diz que neurônios são ativados individualmente por objetos ou conceitos
específicos.
Da BBC
Um pesquisador nos Estados Unidos afirmou que tem planos para criar um dispositivo
eletrônico de gravação e interpretação de sonhos.
Moran Cerf, do Instituto de Tecnologia de Pasadena, na Califórnia (oeste do país), afirma
que a "leitura dos sonhos" é possível baseada em um estudo inicial que, segundo o cientista,
sugere que a atividade de células individuais do cérebro, os neurônios, é associada a objetos
ou conceitos específicos.
Em sua pesquisa Cerf descobriu que, quando um dos voluntários estava pensando na atriz
Marilyn Monroe, um neurônio em particular foi ativado.
Ao mostrar a voluntários acordados que participaram de seu estudo uma série de imagens,
Cerf e seus colegas conseguiram identificar neurônios que eram ativados pelos objetos e
conceitos.
Ao observar qual neurônio se ativava e quando isso acontecia, os cientistas construíram uma
base de dados para cada paciente.
Com ela, Cerf alega que é, efetivamente, capaz de "ler as mentes" dos voluntários.
Análise do sonho
Há séculos são feitas tentativas de interpretar os sonhos; no Egito antigo, por exemplo, eles
eram considerados mensagens dos deuses.
Atualmente, análises de sonhos são usadas por psicólogos como uma ferramenta para
compreender o inconsciente. Mas a única forma de interpretar os sonhos é perguntar para
as pessoas depois que elas acordam.
Att., Prof°.Julio Vaz - Diretoria da Gestão 2009/2010
Tel. e FAX (021)2567‐5118 ‐38727361 Tel. e FAX (021)2567‐5118 ‐38727361 ‐ CPNJ 29365293/0001‐92 E‐mail [email protected] ‐ Site: www.adcefetrj.org.br O objetivo do projeto de Moran Cerf e sua equipe é desenvolver um sistema que daria aos
psicólogos uma forma de corroborar as lembranças destes sonhos com a visualização
eletrônica da atividade cerebral durante o sonho.
"Não há uma resposta clara para a razão de os humanos sonharem", disse Cerf. "E, uma das
questões que gostaríamos de responder é quando nós criamos estes sonhos."
No entanto, o cientista admite que há um longo caminho antes que a simples observação
das reações de um neurônio específico possa se transformar em um dispositivo para gravar
sonhos. Mas Cerf acredita que existe uma possibilidade e ele gostaria de tentar.
Para isso, o próximo estágio de seu trabalho é monitorar a atividade do cérebro dos
voluntários enquanto eles estão dormindo.
Os pesquisadores vão conseguir identificar imagens ou conceitos relacionados com os que
estão arquivados em sua base de dados. Mas, esta base de dados pode, na teoria, ser
construída. Por exemplo, ao monitorar a atividade dos neurônios enquanto o voluntário
está assistindo um filme.
Eletrodos e sensores
Roderick Oner, psicólogo clínico e especialista em sonhos britânico, acredita que este tipo
de visualização limitada pode gerar interesse acadêmico, mas, por outro lado, pode não
ajudar muito na interpretação dos sonhos ou em terapias.
"Para isso você precisa da narrativa total e complexa do sonho", afirmou.
Outra dificuldade com a técnica proposta por Moran Cerf é que, para conseguir o tipo de
resolução necessária para monitorar neurônios individuais, os voluntários teriam que ter
eletrodos implantados profundamente, por um processo cirúrgico, no cérebro.
No estudo publicado na revista "Nature", os pesquisadores americanos conseguiram os
primeiros resultados ao estudar voluntários com o implante de eletrodos usados
normalmente para tratar de convulsões cerebrais.
Mas Cerf acredita que a tecnologia de sensores está se desenvolvendo em um ritmo tão
acelerado que, com o tempo, poderá ser possível monitorar a atividade do cérebro sem a
necessidade de cirurgias.
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em pessoas em coma", disse o cientista.
Interface
Para o professor Colin Blakemore, da Universidade de Oxford, existe uma distância grande
entre os resultados limitados obtidos no estudo do cientista americano e a possibilidade de
gravar sonhos.
Já foram feitas tentativas de criar interfaces para traduzir pensamentos em instruções para
controlar computadores e máquinas.
Mas, a maioria destas tentativas se concentrou em áreas do cérebro envolvidas no controle
de movimentos. Os sistemas de monitoramento que Cerf pretende criar visam áreas mais
sofisticadas do cérebro para poder identificar conceitos abstratos.
O cientista americano afirma que as pesquisas e usos de um dispositivo que lê a mente de
outra pessoa são muitos.
"Por exemplo, em vez de escrever um email, você poderia apenas pensar o email. Ou, outra
aplicação futurista, seria pensar em um fluxo de informações e ter estas informações escritas
bem à sua frente", disse.
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