técnico em estética - Colégio Técnico São Bento

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COLÉGIO TÉCNICO
SÃO BENTO
“Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
Biossegurança
Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405
Tel.: (11) 4678-5508- [email protected]
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“Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
SUMÁRIO
Biossegurança na Estética.........................................................................................01
Acidente do Trabalho................................................................................................02
Profissionais de Saúde e tipos de exposições............................................................02
Tipos de Riscos.........................................................................................................03
Os Germes e a Origem das Infecções.......................................................................04
Como nos proteger durante nosso trabalho em Estética...........................................05
Equipamentos de Proteção Individual (EPI)............................................................05
Tipos de EPI.............................................................................................................06
Manipulação de Instrumentos e Materiais................................................................13
Manipulação de Materiais Cortantes........................................................................13
Limpeza de Pele........................................................................................................14
Principais Doenças Infecto – Contagiosas................................................................16
Acidente com sangue e/ou secreções-atendimento do profissional exposto............32
Coleta Seletiva dos resíduos sólidos de saúde...........................................................34
Bibliografia e Agradecimentos..................................................................................38
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Biossegurança na Estética
A biossegurança na estética consiste em ações de prevenção de doenças no ambiente de
trabalho. Sabemos que quando se trata da relação de contato profissional-cliente os riscos de
serem transmitidas doenças que vão desde um simples resfriado, até uma micose, hepatite e
AIDS existem. Algumas medidas hoje são até mesmo colocadas no guia técnico que existe
para profissionais, um trabalho realizado pela COVISA, com o propósito de garantir a
qualidade da saúde daquele que cuida da beleza. Em razão da crescente demanda do segmento
de beleza, a vigilância sanitária mobiliza-se para verificar e garantir a qualidade e segurança
do serviço prestado. Para quem entende que Beleza está ligada diretamente com o bem-estar e
esse com a saúde, inserir tais atitudes no ambiente de trabalho é contribuir também pela
credibilidade na atuação da esteticista ou do profissional de beleza. A fundamental assepsia e
anti-sepsia das mãos, a lavagem com sabonete líquido antes e depois de cada procedimento,
antes de colocar luvas e depois de retirá-las e, o uso de anti-sépticos que destroem as bactérias
e, que inclusive várias empresas de cosméticos na área de estética possuem, com ativos
hidratantes que higienizam e não deixam as mãos ressecadas. A apresentação do profissional
também é super importante, não somente por questão visual, mas pela higiene, unhas
compridas acumulam sujidades, cabelos soltos é fonte de transmissão, sapatos abertos não
protegem o profissional e o uso do avental é justamente para que haja uma separação, entre o
ambiente externo e do trabalho, preservando a integridade higiênica do contato profissionalcliente. A limpeza do ambiente é essencial, imagine, depois de um dia cheio, numa cidade
movimentada como São Paulo, por exemplo, sua cliente ir até a sua cabine e lá entrar num
ambiente limpo, aromatizado quem sabe... e obrigatoriamente arejado, com toda estrutura
organizacional, lixeiras de pedal, pra que não se tenha contato com o lixo, mantendo os
materiais perfuro - cortantes como a agulha tipo insulina, separados do lixo comum, evitando
até mesmo por em risco a saúde daquele que realiza a coleta, além do uso de lençol, espátula e
materiais de apoio descartáveis, e os que não forem realizar a limpeza correta, desinfecção
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primeiramente com água e sabão, depois adequando de acordo com o material, a esterilização
com soluções como álcool a 70% ou autoclave. O uso imprescindível dos chamados EPI's
(Equipamentos de proteção individual), que são as máscaras que protegem da inalação de
aerossóis, protetores oculares, aventais e gorros que protegem de respingos, e as luvas que
devem ser sempre usadas em procedimentos que entrem em contato com secreções, devendo
ser descartadas após o uso. Devemos nos atentar também aos cosméticos que utilizamos nos
procedimentos, eles devem ser devidamente regulamentados pela ANVISA/Ministério da
saúde, prestando atenção nas datas de validade e armazenando-os em local seco, limpo e
arejado. Tudo isso está incluso no que você esteticista pode e deve oferecer ao seu cliente! Os
custos não existem, quando se leva em conta, o diferencial em ter beleza com segurança, os
clientes sentem a diferença, pagam por ela e só tendem a crescer no seu estabelecimento, você
obtém além dos resultados em seus tratamentos sem comprometimento, a certeza de que é
uma profissional, uma verdadeira "cuidadora" da beleza, do bem-estar e do principal: Saúde!
Promova isso, contagie o mercado com o que há de melhor!
Acidente do trabalho
Considera-se acidente de trabalho o acidente sofrido pelo trabalhador aserviço da empresa na
realização do trabalho ocasionando danos corporais,perturbação funcional ou doença que
cause a morte, perda ou reduçãotemporária ou permanente da capacidade para exercício do
trabalho.
Sãoconsiderados,
ainda,
como
AT
os
acidentes
de
trajeto
e
as
doençasocupacionais.É importante ressaltar que os acidentes sofridos pelos trabalhadores,
nohorário ou local de trabalho, devido agressões praticados por terceiros oucolegas de
trabalho também são considerados acidentes de trabalho. Assimcomo aqueles acidentes
sofridos fora do local e horário de trabalho, desde queo trabalhador esteja executando ordens
ou serviços para a empresa.
Profissionais de saúde e tipos de exposições
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São considerados profissionais e trabalhador do setor saúde os que atuam, direta
ouindiretamente, em atividades onde há risco de exposição ao sangue e a outros materiais
biológicos, incluindoaqueles profissionais que prestam assistência domiciliar, atendimento
pré-hospitalar e ações de resgate feitaspor bombeiros ou outros profissionais.As exposições
que podem trazer riscos de transmissão ocupacional do HIV e dos vírus das hepatites B(HBV)
e C (HCV) são definidas como:
• Exposições percutâneas – lesões provocadas por instrumentos perfurantes e cortantes (por
ex.agulhas, bisturi, vidrarias);
• Exposições em mucosas – por ex. quando há respingos na face envolvendo olho, nariz,
boca ougenitália;
• Exposições cutâneas (pele não-íntegra) – p.ex. contato com pele com dermatite ou feridas
abertas
• Mordeduras humanas – consideradas como exposição de risco quando envolverem a
presença desangue, devendo ser avaliadas tanto para o indivíduo que provocou a lesão quanto
àquele que tenhasido exposto.
Tipos de riscos
Os riscos no ambiente laboral podem ser classificados em cinco tipos, de acordo com a
Portaria n° 3.214, do Ministério do Trabalho do Brasil, de 1978. Esta Portaria contém uma
série de normas regulamentadoras que consolidam a legislação trabalhista, relativas à
segurança e medicina do trabalho. Encontramos a classificação dos riscos na sua Norma
Regulamentadora número 5 (NR-5):
NORMA REGULAMENTADORA 32 - NR 32
Segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde
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Do objetivo e campo de aplicação
Esta Norma Regulamentadora - NR tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a
implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços
de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em
geral.
Riscos e seus agentes:
Riscos de acidentes
Qualquer fator que coloque o trabalhador em situação vulnerável e possa afetar sua
integridade, e seu bem estar físico e psíquico. São exemplos de risco de acidente: as máquinas
e equipamentos sem proteção, probabilidade de incêndio e explosão, arranjo físico
inadequado, armazenamento inadequado, etc.
Riscos físicos
Consideram-se agentes de risco físico as diversas formas de energia a que possam estar
expostos os trabalhadores, tais como: ruído, calor, frio, pressão, umidade, radiações ionizantes
e não-ionizantes, vibração, etc.
Riscos químicos
Consideram-se agentes de risco químico as substâncias, compostos ou produtos que possam
penetrar no organismo do trabalhador pela via respiratória, nas formas de: poeiras, fumos
gases, neblinas, névoas ou vapores, ou que seja, pela natureza da atividade, de exposição,
possam ter contato ou ser absorvido pelo organismo através da pele ou por ingestão.
Riscos biológicos
Consideram-se como agentes de risco biológico as bactérias, vírus, fungos, parasitos, entre
outros.
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Riscos ergonômicos
Qualquer fator que possa interferir nas características psicofisiológicas do trabalhador,
causando desconforto ou afetando sua saúde. São exemplos de risco ergonômico: o
levantamento de peso, ritmo excessivo de trabalho, monotonia, repetitividade, postura
inadequada de trabalho, etc.
Os germes e a origem das infecções
Os germes são seres vivos infinitamente pequenos, não sendo possível vê-los a olho nu.
Paraserem visualizados, precisamos da ajuda de um microscópio. Por isso são chamados
demicrorganismos ou micróbios = micro (pequeno) bio (vida).Estes micróbios são
classificados em: protozoários, fungos, vírus- bactérias. Como exemplo de doenças causadas
por protozoários tem a Giardíase, doença intestinal que causa diarréia. Das doenças causadas
por fungos,temos as micoses de pele e a Candidíase oral (sapinho) ou vaginal. Exemplo de
doenças causadas por vírus tem a Gripe, a Hepatites e a AIDS. Como doenças bacterianas, os
furúnculos, as amigdalites, e as pneumonias causadas por estes germes são alguns exemplos.
Assim, fica ilustrado que os microrganismos, também chamados de agentes infecciosos,
podem causar infecção.
Infecção é uma doença caracterizada pela presença de agentes infecciosos que provocam
danosem determinados órgãos ou tecidos do nosso organismo causando febre, dor, eritema
(vermelhidão), edema (inchaço), alterações sanguíneas (aumento do numero de leucócitos) e
secreção purulenta do local afetado, muitas vezes. O nosso contato com microrganismos não
significa obrigatoriamente que desenvolveremos doenças.
Como nos proteger durante nosso trabalho em estética
Durante o desenvolvimento de nosso trabalho na área da saúde, tanto no atendimento direto
ao cliente ou nas atividades de apoio, entramos em contato com material biológico.
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Comomaterial biológico, nos referimos a sangue, secreções e excreções, saliva e outros
fluidos corporais. Estes materiais biológicos podem estaralojando microrganismos, por isso
consideramos estes fluidos de pacientes ou os equipamentos e ambiente que tiveram contato
com eles, como potencialmente contaminados por germes transmissíveis dedoenças. Por não
sabermos se os germes estão ou não presentes nestes equipamentos, vamos sempreconsiderálos contaminados. Desta forma, na nossa rotina de trabalho sempre devemos estar
conscientesda importância de nos protegermos ao manipularmos materiais, artigos, resíduos e
ambiente sujos desangue e/ou secreções.
Para nossa proteção usaremos os Equipamentos de Proteção Individual, que irãobloquear a
transmissão de microrganismos evitando a nossa contaminação, a dos clientes e do ambiente
de trabalho.
Equipamentos de Proteção Individual –EPI's
Iremos abordar algumas considerações sobre o que são os equipamentos de proteção
individual, bem como, deve ser o uso correto dos mesmos pelo profissional na realização de
procedimentos estéticos, como forma de proteção contra doenças infecto-contagiosas. Na
realização de limpezas de pele, a alta rotatividade no atendimento e o contato profissionalcliente muito próximo e prolongado, fazem com que o risco de exposição do esteticista a
microorganismos provenientes do cliente, seja por meio de secreções como a saliva; fluídos
como sangue; exsudatos provenientes da extração de acnes ou por meio de lesões na pele seja
aumentado. Desta forma, o profissional pode torna-se mais vulnerável à contaminação por
diversas doenças infecto-contagiosas, como: herpes, hepatite B, hepatite C, gripe, resfriado,
tuberculose e AIDS.
Para os fins de aplicação da Norma Regulamentadora – NR 6, considera-se Equipamento de
Proteção Individual - EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo
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trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no
trabalho.
As recomendações hoje existentes para o uso de EPI's são bastante genéricas e padronizadas,
não considerando variáveis importantes como o tipo de equipamento utilizado na operação, os
níveis reais de exposição e até mesmo das características ambientais e da cultura onde o
produto será aplicado. Estas variáveis acarretam muitas vezes gastos desnecessários,
recomendações inadequadas e podem aumentar o risco do trabalhador, ao invés de diminuí-lo.
Obrigação do empregador:

Fornecer os EPI’s adequados ao trabalho

Instruir e treinar quanto ao uso dos EPI’s

Fiscalizar e exigir o uso dos EPI’s

Repor os EPI’s danificados
Obrigação do trabalhador:

Usar e conservar os EPI’s
Quem falhar nestas obrigações poderá ser responsabilizado:

O empregador poderá responder na área criminal ou cível, além de ser multado pelo
Ministério do Trabalho.

O funcionário está sujeito a sanções trabalhistas podendo até ser demitido por justa
causa.
Tipos de EPI
Óculos de Proteção
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Os óculos, assim com as máscaras, também representam uma barreira de proteção de
transmissão de infecções, mais particularmente, uma proteção para os profissionais, diante do
risco de fluídos contaminados como sangue, exsudatos e secreções, atingirem diretamente os
olhos.
(Os óculos de proteção devem ser usados para evitar que
sangue, exsudatos (como pus ou secreções como saliva), atinjam os olhos do profissional
durante o atendimento, visto que a conjuntiva do olho apresenta menor barreira de proteção,
que a pele).
Um exemplo de situação que poderia ocorrer na estética, durante uma limpeza de pele, seria
na extração de uma pústula, que tende, com a pressão dos dedos, espirrar o seu conteúdo,
podendo atingir face e olhos do profissional. Os óculos devem ser colocados após a máscara,
ficando posicionado sobre a mesma.
Consideramos que os óculos adequados devem possuir barreiras laterais, ser leves e
confortáveis e de transparência o mais absoluta possível, devendo ser de material de fácil
limpeza. Quando os óculos apresentarem sujidades, devem ser lavados com sabonetes
líquidos germicidas ou soluções anti-sépticas, enxaguados e enxugados com toalha de papel.
O gorro e a máscara de proteção
O gorro evita a queda dos cabelos (que representam uma importante fonte de infecção, já que
podem conter inúmeros microrganismos), na área do procedimento.
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Além disso, o gorro oferece uma barreira mecânica para a possibilidade de contaminação dos
cabelos, através de secreções que possam "espirrar", além de evitar que microorganismos
possam colonizar os cabelos do profissional. É uma medida de segurança e de higiene, tanto
para o profissional quanto para o cliente, que também deverá utilizá-lo.
O profissional deve prender os cabelos, sem deixar mechas
aparentes, de forma que o gorro cubra todo o cabelo e orelhas, conforme. Ao retirar o gorro, o
mesmo deve ser puxado pela parte superior central e descartado no lixo, devendo ser trocado
entre os atendimentos sempre que houver necessidade, devido ao suor e as sujidades. Gorros
descartáveis não devem ser guardados, pois representam um meio bastante propício à
proliferação de bactérias.
A máscara representa uma importante forma de proteção das mucosas da boca e do nariz,
contra a ingestão ou inalação de microorganismos, também representa a mais importante
medida de proteção das vias superiores, contra os microorganismos presentes durante a fala,
tosse ou espirro. Devem ser sempre utilizadas no atendimento de todos os clientes e são
obrigatoriamente descartáveis. Devem apresentar boa qualidade de filtração e ser seguras
durante duas horas de uso.
O profissional deve considerar algumas características ao comprar máscaras, as quais devem:
 Ser confortáveis;
 Ter boa adaptação aos contornos faciais;
 Não tocar lábios e a ponta do nariz;
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 Não irritar a pele;
 Não provocar embaçamento dos óculos;
 Ter boa capacidade de filtração;
 Ser descartável.
O avental
Os vários tipos de aventais são usados para fornecer uma barreira de proteção e reduzir a
oportunidade de transmissão de microorganismos. Previnem a contaminação das roupas do
profissional, protegendo a pele da exposição a fluídos como sangue, exsudatos e secreções
orgânicas.
Os aventais não precisam ter necessariamente a cor branca,
apesar de possibilitar a melhor visualização de sujidades, devem apresentar mangas longas
para que os punhos possam ser cobertos pelas luvas, para assim, permanecerem
descontaminados, o que irá possibilitar uma melhor proteção do profissional. Os aventais
devem ser trocados, sempre que apresentarem sujidades e contaminação visível seja por
sangue ou por secreções orgânicas. Devem ser utilizados somente na área de trabalho e nunca
devem ser guardados no mesmo local, onde são guardados objetos pessoais.
As luvas
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As luvas são usadas como barreira de proteção prevenindo contra contaminação das mãos ao
manipular material contaminado, reduzindo a probabilidade de que microrganismos presentes
nas mãos sejam transmitidos durante procedimentos.
O uso de luvas não substitui a necessidade da LAVAGEM DAS MÃOS porque elas podem
ter pequenos orifícios inaparentes ou danificar-se durante o uso, podendo contaminar as mãos
quando removidas.
luvas
sobre luvas
Técnicas
 Lavar as mãos com água e sabão antes de calçá-las;
 Colocá-las de forma a cobrir os punhos do avental;
 Enquanto o profissional estiver de luvas, não deverá manipular objetos como canetas,
fichas de clientes, maçanetas, ou qualquer objeto que esteja fora do seu campo de
trabalho, a não ser com o uso de sobre - luvas;
 Usar luvas de látex SEMPRE que houver CHANCE DE CONTATO com sangue,
fluídos do corpo, trabalho com microrganismos e animais de laboratório.
 Usar luvas de PVC para manuseio de citostáticos (mais resistentes, porém menos
sensibilidade).
 Lavar instrumentos, roupas, superfícies de trabalho SEMPRE usando luvas.
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 Luvas (de borracha) usadas para limpeza devem permanecer 12 horas em solução e
 Hipoclorito de Sódio a 0,1% (1g/l de cloro livre = 1000 ppm). Verificar a integridade
das luvas após a desinfecção.
 NUNCA reutilizar as luvas, DESCARTÁ-LAS de forma segura.
 As luvas deverão ser retiradas imediatamente, após o término do tratamento do
cliente;
 Deverão ser removidas pelo punho, evitando tocar na sua parte externa;
 Deverão ser jogadas no lixo para materiais contaminados;
 As mãos deverão ser lavadas, assim que as luvas forem retiradas. Segundo o
Ministério da Saúde (BRASIL, 2000a), as luvas não protegem de perfurações de
agulhas, mas está comprovado que elas podem diminuir a penetração de sangue, em
até
50%
de
seu
volume.
É necessário esclarecer os profissionais, que não acreditam na necessidade de maiores
cuidados com a própria saúde, que a não utilização dos equipamentos de proteção
individual, pode favorecer a sua própria contaminação.
Ao lavarmos as mãos estabelecemos uma seqüência de esfregação das partes da mão
com maior concentração bacteriana. Vejamos a técnica da lavagem das mãos:
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É importante lembrar que para melhor remoção da flora microbiana as mãos devem estar sem
anéise com as unhas curtas, caso contrário, uma carga microbiana ficará retida nestes locais
sendo passíveisde proliferação e transmissão. Na lavagem rotineira das mãos o uso de sabão
neutro é o suficiente para aremoção da sujeira, da flora transitória e parte da flora residente. O
uso de sabões com anticépticosdevem ficar restritos a locais com pacientes de alto risco e no
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desenvolvimento de procedimentos cirúrgicos e invasivos ou em situações de surto de
infecção hospitalar.
Uso do álcool gel
Geralmente as instalações físicas no ambiente de trabalho têm poucas pias e temos uma
demandagrande de trabalho, de forma que lavamos pouco as mãos comparadas ao número de
vezes em que a lavagem das mãos está indicada. Para substituir a lavagem das mãos,
indicamos a aplicação de umanticéptico de ampla e rápida ação microbiana que é o álcool gel.
O álcool gel é composto de álcool 70% mais 2% de glicerina para evitar o ressecamento das
mãos. Ele irá destruir a flora aderidanas mãos no momento da aplicação, porém as mãos
nãodevem apresentar sujidade visível. Neste caso indica-sea lavagem das mãos com água e
sabão. Vejamos comousar o álcool gel:
- aplicar o álcool glicerinado (3 a 5 ml) nas mãos e friccionar em todas as faces da mão até
secar naturalmente;
- não aplicar quando as mãos estiverem visivelmente sujas.
O álcool gel também pode ser usado comoanticéptico após a lavagem das mãos.
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Uso correto do álcool em gel
Manipulação de Instrumentos e Materiais
Os instrumentos e materiais sujos com sangue, fluidos corporais, secreções e excreções
devem sermanuseados de modo a prevenir a contaminação da pele e mucosas (olhos, nariz e
boca), roupas, e ainda,prevenir a transferência de microrganismos para outros pacientes e
ambientes. Todos os instrumentosreutilizados têm rotina de reprocessamento. Verifique para
que estes estejam limpos ou desinfetados/esterilizados adequadamente antes do uso em outro
cliente ou profissional. Confira se os materiaisdescartáveis de uso único estão sendo
realmente descartados e se em local apropriado.
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Manipulação de Materiais Cortantes
Ao manusear, limpar, transportar ou descartar agulhas, lâminas de barbear, tesouras e outros
instrumentos de corte tenham cuidado para não se acidentar. A estes materiais chamamos de
instrumentos perfuro -cortantes. Eles devem ser descartados em caixas apropriadas, rígidas e
impermeáveis que devem sercolocado próximo a área em que os materiais são usados. Nunca
recape agulhas após o uso. Não remova com as mãos agulhas usadas das seringas descartáveis
e não as quebre ou entorte. Seringas e agulhas reutilizáveis devem ser transportadas para a
área de limpeza e esterilização em caixa de inox ou bandeja.
Exemplos de caixas de descarte de materiais perfuro-cortantes
Vacinação
Todos os profissionais de saúde devem estar vacinados contra a hepatite B e o tétano. Estas
vacinas estão disponíveis na rede pública municipal.
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Limpeza de Pele
A limpeza de pele é um procedimento que pode ser realizado em todos os tipos de pele,
porém com ênfases diferentes. Em peles lipídicas a ênfase maior é a extração das acnes; nas
peles eudérmicas (normais) é a manutenção do equilíbrio e, nas peles alípicas e desvitalizadas,
é o reequilíbrio do manto hidrolipídico. É um procedimento que deve ser aplicado antes de
qualquer
tratamento.
Muitas pessoas aparentemente saudáveis, podem não saber que possuem alguma doença
infecto-contagiosa, pelo fato de serem portadores assintomáticos. Um fato importante que
deve ser levado em consideração, é o da possível omissão, por parte do cliente, da existência
de algum tipo de doença contagiosa, durante a realização da anamnese. "Os pacientes podem
albergar agentes etiológicos de determinada doença, mesmo sem apresentar os sintomas
clínicos
ou
mesmo
sem
desenvolver
a
doença
em
questão”.
De acordo com as Precauções Universais uma abordagem segura é considerar que todo
paciente, ou no caso da estética, todo o cliente pode ser portador em potencial de algum tipo
de
doença
infecto-contagiosa.
A limpeza de pele é um procedimento, no qual existe uma grande proximidade, entre o
esteticista e o cliente. Segundo o Programa de Biossegurança e Ergonomia em Odontologia da
Secretaria de Estado da saúde de Minas Gerais (1999), a concentração de microorganismos
em torno do corpo, é maior num raio de 50 cm. Durante o procedimento, a distância
estabelecida entre o cliente e o profissional é muito pequena, e o acúmulo de
microorganismos é mais intenso. Além disso, quando o cliente chega à sala de estética, traz
consigo uma grande quantidade de microorganismos, sendo estes patógenos ou não, e que
estão presentes em sua pele, cabelos e roupas. Outro fato importante em relação à
proximidade, é que durante a fala, espirro ou tosse do cliente, gotículas de saliva
contaminadas
podem
ser
aspiradas
ou
inaladas
pelo
profissional.
O profissional também irá estabelecer um longo período de contato direto com o cliente,
através da manipulação da sua estrutura tegumentar. Além disso, a alta rotatividade no
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“Tradição em formar Profissionais com Qualidade”
atendimento faz com que o profissional entre em contato direto com uma quantidade variada
de pessoas.
Durante a realização do procedimento, o profissional, pode se deparar com duas situações:
a) Pele sem solução de continuidade: que caracteriza uma pele hígida, sem a
presença de lesões, que interrompam a continuidade do tecido. Neste caso,
também podem ser incluídas as peles com acne de grau I, caracterizada pela
presença de comedões. Este tipo de pele irá oferecer menor risco de
contaminação ao ser manipulada.
b) Pele com Solução de Continuidade: que caracteriza uma pele que apresenta
lesões que interrompem a continuidade do tecido. Neste caso, também podem
ser incluídas as peles com acnes de grau II (pápulo-pustulosa), grau III
(nódulo-cística), grau IV (conglobata) e grau V (fulminans). Uma pele que
apresenta solução de continuidade acaba oferecendo maior risco de
contaminação para o profissional, pois ao manipular este tipo de pele, pode
entrar em contato com fluídos orgânicos como sangue, ainda que em pequena
quantidade, e exsudatos provenientes da extração de pústulas ou de lesões
abertas. As lesões existentes nos tecidos podem ser, não somente lesões de
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acne, mas manifestações de alguns tipos de doenças. Algumas lesões possuem
na sua superfície, ou no seu interior, o agente infeccioso, como por exemplo,
as lesões do herpes simples e da tuberculose.
De acordo com as Precauções Universais (CDC, 1987), sangue e certas secreções de todos os
clientes, que forem atendidos dentro da estética devem ser considerados potencialmente
infectantes para HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana), HBV (Vírus da Hepatite B) e
outros patógenos, mesmo estes clientes estando aparentemente saudáveis.
O profissional deve saber que a pele e as mucosas possuem uma determinada permeabilidade,
e que este fator pode influenciar o seu contágio por microorganismos, e que a chance de
contágio será ainda maior, se a pele ou mucosa estiverem lesionadas, por exemplo: a retirada
da cutícula das unhas é uma forma de agressão e que pode facilitar a penetração de
microorganismos. Uma pele saudável e intacta representa uma barreira eficaz contra
diferentes tipos de vírus e bactérias. Portanto, é de extrema importância o conhecimento dos
fatores de risco presentes, durante a realização de uma limpeza de pele, pois só assim o
profissional de estética irá se paramentar de forma adequada durante o atendimento dos seus
clientes, evitando situações, como demonstra a figura 15, na qual o profissional não utiliza
avental, touca e óculos de proteção.
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Principais Doenças Infecto-Contagiosas
Conforme abordado anteriormente, são vários os fatores presentes em uma limpeza de pele,
que podem favorecer a contaminação do profissional, por alguma doença infecto-contagiosa.
"Infecção é a invasão do corpo por microorganismos patogênicos e a reação dos tecidos à
sua presença e à das toxinas por eles geradas". (PACIORNIK, 1975, p. 313).
As vias de penetração por microorganismos são: via aéreas superiores, via cutânea e via
ocular.
Através das vias aéreas superiores (nariz e boca), o profissional pode inalar ou aspirar,
gotículas de saliva ou secreção nasofaringeana contaminadas, que podem ser eliminadas pelo
cliente, durante a fala, tosse ou espirro.
Por via cutânea, quando o profissional possui cortes ou ferimentos, e entra em contato direto
com secreções ou sangue contaminados do cliente ou sofre um acidente com agulha
contaminada.
Por via ocular, quando secreções contaminadas, atingem a conjuntiva dos olhos. Um exemplo
seria durante uma extração, quando o profissional ao realizar pressão com os dedos para
extrair uma pústula, o exsudato contaminado atingisse o seu rosto e olhos.
As principais doenças infecto-contagiosas que serão abordadas e que podem representar riscos
para o profissional de estética na realização de limpezas de pele, são: herpes simples, hepatite
B, hepatite C, gripe, resfriado, tuberculose e, até mesmo, a AIDS.
Herpes Simples:o herpes simples é uma doença infecto-contagiosa ocasionada por um vírus
denominado vírus do herpes simples (HSV), e que se divide em dois tipos: o HSV-I e o HSVII. É uma doença universal, de grande poder de disseminação e, que apesar de infectar cerca
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de 90% da população, não se manifesta clinicamente em mais de 30%. O HSV-I é
responsável pelo herpes labial e o HSV-II pelo herpes genital. Porém, o VHS-I é o agente
etiológico em 20% das infecções genitais primárias, e o VHS-II pode ser causa de infecções
em outras áreas, além da região genital.
O herpes caracteriza-se pelo aparecimento de vesículas agrupadas, e que se localizam
especialmente nos lábios, e nos genitais, mas que podem surgir em qualquer outra parte do
corpo como: olhos (por meio da auto-inoculação pelas mãos), face, nariz, e cavidade oral.
A infecção ocorre quando uma pessoa não infectada entra em contato direto com lesões
herpéticas infectadas com o vírus, através da pele ou da mucosa, o que caracteriza a infecção
primária.
O herpes também é transmitido, através do contato direto com a saliva de pessoas
contaminadas, mesmo essas sendo assintomáticas.
"O primeiro contato com o vírus ocorre em geral ainda na infância, sendo que grande parte
da população já está contaminada quando se expõe a pessoas portadoras durante a vida".
O vírus penetra na célula e se reproduz. A partir daí, penetra no tecido nervoso, onde
permanece em latência. Fatores como estresse emocional, baixa de resistência, exposição ao
sol, frio intenso, podem reativar o vírus que retorna à superfície do epitélio, provocando as
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manifestações clínicas. A transmissão pode ocorrer tanto de pessoas com manifestação clínica
evidente, como assintomáticas.
"A sintomatologia da doença caracteriza-se por mal-estar, náuseas, cefaléia, irritabilidade,
aumento da temperatura (febre) e adenopatia cervical".
A infecção recorrente instala-se em uma pessoa previamente infectada e é caracterizada pela
reativação do vírus, com alguns sintomas semelhantes ao da infecção primária, porém menos
severos, que aparecem até dois dias antes das lesões típicas. As lesões evoluem num prazo de
7 a 15 dias e o vírus fica novamente em período de latência em um gânglio nervoso. Os
períodos de recorrência são variáveis podendo ocorrer em intervalos de dias, meses ou anos e
estão diretamente relacionados a fatores climáticos, orgânicos (imunitários) e emocionais.
Ainda, segundo o autor, as vacinas anti - herpéticas são duvidosas e ineficazes.
Para o profissional de estética, a forma de prevenção mais adequada é o uso correto dos
equipamentos
de
proteção
individual.
Hepatite B:A hepatite B é uma infecção causada pelo vírus HBV, que provoca lesões
degenerativas ou inflamatórias no fígado. Pode se apresentar em intensidades variáveis, desde
um quadro clínico agudo (de evolução rápida) e benigno, até um quadro grave e fatal, ou
ainda evoluindo para hepatopatias crônicas (que evoluem lentamente e perduram por muito
tempo). No Brasil os dados indicam a incidência anual, em torno de 22% de casos agudos de
hepatite B atendidos ao longo dos últimos seis anos, sendo a freqüência maior (63%), na faixa
de 21 a 40 anos. A esta ocorrência de casos novos soma-se a população de portadores
crônicos
que
compõem
o
reservatório
de
vírus
da
população.
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (2004), existem mais de 300
milhões de pessoas portadoras do vírus da hepatite B no mundo. Os bancos de sangue do
Estado do Paraná detectam anualmente perto de 30.000 novos doadores infectados pelo vírus
da hepatite B, e destes, 2.000 são portadores do HBV. Em mais dos 60% dos casos em adultos
a infecção pela hepatite B é assintomática, ou seja, a pessoa não sabe que tem a doença. A
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hepatite B é extremamente contagiosa e pode ser propagada por pessoas que não sabem que
são portadoras do vírus. Existem portadores que permanecem assintomáticos durante anos.
Partículas do HBV isoladas
no plasma humano.
O vírus é transmitido parenteralmente (por via sangüínea), por meio de exposição da pele
lesionada ou mucosa ao sangue ou a outros fluídos orgânicos. Fluídos orgânicos como:
secreções nasais, pus, suor e lágrimas apresentaram HBsAg (antígeno indicador da infecção),
porém o risco de transmissão por meio dos mesmos é extremamente baixo ou inexistente.
"A concentração mais elevada do vírus é observada no sangue, estando presente também em
exsudatos. Menores concentrações, porém significativas, são encontradas no sêmen, no fluído
vaginal e na saliva de indivíduos com viremia. Portanto, exposição ao sangue e contatos
sexuais são modos mais comuns de transmissão do HBV. O vírus permanece viável em
superfícies secas à temperatura ambiente por um período de sete dias e, possivelmente, até
por períodos mais longos. Mesmo em quantidades ínfimas de sangue ou soro, um indivíduo
pode se contaminar no caso de inoculação percutânea, contato com superfície ocular ou
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outras mucosas e ainda por uma exposição inadvertida, através de cortes e arranhões
preexistentes na pele ou na mucosa".
O vírus da hepatite B pode estar presente no sangue em concentrações muito elevadas,
podendo ser transmitido por várias vias com quantidades insignificantes de sangue (0, 000025
ml).
As formas possíveis de contágio que poderiam ocorrer com o profissional de estética, durante
uma limpeza de pele, seriam através de um acidente com agulha contaminada, ou através do
contato direto da pele ou mucosa do profissional, com sangue contaminado, exsudatos
purulentos ou secreções como, por exemplo, a saliva.
A maioria dos indivíduos que são infectados pelo vírus da hepatite B desenvolve uma
infecção aguda, podendo ou não apresentar sintomas. O período médio de incubação é de 120
dias e os sintomas e sinais mais comuns em adultos são: anorexia, náuseas, vômitos, dor
abdominal, hepatomegalia e icterícia.
A doença em adultos é resolvida, obtendo-se a cura. O vírus é eliminado e são produzidos
anticorpos específicos (anti-HBs), que conferem imunidade ao indivíduo. Porém, em
portadores assintomáticos, a fase aguda pode evoluir para a fase crônica, e os indivíduos sem
saber, podem transmitir o vírus para outras pessoas.
"A hepatite B apresenta cura espontânea em até 90% dos casos, mas a taxa de cronificação
varia de acordo com a idade da infecção, de 85% em recém-nascidos e entre 6% a 10% em
adultos. Cerca de 50% dos doentes crônicos desenvolvem cirrose hepática ou carcinoma
hepatocelular" (Ministério da Saúde, 2002).
A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (2004) considera que após a fase aguda, estado
inicial da doença, 10 a 5% dos doentes, não se curam da infecção e desenvolvem a hepatite
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crônica. Desses, 30% podem desenvolver cirrose e câncer de fígado e aproximadamente 70%
permanecem com o vírus, transmitindo a doença para outras pessoas.
Hepatite C:O texto de convocatória da oitava Conferência Internacional sobre Hepatite C,
realizada em Londres Inglaterra, em setembro de 2004, mostra que 3% da população mundial
(aproximadamente 170 milhões de pessoas) estão infectadas pelo vírus HCV. A doença foi
identificada em 1989 e hoje é reconhecida como a maior causa de cirrose e câncer do fígado.
"Atualmente, a infecção pelo vírus da hepatite C é consideradapor muitos especialistas a
doença infecciosa crônica mais importante em todo o mundo". (Ministério da Saúde,
Programa Nacional para prevenção e controle das Hepatites virais, 2002, p.1).
Assim como a hepatite B, a hepatite C é uma infecção causada por vírus (HCV), que provoca
lesões predominantes no fígado, degenerativas ou inflamatórias. É transmitida principalmente
pelo contato direto de mucosas ou pele lesionada, com sangue ou algumas secreções corporais
de pessoas contaminadas. O contágio também pode ocorrer por meio de acidentes com
agulhas ou quando o profissional é atingido por secreções de uma pessoa contaminada.
Após a infecção com o vírus da hepatite C, o doente pode apresentar, em alguns casos,
sintomas como mal-estar, vômitos, náuseas, icterícia e dores musculares, que caracterizam a
fase aguda da doença. Porém esta hepatite é assintomática na maioria dos casos e o portador
só saberá que está doente, anos após ter sido infectado, já estando em fase crônica e com o
risco de desenvolver cirrose e câncer de fígado.
"Entre as pessoas infectadas pelo HCV, apenas 15% a 20% eliminam o vírus do organismo,
enquanto cerca de 80% a 85% evoluem para a infecção crônica, sob diferentes
apresentações. Vários estudos demonstram que 20% dos portadores crônicos de hepatite C
evoluem para cirrose e entre 1% a 5% desenvolvem carcinoma hepatocelular. O tempo de
evolução para o estágio final da doença é de 20 a 30 anos".
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Influenza (Gripe): A gripe é uma doença viral, de evolução rápida e intensa (aguda),
geralmente benigna, mas que pode se agravar e até mesmo levar à morte. É uma doença
altamente contagiosa que atinge de forma evidente o aparelho respiratório. Afeta milhões de
pessoas a cada ano, ocupando o primeiro lugar entre as doenças de distribuição universal.
O vírus da gripe é conhecido como Myxovirusinfluenzae, também denominado vírus
influenza, que se subdivide em A, B e C, sendo que somente os do tipo A e B, têm relevância
clínica em humanos. Devido à sua grande capacidade de mutação acaba gerando novas
variantes, para as quais a população não está imune.
O vírus influenza se encontra em abundância na região nasofaringeana, e transmite-se por
meio do contato direto com gotículas da secreção nasofaringeana que pessoas infectadas
eliminam ao tossir, falar ou espirrar, e são inaladas ou aspiradas por outra pessoa. Quando o
vírus atinge as vias respiratórias superiores, invadem as células epiteliais que revestem as
mucosas dessas vias e se multiplicam, sendo eliminados nos exsudatos resultantes do
processo inflamatório que provoca. A deposição deles em roupas, utensílios e objetos pode
viabilizar sua disseminação. Ambientes fechados onde se aglomeram muitas pessoas
contribuem para a sua disseminação, bastando existir apenas uma pessoa infectada, para que a
doença possa se alastrar.
"O período de incubação varia entre 24 e 72 horas. O vírus pode ser encontrado desde o
início dos sintomas nas secreções nasais e faringianas e persiste enquanto houver febre".
Ainda de acordo com o autor (1976, p. 20), as características clínicas da doença são: febre
entre 38º C e 40º C, calafrios, suor excessivo, tosse seca, dores musculares e articulares,
fadiga, mal-estar, dor de cabeça, nariz obstruído, coriza, dor e irritação na garganta, podendo
todos ou somente alguns sintomas estarem presentes. O quadro clínico ainda pode sofrer
complicações, evoluindo para bronquites, bronquiolites e pneumonias.
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Nas últimas décadas, a imunização anual com vacinas inativadas contra influenza, tem sido a
principal medida para a profilaxia da gripe e redução da morbi-mortalidade, relacionada à
doença. Atualmente, entre 180-200 milhões de doses de vacina contra influenza são
distribuídas e utilizadas a cada ano no mundo.
Na estética, a gripe pode ser prevenida por meio da vacinação e pelo uso correto dos
equipamentos de proteção individual.
Hemácia infectada com o vírus da
gripe.
Resfriado Comum:O resfriado comum é uma afecção aguda, altamente contagiosa e que
atinge o trato mais alto do aparelho respiratório (cavidade nasal e faringe). Não apresenta
grande
comprometimento
do
estado
geral
e
na
maioria
dos casos não é acompanhado de febre, sendo considerado pouco grave.
"Cinco famílias diferentes de vírus podem causar os resfriados. O vírus mais freqüentemente
envolvido é o rinovírus. Devido à grande variedade de vírus, não existem ainda vacinas para
proteger as pessoas destas viroses".
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A principal via de transmissão se dá a partir do contato direto com gotículas de secreções
nasofaringeanas contaminadas, eliminadas pela boca ou nariz do doente ao falar, tossir e
espirrar. Essas gotículas contaminadas são inaladas por outra pessoa e depositam-se na
mucosa nasal. Os vírus que chegam até a conjuntiva dos olhos, também podem se estender até
o nariz, desenvolvendo a doença. O vírus também pode sobreviver horas na superfície dos
objetos e nas mãos das pessoas infectadas.
Os sintomas surgem de um a três dias, após a pessoa entrar em contato com o vírus, e podem
durar até uma semana, na maioria dos casos. Dentre as características clínicas, destacam-se:
coriza intensa, obstrução do nariz dificultando a respiração, espirros, tosse e garganta
inflamada (dolorosa), diminuição do olfato e da gustação, dores pelo corpo, dor de cabeça. A
febre é rara e, quando presente, não ultrapassa 38ºC.
Na estética, o resfriado pode ser prevenido, através do uso correto dos equipamentos de
proteção individual.
Tuberculose: A tuberculose é uma doença infecto-contagiosa que atinge principalmente os
pulmões (tuberculose pulmonar), podendo afetar outros órgãos como pele, rins, ossos,
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intestinos, cérebro, etc. (tuberculose extrapulmonar). Seu agente etiológico é o
Mycobacterium tuberculosis, conhecido também por bacilo de Koch, núcleos de Wells contêm
bacilos da tuberculose envoltos, por uma camada de muco e podem permanecer no ar
durante horas, em ambientes úmidos e mal iluminados. "É indireta também a transmissão que
se realiza por via digestória, através de objetos e alimentos contaminados."Após a
transmissão do bacilo de Koch, várias situações podem ocorrer. A primeira é que o indivíduo,
através das suas defesas, pode eliminar o bacilo sem nada acontecer. Na segunda situação, os
microorganismos se desenvolvem, mas não causam a doença, na qual os microorganismos
causam apenas lesões discretas, não progressivas, que evoluem para formas cicatriciais. Na
terceira situação, ocorre o desenvolvimento da doença. A tuberculose pode ser dividida,
conforme a fase em que se apresenta: tuberculose primária, que ocorre em um organismo que
nunca foi infectado; e tuberculose pós-primária ou de reinfecção, na qual a ativação da doença
pode ocorrer logo após a infecção primária ou anos depois. Também pode ocorrer devido a
novos contágios, por reinfecção exógena ou por reativação endógena de focos tuberculosos
preexistentes, oriundos de disseminação da infecção primária.
A tuberculose pulmonar possui um início silencioso e, sua evolução, que pode durar meses ou
anos, se dá de forma crônica com febre, tosse, expectoração, falta de apetite e emagrecimento.
Uma das formas mais importantes de prevenção da tuberculose pelo profissional de estética é
o uso adequado dos equipamentos de proteção individual.
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Lesões Ulceradas de Tuberculose Cutânea.
AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida):A síndrome da imunodeficiência
adquirida, cuja sigla na língua portuguesa é SIDA, e em inglês é AIDS, é causada pelo vírus
da imunodeficiência humana (HIV), que ao penetrar na corrente sangüínea, irá infectar os
linfócitos T4, que são as células responsáveis pela imunidade celular. Na realidade não é uma
doença
e
sim
um
estado
de
deficiência
imunológica.
"A síndrome de imunodeficiência adquirida (AIDS) é a doença infecciosa que mais mata no
mundo. Desde que foi reconhecida pelo CDC (sigla em inglês para Centro para o Controle
de Doenças), de Atlanta, EUA, em 1981, a AIDS se espalhou rapidamente, sendo considerada
uma epidemia mundial, já no final da década de 1980. Hoje, de acordo com dados da
Organização Mundial de Saúde (OMS), 40 milhões de pessoas possuem a enfermidade. Do
total de infectados, aproximadamente 95% vivem em países em desenvolvimento, sobretudo
na África, onde 10% da população estão contaminadas. No Brasil, já foram notificados mais
de 215 mil casos, principalmente, nas regiões Sudeste e Sul. A AIDS não tem cura e já matou
cerca de 20 milhões de pessoas desde o início da epidemia."
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O HIV compromete o sistema imunológico, impedindo que ele realize a defesa do organismo
contra as agressões de bactérias, outros vírus, parasitas e células cancerígenas. Após a pessoa
ter sido contaminada pelo HIV, decorre certo tempo até o aparecimento de sintomas como
fraqueza, febre, emagrecimento e diarréia prolongada, sem causa aparente. Sendo que, mais
da metade dos soropositivos, só irão apresentar os sintomas da AIDS, após oito anos de
infecção.
A AIDS manifesta-se clinicamente por: infecções oportunistas causadas por protozoários,
fungos, bactérias e vírus, sendo que a pneumonia provocada pelo protozoário
Penumocystiscarinii é a mais comum; neoplasias raras como o Sarcoma de Kaposi, atingindo
com
maior
freqüência
a
pele;
além
de
outras
neoplasias
malígnas.
As lesões do Sarcoma de Kaposi, são elevadas, de coloração vermelho-arroxeada, e podem se
localizar em qualquer parte da pele, podendo ser única, ou múltipla. Seu agente causador é um
tipo de vírus, denominado Herpes Vírus Humano 8 (HHV8) ou Herpes Vírus do Sarcoma de
Kaposi (HVSK). A transmissão ocorre através da inoculação do vírus na corrente sangüínea,
por meio de sangue e esperma contaminados, sendo rara a transmissão por meio do suor,
lágrima e saliva. A transmissão por meio de fluídos como secreções nasais, pus, suor e
lágrimas, é extremamente baixo ou inexistente. Porém, o HIV tem sido demonstrado em
alguns desses fluídos. Precauções de proteção devem ser tomadas com relação ao sangue e
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fluídos
corpóreos
que
contenham
sangue.
"Além de ter poder invasor bem menor do que o vírus da hepatite B, o HIV necessita de
concentrações
bastante
elevadas
para
produzir
um
processo
infeccioso”.
Uma pele saudável e intacta representa uma barreira bastante eficiente, contra a penetração
por
diferentes
tipos
de
bactérias
e
vírus,
inclusive
o
HIV.
Na estética, durante a realização de limpezas de pele, a contaminação pode ocorrer quando o
profissional entrar em contato, através da mucosa ou pele lesionada, com sangue contaminado
ou secreções, que também contenham sangue. Também pode ocorrer por meio de um acidente
com agulha contaminada com sangue. Existe uma grande dificuldade de identificar todos os
portadores do HIV, uma vez que existem portadores assintomáticos, e que não sabem que
estão com o vírus. Por isso, todas as pessoas devem ser consideradas como portadores em
potencial, de algum microorganismo patogênico. Existem pessoas infectadas com o HIV há
13
anos
e
que
não
desenvolveram
nenhum
sintoma
da
doença.
Pelo fato da AIDS ser uma doença de maior gravidade que a hepatite B, as medidas
necessárias para a proteção são as mesmas utilizadas para a hepatite B, as quais incluem a
utilização de equipamentos de proteção individual de forma adequada.
A Biossegurança estabelece ações para a proteção da saúde humana e uma delas inclui a
utilização dos equipamentos de proteção individual. Os profissionais de estética, durante a
realização de limpezas de pele, devem evitar o contato direto com mucosa ou pele do cliente e
com matéria orgânica (sangue, exsudatos, secreções), proveniente do mesmo, por meio do uso
de
barreiras
protetoras
como
luva,
avental,
máscara,
gorro
e
óculos.
O uso desses equipamentos de proteção individual reduz as chances de exposição do
profissional a possíveis microorganismos, provenientes de clientes e que podem ser
causadores de doenças como: herpes simples, hepatite B, hepatite C, gripe, resfriado,
tuberculose e AIDS. Além do risco de contato com matéria orgânica, a proximidade entre
profissional-cliente, a alta rotatividade no atendimento e o tempo de contato prolongado,
podem
contribuir
para
a
transmissão
de
algumas
dessas
doenças.
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O uso inadequado ou incompleto dos equipamentos de proteção individual por parte dos
profissionais, pode não constituir proteção total contra os microorganismos, já que a limpeza
de pele oferece alguns riscos, que podem contribuir para a contaminação do profissional.
Além disso, a eficiência e a importância de cada equipamento determinam uma
interdependência, e a utilização dos mesmos em conjunto, promove uma eficiência na
proteção.
Desta forma, é essencial que haja conscientização para que aconteçam mudanças na conduta
dos profissionais, levando-os a adotarem medidas mínimas de segurança no atendimento de
todos os clientes, como forma de preservar a própria saúde e da pessoa que está sendo
atendida. Acreditamos que a conscientização pode ser feita por meio de palestras abertas,
demonstrações do uso dos equipamentos e até por meio da criação de cartazes explicativos.
Caso de AIDS no Brasil
Meningite por HaemophilusInfluenzae tipo b
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Descrição
A forma capsulada do Haemophilus particularmente a do tipo B (HIB) é a responsável pela
quase
totalidade
de
doença
invasiva.
O
quadro
clínico
da
meningite
por
HaemophilusInfluenzae tipo B não difere das meningites de outras etiologias. O início,
geralmente, é súbito, com febre, cefaléia intensa, náuseas, vômitos e rigidez da nuca. Em
alguns casos, o quadro clínico é acompanhado por exantema petequial.
Agente infeccioso
É um bacilo gram-negativo o Haemophilusinfluenzae, sorotipo B; outros sorotipos raramente
causam meningite.
Reservatório
O reservatório é o homem doente.
Modo de transmissão
A transmissão se dá de pessoa a pessoa, por meio de gotículas e secreções da nasofaringe. A
entrada do vírus ocorre, também, pela nasofaringe.
Período de incubação
O período de incubação é desconhecido, mas, provavelmente, é curto, de dois a quatro dias.
Período de transmissibilidade
A transmissão perdura enquanto o agente infeccioso estiver presente no organismo do
indivíduo infectado, o que pode ocorrer num período prolongado, mesmo sem secreção nasal.
A transmissão deixa de ocorrer após 24 a 48 horas do tratamento adequado.
Varicela
Descrição
A varicela ou catapora é uma doença infecciosa que se apresenta, habitualmente, com febre
baixa e lesões vesiculares generalizadas, pruriginosas, concentradas, em sua maioria, no
tronco e na face, com menor presença nas extremidades (braços e pernas). As lesões podem
atingir as mucosas e nunca aparecem nas mãos e nos pés. A maioria dos casos (90%) ocorre
em pessoas com menos de 15 anos de idade.
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A infecção primária produz a doença. Depois da infecção primária o agente infeccioso pode
permanecer latente nos gânglios nervosos próximos à medula espinhal e a sua reativação
causa o herpes zoster. O herpes zoster é uma doença que apresenta lesões vesiculares e dor
intensa em uma a três zonas do corpo, relacionadas às terminações dos nervos acometidos. O
herpes zoster é menos contagioso que a catapora porque a transmissão ocorre somente pelo
contato direto com as lesões.
Agente infeccioso
O agente infeccioso é o vírus da varicela-zoster ou Herpesvirusvaricellae, pertencente à
família Herpesviridae.
Reservatório
O reservatório é o indivíduo infectado.
Fonte de infecção
A fonte de infecção é o homem doente.
Modo de transmissão
A varicela se transmite por intermédio do contato direto com secreções das lesões vesiculares
e da nasofaringe da pessoa infectada. A porta de entrada habitual é a mucosa do trato
respiratória superior.
Período de incubação
O período de incubação é de 10 a 21 dias, sendo, em média, 14 dias.
Hanseníase
A hanseníase é uma doença infecciosa causada pelo bacilo Mycobacterium leprae, um tipo de
bactéria. A hanseníase é conhecida por vários outros nomes, sendo lepra o mais conhecido. O
nome lepra sido evitado devido ao estigma de uma doença deformante, contagiosa e incurável
que a doença carrega.
Transmissão da hanseníase
Atualmente acredita-se que sejam pela via respiratória, as secreções respiratórias,
principalmente nasais, carregam um grande número de bactérias. A transmissão pode ser por
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tosse, espirro ou perdigotos da fala. É importante destacar que a hanseníase não é transmitida
com tanta facilidade como infecções respiratórias comuns tipo gripes é necessário contato
íntimo e prolongado que só ocorre em pessoas que moram na mesma casa. O tempo de
incubação, ou seja, da contaminação até o surgimento dos sintomas é em média de 2 a 5 anos.
Portanto, uma doença de evolução extremamente lenta.
Sintomas da hanseníase
A hanseníase se manifesta principalmente acometendo a pele e os nervos. A lesão típica é
uma mancha hipopigmentada (mais clara que a pele) associada à perda de sensibilidade no
local.
A hanseníase é classificada de acordo com a resposta do nosso organismo à presença do
bacilo:
- Hanseníase indeterminada = É aquela que apresenta uma lesão única e evolui para cura
espontaneamente na maioria dos casos. São 90% dos casos.
- Hanseníase paucibacilar ou tuberculóide = São os pacientes com 5 ou menos lesões de
pele, onde não se consegue detectar a bactéria quando se retira amostras das lesões.
São pacientes que apresentam resposta imune parcial ao bacilo. Não conseguem destruí-lo,
mas também não o deixam se alastrar pelo corpo.
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- Hanseníase multibacilar ou lepromatosa = É a forma mais grave. Pacientes apresenta-se
com 6 ou mais lesões de pele, com amostras positivas para o bacilo de Hansen. São doentes
com sistema imune ineficaz contra a bactéria. Nas formas indeterminadas e paucibacilar as
lesões são hipopigmentadas ou avermelhadas com bordas levemente elevadas.
Hanseníase multibacilarDimorfa
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Hanseníase multibacilarVirchowiana
Uma característica de todas as lesões da hanseníase é a perda da sensibilidade. No início a
dormência é restrita a lesão, mas se não tratada pode destruir nervos levando a perda completa
da sensibilidade e paralisia nos membros e face.
A falta de sensibilidade nos membros faz que o paciente perca a capacidade de sentir dor, o
seu principal mecanismo de alerta para agressões. Com isso, é possível que ocorram
mutilações, principalmente nas extremidades, por lesões repetidas que não são percebidas
pelos doentes. O paciente não sente queimaduras, cortes nem traumas nos locais onde os
nervos foram destruídos pela hanseníase.
Acidente com sangue e/ou secreções – atendimento do profissional exposto
No desenvolvermos nossas atividades de assistência à saúde de forma direta ou indireta ao
paciente, lidamos com material biológico, isto é, sangue, secreções e excreções corporais.
Estes fluidos contendo ou não sangue, podem estar albergando microrganismos responsáveis
por doenças graves virais e bacterianas. Mesmo assim os riscos de acidentes sempre estão
presentes, pois há situações em que fatoresgerais como stress, sobrecarga de trabalho,
agitação psicomotora do paciente e a transgressão das normas de prevenção podem ter sua
participação na ocorrência de acidentes com exposição a materiais biológicos. Doenças virais
como a AIDS e a Hepatite B podem ser inibidas na sua transmissão através de ações
profiláticas com a vacina e imunoglobulina, no caso da Hepatite B, e antiretrovirais, com
diferentes composições e indicações, no caso da AIDS.
Fluxo para exposição ocupacional a material biológiconas unidades de saúde
Entende-se por exposição ocupacional as situações envolvendo sangue ou secreções corporais
em lesões percutâneas (como ferimentos pérfuro-cortantes determinados por agulhas, por
exemplo), contato com membrana mucosa ou pele não-íntegra (quando há alguma lesão de
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pele, dermatite ou ferida) ou contato com pele íntegra quando a duração do mesmo é
prolongada (vários minutos ou horas). Secreções corporais incluem: sêmen, secreções
vaginais, líquido cerebroespinhal, sinovial, pleural, peritoneal, pericárdico, amniótico.
Exposição a saliva, lágrimas,vômito, urina e fezes sem a presença de sangue não requer
acompanhamento pós-exposição.
Se confirmada a exposição ao material biológico, o que fazer:
1.Recomenda-se como primeira conduta, após a exposição à material biológico, os cuidados
imediatos com aárea atingida. Essas medidas incluem a lavagem exaustiva do local exposto
com água e sabão nos casosde exposições percutâneas ou cutâneas. Apesar de não haver
nenhum estudo que demonstre o benefícioadicional ao uso do sabão neutro nesses casos, a
utilização de soluções anti-sépticasdegermantes é umaopção. Não há nenhum estudo que
justifique a realização de expressão do local exposto como forma defacilitar o sangramento
espontâneo. Nas exposições de mucosas, deve-se lavar exaustivamente com águaou com
solução salina fisiológica. Procedimentos que aumentam a área exposta (cortes, injeções
locais) e a utilização de soluções irritantescomo éter, hipoclorito ou glutaraldeído são
contraindicados.
2. Identifica cliente fonte.
3. Busca orientação da chefia imediata.
4. Solicita a Ficha de Notificação de Acidente do Trabalho NAT (as duas vias) para a chefia.
5. Vai ao setor de referência levando amostra de sangue do paciente-fonte rotulada, folha de
consentimento do paciente fonte e NAT.
6. Na referência, faz o boletim de atendimento, dirigi-se à consulta médica (avaliação do risco
para quimioprofilaxia do HIV e hepatite B), faz a coleta de sangue e retira os antirretrovirais,
se for o caso.
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Chefia imediata ou representante
1. Providencia consentimento por escrito do paciente fonte para coleta de amostra de sangue.
Caso o paciente não tenha condições clínicas para o consentimento, fazer a coleta
identificando com o número do prontuário.
2. Providencia a coleta de amostra de sangue do paciente-fonte (5 ml de sangue em tubo seco
com tampa, guardar sob refrigeração de 2 a 8 graus se não encaminhar no momento).
4. Orienta sobre a rotina e encaminha o acidentado. Caso o acidentado negue-se a seguir a
rotina, solicita ao acidentado que assine o termo de recusa e encaminha o termo de recusa do
acidentado e a ficha de NAT
5. Emite a ficha de NAT (em duas vias) e entrega ao funcionário.
OBS: a coleta do paciente-fonte só será realizada se o acidentado concordar em seguir a
Rotina pós-exposição.
1. Faz acompanhamento sorológico em 3 e 6 meses se o paciente tiver sorologia positiva.
Caracterização dos acidentes biológicos
Acidente leve: contato com secreções, urina ou sangue em pele íntegra;
Acidente moderado: contato com secreções ou urina em mucosas; sem sangue visível;
Acidente grave: contato de líquido orgânico contendo sangue visível com mucosas ou
exposição percutânea com material pérfuro-cortante.
Coleta seletiva dos resíduos sólidos de saúde
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O gerenciamento de resíduos deve ser implantado como rotina e devem ser oferecidas as
condições necessárias para seleção dos resíduos, recolhimento para um local de
armazenamento até a coleta pelo. Deve haver uma Comissão de Gerenciamento de Resíduos
que deverá incluir em sua rotina um programa de treinamento para os profissionais geradores
de resíduos e para os responsáveis pela limpeza e dispensação final dos resíduos. Cada sala de
uma Unidade de Saúde, dependendo do tipo de atividade desenvolvida deverá ter locais
determinados para a localização das lixeiras de Coleta Seletiva. A Coleta Seletiva compreende
a separação, já no momento do descarte, dos diferentes tipos de resíduos. Nas Unidades de
Saúde, geram-se resíduos Comuns, Recicláveis, Infectantes e Químicos. Recomenda-se que,
nas salas, cada lixeira contenha a identificação do tipo de resíduo e acima, com adesivo, seja
fixada uma lista de resíduos que deverão ser desprezados em tais lixeiras. Indica-se o uso de
cores para identificar os recipientes e programação visual padronizando símbolos e descrições
utilizadas.
Resíduos Comuns
São resíduos nos estados sólidos ou semissólidos, semelhantes aos resíduos domiciliares que
resultam de atividades diversas de alimentação, fisiológicas, de limpeza, não oferecendo
nenhum risco à sua manipulação ou à Saúde Pública. Compondo os resíduos comuns, temos
os resíduos recicláveis que serão descartados e recolhidos separadamente.
Relação dos Resíduos:Cascas de frutas, restos de lanches, erva-mate, papel higiênico,
absorventes higiênicos, papel toalha, papel carbono, esponjas, esponja de aço, folhas e flores,
restos de madeira, isopor, etc.
Como acondicionar dentro da sala: Lixeira com tampa e pedal identificada como Lixo
Comum, com saco preto e uma relação dos resíduosa serem descartados ali. Os sacos destas
lixeiras menores deverão ter seu recolhimento ao final decada turno ou com 2/3 de sua
capacidade preenchida, e serem colocados dentro de um saco preto maior.
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Onde armazenar até a coleta final: Colocar os sacos grandes contendo os resíduos
recolhidos de cada sala dentro de um container.Centralizar os diferentes contêineres com
tampa e identificação, (lixo comum, lixo reciclável, lixo infectante),em uma área protegida de
chuva, de acesso restrito somente a profissionais da limpeza.
Resíduos Recicláveis
São resíduos sólidos que, após o uso, podem ter sua matéria prima reaproveitada, gerando
economia de recursos naturais e financeiros, além gerar novos empregos através das usinas de
reciclagem. São resíduos de plástico, vidro, papel, papelão e metal sem sujidade biológica
visível.
Relação dos Resíduos: Frascos de soro papéis de embrulho, caixas ou tubos plásticos de
medicamentos, rolos vazios deesparadrapo, caixas de papelão, vidros, frascos-ampola vazios,
copos descartáveis, tubos de alvejantes edetergentes, sacos plásticos, embalagens de água,
refrigerantes, embalagens de alumínio, latas em geraletc. Os vidros grandes, frágeis ou
quebrados devem ser protegidos em caixa de papelão antes do descarteno saco plástico.
Como acondicionar dentro da sala: Lixeira com tampa e pedal identificada como Lixo
Reciclável, com saco verde e uma relação dosresíduos a serem descartados ali. Estes sacos de
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lixo deverão ter seu recolhimento ao final de cada turnoou com 2/3 de sua capacidade
preenchida, e serem colocados dentro de um saco verde maior.
Onde armazenar até a coleta final: Colocar os sacos grandes com os resíduos recolhidos
dos diversos locais dentro de um container.Centralizar os diferentes contêineres com tampa e
identificação, em uma área protegida de chuva, de acessorestrito somente a profissionais da
limpeza.
Resíduos Infectantes
São resíduos que resultam das atividades de assistência, laboratório ou atos cirúrgicos, que
promovam liberação de material biológico, oferecendo risco à Saúde Pública ou à
manipulação. Dentro deste grupo incluem-se os pérfuro-cortantes que devem ter o descarte
em recipiente apropriado antes de serem agregado ao restante dos resíduos infectantes.
Relação dos Resíduos: Gaze, esparadrapo, sondas, drenos, cateteres, luvas usadas, máscaras
usadas, gorros usados,bolsas coletoras de drenagens, papel de embrulho contaminado, campos
protetores de superfícies, etc.
Como acondicionar dentro da sala: Lixeira com tampa e pedal identificada como Lixo
Infectante, com saco branco e uma relação dosresíduos a serem descartados ali. Estas lixeiras
deverão ter seu recolhimento ao final de cada turno oucom 2/3 de sua capacidade preenchida,
e serem colocados dentro de um saco branco leitoso com espessuramínima de 10 micrometros
contendo o símbolo internacional de risco biológico estampado no saco de100 litros.
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Resíduos Farmacêuticos e Químicos
São resíduos tóxicos compostos por medicamentos vencidos, resíduos corrosivos,
inflamáveis, explosivos, reativos, genotóxicos ou mutagênicos.
Relação
dos
Resíduos:
Medicamentos
vencidos,
reatores
sorológicos
vencidos,
quimioterápicos e antineoplásicos, germicidasfora da validade, solventes, mercúrio líquido,
soluções para revelação e fixação de radiografias.
Como acondicionar dentro da sala: Quando vencidos ou contaminados, estes resíduos
deverão ser encaminhados ao fabricante ouempresa tecnicamente competente para tratamento
que elimine a periculosidade do resíduo para a saúdepública ou para o meio ambiente,
conforme consta na Resolução CONAMA n° 283/2001.
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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BAPTISTA, P. Herpes simplex. Artigos por especialidades: artigos em inglês, 2003.
Disponível em: <http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?549>. Acesso em: 2 out. 2004.
BAUMANN, J. C.; SANTO, M. L. Sistema imunológico: fortalecer ou enfraquecer um
grande segredo. Curitiba: Paraná Livros, 1991.
BORAKS, S. Diagnóstico bucal. 3. ed. São Paulo: Artes Médicas, 2001.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Políticas da Saúde. Coordenação
Nacional de DST e AIDS. Manual de condutas. Controle de infecções na prática odontológica
em tempos de AIDS:. Brasília: Ministério da Saúde, 2000a. Disponível em:
<http://www.aids.gov.br/manual_odonto.pdf>. Acesso em: 9 nov. 2004.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Políticas da Saúde. Coordenação
Nacional de DST e AIDS. Manual de condutas. Exposição ocupacional a material biológico:
hepatite e HIV. Brasília: Ministério da Saúde, 2000b. Disponível em:
<http://lildbi.saude.gov.br/cgi-bin/wxis.exe/iah_txtc/>. Acesso em: 10 nov. 2004.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos a toda equipe do Colégio Técnico São Bento e em especial a Professora Suely
Souza da Silva que participou da revisão desta apostila.
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