Biologia Celular e genética Ana Fernandes 2012-2013 Átomo: consideram-se as partículas mais pequenas que constituem a matéria apesar de serem ainda formados por subpartículas (protões, neutrões e electrões). Estrutura do átomo: - Núcleo – Cargas positivas (protões) e cargas neutras (neutrões) - Nuvem – Cargas negativas (orbitais) Esta divisão é importantíssima dado que, em princípio, o que está dentro do núcleo não entra em contacto com o exterior. Nº protões = Nº electrões = Nº neutrões Assim sendo, o átomo é neutro porque tem tantas cargas positivas como negativas. Massa atómica = Nº de protões + Nº de neutrões (não se soma o nº de electrões porque esses tem um peso mínimo) Número atómico = Nº de protões O número atómico é o que caracteriza o átomo de um determinado elemento. Tabela periódica: Os elementos estão organizados por: - O número que está na tabela periódica porque corresponde o número que identifica o ´tomo através do número atómico (independentemente do que acontece ao átomo o nº atómico mantém-se o mesmo) Isótopos – Átomos de um elemento qualquer que tem diferente número de massa atómica e diferente número de neutrões. Electrões: Os electrões são a parte mais importante do átomo, são os que estão na periferia do átomo e que interagem com os outros átomos. Os electrões não estão todos na mesma orbita, estão desigualmente distribuídos, as órbitas correspondem a um determinado nível de energia. A energia aumenta à medida que as camadas se afastam do núcleo, sendo que o número de protões também aumenta a energia para poder puxar os electrões para si. A primeira camada fica totalmente preenchida com 2 electrões, a segunda com 8 electrões e a terceira com 8 electrões. O objectivo dos átomos é ter a última camada completa para se estarem mais estáveis (regra do octeto).O átomo que tenha já por si a ultima camada completa diz-se Nobre, Ex: Argon. Biologia Celular e genética Ana Fernandes 2012-2013 Iões Um átomo com carga (ser ser neutro) é um ião. Se ganhou electrões ficou mais negativo – Anião Se perdeu electrões ficou mais positivo – Catião – Ex. Ferrugem que oxidou ( ) Partilhar electrões com outros átomos Molécula – É um conjunto de átomos iguais ou diferentes ligados entre si por ligações covalentes Composto – Tem de ser constituído por átomos diferentes. Podem estar ligados por uma ligação química covalente ou iónica. Ligações químicas: As ligações químicas são importantes para entendermos o que são moléculas e o que são compostos. Nível de energia Covalentes (partilha de electrões entre átomos) Polares Apolares Iónicas (partilha de carga eléctrica) Pontes de Hidrogénio São ligações intermoleculares Forças de Van Der Walls (apolares) Reacções REDOX: Ocorrência de dois fenómenos (oxidação e redução) ao mesmo tempo. (É o mais provável) Oxidação – Processo em que um átomo perde um electrão (oxida-se) Redução – Processo em que um átomo ganha um electrão (reduz-se) Biologia Celular e genética Ligações covalentes Estabelecem-se entre átomos, iguais ou diferentes, por partilha de pares de electrões formando-se moléculas. A ligação diz-se covalente apolar quando os dois átomos envolvidos na ligação são iguais (exemplo O2) ou então sendo diferentes partilham os electrões com intensidade semelhante, no caso das ligações C – H. Nestas ligações ambos os átomos se atraem a si os electrões compartilhados com força semelhante, ficando estes a gravitar em torno de ambos os núcleos, mantendo-os assim unidos no espaço. Certos átomos são mais electronegativos. Quando se ligam covalente entre si os pares de electrões ficam dispostos assimetricamente em torno dos dois núcleos mais perto de um do que de outro. Neste caso a ligação diz-se covalente polar porque gera polaridade eléctrica entre os dois átomos. O átomo que atrai mais electrões fica com carga negativa em excesso e o outro com excesso de carga positiva. Ana Fernandes Ligações iónicas Neste caso os átomos envolvidos trocam electrões. Um recebe electrões e ou outro cede. Sendo que aquele que cede fica positivo e o que recebe negativo. Esta atracção entre cargas de sinal contrário permite a estabilidade. As substâncias iónicas são altamente polares dissolvendo-se bastante bem em água. 2012-2013 Pontes de hidrogénio São ligações intermoleculares. Associação de moléculas. São essenciais na estrutura e função das biomoléculas como as proteínas. Água Propriedades da água Substância essencial à vida. Frequente na natureza e nos seres vivos. Todas as reacções celulares ocorrem em meio aquoso razão da necessidade absoluta de água para qualquer célula. Os seres vivos surgiram na água, evoluíram na água e podem ser considerados sistemas aquosos. Desempenha nos organismos as mais diversas funções: transporte, regulação térmica, digestão... Actua como solvente de várias substâncias e é o veículo de transporte de materiais intra e extracelular. Biologia Celular e genética Ana Fernandes 2012-2013 As suas moléculas são neutras embora sejam polares. Solvente biológico. As substâncias apolares não são solúveis em água. No estado sólido a água torna-se menos densa, por isso flutua. A forma como as propriedades da molécula da água interferem com as propriedades da água que nós conhecemos é: O facto de ter os três estados (sólido, líquido e gasoso) Bom solvente (Boa para dissolver algumas coisas) O facto de as moléculas terem muita coesão entre elas. Polaridade da molécula da água: Permite a atracção de outras moléculas. Forma pontes de hidrogénio: Atracção fraca Instáveis (Em estado sólido fica mais estável) Capacidade calorífica – Capacidade de fornecer energia a um grama de água para elevarmos a temperatura um grau. (isoladamente as pontes de hidrogénio são muito mais fracas comparadas com as covalentes… Mas no topo do rio, é esta característica físico-química que é responsável pela vida como conhecemos. Coesão – As pontes de hidrogénio mantém as moléculas de água juntas (tensão superficial da água, por isso é que existem animais ex. alfaiates, que andam por cima da água). Água como solvente: A água é o solvente universal pois dependendo da energia que utilizamos conseguimos dissolver quase tudo. Solução – Mistura homogénea de substâncias Solvente – Substância presente em maior quantidade (que dissolve) Soluto – Substância que se dissolve no solvente Água e as moléculas apolares: Não se formam pontes de hidrogénio – Devido as pontes de hidrogénio se basearem em cargas e as moléculas serem apolares não tem cargas. Não se dissolvem na água – As moléculas apolares vão se juntas umas as outras, e não vão deixar a água partir as suas ligações. Biologia Celular e genética Ana Fernandes 2012-2013 CÉLULAS Unidade básica da vida. A célula constitui um laboratório microscópio dentro do qual se processam fenómenos químicos complexos e dirigidos para algum propósito superior às necessidades da própria célula. É formada principalmente por água, sais, glícidos, lípidos, proteínas, vitaminas e ácidos nucleicos. O vírus é um ser vivo? Uma célula tem a capacidade de deixar cópias de ela própria, o vírus é um parasita que entra dentro da célula e que a obriga a fazer cópias deste. Logo, os vírus não são seres vivos. Teoria Celular Todos os seres vivos são constituídos por células, sendo que a célula é a mais pequena unidade de estrutura e função de todos os organismos. Todas as células surgem de células préexistentes. Tamanho das células Quando nós pensamos no tamanho, podem existir vários tamanhos em relação ao tipo de características da própria célula. As células mais simples são na generalidade mais pequenas do que as outras células. A membrana é importante pois, por um lado, é aqui que acontecem todas as reacções químicas e, por outro, é aqui que existe a entrada e saída de substâncias na célula. Quanto mais membrana que a célula tenha mais pode crescer. Biologia Celular e genética Ana Fernandes 2012-2013 Organismos unicelulares São organismos constituídos por uma célula (unicelulares) Bactérias - Procariontes Protozoários – Eucariontes (Esta célula tem boca, um vacúolo digestivo, um núcleo, vacúolo de acumulação de água) Características da célula: Todas as células têm estas características. Protoplasma = Citoplasma (o plasma da célula) conteúdo líquido que existe dentro da célula. Organelos = pequenos órgãos, são determinadas estruturas que estão presentes dentro das células. Todas as células têm um centro de controlo com ADN, a controlar todo o funcionamento da célula. Tipos de células: Procarióticas (vem do grego, pro carion, sem núcleo; não tem um núcleo individualizado, ex: bactérias) Não têm organelos membranares apenas ribossomas, tendo material genético muito mais simples. Eucarióticas (vem do grego, eu carian, com núcleo, normalmente são muito estruturadas e são maiores que as procarióticas) – Têm mais organelos. Células procarióticas A principal característica comum a todas as células procarióticas é não terem núcleo: o seu cromossoma não está encerrado num espaço delimitado, como acontece em muitas outras células. Todas estas células possuem uma membrana plasmática. É ela que delimita o espaço vital e lhe confere individualidade. Células eucarióticas As células eucarióticas animais são extremamente complexas quando comparadas às células procarióticas, e distinguem-se destas facilmente pelo facto de possuírem todo o seu material genético armazenado no núcleo (ausente nas células procarióticas). Estão separadas do meio exterior pela membrana celular, no interior da qual se encontra o citoplasma e os diversos organitos. Além das células eucarióticas animais, existem também as células eucarióticas vegetais e também fungos, protozoários, etc. Biologia Celular e genética Ana Fernandes 2012-2013 Célula animal A quantidade de organelos e o tipo que tem depende da função da célula. Muita energia necessária = muitos organelos de mitocôndria. Nas células animais só existe uma coisa que não existe nas células vegetais que são centríolos. (Não é preciso decorar o aspecto e nunca vamos identificar nada em esquemas) Célula vegetal Existem estruturas que não existem nas células animais: Parede celular - Existem também nas bactérias mas não são a mesma coisa (nas plantas são paredes de celulose); Vacúolo - Nos animais existe mas são muito pequenos e tem alguns conteúdos mas não são vacúolos de armazenamento, nas plantas serve para armazenar nutrientes e agua; Cloroplastos - Permite as plantas realizar a fotossíntese. Teoria endossimbiótica Uma célula come outra com o propósito de se alimentar mas em vez de digerir deixa a viver no seu interior. Caso dos cloroplastos - célula que aprendeu a alimentar-se só pela fotossíntese. O cloroplasto ganha protecção e em troca oferece alimento. Outro exemplo é a mitocôndria. Cloroplastos e mitocôndrias - teoria endossimbiótica, bactérias comidas que começam a viver junto com a célula que as comeu. Biologia Celular e genética Ana Fernandes 2012-2013 Factos que apoiam esta teoria: 1. Tanto os cloroplastos como as mitocôndrias se assemelham, pela forma e pelas dimensões, a bactérias; possuem uma molécula de DNA circular e reproduzem-se por divisão binária semi autonomamente; 2. Os ribossomas das mitocôndrias e dos cloroplastos assemelham-se mais, pelas suas dimensões, aos das células procarióticas do que aos das eucarióticas; 3. As sequências de genes dos RNA ribossómico e de transferência são mais semelhantes às sequências equivalentes de bactérias do que de células eucarióticas; 4. Mitocôndrias e cloroplastos apresentam duas membranas. Núcleo Centro de controlo da célula. Dupla camada de poros. Contém: - Cromossomas (DNA + proteínas) - Nucléolo (2 ou mais por célula) Membrana plasmática Com uma bicamada de fosfolípidos, proteínas; delimita o espaço ocupado pelos constituintes da célula; a sua principal função é o transporte transmembranar. Tem permeabilidade selectiva. Tem igualmente a capacidade de desenvolver vilosidades e aumenta assim a superfície de absorção. É formada por uma dupla camada de fosfolípidos bem como proteínas espaçadas e que podem atravessar de um lado ao outro da membrana. A membrana apresenta duas regiões distintas uma polar (carregada electricamente) e outra apolar (não apresenta nenhuma carga eléctrica). Delimita o espaço da célula, selecciona o que entra e o que sai, ajuda a manter o formato celular, ajuda na locomoção. Cromossomas Estruturas supramoleculares constituídas por DNA rodeado de proteínas. Nucléolos Estruturas compostas por DNA, RNA e proteínas, onde se sintetiza o RNA. Citoplasma Plasma da célula. Fluído onde estão a boiar os organelos. Retículo endoplasmático Funciona como sistema circulatório, actua como transportador e armazenador de substâncias. Pode ser: Liso, está dedicado à produção de lípidos e glícidos (tem enzimas próprias para isto). Rugoso, zona (muitos ribossomas) muito dedicada a produção de proteínas. Aparelho ou Complexo de Golgi São estruturas membranosas e achatadas, cuja função é elaborar e armazenar proteínas vindas do retículo endoplasmático; podem também eliminar substâncias produzidas Biologia Celular e genética Ana Fernandes 2012-2013 pela célula, mas que irão actuar fora da estrutura celular que originou (enzimas por exemplo). Produzem ainda os lisossomas (suco digestivo celular). É responsável pela formação do acrossoma dos espermatozóides. Finalização e distribuição de substâncias na célula. Lisossomas Funções: - Renovação celular - Degradação de conteúdos celulares desactivados. - Digestão de invasores Estrutura que apresenta enzimas digestivas capazes de digerir um grande número de produtos orgânicos. Realiza a digestão intracelular. É importante nos glóbulos brancos e de modo geral para a célula já que digere as partes desta (autofagia) que serão substituídas por outras mais novas, o que ocorre com frequência em nossas células. Realiza também a autólise e histólise (destruição de um tecido) como o que pode ser observado na regressão da cauda dos girinos. Origina-se no Complexo de Golgi. Está envolvido na apoptose (morte celular programada). Morte celular programada – Suicídio por libertação dos lisossomas na célula. Ribossomas A função dos ribossomas é a síntese proteica pela união de aminoácidos, em processo controlado pelo DNA. O RNA descreve a sequência dos aminoácidos da proteína. Eles realizam essa função estando no hialoplasma ou preso à membrana do retículo endoplasmático. Quando os ribossomas se encontram no hialoplasma, unidos pelo RNAm, e só assim são funcionais, denominam-se POLISSOMAS. As proteínas produzidas por esses organelos são distribuídas para outras partes do organismo onde sejam necessários. Mitocôndrias Organelo citoplasmático formado por duas membranas lipoproteínas, sendo a interna formada por pregas. O interior é preenchido por um líquido denso, denominada matriz mitocondrial. Dentro delas realiza-se o processo de extracção de energia dos alimentos (respiração celular) que será armazenada em moléculas de ATP (adenosina trifosfato). É o ATP que fornece energia necessária para as reacções químicas celulares. Assim pode parecer que o ATP apresenta forma de bastonete ou esférica. Possuem DNA, RNA e ribossomas próprios, tendo assim capacidade de Auto duplicar-se. Quanto maior a actividade metabólica da célula, maior será quantidade de mitocôndrias em seu interior. Apresentam capacidade de movimentação, concentrando-se assim nas regiões da célula com maior necessidade energética. Alguns cientistas acreditam terem sido "procariontes" (bactérias) que passaram a viver simbioticamente no interior das células no início evolutivo da vida (células fornecendo açúcares e outras substâncias e bactérias fornecendo energia). Centríolos Estruturas cilíndricas, geralmente encontradas aos pares. Dão origem a cílios e flagelos (menos os das bactérias), estando também relacionados com a reprodução celular - formando o fuso acromático que é observado durante a divisão celular. É uma estrutura muito pequena. Citoesqueleto Função de sustentação de estruturas e organitos e a sua ligação à membrana plasmática. Biologia Celular e genética Ana Fernandes 2012-2013 Transporte transmembranal Transporte Passivo (sem gasto de energia) Difusão Difusão facilitada Osmose Transporte Activo (com gasto de energia) Endocitose Exocitose Transporte passivo - O processo executa-se de forma passiva contudo a membrana actua com alguma selectividade não passando qualquer tipo de moléculas. O transporte aqui é sempre feito a favor do gradiente de concentração. São exemplos de moléculas transportadas desta forma oxigénio, etanol, ácidos gordos... Não exige consumo de energia no nível da membrana. A membrana, nesse caso, permite a livre passagem de substâncias, não apresenta carácter selectivo. Por outras palavras, o fluxo de partículas é espontâneo. Difusão - Quando um pequeno cubo de açúcar é mergulhado num copo de água, vai diminuindo de tamanho até desaparecer, tornando a água igualmente açucarada em todos os pontos. Isto ocorre porque as partículas (moléculas) de açúcar tendem a ocupar todo espaço disponível movimentando-se de onde estão em maior concentração (cubo) para onde sua concentração é menor (líquido). As partículas de água também se movimentam penetrando no espaço ocupado pelo cubo e auxiliando a dissolução do açúcar. O processo através do qual um soluto (açúcar no caso) dissolve-se no solvente (água, no caso) é chamado de difusão. Difusão facilitada - além de ser um transporte a favor do gradiente de concentração, tem o auxílio de proteínas transportadoras ou carregadoras chamadas de permeases. As glicoses são pouco solúveis em lípidos. Em condições normais, no entanto, atravessam a matriz lipídica com relativa facilidade. Isso se deve à presença de carregadores. O processo executa-se de forma passiva contudo a membrana actua com alguma selectividade não passando qualquer tipo de moléculas. O transporte aqui é sempre feito a favor do gradiente de concentração. São exemplos de moléculas transportadas desta forma oxigénio, etanol, ácidos gordos... Não exige consumo de energia no nível da membrana. A membrana, nesse caso, permite a livre passagem de substâncias, não apresenta carácter selectivo. Por outras palavras, o fluxo de partículas é espontâneo. São exemplos de transporte passivo a difusão, a difusão facilitada e a osmose. Osmose - Quando a membrana é permeável à água e não ao soluto, ocorre um tipo especial de difusão, chamada osmose. Ocorrerá quando duas soluções, de concentrações diferentes, são separadas por uma membrana semipermeável. Este fenómeno pode ser observado quando os glóbulos vermelhos (hemácias) do sangue são colocados em soluções açucaradas de diferentes concentrações. Como a membrana do glóbulo é permeável a água mas não ao sal, apenas a água se difunde, deformando a célula. Se a célula não se deforma quando colocada numa solução, é porque a concentração desta solução é igual à do conteúdo celular. Esta solução é dita isotónica em relação do conteúdo celular. De forma geral, chama-se hipotónica à solução menos concentrada de soluto Biologia Celular e genética Ana Fernandes 2012-2013 e hipertónica à mais concentrada. O solvente caminha sempre da solução hipotónica para a hipertónica. Transporte activo - É um processo que consome energia e se efectua contra o gradiente de concentração, ou seja, as moléculas fluem da região menos concentrada para a mais concentrada. No mecanismo da bomba de Na+ e K+ encontramos glóbulos vermelhos com concentração de potássio muito maior (dentro da célula) do que no plasma sanguíneo, ocorrendo o inverso com o sódio. Este fenómeno só pode ser explicado por um tipo de transporte no qual há bombeamento constante de potássio para dentro e sódio para fora da célula. Este transporte é chamado activo e só pode ser realizado com gasto de energia. Supõese que haja uma substância que funcione como "carregador" de Na+ para fora e K+ para dentro da célula. Endocitose – Entrada de grandes substâncias na célula (sólidos e líquidos) Fagocitose - é o englobamento de partículas sólidas pela célula e é um processo típico de amibas e glóbulos brancos. Pinocitose - é o englobamento de líquido pela célula. Exocitose – Saída de substâncias da célula. BIOMOLÉCULAS 1. Glícidos 2. Lípidos 3. Proteínas 4. Ácidos nucleicos 1. Glícidos Também denominados glícidos, açúcares ou hidratos de carbono. As biomoléculas mais abundantes na natureza. Funções: fonte de energia, reserva de energia, estrutura, matéria-prima para a biossíntese de outras biomoléculas. Fornece energia à célula. Compostos terciários: constituídos por carbono, hidrogénio e oxigénio. Geralmente substâncias polares. Molécula unitária: monossacarídeos ou monossacáridos (são monómeros). As pentoses (5 carbonos) mais importantes são a ribose e a desoxirribose, são utilizadas na síntese de ácidos nucleicos. Os polissacarídeos são os polímeros. O mais comum é o glicogénio (animais) – muito semelhante ao amido – polissacarídeo de reserva da célula vegetal - e a celulose – mais abundante na natureza - (ambos de origem vegetal). O glicogénio e o amido em ambos a função de reserva energética. A celulose é o principal constituinte da parede celular dos vegetais. O amido é a principal fonte de glúcidos da nossa espécie 2. Lípidos Também são conhecidos por gorduras. Substâncias apolares. Desempenham importantes funções: reserva de energia, combustível celular, componente estrutural das membranas biológicas, isolamento e protecção de órgãos. Biologia Celular e genética Ana Fernandes 2012-2013 Podem ser: lípidos complexos – por apresentarem ácidos gordos - e lípidos simples – por não apresentarem ácidos gordos. Nunca apresentam polímeros pois não têm uma unidade molecular. Glicéridos: são as verdadeiras gorduras. Todos eles formados por uma molécula de glicerol – álcool com três grupos OH - e um, dois ou três ácidos gordos. A principal função dos triglicéridos é a reserva de energia. Fosfolípidos: diglicerídeo mais um ácido fosfórico o qual e liga a um álcool normalmente azotado. Desempenham importante função na estrutura e função das membranas biológicas. Esteróides: Lípidos simples. O colesterol é um exemplo de um esteróide. Em doses elevadas pode ser prejudicial à saúde (problemas cardiovasculares). É um esteróide importante na estrutura das membranas biológicas. Não possuem ácidos gordos na sua estrutura. 3. Proteínas As mais complexas moléculas biológicas. Funções: transporte, crescimento, defesa, catálise de reacções, estrutura. Molécula unitária: aminoácido. Existem 20. São polimerizados durante o processo de síntese de proteínas (tradução) nas ribossomas. Os aminoácidos são compostos por um grupo ácido, um grupo aminas. A ligação peptídica é uma ligação covalente que se estabelece em consequência do grupo ácido de um aminoácido e o grupo amina de outro obtendo-se um dipéptido e uma molécula de água (síntese por desidratação). Podem apresentar estrutura primária, secundária, terciária ou quaternária. Constituição das proteínas As proteínas são constituídas por 20 aminoácidos diferentes. A estrutura dos aminoácidos é uma estrutura simples amino (azoto/nitrogénio) ácido ligados por um carbono central por um lado tem hidrogénio e por outro R (radical - que pode ser qualquer coisa que esta em azul) É o R que vai conferir o componente químico. A proteína é um conjunto de aminoácidos Biologia Celular e genética Ana Fernandes 2012-2013 A síntese dos aminoácidos (a ligação dos aminoácidos por ligações covalentes) é sempre por desidratação. Quando estamos a separar aminoácidos é preciso entrar agua. Hidrolise. Estrutura da proteína: É o que condiciona a função da proteína. Pode ser: Estrutura primária Estrutura secundária Estrutura terciária Estrutura quaternária Estrutura primária: Toda a proteína depois de sintetizada começa por apresentar estrutura primária. Sequência e aminoácidos numa cadeia simples com ligações peptídicas. É o nível estrutural mais simples e mais importante, pois dele deriva todo o arranjo espacial da molécula. É destruída por hidrólise. Estrutura secundária: pode ser em hélice ou em folha. É mantida por inúmeras pontes de hidrogénio entre o grupo C=O e o grupo N-H. É dada pelo arranjo espacial de aminoácidos próximos entre si na sequência primária da proteína. Estrutura terciária: É responsável pelo aspecto arredondado das proteínas. Essencial às funções biológicas das proteínas. É dada pelo arranjo espacial de aminoácidos distantes entre si na sequência polipeptídica. É a forma tridimensional como a proteína se “enrola”. Estrutura quaternária: As mais complexas que se conhecem. Ligações fracas. Desempenham algumas das mais importantes funções biológicas como a regulação enzimática. Biologia Celular e genética Ana Fernandes 2012-2013 Desnaturação: consiste na perda, total ou parcial, da estrutura terciária e ou quaternária (por quebra das ligações entre aminoácidos) com a respectiva diminuição ou anulação das propriedades biológicas. É um processo irreversível. Enzimas: são proteínas com função de biocatalisador, isto é, aceleram a velocidade das transformações bioquímicas de modo absolutamente determinante. Praticamente todas as reacções que caracterizam o metabolismo celular são catalisadas por enzimas. Têm a capacidade de acelerar a velocidade de uma reacção sem no entanto participar nela como reagente ou produto. São portanto unidades funcionais do metabolismo celular. 4. Ácidos nucleicos (polinómio) Estão nos núcleos das células mas também fora deles. Desempenham funções informativas. Estão encarregadas de transmitir toda a informação genética. Controlam o fluxo de informação genética de uma geração para outra através das células sexuais. Molécula unitária: nucleótido (monómero). Este é constituído por uma molécula de ácido fosfórico, uma pentose e uma base azotada. Bases azotadas: adenina, timina, citosina, guanina e uracilo. Dois tipos principais de ácidos nucleicos: ácido desoxirribonucleico (DNA) e ácido ribonucleico (RNA). Fosfolípidos Um dos ácidos gordos é substituído por grupo fosfato. Principal componente da membrana celular. Proteínas da membrana Quando falamos da membrana temos de falar dos componentes da membrana. Do ponto de vista da membrana, existem vários grupos de proteínas. Canais ou transportadoras: Movimentam moléculas numa direcção Biologia Celular e genética Ana Fernandes 2012-2013 Receptores: Reconhecem determinados químicos, que estão na membrana e reconhecem determinados químicos, os receptores são importantes porque estão na base do funcionamento das hormonas. Hormona - substancia química produzida em pequenas quantidades numa determinada glândula e vai actual em órgãos/tecido alvo (aqueles que tem os receptores para essa substância) para produzir uma determinada consequência. União de moléculas: síntese por desidratação Monómero vs Polímero Ideia: Polímeros -colar de missangas Monómeros - aminoácidos – missangas Os polímeros dividem-se em monómeros: Hidrólise Metabolismo alimentar: Constantemente se processam reacções que podem precisar de energia ou gastar energia para se realizarem. Biologia Celular e genética Ana Fernandes 2012-2013 Reacções endergónicas: precisam de energia, há mais energia nos produtos, diminuição da entropia. Reacções exergónicas: gastam energia, há menos energia nos produtos, são reacções de simplificação, aumento da entropia. ATP – Trifosfato de adenosina É o transportador biológico de energia. É composto por uma base azotada + ribose + trifosfato Não há vida sem ATP Metabolismo alimentar - transformação do que comemos para energia. Energia - capacidade de realizar trabalho. Energia química Eléctrica Nuclear Calorífica - Unidade de energia calorifica (Caloria) 1000 Calorias = 1 kcal - unidade utilizada por fisiologistas, por nutricionistas Como as kcal se relaciona com a energia nas moléculas de ATP que vão dar ADP? Leis da termodinâmica Se um organismo estiver em repouso, estável sem crescer = taxa metabólica (é uma medida das necessidades energéticas do organismo) Há um mínimo de calorias, varia de pessoa para pessoa, de país para país. Os critérios mínimos (OMS) mulheres, normalmente mais pequena, taxa metabólica basal, necessária param respirarmos e vivermos, 1300 a 1500 kcal diárias, enquanto os homens, 1600 a 1800kcal. Para uma pessoa sedentária 30% das calorias é que acabam por ir para o músculo. Para pessoa activa 95% O que gera energia: Hidratos de carbono (açucares amido) - massa pão arroz - 4,2 cal/g Proteína - 4,1 cal por grama Gordura - 9,5 cal por grama Os hidratos de carbono vão ser partidos em açúcares (glucose) - glicólise (com oxigénio disponível) – é maioritariamente na cadeia respiratória que se produz o ATP. A glicólise Biologia Celular e genética Ana Fernandes 2012-2013 também forma açúcares mais pequenos que são usados para o metabolismo da célula. Normalmente são armazenados no fígado ou no músculo (glicogénio) As proteínas são utilizadas para a parte esquelética, para a estrutura das células ou dos tecidos. Os aminoácidos vão formar mais proteínas necessárias para o nosso organismo e outra vez o outro processo de cima. Normalmente não são armazenadas, energia como ultimo recurso. Lípidos - São os que nos dão mais energia, no entanto, não são a 1º coisa para ser utilizada na célula (pela forma como têm que ser processado lentamente, de 2 em 2 carbonos pelo ciclo de Krebs), serve para armazenar energia (moléculas apolares, não se dissolvem na agua). Em caso de ma nutrição, o corpo alimenta-se de si próprio, consome por completo de hidratos de carbono, lípidos e proteínas. Quando chega ao ponto de ir as proteínas a massa muscular vai-se e depois vão aos órgãos. Vida e Energia A vida envolve um fluxo constante de energia. Sendo esta energia a capacidade de produzir trabalho. Leis da termodinâmica Primeira lei – A energia não pode ser criada ou destruída, só modificada. Segunda lei – Num sistema fechado a desordem (entropia) tende a aumentar. Ex: Para manter o corpo organizado, desorganizamos a energia. Desorganizamos os alimentos para organizar o nosso organismo. Entropia É uma medida de desordem, é preciso contrariar a entropia, sendo assim, os organismos de uma constante input de energia para continuarem a funcionar. Energia e reacções químicas As reacções químicas libertam e armazenam a energia. Na célula temos dois tipos de reacções: Biologia Celular e genética Ana Fernandes 2012-2013 Reacções que libertam energia Outras que precisam de energia. Precisamos de uma molécula que vá buscar energia onde a mais e levar onde é necessário. Ai aparece o ATP. Reacções endógenas Necessitam de energia, ocorre a formação de moléculas, reacções anabólicas (de construção) pensar nos esteróides anabolisantes (criam músculos). Para que os processos celulares funcionam, estas duas reacções tem de ser emparelhadas. Energia das exergónicas dão energia as endergónicas. ATP O ATP é que vai buscar a umas para dar a outras. Uma pilha daquelas recarregáveis, ATP é uma pilha carregada. A pilha descarregada é ADP. Ribose faz parte da estrutura do RNA. Base azotada - neste caso a adenina Adenosina = ribose + adenina Neste terceiro fosfato esta guardada energia. Liberta o fosfato quando entra uma molécula de H2O. Biologia Celular e genética Ana Fernandes 2012-2013 Fosforilação É a energia transferida junto com o fosfato. Hidrólise do ATP. ATP carregada, vem uma molécula de água, quando se separa o ultimo ATP é libertada a energia contida, ganha agua. Ciclo ADP para ATP Respiração Celular Este processo, respiração celular, chama-se respiração porque, implica entrada de oxigénio e saída de hidróxido de carbono. Este processo, basicamente é como se fosse uma fábrica e estes processos três são como se fossem a desmontagem de uma molécula. Começamos na mais simples glucose, toda a energia que nos conseguimos para fazer ATP. Biologia Celular e genética Ana Fernandes 2012-2013 O partir da molécula de glucose, agarrar toda a energia das ligações covalentes, carregar ADP para dar ATP. Uma molécula de açúcar na presença de oxigénio vai dar origem em dióxido de carbono e agua. Mas neste processo consegue transformar 36ADP em 36ATP. Na presença de oxigénio. Este processo permite carregar 36 pilhas. A imagem mostra que a linha de desmontagem: - Glicólise - Ciclo de Krebs - Cadeia de transporte de electrões. Glicólise ocorre no citoplasma da célula. Não é dentro de organelo nenhum. Ciclo de Krebs e a cadeia ocorre na mitocôndria. Glicólise Isto é uma cadeia de desmontagem. Queremos partir a glucose. Glicólise - Quebra da glucose. Entra a glicólise, tem 6 carbonos e saem duas moléculas, cada uma com três carbonos. Rende 2 ácidos pirúvicos, e 2 ATP Ocorre fora da mitocôndria, dentro do citoplasma. Tenho uma molecular de açúcar, partir ligações, a molécula parte-se em dois, arranjos, e consigo arranjar 2ATP por arranjo. Ela rende uns NAD+ que passa a NADH ela vão apanhar os electrões, nesta quebra em dois, a electrões que estão libertados e vão estes carregadores apanha-los para utilizar mais a frente. Como ocorre fora da mitocôndria ela não precisa de oxigénio. Com ou sem oxigénio é garantida. Biologia Celular e genética Ana Fernandes 2012-2013 No fim aparecem os piruvatos, que têm energia, 3 carbonos com montes de electrões. Temos de desmontar mais. Ciclo de Krebs Ciclo de Krebs ocorre dentro da mitocôndria é preciso oxigénio, o piruvato não consegue entrar tendo de ser transformado em Acetyl-Coa através de alterações (que não precisamos de saber) Cadeia de transporte de electrões: Os carregadores vão todos parar aqui, todos os electrões que foram das moléculas partidas nos outros processos, tanto da glicólise como no ciclo de krebs. Aqui vão ser produzidos os ATP a partir deles todos. Os electrões que chegam todos dos carregadores e nessa membrana vão estar uma data de proteínas, os electrões vão ser despachados nestas proteínas, as proteínas vão permitir que os electrões saltem de proteína em proteína, perdendo a carga eléctrica, e é essa energia que é libertada, permite que o ADP passe a ATP. Biologia Celular e genética Ana Fernandes 2012-2013 Onde está o O2? Quando os electrões já saltaram tudo o que tinham a saltar, são aceites para o oxigénio aceita os electrões e juntam-se para fazer água. Porque a cadeira de electrões e o ciclo de krebs, não funcionam se não houver oxigénio. Se o oxigénio não estiver aqui para receber o hidrogénio, as proteínas não conseguem fazer os electrões saltar, os transportadores não os conseguem libertar e todo o processo pára (excepto a glicólise que pode decorrer na ausência do oxigénio). Fermentação A glicólise mesmo só rendendo 2 ATP’s é importante. Na ausência de oxigénio, os produtos da glicólise não podem progredir. Isso acontece nas leveduras, que não tem mitocôndrias, e nos bolores e algumas bactérias. 1 imagem, os carregadores libertam os electrões - fermentação alcoólica. 2 imagem, quando uma pessoa faz exercício, ocorrendo acido láctico. Resumo da respiração celular DNA, genes e cromossomas Biologia Celular e genética Ana Fernandes 2012-2013 Ácidos nucleicos: Constituídos por nucleótidos (monómeros) tanto de DNA como RNA. Armazenam informação DNA Dupla hélice Estrutura dos nucleótidos Componentes: - Grupo fosfato - Base azotada (1 de 4) - Açúcar com cinco carbonos (pentose) De RNA para DNA muda a pentose e uma base azotada U - T Biologia Celular e genética Ana Fernandes 2012-2013 Bases azotadas Guanina – Citosina (DNA e RNA) Adenina – Timina (DNA) Adenina – Uracilo (RNA) Esqueleto da dupla cadeia (Parte azul) é o açúcar (ribose) e fosfatos As cores do meio são as bases azotadas, que formam as duplas hélices de DNA e que ligam ambas as cadeias. Cromossomas Autossomas - 22 cromossomas, chamam-se assim porque não estão relacionados com a determinação do género. São diplóides pois para cada cromossoma temos informação do lado da mãe e outro do pai. No que diz respeito ao par sexual, isso não se verifica, raparigas (x da mãe e x do pai, um fechado, completamente um deles inactivo) no caso dos rapazes (x e y) É possível ser x0 não tem atraso cognitivo, mas não é possível ter uma pessoa yo. Os homens são mais sujeitos a doenças relacionado com o x. Regras da recessividade. Quando fazemos o diagnóstico do cariotipo, só se consegue ver doenças que afectam número e na estrutura do mesmo. As trissonomias existem, e pode ser diagnosticado através do cariotipo. Biologia Celular e genética Ana Fernandes 2012-2013 DNA auto-replica-se: Como ocorre a replicação do DNA: Quando uma célula se vai dividir para formar duas, precisa de ter tudo a dobrar, antes da célula se dividir. O processo pelo qual isso acontece, é um processo de replicação semiconservativa 1º PASSO - quebra das ligações entre as bases. Em vários sítios ao longo da cadeia de DNA, as cadeias vão se abrir (bolhas de replicação) 2º PASSO - Aparecem novas cadeias, devido a uma enzima que se chama DNA polimerase (faz polímeros de DNA) vai buscar nucleóticos de DNA soltos e vai encaixa-los para formar uma nova cadeia de DNA (através da complementaridade de bases) Utilizam-se enzimas que são específicas, e que só fazem esta reacção. Sendo que DNA polimerase só consegue fazer o seu trabalho de 5' para 3'. Quando é 3' para 5' desenrola um bocadinho e faz o seguimento, depois é necessário vir um DNA ligase (também é a enzima que liga o nosso material genético quando se parte no nosso dia a dia) para ligar estas partes. Forma-se mas é intermitente. Gene Gene é uma sequencia de nucleótidos, unidade de hereditariedade, na maior parte dos casos codifica uma sequencia de aminoácidos mas pode também ser de RNA. É uma sequência de nucleótidos. E codifica para uma sequência de aminoácidos (ou para RNA não codificante). Sequência de DNA Genoma é toda a informação genética de um determinado organismo (que genes estão relacionados com uma determinada característica) Uma grande parte do nosso genoma não dá lugar a quase nada, na realidade uma grande parte do nosso material genético não se sabe o que ele faz. Uma coisa que sabemos é que há muito material genético que não tem uma função evidente. Biologia Celular e genética Ana Fernandes 2012-2013 Expressão do DNA Síntese de polipéptidos: = cadeias de aminoácidos por ligações peptídicas. = proteínas. Telómeros O ADN está inactivo quando está no cromossoma, não tao a ser produzidas, porque a condensação dos cromossomas impede a função do gene – Não há transcrição. Os Telómeros são uma espécie de capsulas que protegem as pontas dos cromossomas dos erros. Vão diminuindo à medida que a célula se divide. Quanto mais velhas são as células, mais pequenos são os seus telómeros. A diminuição dos telómeros é uma das explicações do envelhecimento, pois quando os telómeros ficam demasiado curtos as células não funcionam. Mutações: São alterações no DNA, que podem ser de diversos tipos: - Pontuais/genéticas - Cromossómicas: - Numéricos - Estruturais Fontes de mutação: Radiação Alguns químicos Transposões (contribuem para a taxa de mutação, podem causar alterações visíveis, ocorre quando algumas sequências de DNA se movem de uma posição para a outra). Mutações: Mutações pontuais/genéticas (pequeno tamanho). Mutações cromossómicas: Mutações numéricas Mutações cromossómicas estruturais. Mutações numéricas: Biologia Celular e genética Ana Fernandes 2012-2013 Erros durante a formação de gâmetas, neste caso existe uma não disjunção de gâmetas quando os cromossomas se separam. Existindo uma possibilidade reduzida de existirem óvulos normais. Síndrome de Down Ocorre uma não disjunção autossómica do cromossoma 21. Existe uma maior incidência, como demonstra a figura, que as mães que tenham filhos com uma idade superior a 35 anos, a probabilidade de ter filhos com síndrome de Down aumentam exponencialmente. Não disjunção dos cromossomas sexuais Mutações cromossómicas estruturais: Alteram a mensagem genética: - Duplicação - Translocação - Inversão - Deleção Quando um segmento é duplicado. Biologia Celular e genética Ana Fernandes 2012-2013 Quando existe a mudança de um segmento. Quando segmento. existe uma inversão de um Quando existe algum segmento que é eliminado. Resumo para os exercícios: Biologia Celular e genética Ana Fernandes DNA (Núcleo) DNA - TACGCA Transcrição Processamento RNAm RNAm - AUGCGU RNAt - UACGCA Tradução Aminoácidos (Citoplasma, ribossmos, RER) Meiose e Mitose Mitose Funções: Crescimento Renovação celular 1 filha (igual à mãe) 1 célula inicial 1 filha (igual à mãe) O DNA fica inactivo. a.a – Ir à tabela e ver. 2012-2013 Biologia Celular e genética Ana Fernandes 2012-2013 Interfase – Tempo que a célula demora a preparar-se para se dividir. G1 – Aumento de volume; replicação de organelos. S- DNA a replicar-se G2 – Prepara-se para se dividir e condensa os cromossomas. Profase – Centríolos começam a ir para os polos da célula; Núcleo desaparece; crescem fibras como as do citoesqueleto; cromossomas ficam “pegados”. Metafase – Os cromossomas alinham-se na placa equatorial, 46 cromossomas. É nesta altura que se tiram a imagem para o cariótipo. Anafase ou ascensão polar – Cromossoma parte-se em dois e vai para cada polo um cromatídeo. Telofase – Forma-se de novo e os cromossomas vão ficar a desenrolar-se. Citocinese – Divisão real do citoplasma e a criação de duas células independentes. Meiose É a divisão envolvida na produção dos gâmetas (espermatozóides e óvulos). Profase I – Em vez de isolados, estão juntos com o seu par, ex. (21,21); os cromossomas vão trocar entre cromatídeos não irmãos. Anafase I – São os cromossomas que vão para os polos e não os cromatídeos. Quando acaba a meiose I ainda se tem 2 cromatídeos. Meiose II – Resultado quatro células haplóides com metade da inicial Biologia Celular e genética Ana Fernandes 2012-2013 Variabilidade genética = crossing-over. Células diplóides (2N) 23 pares de cromossomas nos humanos 2 cromossomas do mesmo par, a mesma sequência de genes Células haplóides (N) Produzidas através da meiose Contém apenas um conjunto de cromossomas A redução do número de cromossomas (para metade) permite a formação do zigoto diplóide. Reprodução dos eucariotas unicelulares Ocorre por mitose É assexuada Produz dois organismos idênticos Reprodução assexuada Eucariotas unicelulares Algumas plantas e animais Meiose Redução para metade do número de cromossomas: 2N � N Constituída por duas divisões seguidas: Meiose I e Meiose II Resultam quatro células haplóides. Meiose I Separação dos cromossomas homólogos Na ProfaseI, os pares de cromossomas homólogos untam-se e ocorre a combinação génica(“crossing-over”), ou seja pode existir troca de fragmentos entre cromatídios não-irmãos). Biologia Celular e genética Ana Fernandes Fases da Meiose I Fases da meiose II Importância da recombinação É uma fonte de variabilidade indispensável para a evolução. 2012-2013 Biologia Celular e genética Espermatogénese Oogénese Ana Fernandes 2012-2013 Biologia Celular e genética Ana Fernandes 2012-2013 Resumo: Padrões de hereditariedade Mendel Monge austríaco (século XVIII) •Trabalhou com ervilheiras •Descobriu o processo de hereditariedade Porquê ervilheiras? •Flores hermafroditas •Polinização pode ser controlada Linhagens puras •Auto-polinização produz descendentes iguais à geração parental ao longo das gerações Experiências de Mendel •Cruzou artificialmente linhagens puras de ervilheiras •Registou as características dos descendentes destes cruzamentos Conclusões do trabalho de Mendel •Os caracteres são herdados através dos genes •Alelos são formas alternativas de genes •Os gâmetas recebem apenas 1 alelo de cada par •Os alelos podem ser iguais ou diferentes Biologia Celular e genética Ana Fernandes 2012-2013 Lei da separação e da união – Pares de alelos separam-se na formação dos gâmetas e unem-se na fecundação. Lei da segregação independente – A transmissão de um alelo para um caracter para os gâmetas é independente da transmissão de outros alelos para outros caracteres Alelos de um indivíduo •Homozigótico – possui dois alelos idênticos para uma característica •Heterozigótico – possui alelos diferentes para uma característica Genótipo: conteúdo alélico de um indivíduo Fenótipo: Características de um indivíduo (pode ou não ser igual ao genótipo) Extensões às leis de Mendel •Alelos múltiplos – Mais do que dois alelos para um determinado gene. Ex. Grupo sanguíneo (A,B,0). •Codominância ou dominância incompleta. Ex: Grupo sanguíneo onde A domina o O e AB são os genótipo e fenótipo sendo os dois dominantes. •Hereditariedade poligénica – Vários genes para uma única característica. Ex. Altura •Pleiotropia – Um gene afecta várias características. Ex. Anemia falciforme. – Défice no transporte de oxigénio – Vantagem para os heterozigóticos (protecção contra a malária) •Epistasia – Um gene controla outro gene. Ex. Albinismo •Hereditariedade ligada aos cromossomas sexuais – Como é que a transmissão é feita diferencialmente, se por X ou por Y. Genética das Populações Lei de Hardy-Weinberg A determinação das frequências génicas de uma população em gerações sucessivas indica se existe, ou não, manutenção do fundo genético, se estão a actuar factores de evolução. Considere-se, numa população mendeliana, um fundo genético constituído por dois alelos A e a: Biologia Celular e genética Ana Fernandes 2012-2013