ROCHAS SEDIMENTARES Arquivos históricos da Terra Reconstituir o passado do nosso planeta implica: p p p ¾ ¾ ¾ ¾ Compreender como se formaram as diferentes rochas; h Conhecer as alterações que ocorreram nas rochas desde a sua formação até à actualidade; Datar a formação ç das rochas;; Estudar as formas de vida que habitavam o nosso planeta nos tempos geologicamente remotos. remotos Arquivos históricos da Terra O estudo das rochas sedimentares pode fornecer pistas sobre as condições ambientais e as formas de vida que existiram noutras épocas geológicas. A estratificação resulta do facto de a deposição de sedimentos, por acção da gravidade, ser horizontal. Sempre que ocorre uma variação brusca na natureza do sedimento,, uma p pausa na sedimentação ç ou uma alteração nas condições físico‐químicas do meio, individualiza‐se individualiza se um novo estrato. Quais as i f informações õ fornecidas pelos estratos? Act. 14 p. 87 Interpretando as sequências estratigráficas é possível recriar as condições reinantes aquando da formação das rochas sedimentares. Assim, podemos inferir acerca dos ambientes que existiam há muitos milhares de anos, ou seja, recriar aquilo a que chamamos paleoambientes. As rochas sedimentares estratificadas: são habitualmente Sempre que ocorre uma variação brusca na natureza do sedimento, uma pausa na sedimentação ou uma alteração nas condições di õ físico fí i químicas í i d meio, do i individualiza‐se i di id li um novo estrato. Também são geralmente fossilíferas. Além disso, preservam determinadas estruturas que ajudam a desvendar as condições da sua formação: Marcas de ondulação; Fendas de dessecação ou fendas de retracção; Marcas das gotas da chuva; Icnofósseis (pegadas de animais, pistas de reptação, fezes fossilizadas) M Marcas d ondulação de d l ã Quando preservadas nas rochas, dão‐nos informações acerca do ambiente sedimentar em que as mesmas se formaram bem como a posição original das camadas e a direcção das correntes que as produziram. F d de Fendas d dessecação d ã ou de d retracção t ã Podem permanecer conservadas nas rochas antigas, tendo sido formadas devido à forte evaporação, principalmente nos materiais com fortes componentes argilosas ou siltosas. siltosas M Marcas d gotas das t da d chuva h Podem ficar impressas na superfície de sedimentos macios. I fó i Icnofósseis Podem ser pegadas de animais, pistas de reptação, fezes fossilizadas… F Fornecem i f informações õ sobre b os hábitos hábi d animais, dos i i sobre b o tipo de alimentos, etc… Todas estas características tornam as rochas sedimentares fundamentais para a reconstituição da história da Terra e da vida, aplicando o princípio das causas actuais ou princípio do actualismo. Os fósseis e a reconstituição do passado Nicolaus Steno em 1669 disse que 1669 di “fósseis são reminiscências da vida antiga” O que são fósseis? O que são fósseis? Etapas da formação de um fóssil Etapas da formação de um fóssil Morte do ser vivo; Deposição de sedimentos sobre os seus restos mortais (como consequência estes deixam de estar em contacto com os agentes atmosféricos e com o oxigénio, descompondo‐se por isso mais lentamente); Substituição da matéria orgânica (existente nos restos mortais) por matéria mineral; Após milhões de anos, e através do desgaste das rochas o fóssil fica exposto novamente à superfície. rochas, superfície Processos de fossilização Processos de fossilização Conjunto de processos que leva à preservação de restos ou vestígios de organismos nas rochas. Ver e p processos de fossilização páginas 89 e 90 ocessos de oss ação pág as 89 e 90 Os fósseis O fó i permitem it refazer f a história hi tó i da d vida, id fornecem aos geólogos um meio de estabelecerem a id d relativa idade l ti d dos estratos t t e dão dã pistas i t para a reconstituição dos paleoambientes. Datação relativa das rochas A datação relativa corresponde à determinação da ordem cronológica de uma sequência de acontecimentos, ou seja, estabelece a ordem pela qual as formações geológicas se constituíram no lugar onde se encontram. O ramo da geologia que se ocupa do estudo das rochas sedimentares e das suas relações espaciais e temporais designa‐se por estratigrafia. Actividade 15 página 91 do manual Princípios da estratigrafia Princípios da estratigrafia Os geólogos recorrem a diferentes princípios para estabelecerem a cronologia relativa de uma série de acontecimentos. É de salientar q que a cronologia g relativa não permite determinar a idade absoluta. Para isso, terá de ser feita a datação radiométrica baseada na desintegração regular de isótopos radioactivos naturais. Princípio da sobreposição Admite que numa sequência de estratos (sequência estratigráfica) t ti áfi ) na sua posição i ã original, i i l qualquer l estrato t t é mais i recente do que os estratos que estão abaixo dele e mais antigo do q que os estratos q que a ele se sobrepõem. p As grandes superfícies de descontinuidade no registo geológico devido à ausência de camadas (explicadas por falta de sedimentação d ã ou por erosão) ã ) designam‐se d d discordâncias dâ estratigráficas ou lacunas. Princípio da continuidade lateral Permite estabelecer correlação de idades e de posição entre estratos t t localizados l li d em lugares l eventualmente t l t distanciados. di t i d Principio da identidade paleontológica Admite o sincronismo entre estratos ou conjuntos de estratos caracterizados t i d pelos l mesmos conjuntos j t de d fósseis. fó i Actividade 16 página 94 do manual Podemos concluir que não são quaisquer fósseis que servem para datar as camadas rochosas. Apenas os fósseis de espécies que tiveram uma existência curta e uma grande área de dispersão é que permitem datar as rochas onde existem. Estes fósseis são designados g por fósseis de idade. p Camadas que apresentem os mesmos fósseis de idade são contemporâneas. Trilobite Amonite Princípio da intersecção Admite que toda a estrutura geológica que intersecta outra é mais i recente t do d que ela. l Princípio da inclusão Admite que fragmentos de rochas incorporados numa rocha são mais i antigos ti d que a rocha do h que os contém. té Reconstituição de paleoambientes As rochas sedimentares são geradas em ambientes muito próprios e conservam indicadores das condições desses ambientes. ambientes Caracteres texturais, mineralógicos, químicos, paleontológicos e estruturais permitem definir o ambiente de sedimentação e de formação das rochas. Estas características constituem a fácies sedimentar. Os diferentes tipos de fácies correspondem a diferentes paleoambientes. Fácies continental Fluvial Torrencial1 Glaciária Lacustre Eóli Eólica 1Por Fácies de transição Estuarina2 Deltaica3 Lagunar acção das torrentes (escoamento de águas de escorrência) parte terminal de um rio, constituída por um único braço, que se alarga e aprofunda na foz 3Forma‐se quando um rio deposita sedimentos, na área da foz, mais rapidamente do que o mar os consegue remover 4Por cima da plataforma continental 5Forma‐se na zona do oceano compreendida entre a zona nerítica e a zona abissal (ao nível do talude). 2Na Fácies marinha Litoral Nerítica 4 Batial5 Abissal Os fósseis de organismos que, em regra, viveram em condições do meio muito restritas e que permitem reconstituir os ambientes em que as rochas que os contêm se formaram (como os corais) designam‐se por fósseis de fácies. Actividade 17 página 97 do manual Escala do tempo geológico Durante os séculos XIX e XX, os geólogos organizaram uma escala do tempo geológico, considerando diferentes unidades temporais que correspondem a determinadas formações temporais, estratigráficas. A escala do tempo geológico tem várias divisões com diferentes amplitudes. amplitudes Consideram‐se os Eons, as Eras, os Períodos e as Épocas. e as Épocas Estas divisões da escala do tempo geológico baseiam‐se, geológico baseiam se, essencialmente, no registo fóssil e nas características evidenciadas pelos estratos. Actividade 18 página 100 do manual Admite‐se que a vida terá surgido há 3800 M.a. tendo havido uma evolução e uma diversificação a partir daí até à actualidade. V quadro página 101 do manual Ver d á i 101 d l