Arco do Triunfo - Arc de triomphe

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Visita
O soldado desconhecido
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O Soldado Desconhecido
Glossário
Honrar os soldados mortos pela
pátria
Apelo de 18 de Junho: apelo lançado a partir de
Londres pelo general de Gaulle em 1940, durante a ocupação alemã, para federar os Franceses.
Barão Georges Haussmann: perfeito da Seine de
1853 a 1870, organizou grandes obras que modificaram profundamente o urbanismo de Paris.
Batalha de Austerlitz: em 1805, termina com a
vitória de Napoleão.
Charles de Gaulle (1890-1970): homem de Estado
francês.
Colbert (1619-1683): superintendente das finanças no reinado de Luís XIV.
Entablamento: remate na parte alta de um monumento, é composto da arquitrave, do friso e da
cornija.
François Rude (1784-1855): escultor francês e
mestre do movimento romântico.
Friso: banda horizontal situada sob a cornija
tendo como vocação receber uma decoração.
Legião de honra: mais alta decoração honorífica
francesa, instituída por Napoleão I.
Pé-direito: montante vertical no qual assenta
uma arcada ou uma abóbada.
A ideia de honrar um soldado que simbolize os
mortos pela pátria, surge em 1916 durante a
Primeira Guerra Mundial. No dia seguinte ao
armistício de 11 de Novembro de 1918 que pôs
fim ao conflito, a Câmara dos deputados e o
Senado decidem unanimemente introduzir no
Panteão os restos mortais de um soldado não
identificado. Porém, as associações de ex-combatentes recusam o Panteão e preferem que este
morto emblemático da Primeira Guerra
Mundial seja honrado no Arco do Triunfo.
A cerimónia da chegada do Soldado
Dia 11 de Novembro de 1920, durante uma
mesma cerimónia, o coração de Léon Gambetta
é depositado no Panteão para marcar o cinquentenário da III República, e o corpo do
Soldado desconhecido chega solenemente ao
Arco do Triunfo. O Soldado desconhecido foi
inumado sob o arco em 1921 e condecorado
com a Legião de Honra em presença do primeiro-ministro britânico, dos marechais e da integralidade do governo francês.
A chama da lembrança foi acesa a 11 de
Novembro de 1923 por André Maginot, ministro da Guerra. Desde então, nunca se apagou: é
reacendida todos os dias às 18h30 por uma das
900 associações francesas de ex-combatentes.
Informações práticas
Duração média da visita: 1h
Visitas adaptadas para pessoas deficientes.
O "Centre des monuments nationaux" publica uma colecção de
guias sobre os monumentos franceses, traduzidos em várias línguas.
As "Éditions du patrimoine" estão à venda na livraria e loja.
Centre des monuments nationaux
Arc de triomphe
Place Charles-de-Gaulle
75008 Paris
tél. 01 55 37 73 77
www.monuments-nationaux.fr
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O soldado desconhecido
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português
Arco do Triunfo
Lugar patriótico
Em honra do Grande Exército
crédits photos repro P. Berthé, collection MAP, Archives photographiques © Centre des monuments nationaux, Paris. illustration Pol Eger.
conception graphique Plein Sens, Anders. réalisation beau fixe. traduction Caractères et cætera. impression Néo-Typo, avril 2008.
06D-arc-de-triomphe PT:092006•PANTHEON_franc?ais
Em 1806, no dia seguinte à batalha de
Austerlitz*, Napoleão I declara aos seus soldados
«só voltarão
ao lar sob arcos
de triunfo».
O monumento
deve dominar
Paris e lisonjear
o gosto do
imperador pela Antiguidade romana. Napoleão
deseja que o arco se localize na Bastilha, a leste
de Paris, do lado do regresso dos exércitos da
guerra.
Opta-se finalmente pela praça da Estrela, mais
bem adaptada, na avenida dos Campos Elísios,
eixo aberto no século XVIII por Colbert*. Os
arquitectos Chalgrin e Raymond inspiraram-se
do arco de Tito em Roma.
Lugar de manifestações nacionais
Durante a sua construção, de 1806 até 1836,
o Arco do Triunfo sofre várias vezes os
contratempos das mudanças políticas. Em 1836,
para a sua inauguração, reconcilia com a sua
vocação primeira : glorificar os exércitos da
República e do Império. O monumento é em
seguida a testemunha das grandes manifestações
nacionais como o regresso das cinzas de
Napoleão I em 1840 ou o desfile da libertação
de Paris em 1944.
*Explicações no verso deste documento.
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A açoteia
da em 1869 e chama-se actualmente praça
Charles-de-Gaulle*. O Arco do Triunfo é instalado
no eixo maior que atravessa Paris de este a oeste e
que liga o arco de triunfo do Carrossel, próximo
do palácio do Louvre, o jardim das Tuileries, o
obelisco da praça da Concórdia, a avenida dos
Campos Elísios, e em seguida a avenida do
Grande Exército e o grande arco da Defesa,
realizado em 1989.
Acedemos à açoteia, na altura do entablamento*,
após ter subido 284 degraus.
1 Os arcos de triunfo. Os arcos romanos de Tito
(81), de Sétimo Severo (203), de Constantino
(315) constituíram modelos difundidos no mundo
inteiro. Na Roma Antiga, comemoravam a ou as
vitórias de um general ou de um imperador.
O arco da Estrela inspira-se no de Tito, com um
arco único, em detrimento dos modelos com três
aberturas, cuja entrada central, mais alta,
considera-se como sendo reservada ao triunfador.
Em Paris, afastamo-nos dos modelos romanos,
demasiado decorados, através do abandono das
colunas. Prefere-se a sobriedade das superfícies
lisas dos pilares para que o monumento seja visto
ao longe. O arco parisiense distingue-se também
dos seus modelos pelas dimensões excepcionais.
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A sala do ático
Desde 1834, esta sala destina-se a apresentar
modelos arquitecturais e esculpidos. As palmas
de bronze, nas paredes, são homenagens prestadas
em memória do Soldado Desconhecido.
Dispositivos cenográficos, criados em 2007,
propõem uma leitura original do monumento.
2 A história da construção, os diferentes projectos,
bem como as comemorações nacionais que se
desenrolaram no Arco, são apresentadas no
centro.
3 As esculturas podem ser lidas graças a um
dispositivo original. Foram realizadas entre 1833
e 1836 por cerca de vinte artistas, dos quais
François Rude* que criou a mais célebre delas
«A partida dos voluntários» chamada
«A Marselhesa». Por cima dos pés-direitos*, seis
baixos-relevos retraçam episódios célebres das
A sanitários
1
7
guerras revolucionárias e napoleónicas.
Na base do entablamento*, um friso* representa a
partida dos exércitos e o seu regresso do Egipto e
da Itália.
O terraço
4 O terraço permite ver a situação dominante do
Arco, situado no centro da praça da Estrela,
arranjada a partir do fim do século XVIII. Deve o
seu nome à disposição das doze avenidas que dela
partem e que foram baptizadas com nomes de
batalhas (Iena, Wagram, ...) e personagens
(Hoche, Kléber, ...), ligadas à História militar da
França revolucionária e depois imperial. Em 1853,
o barão Haussmann* confia ao arquitecto Hittorff
o arranjo da praça. A praça da Estrela foi concluí-
O terrapleno
5 Nas paredes interiores foram gravados, até 1895,
os nomes de batalhas e generais das guerras levadas a cabo pela França durante a Revolução e sob
o Império. Os nomes dos militares são repartidos
em mesas com as medalhas e as cruzes da Legião
de Honra*.
6 No solo, inscrições comemoram outros acontecimentos: a proclamação da República em 1870; a
restituição da Alsácia e da Lorena à França em
1918; a lembrança dos combatentes mortos
durante a guerra de 1939-1945; o apelo de 18 de
Junho de 1940* pelo general de Gaulle*; e os
mortos pela França nas guerras da Indochina e da
Algéria.
7 As esculturas adossadas aos pilares são em
alto-relevo. Em frente dos Campos Elísios,
«A partida dos voluntários» chamada «A
Marselhesa», esculpida por François Rude*, evoca
a partida de 200 000 homens em 1792 para
defenderem a França: uma mulher com asas,
o espírito da Liberdade, incita o povo ao combate.
*Explicações no verso deste documento.
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