Processo de Contratação de Funcionários Objetivo O processo de seleção tem como objetivo buscar pessoas capazes de agir com criatividade, iniciativa e autonomia, que se integrem em um esforço coletivo na busca de excelência no atendimento ao cliente. Para que a incubadora possa contar com os talentos que mais eficazmente respondam às necessidades dos negócios, é necessário identificar a qualidade e o potencial dos mesmos. Afinal, contratar é o processo de ajustar entre si três formas complexas e em constante mutação: o candidato, a empresa e o mercado. Etapas/Fatores Críticos - Processo de Contratação: Informações importantes para condução de um processo de contratação: Entrevista - Cada vez mais as companhias optam por uma estrutura formal e objetiva como meio de padronizar o processo da entrevista. Isto permite a todos os candidatos uma oportunidade igual de apresentar suas habilidades em linha com as exigências específicas da posição que está sendo procurada. A entrevista por competências foca em habilidades específicas ou em comportamentos diferenciados, isto é, naqueles que constituem o sucesso dentro de um papel dado. Cada competência será avaliada para uma quantidade de tempo requisitada (geralmente 20 minutos) pelo entrevistador, que faz um jogo padrão de perguntas focalizadas. O entrevistador tem como objetivo a evidência específica que demonstre, do candidato, a competência em particular que está sendo avaliada. O entrevistador examinará os exemplos detalhadamente, fazendo uma série de perguntas, sondando. É comum utilizar o currículo como um ponto de início da entrevista, fazendo um exame de cinco ou dez minutos para discutir partes relevantes deste. Geralmente, as entrevistas por competência duram 2 horas. As entrevistas por competência são fundamentais no processo de recrutamento e estão sendo, comprovadamente, altamente eficazes nos processos de contratação. Ver anexos Roteiro de entrevista e Dicas de como conduzir uma entrevista. Construção do roteiro de entrevista - Para que as entrevistas dirigidas ocorram, é fundamental ter definidas as competências ideais para cada cargo/posição, fruto do estabelecimento de ações-chave para o sucesso em cada cargo e compatíveis com os objetivos gerais da incubadora. Desta forma, o roteiro é construído com perguntas que, na sua formulação, possibilitam checar, através de exemplos concretos da vida destes profissionais, se o seu histórico de tomada de decisão e a forma de conduzir as situações críticas são compatíveis e adequados às necessidades de sua posição. Contratações baseadas em competências - Entrevistas para seleção de profissionais baseadas em competências propiciam a real definição do perfil do profissional mais adequado à função, às perspectivas de futuro da empresa. Desmistifica, por exemplo, as contratações baseadas em itens antes considerados obrigatórios, como só se recrutar os profissionais com formação em escolas de primeira linha ou que viessem de empresas multinacionais de grande porte - como se estes quesitos fossem garantia de uma contratação acertada. Não importa como se obteve o conhecimento, o essencial é possuí-lo - Em nossa era, o conhecimento não pode ser respaldado unicamente com a simples apresentação das credenciais que o sugerem. Os títulos não são garantias de sabedoria, nem de experiência, mas só demonstram o resultado de um processo de aprendizagem que habilita a pessoa como profissional, e não como expert. É certo que durante o período de aprendizagem são suficientemente bem exploradas novas teorias e modelos, e essas são avaliadas com um certo nível específico de exigência, mas não é menos certo que nada garante que o conhecimento foi absorvido permanentemente naquele treinamento. Só se cobriu um requisito de forma satisfatória, existindo evidência de que a pessoa recebeu a informação, mas não se sabe da amplitude e da utilidade das informações recebidas. É por isso que, na seleção dos talentos, o nível acadêmico não deve ser uma limitação, mas sim a profundidade do conhecimento deve ser avaliada. Conhecer o suficiente de algo em concreto não pode ser restringido à existência de documentos que assim o avaliem, pois isso seria como supor que alguém fala algum idioma só porque tem um diploma que o certifica como bilíngüe. O conhecimento é um elemento imensurável, mas totalmente disponível, e mais ainda em um mundo globalizado, onde o acesso responsável à internet pode abrir um leque de oportunidades, para citar um exemplo. O saber, no século XXI, será medido pela amplitude, alcance e impacto que este pode e deve causar nas organizações. Baseados nessa premissa, os responsáveis por uma seleção devem estabelecer o processo de aperfeiçoamento e certificação da pessoa que possui o conhecimento de maneira empírica e não formal, orientando-o ao desenvolvimento de suas competências e, por vezes, fazendo uso de seus potenciais. Evidentemente, nem todas as pessoas que possuem o conhecimento colocam-no em prática, ou o empregam em benefício do processo e da organização. Dependendo do nível que ocupe o indivíduo na empresa, não será suficiente para selecioná-lo o simples fato de saber. O valor não está em saber, mas sim em o que se faz com o que se sabe Como já foi dito, possuir o conhecimento tampouco é suficiente; pode se saber muito e ainda assim ser um elemento completamente inútil para a organização. Quando o conhecimento não é colocado em prática, é como se ele não existisse. A seleção do talento deverá ser orientada pela investigação da capacidade criativa que o candidato possui, seu elemento transformador, baseado na premissa: “o profissional é o que o profissional faz, não o que ele diz saber”. É precisamente na prática que se pode medir a profundidade do conhecimento, quando se demonstra a factibilidade de transformar um feito abstrato, uma idéia, em um feito concreto, capaz de ser medido e quantificado. A pessoa que for submetida a esse paradigma deve demonstrar sua capacidade de transformar o seu ambiente, pois transpôs a barreira que exige ser “eficaz e eficiente” para se converter em um ente “efetivo”, ao transformar a teoria em prática, em qualquer situação. É possível observar outros elementos fundamentais nas competências do indivíduo, pois, de seu papel de gerador de idéias e soluções baseadas em seu conhecimento, converte-se em um “executor” do programa e é nesse momento que sua destreza como líder de ação será demonstrada. O que se faz com o que se sabe deve agregar valor - Baseados nas duas premissas anteriores, podemos observar que de acordo com o nível de exigência vão se agregando elementos que conduzem a uma busca distinta da tradicional. Se antes o importante era o documento que certificava o indivíduo como conhecedor, hoje o importante é conhecer, mas o produto do conhecimento é o que determinará a profundidade do mesmo, não se podendo gerar uma resposta sem que esta cubra todas as expectativas que se desejam e é nesse momento que “gerar valor” faz a diferença entre o que se sabe e o que se faz com o que se sabe. Possuir o conhecimento e colocá-lo em prática para responder a um acontecimento imediato tem valor, mas não é o suficiente para considerar que o indivíduo possui o talento que a incubadora deseja, de acordo com uma busca determinada. A demanda constante por pessoas que não se casem com a tarefa, nem com o processo (pois do contrário seriam eminentemente operativas) tem crescido nos últimos anos. Deve-se agregar valor em qualquer posição da incubadora, de maneira constante e sustentada, do contrário, o produto do conhecimento não transcende, perdendo-se no tempo, e isso deterioraria a qualidade do capital intelectual da organização. A busca de talento deve ser orientada para aqueles indivíduos que são capazes de agregar valor à sua gestão, através do produto de seu conhecimento, sendo capazes de melhorar o ambiente ao seu redor, transferir conhecimento e captá-lo. O impacto positivo que a pessoa possui imprimirá na incubadora energia suficiente para alcançar suas metas e objetivos com qualidade, sendo invocado, nesse caso, simplesmente o conceito de sinergia. Esses três novos paradigmas não sugerem a ausência de títulos acadêmicos, já que com isso se estaria negando importância ao esforço e à motivação de muitos profissionais. Entretanto, questiona-se o fato de dar predomínio a este elemento sobre o que realmente importa à organização. As empresas não progridem pelo simples fato de contratar em um talento diplomado em diferentes áreas, mas sim por produtos eficientes, respostas eficazes e resultados efetivos que a pessoa atinja. Quando se possui conhecimento, ele é colocado em prática e o seu resultado gera valor agregado; estamos frente a uma pessoa de impacto estratégico com capacidades operativas que resultarão em benefício para a organização. Do contrário, estaremos perpetuando uma estrutura fictícia baseada na presunção de um conhecimento pelo simples fato de o indivíduo ter sido certificado. Responsáveis Gestor da incubadora. Indicadores e Metas Colocar a pessoa certa no lugar certo. Resultados Um processo de seleção bem feito resulta na contratação de um staff adequado às atividades diárias da incubadora.