Vacinação Febre Amarela José Geraldo Leite Ribeiro Pediatra, epidemiologista e mestre em Infectologia e Medicina Tropical - UFMG Professor da Ciências Médicas-MG e FASEH Conflitos de Interesse Resolução 1595/2000 do Conselho Federal de Medicina e RDC 102/2000 da ANVISA Não possuo ações de companhias farmacêuticas. Diretor Científico de uma clínica de vacinação privada. Exerce atividades remuneradas junto à Indústria Farmacêutica através da Assessoria e Treinamento na Área da Saúde Ltda. Grupo Febre Amarela - Biomanguinhos (não remunerado) Médico da Imunização MG; Membro do CTAI-PNI (não remunerado). “Não importa que a tenham demolido: A gente continua morando na velha casa que nasceu.” Mário Quintana FEBRE AMARELA Arbovirose aguda, endêmica na África e Américas. Vírus do gênero Flavivirus, família Flaviviridae. Nas Américas: Ciclo silvestre: Haemagogus e Sabethes. Ciclo urbano: Aedes aegypti. FEBRE AMARELA Vacina 17-DD, Vacina 17-D-204. Vírus vivos (atenuados). Imunogenicidade 93 a 98%. Confere imunidade de “longa duração”. Via de aplicação: subcutânea. Uso após 6 meses de idade. CAMACHO, Luiz Antonio Bastos, FREIRE, Marcos da Silva, LEAL, Maria da Luz Fernandes et al. Immunogenicity of WHO-17D and Brazilian 17DD yellow fever vaccines: a randomized trial. Rev. Saúde Pública, Oct. 2004, vol.38, no.5, p.671-678. ISSN 0034-8910. Manual de normas de vacinação, PNI. FEBRE AMARELA Uso com outras vacinas vivas: • Triviral: mesmo dia: interferência crianças < 2 anos; 30 dias intervalo - sem interferência. • Varicela: sem estudos. Gestantes e HIV positivo : contraindicada, mas é usada dependendo do risco. Contraindicada em imunodeficiências e imunossupressão. Nutrizes e lactentes < 6 meses pós-natal. Alergia grave a ovo. Doenças do timo. Precaução idosos e doenças autoimunes. CAMACHO, Luiz Antonio Bastos, FREIRE, Marcos da Silva, LEAL, Maria da Luz Fernandes et al. Immunogenicity of WHO-17D and Brazilian 17DD yellow fever vaccines: a randomized trial. Rev. Saúde Pública, Oct. 2004, vol.38, no.5, p.671-678. ISSN 0034-8910. Manual de normas de vacinação, PNI. FEBRE AMARELA 16/08/06 FEBRE AMARELA Ponderações: Estudos antigos utilizando formulações vacinais diferentes das em uso. As metodologias não garantem não ocorrência de infecções naturais posteriores. Correlato de proteção? Vacina - Febre Amarela 1997 Eventos adversos: Centenas de milhões de doses utilizadas no Brasil e no mundo nos últimos 63 anos demonstram baixa reatogenicidade. Manifestações locais: dor, eritema, abscesso. 2 a 5% dos vacinados: síndrome viral aguda (cefaleia, febre, mialgia), autolimitada, ocorrendo entre 4 e 10 dias após a vacinação. Anafilaxia (1:1.000.000 doses). Encefalite (21 casos desde 1942, todos com 17D-204). Vacina Febre Amarela: Eventos Graves Doença Viscerotrópica Apresenta-se como doença íctero-hemorrágica, 2 a 5 dias após aplicação. Estimativas: • Geral: 0,3/100.000 a 1/500.000 • >60 anos: 1,8/100.000 • <60 anos: 0,1/100.000 Relacionada à primeira dose. Maior risco: doenças do timo, doença autoimune (?) Vacina Febre Amarela < 5 anos: Iniciar 9 meses, segunda dose aos 4 anos. Se iniciou antes dos 5 anos, aplicar segunda dose com intervalo mínimo de 1 mês, após 4 anos. Primeira dose > 5 anos: Duas doses com intervalo de 10 anos. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDCalendário vacinal 2015. Disponível em: <http://www.sbp.com.br/content/userfiles/image/imagebank/calendario-vacinal2015.pdf>. Acesso em: 27 jan. 2015. OBRIGADO José Geraldo Leite Ribeiro [email protected]