História Visita O soldado desconhecido 12/02/08 Informações 17:20 Page 1 História Visita O soldado desconhecido L Informações História L L O Soldado Desconhecido Glossário Honrar os soldados mortos pela pátria Apelo de 18 de Junho: apelo lançado a partir de Londres pelo general de Gaulle em 1940, durante a ocupação alemã, para federar os Franceses. Barão Georges Haussmann: perfeito da Seine de 1853 a 1870, organizou grandes obras que modificaram profundamente o urbanismo de Paris. Batalha de Austerlitz: em 1805, termina com a vitória de Napoleão. Charles de Gaulle (1890-1970): homem de Estado francês. Colbert (1619-1683): superintendente das finanças no reinado de Luís XIV. Entablamento: remate na parte alta de um monumento, é composto da arquitrave, do friso e da cornija. François Rude (1784-1855): escultor francês e mestre do movimento romântico. Friso: banda horizontal situada sob a cornija tendo como vocação receber uma decoração. Legião de honra: mais alta decoração honorífica francesa, instituída por Napoleão I. Pé-direito: montante vertical no qual assenta uma arcada ou uma abóbada. A ideia de honrar um soldado que simbolize os mortos pela pátria, surge em 1916 durante a Primeira Guerra Mundial. No dia seguinte ao armistício de 11 de Novembro de 1918 que pôs fim ao conflito, a Câmara dos deputados e o Senado decidem unanimemente introduzir no Panteão os restos mortais de um soldado não identificado. Porém, as associações de ex-combatentes recusam o Panteão e preferem que este morto emblemático da Primeira Guerra Mundial seja honrado no Arco do Triunfo. A cerimónia da chegada do Soldado Dia 11 de Novembro de 1920, durante uma mesma cerimónia, o coração de Léon Gambetta é depositado no Panteão para marcar o cinquentenário da III República, e o corpo do Soldado desconhecido chega solenemente ao Arco do Triunfo. O Soldado desconhecido foi inumado sob o arco em 1921 e condecorado com a Legião de Honra em presença do primeiro-ministro britânico, dos marechais e da integralidade do governo francês. A chama da lembrança foi acesa a 11 de Novembro de 1923 por André Maginot, ministro da Guerra. Desde então, nunca se apagou: é reacendida todos os dias às 18h30 por uma das 900 associações francesas de ex-combatentes. Informações práticas Duração média da visita: 1h Visitas adaptadas para pessoas deficientes. O "Centre des monuments nationaux" publica uma colecção de guias sobre os monumentos franceses, traduzidos em várias línguas. As "Éditions du patrimoine" estão à venda na livraria e loja. Centre des monuments nationaux Arc de triomphe Place Charles-de-Gaulle 75008 Paris tél. 01 55 37 73 77 www.monuments-nationaux.fr Visita O soldado desconhecido Informações português Arco do Triunfo Lugar patriótico Em honra do Grande Exército crédits photos repro P. Berthé, collection MAP, Archives photographiques © Centre des monuments nationaux, Paris. illustration Pol Eger. conception graphique Plein Sens, Anders. réalisation beau fixe. traduction Caractères et cætera. impression Néo-Typo, avril 2008. 06D-arc-de-triomphe PT:092006•PANTHEON_franc?ais Em 1806, no dia seguinte à batalha de Austerlitz*, Napoleão I declara aos seus soldados «só voltarão ao lar sob arcos de triunfo». O monumento deve dominar Paris e lisonjear o gosto do imperador pela Antiguidade romana. Napoleão deseja que o arco se localize na Bastilha, a leste de Paris, do lado do regresso dos exércitos da guerra. Opta-se finalmente pela praça da Estrela, mais bem adaptada, na avenida dos Campos Elísios, eixo aberto no século XVIII por Colbert*. Os arquitectos Chalgrin e Raymond inspiraram-se do arco de Tito em Roma. Lugar de manifestações nacionais Durante a sua construção, de 1806 até 1836, o Arco do Triunfo sofre várias vezes os contratempos das mudanças políticas. Em 1836, para a sua inauguração, reconcilia com a sua vocação primeira : glorificar os exércitos da República e do Império. O monumento é em seguida a testemunha das grandes manifestações nacionais como o regresso das cinzas de Napoleão I em 1840 ou o desfile da libertação de Paris em 1944. *Explicações no verso deste documento. 06D-arc-de-triomphe PT:092006•PANTHEON_franc?ais História Visita O soldado desconhecido 12/02/08 17:20 Page 4 Informações L A açoteia da em 1869 e chama-se actualmente praça Charles-de-Gaulle*. O Arco do Triunfo é instalado no eixo maior que atravessa Paris de este a oeste e que liga o arco de triunfo do Carrossel, próximo do palácio do Louvre, o jardim das Tuileries, o obelisco da praça da Concórdia, a avenida dos Campos Elísios, e em seguida a avenida do Grande Exército e o grande arco da Defesa, realizado em 1989. Acedemos à açoteia, na altura do entablamento*, após ter subido 284 degraus. 1 Os arcos de triunfo. Os arcos romanos de Tito (81), de Sétimo Severo (203), de Constantino (315) constituíram modelos difundidos no mundo inteiro. Na Roma Antiga, comemoravam a ou as vitórias de um general ou de um imperador. O arco da Estrela inspira-se no de Tito, com um arco único, em detrimento dos modelos com três aberturas, cuja entrada central, mais alta, considera-se como sendo reservada ao triunfador. Em Paris, afastamo-nos dos modelos romanos, demasiado decorados, através do abandono das colunas. Prefere-se a sobriedade das superfícies lisas dos pilares para que o monumento seja visto ao longe. O arco parisiense distingue-se também dos seus modelos pelas dimensões excepcionais. 4 2 3 2 A 5 Ca 6 m po sE l ísi os A sala do ático Desde 1834, esta sala destina-se a apresentar modelos arquitecturais e esculpidos. As palmas de bronze, nas paredes, são homenagens prestadas em memória do Soldado Desconhecido. Dispositivos cenográficos, criados em 2007, propõem uma leitura original do monumento. 2 A história da construção, os diferentes projectos, bem como as comemorações nacionais que se desenrolaram no Arco, são apresentadas no centro. 3 As esculturas podem ser lidas graças a um dispositivo original. Foram realizadas entre 1833 e 1836 por cerca de vinte artistas, dos quais François Rude* que criou a mais célebre delas «A partida dos voluntários» chamada «A Marselhesa». Por cima dos pés-direitos*, seis baixos-relevos retraçam episódios célebres das A sanitários 1 7 guerras revolucionárias e napoleónicas. Na base do entablamento*, um friso* representa a partida dos exércitos e o seu regresso do Egipto e da Itália. O terraço 4 O terraço permite ver a situação dominante do Arco, situado no centro da praça da Estrela, arranjada a partir do fim do século XVIII. Deve o seu nome à disposição das doze avenidas que dela partem e que foram baptizadas com nomes de batalhas (Iena, Wagram, ...) e personagens (Hoche, Kléber, ...), ligadas à História militar da França revolucionária e depois imperial. Em 1853, o barão Haussmann* confia ao arquitecto Hittorff o arranjo da praça. A praça da Estrela foi concluí- O terrapleno 5 Nas paredes interiores foram gravados, até 1895, os nomes de batalhas e generais das guerras levadas a cabo pela França durante a Revolução e sob o Império. Os nomes dos militares são repartidos em mesas com as medalhas e as cruzes da Legião de Honra*. 6 No solo, inscrições comemoram outros acontecimentos: a proclamação da República em 1870; a restituição da Alsácia e da Lorena à França em 1918; a lembrança dos combatentes mortos durante a guerra de 1939-1945; o apelo de 18 de Junho de 1940* pelo general de Gaulle*; e os mortos pela França nas guerras da Indochina e da Algéria. 7 As esculturas adossadas aos pilares são em alto-relevo. Em frente dos Campos Elísios, «A partida dos voluntários» chamada «A Marselhesa», esculpida por François Rude*, evoca a partida de 200 000 homens em 1792 para defenderem a França: uma mulher com asas, o espírito da Liberdade, incita o povo ao combate. *Explicações no verso deste documento.