Rev. Março/2003 ÁCIDO ACETILSALICÍLICO 1 1 0 1. IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO Nome químico: ácido acetilsalicílico Fórmula química: C9H8O4 Sinônimos: ácido 2-acetóxibenzóico; acetato do ácido salicílico; aspirina; aas. CAS: 50-87-2 2. COMPOSIÇÃO E INFORMAÇÃO SOBRE INGREDIENTES Número CAS: 50-87-2 100% AAS PERIGOSO 3. IDENTIFICAÇÃO DOS PERIGOS CUIDADO! PERIGOSO SE INGERIDO OU INALADO. CAUSA IRRITAÇÃO NA PELE, OLHOS E TRATO RESPIRATÓRIO. PODE CAUSAR REAÇÕES ALÉRGICAS RESPIRATÓRIAS, É POSSÍVEL CAUSAR DEFEITOS NO FETO BASEADO EM EXPERIMENTOS COM ANIMAIS. AFETA O SISTEMA RESPIRATÓRIO, FÍGADO, RINS, OLHOS, PELE E SANGUE. EFEITOS POTENCIAIS PARA A SAÚDE: • POR INALAÇÃO: Causa irritação ao trato respiratório. A exposição ao produto pode desenvolver alergia. • POR INGESTÃO: Doses muito grandes causam queimação na boca e no estômago, anorexia, náusea, vômitos, diarréia, tontura, irritabilidade, confusão, coma, efeitos teratogênicos e morte por parada respiratória. A dose letal de aspirina por ingestão é de 20 a 30 gramas para adultos. • CONTATO COM A PELE: Pode causar irritação. • CONTATO COM OS OLHOS: Causa irritação, dor e danos aos olhos. • EXPOSIÇÃO CRÔNICA: Ingestões repetidas podem causar úlcera gástrica, hemorragia, perda de peso, deterioração mental e erupção de pele. Pode causar danos aos rins e fígado em indivíduos sensíveis. • AGRAVAMENTO DE CONDIÇÕES PRÉ-EXISTENTES: Pessoas asmáticas ou alérgicas podem ter riscos de crises aumentados ao serem expostos a esta substância. 4. MEDIDAS DE PRIMEIROS SOCORROS CONTATO COM A PELE: Lave a pele com água e sabão por 15 minutos. Remova as roupas e calçados contaminados. Lave as roupas para reutilização. Se aparecerem sintomas como irritação e vermelhidão encaminhe para o serviço médico. INALAÇÃO: Leve a vítima para um local arejado. Se a vítima apresentar dificuldade respiratória ministre oxigênio. Imediatamente encaminhe ao hospital. CONTATO COM OS OLHOS: Cheque se a vítima tem lentes de contato e remova-as. Lave com água durante 15 minutos no lava-olhos. IMEDIATAMENTE transporte a vítima para o hospital, se aparecer vermelhidão ou irritação nos olhos. INGESTÃO: Lave a boca com muita água sem engulir. NÃO INDUZIR O VÔMITO e encaminhe para o serviço médico. Ministre óleo de vaselina medicinal; não ministre leite e gordura animal ou vegetal. Não ministre nenhum líquido para pessoas inconscientes. 5. MEDIDAS DE COMBATE A INCÊNDIO É combustível. Chamas quando envolvem este material podem ser controlados com pó químico, água nebulizada, dióxido de carbono e espuma. 6. MEDIDAS DE CONTROLE PARA DERRAMAMENTO E VAZAMENTO Recolha o produto para reutilização, se for possível. Se o produto está em solução absorvê-lo com material poroso inerte. Neutralize os resíduos com bicarbonato de sódio e encaminhe o líquido para estação de tratamento de efluentes. 7. MANUSEIO E ARMAZENAMENTO Evite o contato e inalação do pó. Use avental de manga longa, máscara P1 e óculos de segurança ao manusear o produto. Estoque em local seco e arejado. Evite o acúmulo de cargas eletrostáticas no local do armazenamento. Estoque na ÁREA VERDE do almoxarifado. 8. CONTROLE DE EXPOSIÇÃO E PROTEÇÃO INDIVIDUAL Limites de Exposição Permitidos: ACGIH: TLV: 5mg/m3(TWA) valor teto/concentração média diária VESTIMENTA MÍNIMA RECOMENDADA: avental de manga longa e óculos de segurança LUVAS: de borracha ou polietileno descartáveis MÁSCARA REPIRATÓRIA RECOMENDADA: máscara P1 9. PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS Descrição física: pó cristalino branco Odor: inodoro Massa molecular: 180,15 Densidade relativa: 1,4g/mL Ponto de fusão: 135°C Ponto de ebulição: 140°C SOLUBILIDADE: Água: 0,3g/100g (25°C) 1g/100g @ 37°C Álcool: solúvel Éter: solúvel 10. ESTABILIDADE E REATIVIDADE Este composto é termicamente estável em condições normais de estocagem. Evite contato com metais eletropositivos como zinco e alumínio em presença de umidade pois gera hidrogênio (gás inflamável). Pode gerar gás tóxico em contato com ditiocarbamato, fluoretos inorgânicos, sulfetos, cianetos, nitritos e similares. Pode inflamar-se em contato com agentes oxidantes fortes. É incompatível com oxidantes fortes, hidróxidos alcalinos, água fervente, antipirina, aminopirina, metamina, fenol, salicilato de fenila e bicarbonato de sódio. Quando aquecido pode decompor-se gerando dióxido ou monóxido de carbono. 11. INFORMAÇÕES TOXICOLÓGICAS Dose típica Modo Espécie Quantidade Unidades LD50 Orl Rato 200 mg/kg LD50 Orl Camundongo 250 mg/kg LD50 Orl Coelho 1010 mg/kg CARCINOGENICIDADE: nenhuma evidência DADOS DE MUTAÇÃO: positivo em alguns testes TERATOGENICIDADE: testes efetuados em ratos e camundongos, por vias diversas, apresentaram mal formação fetal 12. INFORMAÇÃOES ECOLÓGICAS O produto é facilmente biodegrado em estação de tratamento de águas. Quando jogado no solo o produto pode lixiviar chegando ao lençol freático. Pode biodegradar moderadamente no solo. Não evapora na água. O fator de bioconcentração (FBC) é menor que 100. Não bioacumula. No ar pode degradar pela reação fotoquímica com radicais hidroxila. 13. CONSIDERAÇÕES SOBRE TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO Misture com solvente inflamável e encaminhe para incineração. Neutralize com bicarbonato de sódio e envie para tratamento de efluentes. 14. INFORMAÇÕES SOBRE TRANSPORTE Não regulamentado. 15. REGULAMENTAÇÕES NFPA: Saúde: 1 Inflamabilidade: 1 Reatividade: 0 Rótulo: PERIGOSO SE INGERIDO OU INALADO. CAUSAR IRRITAÇÃO NA PELE, OLHOS E TRATO RESPIRATÓRIO. PODE CAUSR REAÇÕES ALÉRGICAS RESPIRATÓRIAS. PODE CAUSAR DEFEITOS NO FETOS BASEADOS EM EXPERIMENTOS ANIMAIS. AFETA O SISTEMA RESPIRATÓRIO, FÍGADO, PULMÕES, OLHOS, PELE E SANGUE. BIBLIOGRAFIA Guia de Seleção de Respiradores 3M. 2001. http://www.jtbaker.com/cgi-bin/msds-spl?searchdata=0033&int=false http://sirio.bo.cnr.it/schede/IT/ce0478.htm REVISADO PELA COORDENAÇÃO DE TRATAMENTO DE EFLUENTES – PROFESSORA MARIA LUCILA UJVARI DE TEVES