Análise de Ecologia da Paisagem em Ilhas do Litoral do

Trabalho de Conclusão de Curso – Oceanografia
Centro de Ciências Tecnológicas, da Terra e do Mar – CTTMar
Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI
TCC No. 14
Análise de Ecologia da Paisagem em Ilhas do Litoral do Estado de
Santa Catarina.
Autor: Alexandre Mazzer
Resumo:
O presente trabalho consiste de um estudo da Estrutura da Paisagem em ilhas
continentais do litoral de Santa Catarina. O ponto de partida para tal estudo consistiu
de uma setorização do litoral catarinense segundo características estruturais das
paisagens (litologia, cobertura vegetal, área altura e profundidade mínima), o qual
seguiu-se de uma caracterização de todas as ilhas do litoral, com auxilio de
mapeamento em SGI/INPE e revisões bibliográfica e cartográfica. A partir da
setorização e critérios baseados na Teoria de Biogeografia de Ilhas, foram
selecionadas quatro ilhas para caso de estudo. Foram realizadas levantamentos e
análise da estrutura da paisagem em quatro ilhas do litoral catarinense, quanto a
vegetação, geomorfologia, solos e influencia antrópica. Posteriormente foi realizado
análises dos gradientes dos elementos da paisagens,através da "análise do
componente principal" com base no levantamento das ilhas amostradas, bem como
considerações sobre a Teoria de Biogeografia de ilhas e aspectos sobre diversidade
de hábitats existente nestas. Foram encontradas 130 ilhas continentais, situadas em
ambientes estuarinos, fluvio-estuarinos, estuarinos-lagunares e marinhos, os quais
variam em tamanho e altura de acordo com os setores em que estão localizados. A
distribuição e tipologia das ilhas no litoral estão intimamente relacionados com
fatores climáticos geológicos e morfométricos. O clima parece influenciar a
composição de espécies bem como adaptações desta ao ambiente, enquanto que
fatores geológicos influenciam desde a morfologia da ilha até as feições
geomorfológicas particulares de cada ilha. Os fatores morfométricos e a distancia da
costa estão diretamente relacionados com o número de espécies dominantes nestas
paisagens. A relação de número de espécies dominantes com a área e a distancia
se mostraram crescente e decrescente, respectivamente. O manejo destes
ambientes deve ser destacado dos demais ecossistemas costeiros, devido a
singularidade que este apresenta. Esta pode ser traduzida pela sua alta
biodiversidade dentro da zona costeira e sua baixa capacidade de assimilar e
recuperar-se de impactos ambientais e . Neste sentido as unidades de conservação
mostram-se os melhores instrumentos para gerir estas ambientes, tanto a nível
estadual como municipal, bem como o turismo planejado e pesquisas cientificas
constitui-se de uma das atividades mais compativeis para este ecossistema costeiro.