Maria da Conceição

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A INTEGRAÇÃO DA PSICOLOGIA E FISIOTERAPIA NA
REABILITAÇÃO DE PACIENTES COM CÂNCER DE CABEÇA E
PESCOÇO: UM CAMINHO DE MUITAS SUBJETIVIDADES
MOREIRA, MCC; SOUZA, FGR; BARROS, VC
Instituto Nacional de Câncer (INCA) – Rio de Janeiro/ RJ
RESULTADOS
Um número considerável de pacientes submetidos à cirurgias de câncer de cabeça e
pescoço sente-se inseguro durante sua reabilitação, podendo acarretar alterações
psicológicas e funcionais que interferem em sua qualidade de vida.
A intervenção psicológica é fundamental para identificar fatores individuais e
subjetivos desse sofrimento e trabalhar questões pertinentes, assim como a
intervenção fisioterápica é importante para a promoção da reabilitação física e
motora, e ambas complementam-se para promover a autonomia e reinserção na
sociedade.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A atuação da psicologia no campo da reabilitação teve início com as demandas dos
veteranos de guerra, na primeira metade do séc. XX. Após a Segunda Guerra
Mundial, a psicologia teve grande importância no tratamento dos deficientes físicos,
1
levando à aceitação do psicólogo como provedor de serviço de saúde mental.
À medida que as opções de tratamento oncológico foram ampliadas, o aspecto
psicossocial da reabilitação passa a ser considerado de fundamental importância e o
psicólogo inserido na equipe interdisciplinar.
Conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), o processo de reabilitação inclui
o cuidado com perdas ou anomalias psicológicas que podem, de alguma forma,
limitar ou impedir a rotina dos pacientes. 2
Em oncologia, a reabilitação objetiva tanto ao aspecto funcional quanto ao
psicossocial, que tem por meta promover melhor qualidade de vida por meio de
assistência adequada ao paciente com sofrimento psíquico.
Com a progressão da doença e danos decorrentes de alterações estéticas ou
funcionais, algumas comorbidades psicológicas podem surgir ou se intensificar,
criando novas demandas dos pacientes. Essas demandas precisam ser
individualizadas e contextualizadas visando promover uma maior independência
funcional ao paciente, em seu processo de reabilitação. 2 3
O trabalho requer o esforço de toda equipe interdisciplinar. A fisioterapia trabalha de
forma direta na reabilitação do paciente no pré, per e pós cirurgia e possui como um
dos fatores primordiais a motivação do paciente, no sentido deste buscar de forma
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mais ativa sua recuperação e seguir as orientações estabelecidas.
Cabe aos profissionais de toda equipe de atendimento o cuidado com qualidade, presteza e
eficácia do atendimento prestado em qualquer situação. É preciso levar em conta que, em situação
de incerteza e/ou de fragilidade, o paciente requer atenção especial a uma gama de necessidades
que, por vezes, transcendem o objeto específico da demanda. (Veit; Barros, 2008:368) 6
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Rohe, D E. Aspectos Psicológicos da Reabilitação. In: Delisa, J A.(editor-chefe).
Tratado de Medicina de Reabilitação: Princípios e Prática. São Paulo: Manole, 2002.
Vol.1, p. 199-223.
2. Cunha, A D; Rumen, F A. Reabilitação Psicossocial do paciente com câncer. In:
Carvalho, V A; Franco, M H P; Kovacs, M J; Liberato, R P; Macieira, R C; Veit, M T (et al).
Temas em Psico-oncologia. São Paulo: Sumus, 2008. p. 335-340.
3. Silveira, M. Psicologia e Reabilitação: a importância da reabilitação facial para o
paciente e sua subjetividade. Psicópio: Revista Virtual de Psicologia Hospitalar e da
Saúde. Belo Horizonte, Jul-Dez 2005, Ano 1, Vol.1, n. 2.
OBJETIVO
Analisar a importância do trabalho em parceria da psicologia e fisioterapia na
reabilitação do paciente submetido à cirurgia de câncer de cabeça e pescoço.
MATERIAL E MÉTODOS
Revisão de literatura sobre aspectos da reabilitação em câncer de cabeça e pescoço,
psicologia e fisioterapia em oncologia, realizada através de consultas a artigos em
revistas científicas, livros didáticos, dissertações, teses, projetos e navegações pela
internet.
4. Mozzini, C B; Schuster, R C.; Mozzini, A R. O esvaziamento cervical e o papel da
fisioterapia na sua reabilitação. Revista Brasileira de Cancerologia. 2007; 53(1): 5561.
5. Schultz, K; Dall'Anese, A P M S; Garcia, A C M; Souza, R V. Fisioterapia Aplicada à
Cirurgia de Cabeça e Pescoço. In: Angelis, E C; Furia, C L B; Mourão, L F; Kowalski, L P.
A Atuação da Fonoaudiologia no Câncer de Cabeça e Pescoço. Lovise. 2000. p. 309314.
6. Veit, M T; Barros, L H C. Intervenções em Psico-oncologia em Instituições. In:
Carvalho, V A; Franco, M H P; Kovacs, M J; Liberato, R P; Macieira, R C; Veit, M T (et al).
Temas em Psico-oncologia. São Paulo: Sumus, 2008. p. 362-372.
Projeto Gráfico: Seção de Edição Técnico-Científica / DIETC / CEDC / INCA
INTRODUÇÃO
As limitações e sequelas advindas dos tratamentos oncológicos podem causar dor
física e sofrimento psíquico nos pacientes. Nesse momento, o psicólogo entra como
interlocutor entre o paciente e o fisioterapeuta, melhorando a comunicação entre
ambos.
Na integração do trabalho das equipes de psicologia e fisioterapia, os limites da
autonomia dos pacientes se ampliam, melhorando a adesão ao tratamento e a
qualidade de vida
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