בֹֽזֲע ַ ־לֽ י ִ֗ת ָר ֽ֝ םֶ֑כָל י ִ ַ֣תָנ ב ֭ט חַקֶ֣ל יִ֤

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BS “D
‫ע ֹזֽב ׃‬
ֲ ַ ‫ֽל־‬
‫כ ֑ם ֽ ֝ ָרתִ֗ י‬
ֶ ‫ל‬
ָ ‫ל ֣קַ ח ֭ט ב נ ָתַ ֣ ִ י‬
ֶ ‫ִ ֤י‬
Pois eu vos dou boa doutrina (conhecimento); não abandoneis a minha Torah (Ensino).
Mishlei (Provérbios) 4:2
Ano-5 N-237
Shabat Hhanukah Mebarechim Shalom! Parashá Mikêts – 28 de Kislev de 5772 (24/12/2011)
ָ ‫ָד‬
‫ל‬
֖ ‫ג‬
ְ ‫ת־ר‬
ַ
ֶ‫א֧י אֶ ת־יָד ֛ וְא‬
ִ ‫יך לֹֽא־י ִָ֨רים‬
ֶ ֗ ‫לע‬
ְ ‫ב‬
ִ ‫ע֑ה‬
ֹ ‫ע ֛ה אֶ ל־י ֵ֖סף אֲ נ ִ ֣י פ ְַר‬
ֹ ‫ַו ֹ ֧אמֶר ְַר‬
“E o Faraó disse a Yossef: ‘O Faraó sou eu mas, fora ti, ninguém poderá levantar a
‫ְרי ִם׃‬
ֽ ָ ‫מצ‬
ִ ‫ְ כָל־אֶ ֶ֥רץ‬
mão ou o pé em toda terra do Egito’” (Bereshit 41:44)
É trazido no tratado Talmúdico de Sotah (36b), ao se explicar o versículo acima, no qual o faraó deu a Yossef o
poder sobre todo o Egito (exceto sobre o faraó), que “os conselheiros e ministros do faraó reclamaram indignados sobre o
fato de Yossef ser colocado acima deles. ‘Um servo que foi tomado por seu senhor por 20 siclos de prata colocarás como
governador sobre nós?’ Ao que replicou o faraó: ‘características de realeza vejo nele!’ ‘Se é assim, ele deveria saber 70
línguas/idiomas!’ Veio o anjo Gabriel e ensinou a ele os 70 idiomas. Contudo, Yossef não conseguia aprender até que foi
adicionada uma letra do nome do Santo, Bendito Seja Ele, ao seu nome [a letra Hei] e, então, no dia seguinte ele podia
responder ao faraó em qualquer idioma. Ele falou com o faraó em hebraico e este não entendeu. O faraó pediu-lhe que lhe
ensinasse hebraico, mas não conseguiu e fez Yossef jurar que não revelaria que o faraó não sabia hebraico”. Este relato do
Talmud causa uma dúvida. Qual a necessidade de os conselheiros e ministros do faraó lembrarem a quantia pela qual
Yossef fora vendido? Qual a diferença entre ser adquirido por 20 siclos ou mil? De qualquer forma, ele era um servo e,
segundo eles, inadequado para governar. Deve-se esclarecer que a intenção deles era terminar com as possibilidades de se
argumentar que Yossef não era um servo realmente e sim que fora seqüestrado de uma terra estranha [ao Egito] e o
venderam no Egito por dinheiro e, portanto, ele não se enquadraria na condição de servo legalmente, e por isso disse
Yossef ao copeiro do faraó: ‘porque, na verdade, fui roubado da terra dos hebreus; e aqui também nada tenho feito para
que me pusessem na masmorra’ (Bereshit 40:15). Por isso, se esforçaram os ministros em dizer que ele era um servo de
qualquer forma e sem dúvida alguma, e que sua família o teria vendido devido aos seus maus atos e que, por isso, teriam
mencionado a quantia ínfima pela qual Yossef fora vendido [demonstrando que queriam livrar-se dele]. Do valor, diziam
eles, se depreende que recaia sobre Yossef o status de servo e, por isso, estavam contrariados de ter um servo sobre eles.
Após terem aludido em suas palavras ao pouco valor de Yossef até que o faraó ficara ‘sem possibilidades’ de ver nele
condição de reinar, este respondeu a eles: ‘características de realeza vejo nele’; ele é uma pessoa muito adequada e de
bons modos e, certamente, [dada sua erudição e bons modos] não deve ter sido vendido com conhecimento [e anuência]
do pai, senão por seqüestro e, portanto, não recai sobre ele a condição legal de servo, e por isso ele tem total condição de
governar sobre vocês... (Adaptado do livro Ben Yehoyada – Sotah 36 do Rabbi Yossef Hhaim ZTK"L de Bagdad – Ben Ish Hhai)
Por Jaime Boukai (Hhazak Ubaruch)
Resumo da Parashá – Mikêts / Livro Bereshit (Gênesis) 41:1 – 44:17
A Parashá se inicia com o sonho do Faraó. Perturbado, ele convoca, pela manhã, seus feiticeiros e sábios para
interpretarem o sonho, mas eles não conseguem. O copeiro se lembra de Yossef e o indica ao Faraó, colocando-se como
prova da “sabedoria” de Yossef. Yossef é trazido ao Faraó para solucionar seu sonho, e lhe conta que viriam sete anos de
fartura seguidos por sete de extrema fome. Yossef acentua ao Faraó que o fato de ele ter sonhado duas vezes a mesma
coisa simboliza que a mesma estaria prestes a ocorrer. Também sugere que fossem provisionados alimentos e que uma
pessoa sábia gerenciasse o processo. Impressionado, o Faraó escolhe Yossef e o torna vice-rei. Yossef casa-se e tem dois
filhos: Efraim e Menashé (primogênito). Iniciam-se os anos de fome, o Egito clama ao Faraó por comida e este lhes
ordena falar com Yossef. A fome atinge Israel, e Yaakob envia seus filhos, exceto Bin’yamin, ao Egito para adquirir
comida. Eles são reconhecidos por Yossef, mas não o reconhecem. Yossef os acusa de serem espiões e exige a vinda de
Bin’yamin para soltá-los. Eles discutem diante de Yossef, pois não sabiam que ele entenderia. Yossef chora e, na volta,
prende Shim’ón. Yossef dá comida ao restante dos irmãos sem cobrar, dá-lhes provisões para a viagem e os envia de volta.
Com medo, os irmãos voltam e contam a Yaakob todo o ocorrido. Yaakob recusa enviar Bin’yamin. A comida acaba e
Yaakob os manda comprar mais. Yehudah o adverte que, para isso, deveriam levar Bin’yamin. Yehudah garante a volta de
Bin’yamin. Yaakob aceita e manda presentes a Yossef. Ao ver seu irmão menor, Yossef faz um banquete. Yossef esconde
seu cálice na bolsa de Bin’yamin. Yossef prende Bin’yamin. Yehudah “discute” com Yossef por seu irmão menor.
Por Jaime Boukai
Curiosidade da Semana:
O Consumo Inconspícuo
Nesta Parashá, lemos sobre a estiagem devastadora que assolou Erets Israel e os países vizinhos na época de
Yaakob Abinu. Quando a fome começou a se espalhar pela terra, o Egito era o único lugar em que ainda se encontravam
reservas de grãos, já que Yossef havia feito provisões para os sete anos de fome que ele tinha previsto. Pessoas de todos
os lugares iam para o Egito para adquirir comida... A Torah relata que Yaakob Abinu também enviou seus filhos ao Egito
para comprar grãos, após ter-lhes questionado “Lama titra’u?” (Bereshit 42:1), que, literalmente, significa “por que vos
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BS “D
fazeis conspícuos?”. Os comentaristas explicam que, naquele momento, Yaakob e sua família ainda possuíam provisões
de alimentos, e ainda não necessitavam ir ao Egito. Entretanto, Yaakob preocupara-se com o que as pessoas em torno
deles, que estavam com falta de alimentos, pensariam e sentiriam vendo-os em estabilidade econômica. Se eles fossem os
únicos a não irem para o Egito, as pessoas poderiam sentir-se invejosas e ressentidas com relação a eles. Sabiamente,
Yaakob sabia que devia evitar estes sentimentos, não chamando a atenção das nações vizinhas para eles. Portanto, ele
enviou seus filhos para comprarem grãos no Egito não porque precisavam dos grãos, mas para não ostentarem riqueza
diante de seus vizinhos. Esta orientação que Yaakob deu a seus filhos nos serve como uma grande lição, particularmente
nesta época em que as pessoas cultuam o exibicionismo material... Yaakob nos ensina justamente o contrário: ‘pareçamos
mais pobres do que realmente somos’. A ostentação material, principalmente em períodos de crises e instabilidades
financeiras, gera hostilidade e não admiração! Precisamos ser muito cuidadosos para não sermos conspícuos demais em
nossos comportamentos e nosso consumo... Certamente, nada há de errado em se querer ter proveito dos benefícios
materiais com os quais cada um foi abençoado por D-us, mas isto deve ser feito privadamente e com discrição. Devemos
evitar exibições de riqueza e luxo, principalmente quando nossos vizinhos estão em dificuldades financeiras, pois isto
apenas traria hostilidade. Que aprendamos esta grande lição de nosso patriarca Yaakob, exercitando o cuidado no modo
como utilizamos nossas bênçãos materiais, para que possamos conviver em paz com todos que nos cercam. (Baseado no
Por Maurício Cagy (Hhazak Ubaruch)
“Daily Halacha” do Rabbi Eli Mansour.)
O Copo de Yossef É Achado na Sacola de Bin’yamin
Antes de os irmãos saírem, Yossef ordenou a seu filho Menashé: “Enche seus sacos com comida”. E acrescentou,
quando ninguém mais ouviu: “Também esconde meu copo no saco de Bin’yamin”. Pouco depois, Yossef ordenou a seu
filho Menashé: “Corre atrás dos irmãos! Acusa-os de terem roubado meu copo”. Menashé cavalgou atrás dos irmãos e os
alcançou. Ele os acusou: “Demos por falta do copo mágico do governante. Um de vós o roubou”. Os irmãos
responderam: “Nós não o roubamos! Não sabes que até devolvemos o dinheiro que encontramos em nossas sacolas
quando voltamos para casa da primeira vez?” Menashé respondeu: “Contudo, tenho ordens de procurar em todos os
vossos pertences”. Os irmãos descarregaram todas as sacolas e as abriram. Menashé procurou... e o que ele tirou da
sacola de Bin’yamin? O copo mágico de Yossef. Os irmãos ficaram chocados! Como o copo do governante fora parar lá?
Bin’yamin assegurou-lhes: “Eu não peguei o copo. Esta é mais uma conspiração mesquinha do egípcio para nos castigar”.
Menashé disse aos irmãos que deveriam voltar com ele para o palácio para serem julgados pelo governante pelo seu
crime. Os irmãos não tiveram outra escolha senão obedecer e voltaram ao Egito com Menashé. Quando estavam
novamente diante de Yossef, este os censurou: “O que fizestes? Vou ficar com o ladrão como meu escravo. Vós todos
podeis ir para casa”. Por que Yossef fez esta encenação com os irmãos? Yossef queria fazer um teste com eles: será que
eles concordariam em deixar Bin’yamin para trás como escravo sem o ajudar, tal como fizeram com Yossef? Ou eles se
levantariam para defender Bin’yamin? Então ele saberia que eles tinham caráter e não eram maus. E ele se revelaria para
Por Mair Haim Nigri (Hhazak Ubaruch)
eles como Yossef... (Chabad.org)
Pérolas da Parashá:
Uma significativa parte da Parashá se dedica a uma dupla de sonhos do rei do Egito. Estes sonhos são recontados não
uma, mas três vezes: primeiro, nós lemos um relato dos sonhos propriamente ditos; então, segue-se uma versão mais detalhada,
quando os vemos descritos pelo Faraó a Yossef; e, então, há a resposta de Yossef ao Faraó, no qual ele oferece sua interpretação
aos vários componentes dos sonhos. E estes são os últimos em uma seqüência de sonhos detalhadas na Torah nos capítulos
precedentes. Yossef está no palácio do Faraó interpretando seus sonhos por ter interpretado com sucesso, dois anos antes, os
sonhos de dois ministros do Faraó que estavam na prisão junto com Yossef. E por que estava Yossef naquela prisão egípcia?
Porque, 11 anos antes deste episódio, seu repetido recontar de seus dois próprios sonhos aumentaram a inveja de seus irmãos
sobre ele, fazendo-os vendê-lo como escravo. De fato, Yossef carregava consigo cada detalhe de seus dois sonhos aonde quer
que fosse... O resultado de todos estes sonhos foi a galut (exílio) no Egito – a primeira galut vivenciada pelo Povo Judeu e a
fonte de todos os exílios subseqüentes. Os Filhos de Israel se assentaram no Egito, onde foram depois escravizados pelos
egípcios e onde deterioraram espiritualmente a ponto de acabarem se parecendo com seus capatazes. Quando D-us veio redimilos, Ele precisou “tirar uma nação das vísceras de uma nação”, penetrando as entranhas do Egito para extrair Seu povo
escolhido da mais depravada sociedade na terra. O Rabbi Schneur Zalman de Liadi explica que a galut nasceu de uma sucessão
de sonhos pois a galut é o sonho fundamental. Um sonho é percepção sem a disciplina da razão. Ali estão todos os estímulos e
experiências que conhecemos das visões reais da vida e sons, pensamentos e ações, alegria e temor. Mas tudo está de cabeça
para baixo, desafiando todas as normas da lógica e da credulidade. Entretanto, diz o Lubavitcher Rebbe, também há um lado
positivo em nossa presente existência alucinatória. No mundo real, um verdadeiro relacionamento com D-us pode vir somente
no contexto de uma vida consistentemente fiel a Ele; no mundo de sonhos da galut, o indivíduo imperfeito pode vivenciar o
Divino. No mundo real, somente a alma impecável pode entrar no Santuário de D-us; no mundo de sonhos da galut, D-us
“reside entre eles, no meio de sua impureza”. (Baseado no site www.chabad.org). Por Hhazan Mair Simantob Nigri (Hhazak Ubaruch)
Dedicado à pronta e total recuperação de Hhaim David ben Messodi, Shaul Eliahu ben Chana Rivka e Sh’muel ben Nehhama Dinah.
Em memória e elevação das almas de Elias Zebulum Cohen Ben Jamile, Lázaro Nigri, Meyer Mizrahi Ben Yaut, Nilton Velmovitsky Ben Keila, Alice
Cohen Nigri Bat Salha, Marieta Palatche Nigri Bat Johra, Tera Cassal, Nazira Balassiano Bat Rosa, Ibrahim Daud Ajooz Ben Rachel e Renée Zaide
Bat Nazira.
A Equipe agradece ao Templo Sidon e a Gerson e Teresa Bergher pela colaboração na impressão e na distribuição ao público. Tizkú LaMitsvot!
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