Recursos naturais - Colégio Ari de Sá Cavalcante

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Recursos naturais
Solo
INTRODUÇÃO
Na parte 1 dissemos que a maior parte do planeta é constituída por água. Observe
a mesma figura e visualize o que não é água. O que está sendo representado?
O que está representado em marrom é a
parte terrestre do planeta, que constitui os
continentes. Os continentes ocupam cerca de
30%
da
superfície
terrestre.
Os
seis continentes do planeta são (em ordem
decrescente de tamanho): Ásia, América,
África, Antártida, Europa e Oceania. Os
continentes, assim com os oceanos, estão na
litosfera que é a crosta terrestre mais a
camada superior do
manto que constitui o planeta.
Figura 25: Terra
Qual a diferença entre solo, terra e chão?
Para evitar confusão, vamos empregar a palavra solo como referência ao local onde
nos sustentamos, construímos casas, plantamos e retiramos minerais. Mas o que é
exatamente o solo?
O solo é o resultado de algumas mudanças que ocorrem nas rochas. Estas
mudanças são bem lentas, sendo que condições climáticas e presença de seres
vivos são os principais responsáveis pelas transformações que ocorrem na rocha
até a formação do solo. Para entendermos melhor este processo, acompanhe
atentamente a seqüência abaixo:
1) Rocha matriz exposta.
2) Chuva, vento e sol desgastam a rocha formando fendas e buracos. Com o tempo
a rocha vai esfarelando-se.
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3) Microrganismos como bactérias e algas se depositam nestes espaços, ajudando a
decompor a rocha através das substâncias produzidas.
4) Ocorre acúmulo de água e restos dos microrganismos.
5) Organismos um pouco maiores como fungos e musgos, começam a se
desenvolver.
6) O solo vai ficando mais espesso e outros vegetais vão surgindo, além de
pequenos animais.
7) Vegetais maiores colonizam o ambiente, protegidos pela sombra de outros.
8)O processo continua até atingir o equilíbrio, determinando a paisagem de um
local.
Figura 26: Etapas da formação do solo
Todo este processo leva muito tempo para ocorrer. Calcula-se que cada centímetro
do solo se forma num intervalo de tempo de 100 a 400 anos! Os solos usados na
agricultura demoram entre 3000 a 12000 anos para tornarem-se produtivos.
Intemperismo
é
o
processo
Figura 27: Costão rochoso
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de
transformação
das
rochas
em
solo.
Você consegue imaginar uma plantação
neste costão rochoso? É esquisito, parece
que não existe solo. Observamos uma
vegetação rasteira no alto do morro, mas,
além do declive e da proximidade do mar, a
foto
mostra
rochas
que
não
se
transformaram em solo propriamente dito,
aquele que pode ser cultivado. Isto não quer
dizer,
entretanto,
que
toda
rocha
obrigatoriamente deverá se transformar em
solo.
Na verdade, o processo de formação do solo varia de uma região para outra em
função do tipo de clima e, principalmente, do tipo de rocha. De um modo geral, os
solos são compostos por camadas ou capas, como é mostrado no esquema abaixo:
A: camada orgânica: constituída por
folhas e galhos que caem das árvores,
fezes e restos de animais mortos. Nesta
camada geralmente encontra-se o maior
número de seres vivos.
B: camada mineral: areia ou argila.
C: rocha matriz: parte da rocha que não
foi transformada.
Figura 28: Perfil do solo
Estas camadas são conhecidas como horizontes. Através da diferenciação dos
horizontes podemos fazer comparações entre
os tipos de solo.
ATIVIDADES PRÁTICAS
São propostas uma série de atividades para facilitar a compreensão de alguns
conceitos deste capítulo. É importante que todos na escola se envolvam, uma vez
que a saída ao campo sempre rende troca de experiências e oportunidade de
trabalhar vários assuntos. A data deve ser previamente combinada com os alunos;
peça para trazerem pás ou colheres de casa, saquinhos de supermercados sem
furos e fita crepe, além de uma roupa que se possa sujar bastante! A turma pode
ser dividida em grupos com até 5 pessoas.
Observação do solo
1. Observar o solo em diferentes locais e recolher amostras em sacos plásticos,
rotulá-los e levá-los até a classe. Pode ser escolhido o solo do jardim da escola, de
um terreno baldio, de uma horta, enfim, de locais com solos aparentemente bem
distintos. Com auxílio da pá ou da colher, recolher amostras do solo
(aproximadamente meio saquinho). Marcar com a fita crepe o local da coleta. Na
classe, cobrir as mesas com papel; colocar um pouco das amostras num pires, ou
vidro de relógio. Usar uma lupa pode facilitar a observação. Orientação: Procure
observar e listar semelhanças e diferenças entre amostras, quanto a cor, textura,
consistência e presença de organismos.
Horizontes do solo
1. Procurar um perfil de solo e distinguir os horizontes. O perfil pode ser visto
através de um corte vertical e profundo do solo, geralmente nas margens de
estradas ou barrancos. Se não encontrar, pode ser feito um buraco amplo de 1,50
m aproximadamente. Procure identificar quantas capas podem ser distinguidas de
cima para baixo e do que é composta cada capa. Observe também qual a cor e a
profundidade de cada camada. Recolher amostras de cada horizonte e rotulá-las.
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Descrever quanto a
profundidade.
cor, textura, consistência, presença de organismos e
Orientação: As observações dos alunos podem ser apresentadas através de
atividades artísticas, usando lápis de cor, giz de cera, guache e até materiais como
algodão, papel higiênico ou o que for mais conveniente. O objetivo é comparar os
diferentes horizontes quanto à composição.
CARACTERÍSTICAS DO SOLO
COR
Se alguém lhe perguntar qual é a cor do solo, você provavelmente dirá marrom.
Mas você deve ter notado quantas cores diferentes de solo existem. A variação é
muito grande nos tons de marrom, podendo chegar até preto, rosado ou vermelho.
Podemos reconhecer facilmente as tonalidades do solo, usando uma escala
padronizada. A cor é em função da constituição do solo, ou seja, do tipo de rocha
que o formou e das características do local.
TEXTURA E CONSISTÊNCIA
Quando tocamos o solo temos sensações de áspero ou liso, principalmente. Isto se
deve ao tipo de matéria que predomina, seja areia, argila ou silte (limo), que
conferem a textura ao solo. Quando o solo se desmancha facilmente é porque não
está compactado, não é duro. Observe que um solo com muita areia esfarela-se
como açúcar e um solo mais barrento é mais firme. Portanto, ao dizermos que o
solo é ou não compacto, estamos nos referindo à sua consistência.
Os solos contém substâncias sólidas, água e ar.
SUBSTÂNCIAS SÓLIDAS
Partículas
minerais:
originadas da desintegração
e
decomposição
das
rochas.
Partículas
orgânicas:
formadas por restos de seres
vivos ou produtos eliminados
por estes.
ÁGUA
AR
Ocupa
o espaço
entre as
É o meio onde os
partículas
permitindo
a
minerais do solo
respiração dos microrganismos e
estão dissolvidos.
das raízes das plantas.
O solo apropriado para a agricultura deve apresentar um equilíbrio entre
os constituintes.
As partículas do solo estão em contato umas com as outras, ou seja, aderidas,
mesmo havendo ar entre elas. A proporção entre os grãos que compõem as
partículas entretanto variam de solo para solo. Por exemplo, quando dizemos solo
arenoso, não quer dizer que só tem areia, mas que a quantidade de grãos de areia
é maior que a de outros grãos, já no solo argiloso predominam partículas de argila
em relação às demais.
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CURIOSIDADE
No solo arenoso o espaçamento das partículas é maior porque as partículas são
maiores e, portanto, há mais ar entre elas. Imagine, por exemplo, um punhado de
arroz e outro de farinha. Os grãos de farinha são bem menores que os de arroz, o
espaço preenchido por ar é menor e portanto permanecem mais unidos.
Se o espaço é menor entre as partículas, como no solo argiloso, a água fica retida,
pois tem mais dificuldade para passar. O contrário se verifica no solo arenoso, onde
o espaçamento é maior e portanto a água passa mais rapidamente se infiltrando no
terreno.
A capacidade de deixar a água passar ou retê-la é conhecida como permeabilidade
do solo.
ATIVIDADES PRÁTICAS
As práticas a seguir reforçam os principais conceitos relativos à ciência do solo. A
verificação de algumas características vistas anteriormente familiarizam o aluno
com este meio que muitas vezes é injustamente ignorado, já que culturalmente
aprendemos a associar terra com coisa suja ou podre devido à cor e à textura.
Através destas práticas espera-se que os alunos reconheçam a importância do solo,
manuseando e investigando este que é um recurso valiosíssimo.
Reconhecer os principais componentes do solo
1. Encher um copo com água até metade, colocar 2 ou 3 colheres de amostra de
solo e mexer. Observar através do líquido o feixe de luz de uma lanterna e
comparar com água limpa. Filtrar a mistura através de um pano limpo e analisar o
que ficou retido no pano.
2. Colocar um pouco do solo numa colher ou numa espátula e aquecer. Colocar um
vidro de relógio, um espelho ou outra superfície de vidro próxima à colher sem
encostar. Observe o que acontece no vidro.
Explicação: Com estes procedimentos podemos identificar a presença de ar através
do desprendimento das bolhas, de partículas sólidas que turvam a água limpa e da
água através da condensação no vidro. Se prosseguirmos com o aquecimento
verificamos mudança na cor, indicando a queima da matéria orgânica do solo.
Permeabilidade

Forrar a carteira com jornal. Preparar suportes e funis; em cada funil colocar
um tipo de material que forma o solo (areia, argila, húmus e calcário).
Colocar água vagarosamente nos funis, ao mesmo tempo. Depois de
verificado qual o material mais permeável, proponha aos alunos que
misturem diferentes tipos de materiais em variadas proporções para
observar e comparar as diferenças.
As características do solo permitem a comparação e classificação do solo. Os tipos
de solo mais comuns são:
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ARENOSO: Contém maior quantidade de areia. É um solo permeável, que não
acumula tanta água e por isso forma terrenos secos.
ARGILOSO: Contém maior quantidade de argila. O solo argiloso forma terrenos
úmidos porque retém muita água, é pouco permeável. Quando fica seco pode
rachar e,quando chove muito, fica encharcado.
HUMÍFERO: Contém muito húmus. O húmus é material em decomposição. Absorve
bem a água, sem deixá-la acumular-se. É também chamado de Terra Preta por ser
um solo bem escuro.
MASSAPÊ: É o solo rico em argila e areia. Muito usado na plantação de cana-deaçúcar.
TERRA ROXA: É o mais indicado para plantações, pois contém areia, argila, calcário
e húmus em quantidades equilibradas. Não é muito seco, nem úmido demais,
permitindo boa circulação do ar.
CALCÁREO: Contém grande quantidade de cálcio.
LATERÍTICO: É um solo impermeável, com muito alumínio, considerado impróprio
para a agricultura.
Como a composição do solo é diferente em cada local, diferente também será a
vegetação que cobre uma área, pois cada planta tem necessidades de água e
nutrientes diferenciadas.
As plantas conferem proteção ao solo, reduzindo o impacto das chuvas, diminuindo
a velocidade da água através da copa das árvores e das raízes. Mesmo as folhas
caídas contribuem para diminuir a ação da água no solo agindo como cobertura.
Denomina-se serrapilheira a camada mais superficial do solo, composta de folhas e
galhos que caíram das árvores. A espessura desta camada é variável e na
Amazônia, por exemplo, pode atingir aproximadamente 30 cm de comprimento
devido às características locais.
Quando se retira a vegetação de um local o solo fica exposto, desprotegido. Chuvas
fortes desmancham a camada fértil do solo, podendo causar erosão.
A erosão é o desgaste e o arrastamento da camada superficial da rocha ou do solo
pela ação, principalmente, da água e do vento. É um processo natural capaz de
alterar
a
paisagem,
num
longo
espaço
de
tempo.
Figura 29: Exemplos de erosão provocada pela ação do vento (esquerda) e da água
(direita).
Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura...
Esta expressão de uso consagrado reflete a propriedade da erosão: num processo
lento, a força da água desgasta as rochas. Devido principalmente a fatores
meteorológicos, as rochas vão se desgastando; o que é "desprendido", ou seja,
erodido, é transportado para outros locais. Portanto a erosão tem o efeito de
rebaixar a superfície do terreno.
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ATIVIDADE PRÁTICA
A prática sugerida mostra o efeito da água e a ação da vegetação protegendo o
solo. Quando for trabalhado este conceito com os alunos, procure mostrar através
de reportagens em jornais e revistas como a erosão pode ter efeitos extremamente
danosos, embora seja um processo natural.
Erosão do solo
Usar duas caixas grandes, porém rasas, de madeira ou papelão duro. Fazer um
corte em V no centro de um dos lados de cada caixa. Colocar um pouco de solo em
cada uma, e cobrir com grama apenas uma delas. Verter água lentamente em um
dos lados. Observar em qual das caixas a água flui mais rapidamente.
Dica: Para evitar que a água escorra por baixo, forre as caixas com um saco
plástico e coloque um prato embaixo de cada corte. Procure deixar as caixas um
pouco inclinadas, usando um suporte por baixo das caixas. Se for possível repita a
atividade usando um ventilador para observar o efeito do vento.
A vida no solo
Figura 30: Animais que vivem no solo.
Os organismos são extremamente importantes na decomposição da matéria
orgânica. Podemos chamar de matéria orgânica o material "morto" que sofrerá
ação de outros organismos, numa seqüência de eventos que começa com animais
maiores até chegar aos microscópicos: formigas são capazes de triturar folhas que
caem das árvores e picar frutos que apodrecem; cupins se alimentam de troncos
mortos; besouros se alimentam de animais mortos; minhocas se movimentam no
interior da terra cavando buracos e misturando diferentes camadas, promovendo a
circulação do ar no solo. E finalmente algumas algas, bactérias e fungos que vivem
no solo se alimentam daquilo que os animais maiores não conseguiram aproveitar,
transformando tudo o que comem em compostos que ficarão no solo por um tempo
até serem novamente aproveitados.
Os compostos contém nutrientes, que são elementos fundamentais para o
desenvolvimento dos vegetais.
A fertilidade dos solos refere-se à quantidade de nutrientes que estão presentes. De
acordo com a quantidade, são classificados em:
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MACRONUTRIENTES - Nutrientes presentes em maior quantidade (nitrogênio,
fósforo, potássio, cálcio e magnésio).
MICRONUTRIENTES - Nutrientes presentes em menor quantidade (boro, cobalto,
cobre, ferro, manganês, molibdênio e zinco). Quando não se encontram no solo, as
folhas mostram partes amareladas e se deformam; podem aparecer torcidas e
enrugadas ou encrespadas nas bordas.
CURIOSIDADE
O nitrogênio (representado por N) é responsável pela cor
verde da folhagem e é o principal elemento químico para
formação de proteínas. O fósforo (P) ajuda a formar raízes
fortes
e
abundantes;
contribui
para
formação
e
amadurecimento dos frutos e é indispensável na formação
de sementes. O potássio (K) está relacionado com a
formação de talos fortes e vigorosos, além de proteger a
planta de enfermidades.O cálcio (Ca) ajuda no crescimento
da raiz e do talo das plantas e também facilita a absorção
dos nutrientes. O magnésio (Mg) é o elemento principal na
formação da clorofila, sem a qual as plantas não produzem
Figura 31: Bonsai, carboidratos.
árvore em miniatura
APROVEITAMENTOS DO SOLO
Além de nos sustentar e ser onde construímos nossas casas, o solo, através da
agricultura,
fornece
a
maior
parte
do
alimento
que
consumimos.
Figura 32: Agricultura
Para garantir a produção constante de
alimento, o ser humano precisou investir na
agricultura. Construir armazéns para guardar o
estoque de alimentos; desenvolver máquinas
para facilitar seu trabalho, como tratores e
arados; criar mecanismos de drenagem e
irrigação para controlar a quantidade de água e
até mesmo escolher espécies mais resistentes
ao ataque de organismos considerados pragas
como insetos, fungos, bactérias ou vírus.
Através da engenharia genética é possível também obter alimentos de boa
qualidade. Em laboratórios, os cientistas cruzam indivíduos com características
desejáveis para obter descendentes mais produtivos. Por exemplo, sabe-se que um
tomate de uma região não possui tantas sementes mas é pequeno, e que em outra
região o tomate é maior, porém com mais sementes, cruza-se então estas
variedades até obter tomates grandes com poucas sementes.
Outra forma de aproveitamento do solo se dá através da mineração, ou
extrativismo mineral. Atualmente existem técnicas sofisticadas de extração dos
minerais: é possível escavar o interior de montanhas e até o fundo de mares.
Entretanto, desde a idade da pedra (por volta de 6000 anos a.C.) já se conhecia o
cobre (Cu), a prata (Ag) e o ouro (Au). A idade do bronze (aproximadamente 3600
anos a.C.) ficou assim conhecida porque se utilizavam ferramentas e armas feitas
de bronze, um produto obtido do aquecimento do cobre e do estanho (Sn).
Somente lá pelos anos 1000 a.C. que o ferro passou a ser utilizado, através da
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queima
do
carvão
vegetal
com
minério
de
ferro.
Figura 33: Aproveitamento dos minerais desde a antigüidade.
Ligas são misturas de 2 ou mais metais e às vezes um não metal com carbono.
Figura 34: Aplicações dos minerais
Na odontologia, metais são usados na forma de amálgamas. Amálgama é a massa
que permite preencher a cavidade do dente composta por Ag 65%; Sn 29%; Cu
6%; Zn 2%; e Hg 3%). Depois de endurecida, aumenta a resistência aos esforços
da
mastigação
e
reduz
a
possibilidade
de
infiltrações.
ATIVIDADES PRÁTICAS
As atividades propostas a seguir tem o objetivo de familiarizar o aluno com as
rochas e seus constituintes, os minerais. Reconhecer a importância e a aplicação
dos minerais no nosso dia-a-dia motiva o questionamento: de onde vêm os
materiais que utilizamos?
Investigando as rochas
1. Listar 10 objetos comuns na vida do aluno.
Comentários: Esta listagem pode ser feita utilizando a técnica Tempestade Cerebral
(do inglês "brain-storm"), que consiste em pronunciar aquilo que vem à cabeça
imediatamente relativo a um tema. Pode ser dado um limite de palavras, no caso
10, ou de tempo, por exemplo 5 minutos. Escreva na lousa o que os alunos
disserem, mesmo que repitam; em seguida faça a análise dos objetos, sua
aplicação e finalmente a origem. Provavelmente a lista pode ficar limitada aos
locais papelaria, supermercado ou fábrica, neste momento questione-os: E antes de
chegar às prateleiras, de onde vieram, do que são formados?
2. Observar e tatear diferentes rochas. Descrever as semelhanças e diferenças
entre as rochas.
Comentários: Assim como na atividade do solo, esta é uma prática comparativa;
mesmo que não seja possível identificar as rochas, procure agrupá-las de acordo
com as características: cor, textura, temperatura, peso, entre outras.
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3. Envolver a rocha em um pedaço de pano. Usar um martelo ou bater contra uma
superfície dura até que a rocha comece a desmanchar. Observar e agrupar os
minerais.
Comentários: Com auxílio de uma lupa é possível reconhecer grupos de minerais
que formam as rochas. Cuidado para não se machucar nesta atividade. Algumas
rochas se desmancham mais facilmente que outras; não é preciso esfarelá-las, mas
apenas
tentar
obter
alguns
"pedaços"
de
rochas.
Os minerais não estão homogeneamente
distribuídos na crosta terrestre. Devido à
história geológica da Terra, como as
diferentes condições de temperatura,
pressão e elementos no interior do
planeta, os minerais concentram-se em
certas regiões, na forma de depósitos.
O Brasil é um país
que
se
destaca
mundialmente
na
produção mineral.
Figura 35: Diamante
No século XVIII a principal atividade no Brasil era a exploração do ouro. A região de
Minas Gerais fornecia a maior parte de todo este valioso mineral consumido no
mundo, além de outras pedras preciosas.
MAU USO DO SOLO
A utilização incorreta do solo pode gerar sérias conseqüências ao meio ambiente.
Vamos listar algumas práticas agrícolas comuns em quase todo o país que têm
provocado, entretanto, prejuízo ao solo.
MONOCULTURAS:
A substituição da cobertura vegetal original, geralmente com
várias espécies de plantas, por uma cultura única, é uma
prática danosa ao solo. Por exemplo: numa área de cerrado
podemos encontrar tamanduás, emas, e até lobos-guará,
sem contar os animais menores. Quando se derruba uma
grande área de cerrado e planta-se por exemplo soja, estes
animais tem dificuldade para se alimentar, não encontram
Figura
36: abrigos e dificilmente conseguem se reproduzir. Aqueles que
Gafanhotos
sobrevivem procuram outros locais, invadindo áreas urbanas,
tornando-se então presas fáceis.
Por outro lado, alguns insetos encontram na plantação de soja alimento constante e
poucos predadores, desta maneira se reproduzem intensamente tornando-se
pragas. Outro efeito é o esgotamento do solo: na maioria das colheitas retira-se a
planta toda interrompendo desta maneira o processo natural de reciclagem dos
nutrientes como vimos anteriormente. O solo torna-se empobrecido, diminui a
produtividade tornando-se necessária então a aplicação de adubos.
DESMATAMENTOS:
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Retirar a vegetação de um determinado local, além de alterar a
paisagem contribui para o enfraquecimento do solo. O solo
exposto fica sujeito à erosão e os animais sem abrigos. O
desmatamento realizado sem controle ou planejamento de
modo que a recuperação da área desmatada pode levar até
mais de 50 anos.
Figura
37:
Desmatamento
EROSÃO:
A erosão resultante da atividade humana também é capaz de alterar a paisagem,
porém numa velocidade bem maior que os processos naturais. Em alguns locais é
possível observar o efeito da erosão, num intervalo de tempo de apenas alguns
anos.
O uso de máquinas pesadas como tratores e arados, e mesmo o pisoteio freqüente
dos
animais
podem
causar
a
compactação
do
solo.
Figura 38: Voçoroca
Figura 39: Queimadas
A pressão constante num mesmo local reduz o
espaço entre as partículas constituintes do solo
(lembre-se que entre as partículas existe ar),
fazendo com estas fiquem mais agregadas e
portanto o solo mais compacto. Quando chove, a
água não consegue penetrar e então escorre com
velocidade. Com o passar do tempo, formam-se
canais que vão tornando-se maiores podendo até
formar uma voçoroca, como pode ser visto na
figura ao lado. A voçoroca é um canal resultante
da erosão, causado pelo fluxo constante de água,
durante e logo após chuvas pesadas.
QUEIMADAS:
Geralmente os agricultores fazem queimadas com
a finalidade de limpar os terrenos para outro
plantio. É uma prática antiga e barata, pois não é
necessário gastar dinheiro com máquinas, porém
também é extremamente prejudicial. O fogo
mata, além das plantas, os microrganismos,
queimando também o húmus.
Os nutrientes viram cinzas e são transportados facilmente para outros locais,
empobrecendo, desta maneira, o solo. É verdade que nos 2 primeiros anos após as
queimadas a produção aumenta, porém, com o passar do tempo, a falta de
nutrientes no solo faz diminuir a produção.
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EXTRATIVISMO:
O extrativismo mineral também causa impacto, pois é
necessário modificar o local para conseguir retirá-los.
Devido à grande demanda, locais de difícil acesso como
grutas, fundo de rios e até o topo das montanhas estão
sendo explorados. No estado do Pará, há cerca de 20
anos atrás encontraram ouro nas serras (a maior era
Serra Pelada). Milhares de pessoas trabalharam no
mesmo local procurando o ouro, escavaram montanhas
e em pouco tempo a serra não existia mais. Outro
problema sério é que, geralmente, na extração são
usados produtos tóxicos que contaminam o ambiente.
Na figura, podemos observar a retirada de areia do leito
de um rio. A areia é retirada principalmente para uso na
construção civil, fabricação de vidros e utensílios
Figura 40: Extração de domésticos.
areia.
Percebemos então que os solos possuem uma capacidade de uso. Não devem ser
excessivamente
trabalhados,
para
não
esgotá-los.
O uso correto inclui práticas como a rotação de culturas, através de rodízios e
curvas de nível, reduzindo o efeito da água num terreno inclinado. Os antigos
chineses e os incas, por exemplo, usavam a construção de terraços, do tipo
patamar, nas encostas íngremes principalmente para o cultivo de arroz, milho e
batata. Estes terraços foram construídos manualmente e tem o aspecto de grandes
degraus, como se a encosta fosse uma imensa escada. Este trabalho imponente
mostra que estes povos já tinham consciência da necessidade de conservar o solo.
IRRIGAÇÃO
para molhar os
solos
secos
tornando-os
bons
para
o
plantio, através
de
tubos
ou
canais.
DRENAGEM
ADUBAÇÃO
para retirar o excesso para enriquecer os
de água dos terrenos solos pobres com
muito
úmidos. nutrientes. Pode ser
Costuma-se abrir valas, usado:
calcário,
fazer aterros ou plantar húmus e esterco;
vegetais que absorvem adubos
ou
muita água, como o fertilizantes
eucalipto e o girassol. químicos.
http://educar.sc.usp.br/ciencias/recursos/solo.html
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ARAGEM
para revolver a terra
facilitando
a
circulação do ar, da
água e nutrientes.
Realizada em solos
compactos,
que
dificultam
a
passagem do ar.
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